02 ➭ Hey i'm here

NOTA DO AUTOR:

Boa leitura e espero que gostem!

✴✴✴

Tomlinson segurava fortemente o volante em seus dedos, olhando através da janela, do outro lado da rua, dentro de seu carro preto, a família rir e se divertir, como uma boa e merda família.

Naquele momento, Louis não se importava. Era estranho sentir-se ansioso quando nunca ao menos sentia por isso. Ele ansiava que os segundos passassem e, com ele, aquelas risadas parassem e os gritos começassem.

Eles pareciam alegres e Tomlinson poderia jurar que estava tocando alguma música, já que o casal dançava e girava e mais risadas eram ouvidas.

Louis poderia até dizer que aquele momento fofo para o seu gosto, se não fosse de duas pessoas filhas da putas que iria provar de sua raiva.

Seu ódio parecia corroer dentro de si, tomando cada célula de seu corpo, fluindo para sua mente e inundando pela sombria e escura imaginação, se alimentando apenas disso para esperar o que viria.

Ele queria assistir de perto. Fazia questão por isso, para assim satisfazer todo seu prazer e poder sentir mais aliviado consigo mesmo. Seus dedos ainda apertavam o volante. Olhou para o relógio vendo que ainda restava cinco minutos para tudo acabar e assim poder ir para casa.

O som da sirene, barulho de madeira e gritos de pessoas desesperadas seria a sua mais nova canção e poderia trocar de disco para quando for dormir.

Carrie Styles e Desmond Styles. Duas pessoas que estavam na primeira lista de pessoas que Louis queria matar com suas próprias mãos.

Carrie era uma vadia, para o pensamento do homem, que na primeira oportunidade que Anne morreu, ela conquistou Desmond, e sendo um velho sujo que não sabia nem ao menos subir em alguma coisa, casou com Carrie no mesmo ano.

Juntos, eles conseguiam ser o veneno e a podridão. Nem criminosos aturavam-os. Eles eram a repugnância e nojo para qualquer indivíduo que se interessava pela vida pessoal de ambos, com um histórico manchado por sangue e crimes.

Entretanto, para Louis, aquele era seu menor dos problemas, uma vez que o mesmo foi mandado para matar Anne e, através daí, que conheceu seu filho, Harry Styles; um garoto puro, com uma beleza agasalhador e marcante, com os olhos que poderia chamar atenção de qualquer psicopata alucinado ou simplesmente submerso pela paz.

Ele, Harry, era instigante e tentador para o homem que apenas foi mandado ali para fazer o seu papel como um assassino de aluguel.

Feito seu serviço, voltou para sua vida rotineira de bom filho e um bom CEO, tentando esquecer o garoto dos olhos verdes.

Tomlinson usava seu lado doentio psicopata ao seu mérito, tornando-se um assassino de aluguel, no mesmo momento que sua empresa lucrava mais que a medida de mês após mês.

Era insano e doentio.

Agora voltado ali, resignado por conta própria, jurou que iria matar Carrie e Desmond. Contudo, seu plano se tornou em um pequeno desespero ao ver uma figura conhecida na janela, rindo, batendo palma.

Harry estava na casa. Na maldita casa.

Tomlinson apertou seus dedos no volante com uma certa força, sem ao menos saber o que fazer. Cogitava que o garoto estivesse longe, já que viu-o sair no outro dia da casa com mala, alegando que iria viajar. Agora vê-lo ali, junto a eles, trazia um pequeno desespero no homem.

Então, Styles saiu da janela. O som parou. E Louis sabia o que iria acontecer após as luzes da casa serem apagadas. E Harry estava na casa.

— Não. — Murmurou, retirando o cinto, enquanto via as luzes da casa serem apegadas, um por um.

Nessa medida, Tomlinson já não se importava além da figura do garoto em sua mente, que parecia gradualmente perturbá-lo constantemente. Uma preocupação se apontou, e que a única coisa que lhe importava era retirar Harry da casa.

Abriu a porta do carro e saiu, dando a volta. Entretanto, ao dar um passo para longe do carro, parando na rua, a última luz foi desligada e, com ela, as chamas se ergueram. Como uma exploração, se alastrou pela casa toda, iluminando todo o canto escuro.

