04 ➭ I hope you don't regret it
NOTA DO AUTOR:
MEU DEUS QUANTO TEMPOOOOO
Bem, estive realmente programando em escrever essa fanfic com calma, pois eu quero fazer essa fanfic bem bonitinho e não ficar apressando as coisas, embora eu já tenho uma grande resenha da história inteira em minha mente, mas pode ocorrer de coisas mudarem e isso é normal, pois isso acontece com o decorrer de uma imaginação.
Não sei se vai ter leitores depois desse meu sumiço, mas é isso kkkk.
Não vou ficar enrolando, portanto, boa leitura!!!
✴✴✴
Tomlinson olhou para o aparelho em sua mão, certificando que Harry ainda não tinha lido a mensagem. Fitou para a entrada do corredor, na qual minutos atrás ele e o loiro passaram.
Olhou para o segurança que no mesmo instante o mesmo olhou-o de volta. Louis apontou com a cabeça até o corredor, dando-lhe a autorização para ir até lá, fazendo o homem levantar do sofá e andar preguiçosamente até o corredor.
Louis tinha deixado sua cerveja de lado, no mesmo momento em que Zayn foi ajudar Liam com sua embriaguez.
Colocando a mão no bolso da calça moletom, Tomlinson manteve seu olhar onde lhe interessava, desejando que Harry passasse logo e voltasse para a pista de dança.
Seu olhar percorreu até em Zoé, na qual a mesma estava a alguns metros longe, conversando e rindo. Seu olhar retornou para o ponto de sua atenção, vendo apenas uma figura passar. O segurança olha para Louis e caminha até a área vip.
Tomlinson já podia sentir seus nervos ficarem tensos e seus ombros enrijecidos, formando uma pequena carranca em seu rosto. Suas mandíbulas pareciam levemente duras e seus lábios ficaram alinhados.
Seu olhar ainda se mantinha fixo no corredor, com seu celular na mão, apertando entre seus dedos. A ideia de que os minutos se passavam e Styles não aparecia, deixava-o pouco a pouco irritado, preocupado e agoniado, e o fato que o segurança saiu sozinho dali, deixava claro que o garoto não estava ali.
Fitou o segurança sair do meio da multidão, aflito. Louis mordeu seu lábio inferior, descontando toda sua raiva ali, observando o homem andar rapidamente até a escada, conversando com o segurança da área vip e logo em seguida subindo.
Tomlinson contou até seis, mentalmente calmo, não desejando sua mente criar situações que o deixava gradualmente irritado.
Olhou para o lado vendo o segurança ir em sua direção. Seu rosto estava sério e suas mandíbulas travadas. Louis não foi diferente.
— Cadê ele? — Indagou, antes mesmo que o segurança pudesse dizer qualquer palavra.
O segurança ficou alguns segundos calado, formulando uma frase mais coerente e menos abalante, entretanto, sabia que qualquer palavra que falasse, deixaria Tomlinson profundamente zangado. E, com esses pensamentos, engoliu seco.
— Eu procurei ele por toda parte…
— E ele sumiu? — Concluiu Louis, erguendo sua sobrancelha, desejando não ser aquilo.
O homem então confirmou.
— Sim. Ele não está em lugar nenhum. — E, repetidamente, engoliu seco.
Tomlinson, entretanto, respirou fundo, sentindo seu corpo criar uma onda de fúria, sentindo seu corpo começar a levemente tremer pela raiva que consumia cada parte de seu membro.
Sabia que não podia se descontrolar, mas ao cogitar que Harry tinha sumido junto com o loiro, certamente aquilo amargava cada parte de sua boca.
E, sem ao menos dizer uma única palavra, saiu dali, com seus passos apressados e sua única mente apontando para um único lugar. Sua mão se formou em um punho, tentando controlar sua respiração.
Desceu as escadas, agora andando até o sofá, não se importando com as pessoas em volta, empurrando-os e trombando.
Zoé estava em pé, com uma taça de coquetel na mão, rindo e passando sua mão no cabelo alisando mais. Ela parecia distraída, conversando com um casal de pessoas, na qual os mesmos estavam sentados, conversando junto com a mulher.
A fúria de Tomlinson aumentou e, igual uma tempestade à beira mar, se aproximou, agarrando o braço de Zoé com uma certa força e a empurrando para um canto mais afastado e escuro, fazendo a taça da mulher cair no chão.
