feelings

1 no

Dizem que quando amámos abrimos o nosso coração, mas dizem tanta coisa.

Precisámos de ter a noção de que o coração é apenas um músculo com veias e artérias e uns tantos outros termos científicos. Mas isso chega?

Temos tanto a mania de dizer que sentimos com o coração, mesmo já ensinados de que é apenas mais uma parte crucial do nosso corpo, a mais crucial. Será que dizemos isso porque, assim como o amor, o coração é o mais frágil?

Seria uma boa comparação, mas também seria estúpida. Também dizemos que o amor é frágil, mas não nos damos conta de que, quando precisamos, é ele que nos deixa mais fortes, com mais defesas, seja sentindo a segurança que é termos os nossos pais para nos defender ou sabendo que iremos voltar para os braços de quem amamos no final do dia.

É uma coisa estranha, essa do amor. É uma coisa tão estranha que dizemos que ela dói, mas um sentimento pode fazer doer? Doer o coração? Será que nunca ouviram dizer que o coração não dói? Se o coração não dói, então eu quero tatuá-lo. Mas se o coração não sente e não dói, então é o cérebro que sente... Mas o cérebro dói?

Isto quer dizer que podemos dizer que sentimentos não doem?

Se os sentimentos não doem, o quê que nos magoa? São as pessoas? Ou o que elas nos fazem sentir? Mas sentimentos não doem... Quase que soa a barbaridade, mas só quase, porque no meio de tudo isto até pode haver alguma razão para ser chamado.

É uma coisa doida, essa de sentir.

No entanto, eu estava tão cansado de não sentir que procurava um sentimento em qualquer coisa, mesmo que fosse inútil. 

Procurar por sentimentos não é difícil.

O que é difícil é perceber que a única diferença entre o remédio e o veneno é a dose. 

Vol, Tas.

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