Os vidros das janelas foram despedaçados pelo impacto e a forte onda do fogo que repercutiu pela casa inteira. A madeira da porta começou a pegar fogo.

A casa toda estava pegando fogo. Em segundos.

Os vizinhos ainda não pareciam perceber o estrago e o que de fato estava acontecendo. Louis deu um passo à frente, e decidiu por entrar na casa. Harry ainda estava em sua mente e pensou que ele pudesse estar vivo. Pelo menos ele. Ele tinha que estar vivo.

Correu até o edifício em chamas, que, após a exploração, parecia que a chama tinha diminuído gradativamente, contudo, ainda as chamas de fogos estavam vivas ali, queimando tudo.

Tomlinson se aproximou da porta e, sem colocar as mãos, chutou, empurrando com uma certa força para a frente, fazendo a porta abrir pela facilidade e desmanchar.

Evidentemente, a casa inteira estava em chamas. Todos os cômodos, móveis e detalhados.

Louis tampou seu nariz ao receber uma massa de ar forte com cheiro de queimado e fumaça tóxica.

Correu mais para dentro, à procura de um único corpo específico. Buscava desviar de todos os fogos, mesmo que fosse impossível alguns não queimar seu moletom e atingir sua pele. Seus olhos percorriam para todos os lados, prestes a gritar, se amaldiçoando por ter feito aquilo quando pensava que Harry estava longe. Longe daquela casa.

Começou a averiguar cômodo por cômodo, até chegar nos quartos. Parecia que ninguém estava na casa. Os quartos estavam vazios, sem vestígio de nenhuma pessoa. Os banheiros estavam apenas com móveis pegando fogo. Na sala e cozinha não havia ninguém.

Tomlinson desceu as escadas, pisando forte e levemente irritado. Correu até a porta do fundo, abrindo. Saiu e olhou ao redor, encontrando a máquina de roupa com a tampa aberta e algumas roupas no chão.

Afastou da casa ao ouvir os estalos fazer mais presença. Andou até o meio do quintal, com sua mão já longe de seu rosto. Respirou fundo, passando em sua mão no cabelo e puxando para trás.

Olhou ao redor e no fundo do quintal, na parte escura e pouco iluminada, com uma árvore ao meio, Louis percebeu um corpo sentado, um pouco escondido atrás da árvore.

Franziu o cenho, questionando se era Harry, Carrie ou Desmond, já que era visto apenas um corpo tentando se esconder miseravelmente no meio do breu.

Louis tirou sua faca da cintura, pois se fosse alguma das duas figuras que desejava ver mortas, mataria ali, rasgando a carne da garganta, sem piedade.

Um pequeno gemido de dor ecoou, quando Louis estava já próximo. A pessoa parecia ferida, com seu corpo tremendo por conta do frio, parecendo vulnerável pela situação em que estava, abraçando em volta de seu joelho, trazendo suas pernas mais perto de sua caixa torácica, enquanto seus ombros pareciam encolhidos.

Louis guardou a faca, já podendo ver com uma certa clareza quem era. Harry. Ele estava desesperado, com medo, aflito e inteiramente sem saber o que fazer além de ficar ali.

Louis se aproximou da árvore. Agachou. Segurou no braço do garoto na qual o mesmo levantou sua cabeça e recusou deixar o homem puxar seu braço, mesmo que fosse com delicadeza.

— Eu irei te ajudar! — Proferiu Louis, garantindo a segurança do garoto pelo tom de sua voz que parecia suave e calmo, não querendo assustá-lo.

Harry olhou para o homem, com sua mente ainda perturbada, infiltrando todas informações que tinha acabado de acontecer. Minutos atrás, tudo estava bem, alegre e divertido, e como piscar de olhos, tudo estava em pedaços, em chamas e desespero.

E, ao certificar que o garoto estava cedendo pela ajuda, Louis pegou-o e levou ao seu colo e o arrastou para longe dali. Seguindo o processamento anterior, Tomlinson passou pela casa, tomando cuidado para o fogo não atingi-los.

Harry enterrou seu rosto no peito do homem, desejando afastar as fumaças de suas narinas, respirando um perfume forte e bom.

Tomlinson alcançou até a porta da frente, apertando o corpo de Harry mais para o seu, saindo de vez da casa.