— O que você está fazendo? — Ela diz assustada, tentando tirar seu braço do aperto forte que recebia de Louis.
Tomlinson adentrou no corredor escuro e como vigia, o segurança ficou na porta, virando seu corpo, não permitindo que as pessoas vissem o que ali acontecia. Louis a encurralou na parede, fazendo as costas da mesma bater com uma certa força.
— Cadê ele? — Rosnou, ficando face a face com a mulher.
— Do que você está falando? — Ela ainda parecia um pouco assustada, mas aos poucos parecia voltar com seu tom normal. — Está louco? — Diz.
— Um louco é aquele que faz coisas que um normal só pensa. — Proferiu Tomlinson, apertando-a mais na parede. — Então não, eu não estou louco…ainda.
Zoé mexeu seu ombro, virando seu rosto para o lado oposto, sentindo um pequeno sorriso se formar em seus lábios.
— Se você estiver falando de seu Harry, é só recordar quem estava com ele. — Ela olhou-o.
Tomlinson olhou em seus olhos, lembrando do garoto loiro que estava com Styles.
— Quem era aquele garoto? — Indagou, enrugando a sobrancelha.
— Niall Horan. Isso te lembra alguma coisa? — As palavras da mulher foram sem rodeios. Direta e reta, arqueando a sobrancelha.
Niall Horan, visivelmente, filho de Bobby Horan. Cogitou Louis.
— Por que o convidou? — Rosnou, cogitando que poderia ser armação de Zoé e que a própria estava envolvida tanto quanto o garoto loiro.
— Ele é filho do prefeito, é claro que eu iria convidá-lo! Eu não me importo com a rixa que vocês tem, o que me importa é minha boate. — Zoé proferiu no mesmo tom que Tomlinson. — Agora me solte que você está amarrotando meu vestido!
— Um vermelho nele cairia bem. — Zombou, com pitadas de seriedade. — Se eu não achar o Harry vivo, eu te juro, porra, que a última coisa que você irá ver na sua vida de merda vai ser meu rosto. Então eu vou te mostrar o que um louco não seria nem capaz de fazer. Eu não sou de ameaçar, então eu espero que você leve isso como um aviso amigável. — Proferiu cada palavra entre-dentes.
Zoé, entretanto, engoliu seco, ao cogitar o que Tomlinson poderia fazer se de fato não encontrar Styles. Sabia que o homem era totalmente enlouquecedor e psicopata, e sabia que Harry era seu ponto fraco.
Louis deu um passo para trás, soltando a mulher, na qual a mesma parecia já séria, deixando de lado qualquer vestígio de seu sarcasmo.
— Eu não tenho culpa…
— Foda-se! — Interrompeu-a. — Se eu não achá-lo, vocês vão ver como o inferno pega fogo. Reze para que eu o ache. — Ameaçou-a.
— Por que ele, hein, Tomlinson? Tantos homens e mulheres por aí e justo ele...
— Cala a porra dessa tua boca. — Rosnou Louis, sentindo-se irritado com a voz da mulher em sua frente.
Tomlinson saiu, pegando seu celular novamente, ligando para Harry, na qual chamava e caía na caixa postal. Esbravejou mentalmente, ligando de novo e caindo na caixa postal.
Seus passos foram em direção para fora da boate, tendo o segurança ao seu lado. Olhou-o.
— Eu quero que você rode toda a parte dessa boate. Detalhe por detalhe. — Ordenou, falando um pouco mais alto por conta da música.
O homem anuiu, começando a andar para o lado oposto.
Os olhos de Louis percorreu por todos os cantos, sentindo sua irritação retornar, mas, desta vez, mais veloz e faminta, vendo as pessoas ao redor se divertir, enquanto sua mente parecia explodir a qualquer momento, como uma bomba relógio chegando em seus segundos finais.
Ao longe podia ver Zayn adentrar na boate, tranquilo, já sem o Liam. Indubitavelmente, Malik o deixou em sua casa e retornou para a boate.
Ele olhou-o, vendo Tomlinson inteiramente aflito e sendo notório uma carranca em seu rosto. Ambos se aproximaram, fazendo Malik franzir o cenho pelo o estado do homem.
— O que há de errado? — Indagou.
Todavia, foi completamente ignorado, já que Tomlinson deu a volta e continuou com o seu caminhar para fora, com sua respiração pesada e sua mente trabalhando a todo vapor, tendo mil pensamentos em segundos, sentindo seu sangue ferver embaixo de sua pele e aos poucos parecia perder o controle.
