Capítulo 4 - Bambu

No distinto bairro Ponta Negra na zona oeste da cidade.

O táxi estaciona próximo a um grande portão de ferro, o motorista buzina algumas vezes, não obtendo resposta os passageiros decidem sair do carro e liberar o taxista mal-humorado.

Lacerda se aproxima da guarita tentando espiar pelo vidro escuro.

- É aqui que você mora? - pergunta, arregalando os olhos com o tamanho do portão.

- Sim.

- É um condomínio?

- Não, é apenas a minha casa.

- Uau! - exclama Lyara, observando a extensão do muro que vai de uma ponta a outra do quarteirão. - E você não tem a chave da sua própria casa? - questiona, observando ele tocar incessantemente a campainha.

- Não. Eu não tenho a chave. Eu tenho seguranças que deveriam estar nesta guarita, prontos para abrir a porta pra mim - responde o diretor, irritado. - Pra completar o meu celular descarregou - comenta, guardando o aparelho no bolso.

- Que tal se a gente pular o muro?

- Tem cerca elétrica.

- E se tacar uma pedra nesse vidro?

- O vidro da guarita é blindado. Acho que o melhor a fazer é pegar outro táxi e ir para um hotel.

- E passa algum táxi nessa rua deserta? - questiona, olhando a rua sem sinal algum de vida ou movimentação.

- Não! - responde Lacerda, gargalhando.

- Por que tá rindo?

- Estou rindo dessa situação ridícula, eu tenho uma mansão de 3.000m², tenho 30 hotéis e me encontro com a possibilidade de ter que dormir ao relento - constata, erguendo às mãos ao céu.

- Eu gosto de dormir sob as estrelas - disse Lyara, sentando na grama.

- Melhor as estrelas, do que a chuva - pondera, olhando para o céu estrelado e a lua cheia. Ele respira fundo, sorri e comenta: - Há tempos não via uma noite tão bonita. O seu pé ainda está doendo? - pergunta o diretor, sentando na frente dela.

- Está, mas com as graças de Tupã vai já passar.

- A minha falecida esposa dizia que eu era muito bom com massagens. Eu posso? - pergunta o empresário, apontando para o pé descalço da índia.

- Vai pegar no meu pé de novo?

- Eu gosto de pés - comenta Lacerda, enquanto massageia o pé machucado de Lyara.

- O Kanauã disse que o meu pé é feio.

- Aquele macaco não entende nada de pés. Os seus pés são lindos, apenas precisa cuidar deles melhor e parar de andar descalça - afirma, enquanto a massageia delicadamente.

- A sua esposa tinha razão, faz uma ótima massagem, diretor Lacerda - comenta a índia, fechando os olhos, deleitando-se com a massagem.

- Você pode... Pode me chamar de Cael - titubeia, quase sussurrando.

- É o seu apelido?

- É o meu nome.

- Pensei que o seu nome fosse Lacerda - comenta confusa.

- Meu nome é Cael Lacerda Filho. Todos me chamam pelo meu sobrenome: Lacerda. As únicas pessoas que me chamavam pelo meu nome era a minha esposa e a minha filhinha.

- O que aconteceu com elas?

- As perdi em um acidente de carro - responde, com o olhar perdido, como se um filme passasse em sua cabeça.

- Sinto muito, Cael.

- O seu rosto, a sua voz, os seus olhos... Você se parece tanto com a Maria.

Numa súbita confusão de sentimentos, o diretor se aproxima, chegando perto o bastante a ponto de sua respiração quente ser sentida na pele dela. Lacerda toca o rosto de Lyara, pousando o dedão na boca dela, acariciando os carnudos lábios com o polegar. O coração da índia dispara com a proximidade e o toque faz sua respiração parar por alguns segundos. De repente, alguém se aproxima:

- Diretor, é o senhor? - pergunta um homem fardado, apontando uma lanterna na direção deles.

A pergunta traz Lacerda de volta de seus devaneios. Ele se levanta e fala irritado:

- Sou eu sim, tira essa luz da minha cara e abre logo esse portão.

********************

O portão se abre, o empresário carrega a índia em seu colo e após alguns minutos de caminhada pelo belo jardim cercado por imponentes palmeiras, surge uma suntuosa mansão de dois andares no estilo moderno com paredes brancas e grandes janelas de vidro.

Ao entrar na luxuosa mansão, uma espaçosa sala de estar com móveis sofisticados, sofás brancos e poltronas em cores neutras, tendo no canto direito um bar com balcão escuro, banquetas e prateleiras recheadas de garrafas de bebidas, e no outro canto um piano preto de cauda com um imenso lustre bem acima.