— Carrie e meu pai. — Ouviu a voz de Harry em um triz, sentindo os dedos do garoto apertar seu moletom.

Louis não respondeu, manteve-se calado. Carrie e Desmond eram as únicas pessoas que Tomlinson menos se importava naquele momento e torcia que que ambos já estivessem queimando no inferno ou criando um próprio passaporte para ir.

Caminhou com o garoto até o carro, abrindo a porta do passageiro e o colocando.

— Você tem que ajudá-los! Eles ainda estão lá. — Harry disse, segurando no braço do homem antes mesmo de o mesmo fechar a porta.

— Não. Eu tenho que ajudar você. — Proferiu, olhando nos olhos do garoto, encontrando um mar verde intenso por brilhos molhados.

— Você não pode deixá-los lá! — Harry podia sentir um nó em sua garganta. Seus dedos apertaram mais o moletom de Tomlinson.

— E eu não posso te deixar assim! — Disse. — Entre eles e você, eu prefiro salvar você.

Cautelosamente, ele puxou seu braço, fazendo os dedos de Harry afrouxar, contudo, a preocupação se mantinha em seu rosto.

Tomlinson fechou a porta.

Oito da noite, Louis olhava Harry adormecido em sua cama. Seu rosto parecia um pouco corado e seu corpo coberto pelo edredom macio e quente. Seu cabelo cai um pouco em seu rosto, com alguns fios espalhados. Ele, Harry, parecia sereno, aconchegado e tendo um sono agitado, já que o mesmo virava seu rosto frequentemente, mexendo seu corpo inquieto, como se estivesse tendo um pesadelo.

Louis passou sua mão nas costas coberta do garoto, descendo mais para baixo, enquanto assistia Harry, pela décima vez, virar o rosto pelo lado oposto de Tomlinson, mexendo um pouco seu corpo.

Era evidente, ele estava tendo um pesadelo.

Tomlinson subiu mais sua mão, deslizando nos cachos de Harry, jogando-os para o lado. Harry gemeu, em um gemido sofrível, mexendo um pouco mais seu corpo. Assistiu o momento que o garoto apertou o travesseiro em seus dedos.

Louis enrolou os cachos em seu dedo indicador, em seguida desfazendo e passando seus dedos carinhosamente no couro cabeludo de Styles, vendo-o se mexer. Outro gemido foi ouvido e, repetidamente, Harry virou seu rosto.

Seu corpo parecia tenso e suas bochechas estavam ficando mais vermelhas, enquanto seus lábios estavam minimamente abertos. Tomlinson inspirou e respirou, descendo seus dedos para a bochecha de Harry, acariciando suavemente.

Louis queria acordá-lo, mas sabia que Harry ficaria manhoso ao restante da noite. O mesmo não gostava que o acordava, mesmo tendo os piores pesadelos. Styles sempre acordava antes mesmo do alarme tocar, sempre se apressou em dormir cedo para poder se levantar sem precisar de ajuda, mesmo que às vezes Tomlinson o segurava para dormir tarde aos finais de semana.

Harry se debateu e abriu seus olhos, ofegante, com seu peito subindo e descendo com irregularidade. Seu olhar procurou pelo de Louis, desesperado e aflito, sentindo agora seu peito começar a doer e seus olhos levemente arder. E, quando encontrou o olhar que ansiava em ver, avançou até Louis, abraçando-o forte, inspirando o perfume do homem em sua narina, com seu corpo levemente em trêmula.

— Ei, eu estou aqui. — Disse Louis envolvendo seus braços em torno da cintura de Harry, trazendo-o para mais perto.

— Sim, você está aqui…? — Harry disse, soando mais para uma interrogação. Seus lábios agora estavam próximos ao pescoço de Louis, sentindo seu calor.

— Sim, eu estou. — Disse baixinho.

Harry ficou alguns segundos calado, respirando pesado, sendo inevitável uma lágrima não escorrer de seus olhos. Ele estava com medo e angustiado pelo sonho. Nunca ao menos teve um sonho daquele e, pela primeira vez, se sentiu desesperado por um sonho.

— Eu tive um sonho horrível. — Disse, com sua voz abafada. — Sonhei que você tinha morrido e uma pessoa estava me torturando. Essa pessoa parecia tão cruel. Eu sai correndo em sua procura e essa pessoa conseguiu me pegar e me torturou de novo…meu Deus, parecia tão real. — desabafou, apertando mais o corpo de Louis.