Saiu da boate, caminhando até em seu carro. Não aguentaria ficar muito tempo dentro daquele lugar, trazendo-lhe sufoco e fúria. Buscaria se acalmar no carro, mesmo sabendo que seria integralmente em vão.
Sentiu alguém segurar seu pulso, olhou prestes a socar a pessoa, fazendo seus dedos apertarem na palma de sua mão. Zayn.
— O que foi? — Ele insiste.
— Me solta! — Tomlinson rosnou, fazendo o garoto no mesmo instante soltá-lo.
— Cadê o Harry? — Perguntou Malik, ignorando o enfurecimento do homem.
Louis riu, sem humor, achando irônico a forma como essa pergunta tinha se tornado presente nos últimos minutos.
— Boa pergunta…— Murchou o sorriso. — Cadê o Harry?
Zayn observou-o confuso, sem ao menos saber como reagir ou o que dizer. Compreendia amplamente a fúria de Tomlinson. Harry tinha sumido, desaparecido.
— Eu juro, Zayn, que eu nunca estive com tanta vontade de matar alguém como estou agora. — Disse, sentindo um pouco desnorteado pela sua raiva.
— Já o procurou pela boate? — Indagou Malik, colocando suas mãos na blusa moletom ao sentir uma massa de ar frio colidir em seu corpo.
— O segurança Filly já está fazendo isso. — Proferiu, como se esse fosse o menor de seus problemas.
— E se não encontrá-lo, o que você irá fazer? — Zayn deu um passo à frente, aguardando pela resposta de Louis.
— Eu irei caçar Bobby até o inferno e mostrá-lo o que acontece quando se brinca com o próprio diabo.
— Você não pode simplesmente sair daqui e ir atrás dele, pois, se foi ele, onde ele está? Para onde ele vai levar Harry? O que ele vai fazer com o Harry?...— Malik o bombardeou de perguntas. Tomlinson sentiu um amargo em sua boca, como se alguém tivesse dado um soco em seu estômago ao pensar o que Bobby poderia fazer com Harry.
— Eu não sei, Porra!
— Então você tem que se acalmar! Um psicopata não é sair matando, é saber jogar, é saber que no final quem vai dar o xeque-mate é você. — Tomlinson ficou calado, assimilando as palavras de Malik, todavia parecia que duas emoções negativas parecia abafar isso. — Quando o mingau está muito quente, se come ele pela borda, Louis. Não é simplesmente você ir na casa de um prefeito, dar algumas facadas e pronto, você terá o Harry de volta.
Tomlinson mordeu a bochecha, travando seu maxilar logo após. Malik tinha razão, Louis estava integralmente fora de controle, na qual não sabia monitorar seu psicológico naquele momento. Sabia que seria capaz de qualquer loucura naquele momento e poderia valer quaisquer situações, restando ser nada agradável para ambas partes.
Ele tinha que pensar, antes de tudo, tinha que buscar um jeito de sair dessa situação com Harry ao seu lado. Bobby talvez queria se vingar, desejava que Tomlinson sentisse na pele tudo o que aconteceu dentro daquela empresa, até o momento em que enfiou a faca em sua pele.
Ao abrir seus lábios para protestar, fechou-os, virando seu corpo e saindo dali. Caminhou apressadamente até o carro, sentindo sua mente rodear, como se as células estivessem rodando embriagadas pela fúria e preocupação.
Abriu a porta e adentrou, fechando o mesmo com uma certa força e batendo sua mão no volante, desejando esvaziar de alguma maneira sua angústia, entretanto sabia que isso só passaria quando tivesse Harry ao seu lado.
Encostou sua cabeça no volante, sentindo dor de cabeça e seu sangue em fervor.
— Cadê você, Harry. — Ciciou.
— Senhor Tomlinson? — Uma voz grave e firme ecoou pelo carro fazendo Louis erguer a cabeça e olhar para a janela, encontrando o semblante de seu segurança. — Não o achei.
Tomlinson apenas anuiu, ligando o carro, com suas mandíbulas ainda travadas. Acelerou para longe dali. Durante o caminho para sua casa, vagou seu olhar por toda a rua, e à medida que sua mente parecia aflita e agoniada, apertava seu pé mais ainda no acelerador, junto ao seu dedo no volante.