- Por Tupã! Que casa maceta⁶ - comenta Lyara, descendo do colo de Lacerda. - É tudo tão bonito. O que é aquela coisa? - pergunta a índia apontando.

- É um piano. Nunca viu um piano?

- Não de perto. Vi num livro, mas a figura era pequena, não pensei que pessoalmente fosse tão grande. Você sabe tocar? - questiona, apertando uma tecla branca do piano.

- Sei, mas eu não toco esse piano há anos, deve estar desafinado. Eu tocava muito para a minha filha, tínhamos uma música só nossa, onde contávamos como foi o nosso dia - lembra-se Lacerda, nostálgico e sorridente.

- Aquela ali é a sua esposa? - indaga, apontando para um dos quadros na parede.

- Sim, a minha Maria Madalena. Ela adorava tirar fotos.

- Engraçado, me parece tão familiar. Ela era famosa?

- A Maria foi Miss Venezuela, mas isso foi antes de você nascer. Talvez a familiaridade deva se dar ao fato da semelhança entre vocês duas.

- Eu não sou tão bonita assim... - Lyara se aproxima do quadro e algo lhe chama a atenção: - Essa medalha. Eu já vi em algum lugar - declara, apontando para o pingente no colar da mulher.

- É a medalha de Santa Maria Madalena, ela nunca tirava do pescoço, mas, por algum motivo, quando foi encontrada morta não estava usando o colar. - Esperançoso ele a questiona: - Você se lembrou dessa medalha? Olha melhor, quem sabe você consegue se lembrar de mais alguma coisa.

- Lembrar-me de quê?

- De quem você é de verdade - exprime a encarando e segurando os ombros dela.

- Você tá me olhando estranho de novo. Acho melhor eu ir embora.

- Perdão! - Implora com os olhos marejados: - Por favor, não vá.

- Diretor Lacerda, o que aconteceu? - pergunta à senhora de cabelos brancos usando um hobby de seda azul. - A dona Alice ligou uma centena de vezes pra saber se o senhor já tinha chegado.

- Estou bem, Marta. Está aqui é a Lya, ela vai ficar uns tempos aqui em casa.

Quando Lyara se vira, a senhora arregala os olhos e se benze.

- Virgem Maria Santíssima! É o fantasma da dona Maria Madalena.

- Marta, para com isso. A Lya não é nenhum fantasma, ela é uma índia.

- Índia? Branca desse jeito? - indaga fitando a jovem da cabeça aos pés. - Só se for uma índia do Polo Norte - conclui sussurrando.

- Está com fome, Lya?

- Tô morrendo de fome, Cael - responde com as mãos na barriga.

- Deus do céu! - exclama, benzendo-se novamente. - Até a voz é igualzinha.

- Marta, eu já pedi pra parar com isso. Prepare um lanche pra gente, por favor.

- Sim, senhor! - fala a empregada, obedecendo e se retirando da sala.

- Lya, vamos até lá em cima, eu quero te mostrar o quarto da minha filha.

********************

Subindo as escadas, no segundo piso da mansão, um quarto de criança perfeitamente decorado com bonecas e ursos de pelúcia, mobiliário e almofadas cor de rosa.

- Está tudo do jeitinho que ela deixou - enfatiza, alinhando um quadro na parede.

- É um quarto muito bonito, a sua filha deve ter sido muito feliz aqui.

- Eu acho que ela não gostava muito, dificilmente dormia aqui. A Maria Julia preferia dormir no meu quarto, eu brigava pra ela vir dormir na cama dela, mas não tinha jeito, ela só dormia se fosse abraçada comigo - lembra Lacerda, emotivo, sentando na cama e segurando uma almofada em formato de coração.

- Não chore, a sua filha certamente gostaria de ser lembrada com sorrisos e não com lágrimas - conforta Lyara, repousando a mão no ombro dele.

- Senta aqui comigo um pouquinho.

- Melhor não, eu estou toda suja e o lençol é tão branquinho.

- Você quer tomar banho? Eu vou preparar um banho de banheira pra você, está bem?

**********************

Na suíte ao lado.

Dentro do banheiro, após a banheira estar cheia, Lacerda coloca os sais de banho para fazer as espumas e comenta:

- Espero que goste, a embalagem dizia sais de ervas relaxante. Você deve estar precisando relaxar depois do dia de hoje - comenta com as mãos na água. - Está bom assim ou gosta com mais espumas?

- Eu não sei, nunca entrei numa banheira antes - fala ansiosa, observando cada detalhe.

- Então tá! Seu banho está pronto.