— Isso é um pesadelo. Isso nunca vai acontecer com você! — Louis passou seus dedos até o cabelo de Harry, esfregando, fazendo leves carinhos.

— Eu acredito em você. — Harry disse baixinho, fungando mais o cheiro de Louis, encostando seu rosto no ombro do homem.

— Tirando isso, você está bem? — Indagou.

Harry anuiu, sem dizer mais nenhuma palavra, apenas desejando ficar nos braços de Louis e sentir seu calor.

— Você quer ir para uma boate? — Questionou. Harry levantou a cabeça, cogitando se era isso que ele queria. De fato não, queria ficar o resto da noite com Tomlinson, mas, ao mesmo tempo, parecia animado, mesmo que ainda estivesse abalado pelo sonho.

— Achei que íamos ficar aqui. — Harry olhou-o

— Se quiser podemos ficar. — Sugeriu. Harry olhou-o em seus olhos por alguns segundos, cogitando que talvez o homem quisesse ir e se divertir um pouco.

Ele precisava se distrair, tanto quanto Harry. Havia meses que o mesmo não saia além de ir para a empresa. E Harry não queria ser o motivo que estava segurando Tomlinson.

— Está tudo bem, podemos ir sim. — Proferiu, afastando o pouco de Louis, entretanto, o mesmo segurou em seu braço.

Harry olhou-o de volta e sentiu seus lábios serem prensados. Fechou os olhos, sentindo a maciez dos lábios de Tomlinson. Avançou alguns polegares para frente, ouvindo um suspiro de Louis. Harry queria mais que apenas um selar, mas Louis se afastou e Harry fez um pequeno beicinho, insatisfeito com apenas aquilo.

— Não quero que beba muito, ok? E nem que olhe ou converse com desconhecido. Você pode me prometer isso? — Cada palavra que saia dos lábios de Tomlinson, Harry poderia ter a certeza que o homem estava preocupado.

— Tudo bem, senhor preocupação, eu não irei beber muito! — Garantiu, passando seu dedo indicador na pontinha do nariz de Tomlinson.

Tomlinson sorriu de lado e pegou a mão de Harry que tinha acabado de passar em seu rosto, beijando seus dedos.

— Eu estou falando sério, Harry. — Olhou-o, vendo o garoto com um pequeno sorriso de lado.

— Ok. Eu sei. — Tomlinson assistiu o momento que Harry rolou seus olhos, permanecendo com um pequeno sorriso

— Revirar os olhos apenas quando eu estiver te fodendo. — Proferiu Tomlinson, se levantando, largando a mão de Harry.

— Sei que você não gosta que eu reviro os olhos, mas às vezes é inevitável. — Harry se levantou também, se preparando para ir tomar um banho.

— Não volte a fazer isso de novo. — Disse Louis, fleumático, ignorando o comentário de Harry.

Harry apenas concordou, partindo para o banheiro. Evidentemente, Louis já aparentava ter tomado banho e apenas agora restava se trocar, já que o mesmo foi para o closet.

Styles retirou sua roupa do corpo e caminhou até o boxe, ligando o registro do chuveiro e deixando a água quente cair sobre seu corpo, começando a lavar cada parte.

Passou suas mãos no cabelo, sentindo sua mente divagar pelo seu sonho, que ainda trazia um pequeno calafrio consigo. Imaginar Louis sendo morto, era uma coisa que nunca ao menos passou em sua cabeça e tampouco sonho.

E por mais que tentasse esquecer, parecia ainda tão vivo em sua mente que cogitou que demoraria alguns dias para definitivamente esquecer.

A forma como a pessoa estava-o torturando em seu sonho parecia tão macabro e impiedoso que se sentia um pouco inseguro.

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NOTAS FINAIS:

Primeiro quero dizer que fiquei triste pelo lou ter perdido a enquete :(, mas ele sempre será nosso orgulho e isso não define o talento dele e tampouco nosso amor por ele.

Acho que vou fazer uma atualização dupla :)

Espero que tenham gostado. Esse é apenas o começo, então tenham paciência comigo kkkk.

Até daqui a pouco :)

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