Imaginar que Harry não estaria ao seu lado parecia impiedoso em sua mente, frio e amedrontado. O medo corroia seu corpo ao cogitar o que Harry poderia estar passando neste exato momento, o medo que o garoto deve estar sentindo ou o que a pessoa deve estar fazendo com ele.
Pela primeira vez, Louis sentiu medo, raiva e profundamente tenso.
Harry mexia com seu psicológico e aquilo era um fato, uma verdade e uma certeza.
Ele não se importava se o inferno era frio ou quente, mas o único inferno que ele estava presenciando e sendo cruelmente torturado era sua mente.
Sua mente era seu inferno. Seu fogo. Seu gelo. Seu sangue. Sua dor.
Ele deveria ter ouvido Harry e ter ficado em casa. Aquilo pesava dolorosamente em sua consciência. Mas sabia que não tinha volta. Harry não estava ali e Louis sabia que agora tinha que sujar suas mãos novamente.
Sua fisionomia parecia alarmada e sua respiração descompensada. E, naquele momento, sentiu aflição, desejando gritar, socar até sentir seus dedos doerem, até ficar inteiramente vermelho.
E sentia e notava que sua fúria era abundante, ao ponto de desejar socar até o próprio diabo se aparecesse em sua frente.
Parou o veículo por alguns segundos em frente a sua casa, impaciente, perturbado e atormentado. Sua mente parecia devorar cada nervo seu, cada célula e veias.
Acelerou o carro, parando em frente a sua casa, saindo sem ao menos preocupar-se em deixar a porta do veículo aberta. Aquilo era o que menos importava-lhe. Conduziu seus passos rapidamente até a casa, empurrando a porta.
Avançou até o telefone principal que direcionava para o chefe de seus seguranças, em que no mesmo segundos fora atendido.
— Já estou ciente, Senhor Tomlinson! Já providenciei todos os seguranças para tentar procurá-lo. — A voz áspera e recheada de certeza ecoou através da linha.
Tomlinson, por sua vez, trincou o maxilar sentido uma pequena dor naquela região, todavia, nada mais parecia fazer efeito em seu corpo do que sua mente e consciência já estava lhe causando.
Seus dedos cravaram vigorosamente no objeto.
— Eu não quero que vocês “tentem”, eu quero que vocês achem ele e traga-me sem nenhum arranhão! — Rosnou, roçando seus dentes, calculando sua raiva e irritação.
— Certo, Senhor Tomlinson! — O homem por trás da linha proferiu, sem falhar nenhum momento com sua postura que parecia rígida, com sua voz grave.
Respirando profundamente, Tomlinson levou o telefone até seu lugar, agora, naquele momento, ouvindo apenas o silêncio da casa. Ouvindo apenas seus demônios que pareciam lutar por fome e espaço dentro de si.
Mordeu sua bochecha, tão forte ao ponto de sentir o sangue em sua boca, no entanto, só incentivou-lhe a machucar mais, até esvaziar sua última gota de desespero.
Alinhou seus passos até a escada. Sua mente gritava e exclamava que ele tinha perdido. Perdido Harry. Perdido a guerra. Perdido a batalha.
Harry não estava mais com ele. Harry não estava mais ali. Harry não estava sob seus cuidados.
E à medida que pensava nisso, seu sangue fervia, esquentava e acalentava.
Subiu as escadas, lento e calmo, calculando todo seu ponto permitido, correndo com sua mente por cada ponto que poderia ir. Por cada lugar que Harry poderia estar.
Caminhou pelo corredor, com seus olhos repletos por uma neblina escura, preta e impiedosa.
A verdade seja dita, Tomlinson nunca ao menos se sentiu assim. Tão perturbado. Tão descontrolado.
Abriu a porta de seu quarto. O quarto onde Styles estava dormindo. O quarto onde era para ambos estarem naquele momento, fazendo amor, dormindo ou até mesmo assistindo um filme inútil para agradar Harry.
Fechou a porta com cuidado e caminhou até a cama, sentando. E, repetidamente, respirou fundo, inclinando seu corpo para frente e enterrando suas mãos no cabelo, puxando.
Processou, vagamente. Suportou o que lhe sufocava dentro de si. O ódio parecia devorá-lo vivo, possuindo toda sua célula. Sua raiva, naquele momento, parecia bem mais que seu alinhado. Louis sentia vontade de socar, bater, espancar e matar.