Lacerda pega a toalha no balcão da pia para enxugar a mão e através do espelho percebe Lyara se despindo.

- Lya, o que está fazendo? - questiona cobrindo os olhos.

- Tirando a roupa. Qual o problema? - pergunta sem entender, vestindo a camiseta.

- Não pode sair tirando a roupa assim.

- Aqui na cidade vocês tomam banho de roupa? - indaga boquiaberta.

- Não é isso. Eu quis dizer que você não pode tirar a roupa na frente de um desconhecido.

- Mas você não é desconhecido, é o meu amigo Cael.

- Santo Deus! Você não pode tirar a roupa na frente de um homem mais velho. Entendeu?

- Entendi! - responde, balançando a cabeça.

- Ok! Eu vou sair pra lhe dar privacidade. Tenha um belo corpo. Droga! - exclama, batendo com as mãos na testa. - Eu quis dizer, tenha um belo banho.

********************

Depois de alguns minutos, Lyara sai do banheiro, enrolada numa toalha branca. Ela admira os detalhes do belo quarto com paredes cor de pêssego, a cama cheia de travesseiros e a cortina florida. Contudo, o que mais chama a sua atenção é certo eletrodoméstico que reflete o seu reflexo.

O diretor entra no quarto, ele está vestindo um moletom cinza e traz consigo algumas peças de roupas.

- Está tudo bem, Lya? - indaga, estranhando a postura hipnotizada da índia.

- Esse espelho é tão escuro.

- Não é um espelho, é uma televisão. Você nunca viu uma televisão?

- Vi nas vitrines das lojas, mas sempre tem imagens passando.

- É porque está desligada, você precisa ligar a TV para aparecer às imagens - fala Lacerda, pegando o controle remoto em cima da mesa de cabeceira.

- Nossa, que incrível! - exclama, impressionada ao ver o televisor ligar. - Posso apertar aí? - pergunta apontando para o controle nas mãos dele.

- Claro, é todo seu - responde, entregando o controle remoto a ela.

A índia com o controle da televisão em mãos começa a apertar todos os botões de maneira frenética.

- Para, Lya! Desse jeito você vai acabar quebrando tudo - comenta, tirando o controle das mãos dela. - Deixa eu lhe mostrar como funciona, este é o botão que liga/desliga e este é o botão que troca de canais. Por hora mexa apenas nesses botões, está bem? - ensina apertando no controle remoto.

- Tá! - responde, fazendo bico após a bronca.

- Trouxe um pijama pra você - disse, mostrando uma calça xadrez e uma camiseta branca.

Lyara faz menção a tirar a toalha, Lacerda arregala os olhos e a adverte:

- Lya, o que foi que nós conversamos sobre tirar a roupa?

- Que eu não posso tirar a roupa na frente de homens mais velhos - responde cabisbaixa, segurando a toalha.

- Exatamente. Pegue e se vista dentro do banheiro - ordena, entregando o pijama.

Após alguns minutos, Lyara sai de dentro do banheiro vestida com o pijama de Lacerda, que apesar de ser de um tamanho maior que o dela lhe caiu muito bem.

- Meu pijama ficou ótimo em você - comenta, recebendo um largo sorriso dela como agradecimento.

- Tem o seu cheiro - comenta a índia, fungando a gola da camiseta.

- Deve ser o amaciante de roupas.

- Não, é o seu cheiro. - Ela funga mais uma vez e conclui: - Você cheira a água.

- A água não tem cheiro, Lya.

- Essa é a sua opinião - disse, cruzando os braços.

- Na verdade é a opinião da ciência, mas deixa pra lá. Deita aqui, você precisa colocar o seu pé pra cima - enfatiza, arrumando as almofadas.

Ela para em frente à cama e observa com olhar vago.

- Algum problema, Lya? - pergunta, sem entender.

- É que eu nunca deitei numa cama.

- Ah! Eu nem sei o que dizer... Sinto muito - fala o empresário, com os olhos marejados.

- Eu sempre dormi em rede.

- Que droga! Isso não está certo. Você não deveria ter passado por tudo isso, ter sido privada de tantas coisas... - disse estarrecido, com as mãos no rosto.

- Na selva a gente dorme na rede ou no chão.

- Você não deveria ter sido criada na selva, deveria ter sido criada aqui com todo o conforto - explana, segurando os ombros dela.

- Aqui nessa casa pomposa? - indaga se desvencilhando das mãos dele. - Não me leve a mal, mas eu prefiro a selva. Tem alguma rede aqui?

- Tem uma rede de bambu na varanda do meu quarto.

- Eu posso ver?

- Você no meu quarto? Eu não acho que seja apropriado, Lya.