Sua mente rodava onde poderia estar seu garoto. Seu único garoto. Inteiramente seu.
Ele queria, mais que tudo, mais que qualquer coisa que fosse, Harry ao seu lado naquele momento.
E, por uma fração de segundos, como uma onda irradiativa, começou a quebrar tudo que via pela sua frente, a fim de espantar o que lhe torturava. Tomlinson empurrou com seu próprio pé o criado-mudo, quebrando tudo que ali tinha. Seu corpo parecia agitado.
Seguidamente começou a quebrar outros pontos do quarto, jogando tudo no chão e socando até ver rastros e vestígios de sangue a começar a sair de sua mão por conta do corte. Sua mão voou até o espelho, fazendo o corte se agravar ainda mais. Apanhou o quadro de pinturas feito a vidro e jogou para o outro lado do quarto, colidindo na parede com brutalidade.
Suas mãos caminharam rapidamente até o outro ponto do móvel que estava em sua frente, derrubando e quebrando tudo em sua mão.
“Por que está nervoso? Harry talvez possa estar voltando para o lugar de onde ele nunca deveria ter saído!”
Algo gritou dentro de sua mente. Seu próprio demônio.
“Harry não te pertence! E mesmo que ele esteja em perigo agora, nada para ele é tão perigoso como ficar ao seu lado.”
Tomlinson chutou o criado-mudo que parecia já despedaçar. Suas mãos voaram até a parede e logo em seguida para o vaso, quebrando. Sua mão foi de encontro para a parede onde continha a televisão, fazendo um belo buraco ali.
“Harry está pagando tudo aquilo que você fez para aquelas pessoas.”
Tomlinson parou, no meio de seu quarto. Parou todo seu ato brusco e violento. Seu rosto parecia ter criado uma tonalidade avermelhada e suas veias pareciam pular para fora de seus dedos, braço e pulso. Sua mandíbula parecia que a qualquer momento quebraria, juntamente com seus dentes.
Ele avançou até em seu closet, abrindo a porta com uma certa força, acendendo a luz à procura de um único objeto que agora ansiava em querer em suas mãos.
Em meio às suas roupas, pegou uma caixa aveludada e bem fechada. Abriu, analisando rapidamente as três facas em sua frente, pegando a maior. Fechou e colocou ao seu lado e levantou-se, partindo para fora.
Abriu a porta de seu quarto, dando de cara com um Zayn olhando em seu rosto. Malik baixou sua mão, uma vez que a maçaneta já estava longe de seu toque. Ele olhou para Louis, curioso.
— O que você estava fazendo? — Indagou, enrugando sua sobrancelha. Seu olhar baixou para a mão de Tomlinson, que segurava fortemente uma faca. — O que você irá fazer? — Disse, mesmo sabendo da resposta daquilo.
Louis, no entanto, segurou ainda mais forte a faca, engolindo toda sua emoção, fúria e desespero em sua garganta, movendo seu pomo de adão. Seu olhar escuro e irascível se fixaram com a de Zayn.
— Saia! — Protestou Louis movendo seu corpo para frente, desviando levemente para o lado para desviar da figura que permanecia ainda parada de frente a porta.
E, antes que começasse a caminhar para longe dali, sentiu seu braço ser agarrado. Olhou para Malik, contando mentalmente para não matá-lo ali. Contando mentalmente para não agredir seu amigo.
— Você está perdendo o juízo, Louis? — Zayn rezingou, próximo ao seu rosto. — Pessoas inocentes não tem culpa pelo desaparecimento de Harry!
— Foda-se. — Tomlinson falou entre-dentes, no mesmo tom que o moreno.
Zayn ficou alguns segundos calado. Suavizou seu rosto e murchou sua sobrancelha, soltando gradualmente o braço de Louis.
— Isso! Vai lá. Mata! Do jeito que você está, qualquer policial pode pegar você! E aí? — Ergueu as sobrancelhas. — Harry desaparecido, você preso. É isso que você quer?
Louis não respondeu, apenas ficou olhando para Zayn. E naquele momento se perguntou onde estava aquele Tomlinson que tinha todo o controle. Aquele Tomlinson que sabia calcular cada passo que dava.
Foda-se. Harry estava precisando de sua ajuda.
“Bobby quer seu sangue. Anne quer seu corpo sem vida. Pense, Louis. Harry é como uma corda ligado a você. Quem levá-lo, te puxará.”
Tomlinson afrouxou sua mão. Respirou fundo, no entanto, seu olhar ainda se mantinha fixo no garoto à sua frente.
“Eu irei te achar, Niall Horan. E quando eu fizer isso, até o próprio diabo vai sentar para assistir.”. Cogitou Tomlinson.
— Eu quero saber tudo sobre Niall Horan. — Disse, antes de adentrar em seu quarto e fechar a porta.
…
— Senhor Tomlinson? — Olhou para o chefe de seus seguranças. Ele negou, com um certo medo em seu olhar.
Louis nem ao menos dormiu. Passou a noite acordado, agoniado e aflito. Nada daria seu sono de volta. Tudo parecia desmoronar pouco a pouco, formando uma tempestade raivosa e insensível.
— Tentamos procurar no aeroporto, em cada canto e mandamos uma boa quantidade de seguranças para averiguar nas cidades vizinhas. — Justificou.
Louis respirou fundo, tão fundo que sentiu seu pulmão enlarguecer. Seus dentes cortaram sua bochecha. Mas se manteve, quieto, assim ficou. Avançou seus dedos até os bolsos da calça do moletom. Buscou relaxar seus ombros e tombar levemente sua cabeça para o lado.
— Continua na busca. — Com sua voz inextinguível, disse, em uma onda de calmaria e emoções.
O homem em sua frente anuiu, firme e duro, virando seu calcanhar e partindo para fora da casa. Tomlinson contou quantas vezes tinha que contar em sua mente para nada sair do controle.
Olhou brevemente para o seu corpo. Uma camisa fina e larga, calça moletom e um tênis. Sentiu-se sem disposição para ir a empresa, repassando a disponibilidade para reuniões e marcações para sua irmã, seu braço direito.
Caminhou até a sala de jantar, encontrando a mesa posta. Zayn e Liam sentados. Eles olharam-o. Tomlinson andou ligeiramente até em uma cadeira e sentou.
Fitou para Malik que continha uma xícara de café na mão, bebericando tranquilamente. Percorreu seu olhar até em Liam que parecia um pouco mais sério. Entretanto, Payne estendeu sua mão que continha um envelope branco e sem um amasso.
Louis pegou.
— Aí estão todas as informações que você queria do garoto. — Disse.
— E você vai fazer o que com isso? Apresentar para uma professora do primário? — Indagou Zayn, retornando a bebericar seu café.
Tomlinson ignorou-o continuando a abrir o envelope e pegando os papéis em sua mão, olhando a foto do garoto e algumas informações que logo tinha em baixo.
Olhou para o canto da folha, vendo os números pequenos, um ao lado do outro, indicando ser de um celular. Seu olhar subiu, observando repetidamente o rosto do garoto.
— A única presença que me interessa aqui é do Payne. Espero que as coisas que te encaminhei da empresa semana passada já estejam feitas, Malik. — Proferiu, sem nenhum momento olhar para ele.
Levantou-se da cadeira, cravando seu olhar novamente nos números. Saiu da sala um pouco apressado, começando a subir as escadas rapidamente. Aquele número tinha que funcionar. Tinha que ser de Horan.
Andou até em seu quarto, que já estava meramente arrumado, com os móveis quebrados retirados e tudo voltado no lugar. Tudo que ainda restava.
Apanhou seu celular em cima da cama e começou a discar o número. Aproximou de seu ouvido e aguardou.
Tomlinson travou seu maxilar, ouvindo pela terceira vez o número chamar e não ser atendido. Seus dedos se apertaram no papel e seu olhar manteve-se fixo na parede.
— Eu só vou lhe dizer uma coisa. — Proferiu Louis, ao ouvir a ligação ser aceita. — Quando eu te achar, espero que você não se arrependa pelo o que está fazendo...Niall. — Disse, ouvindo uma respiração atrás da linha e o barulho de carro na pista.
✴✴✴
NOTAS FINAIS:
Espero que tenham gostado do capítulo! E desculpa qualquer erro.
Tentarei ser mais breve com o próximo capítulo!
E desculpem por ter cobrado comentário de vocês no capítulo anterior. Eu gosto muito de escrever e me sinto incrivelmente bem fazendo isso, mas às vezes desmotiva por conta da falta de leitores e interação. Mas enfim, me desculpem.
Para alguém que estiver lendo até aqui, obrigada ❤️
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