- Por favor, eu adoro rede de bambu, me mostra?

********************

Na suíte máster.

- Uau! Esse quarto tem o dobro do tamanho do outro e a cama é gigantesca, um casal de peixes-boi⁷ poderia dormir aqui - comenta, impressionada.

- Eu gosto de conforto - gaba-se, afofando os travesseiros.

- E essa TV é maior que a outra - comenta, pegando o controle remoto de cima da mesa de cabeceira.

Quando Lyara aperta no botão e liga a televisão, um filme pornô começa a passar.

- Ah, merda! Desliga essa TV, Lya - disse constrangido, pelas imagens obscenas de orgia.

Ao invés de desligar, a índia começa a mudar de canais e a cada clique um novo filme pornográfico.

- Que mandioca grande! - comenta se aproximando da tela.

- Lya, me dá esse controle pelo amor de Deus - implora, puxando o controle remoto da mão dela e finalmente desligando a televisão. - Isso aí... Eu acho que o Lucas andou mexendo na minha TV - justifica, colocando a culpa no sobrinho.

- Você assiste a esses filmes com ele?

- Não! Não foi isso que eu quis dizer. Esquece! - exclama, constrangido. - Vem aqui, vou lhe mostrar a varanda.

As cortinas automatizadas se abrem ao apertar de um botão, revelando as portas de vidro que levam até a varanda. O diretor abre as portas e Lyara se encanta com a vista. Da varanda é possível admirar a área de lazer da mansão, que conta com uma grande piscina com cascata, dispostas ao redor da piscina espreguiçadeiras, cadeiras e poltronas de diferentes materiais e tamanhos, e o belo jardim em volta é destacado pela planejada iluminação.

- Que incrível! - fala boquiaberta, encantada com a beleza do lugar.

- É sim. Faz tempo que... Ultimamente tenho trabalhado tanto que só venho pra casa pra dormir - disse o diretor, debruçando-se sobre o batente da varanda.

- Se eu morasse aqui não sairia dessa piscina nem por decreto - comenta Lyara, apoiando os cotovelos no batente e repousando o queixo nas mãos.

- Quando eu era jovem passava o dia inteiro na piscina. Eu fui campeão de natação - gaba-se, estufando o peito. - Ganhei torneios nacionais e até internacionais, eu teria ido para as Olimpíadas se... - Faz uma pausa e respira fundo.

- Se o quê? - questiona curiosa, com o desfecho da história.

- Se o meu pai não tivesse falecido. Meu pai morreu, daí eu precisei abandonar a natação e assumir os negócios da família - revela, com lágrimas nos olhos.

- Eu sei como é, também sinto falta do meu pai - consola, esfregando as costas dele com a mão.

- Não estou chorando por causa daquele covarde - disse revoltado, enxugando as lágrimas. - E sim por ter largado mão do meu sonho por conta dele. Que tipo de homem tira a própria vida com dois filhos pra criar? - pergunta retoricamente, gesticulando indignado.

- Ele se matou? - constata, arregalando os olhos.

- O hotel estava à beira da falência e o meu pai decidiu que era mais fácil meter uma bala na cabeça e deixar os dois filhos de dezessete anos por conta própria. Covarde desgraçado! - exclama, com ódio no olhar.

- Você guarda muita mágoa aí dentro - comenta a índia, apontando para o coração dele. - Esse sentimento ruim está ocupando todo o seu coração, desse jeito não vai ter espaço para os sentimentos bons.

- Não tem nada de bom na minha vida, só muito trabalho e um bando de abutres interesseiros me cercando - fala o diretor, bagunçando os cabelos cacheados com as mãos.

- Ao menos você tem sua irmã, seu sobrinho, uma casa, roupas, cama... Eu não tenho nada disso e nem por isso estou resmungando como um velho chato.

- Desculpe! Estou sendo uma péssima companhia, não é? É a idade, estou ficando velho - disse, dando um sorriso sem graça.

- O Kanauã já tem quase cem anos e é muito divertido.

- Eu não sou um especialista em macacos, mas eu acho que eles não vivem mais de cinquenta anos - opina pensativo.

- Essa é a sua opinião, Cael - reage, cruzando os braços.

- É a opinião da biologia, Lya - provoca, deixando escapar um sorriso.

- Precisa desapegar desses conceitos pré-determinados. A natureza não segue opiniões, nem teorias, ela segue seus próprios instintos - conceitua, movimentando as mãos no ar como se moldasse algo.

- Isso é algum tipo de ritual de dança ou é mal de Parkinson? - pergunta sarcástico.

- Engraçadinho! - exclama, mostrando a língua. - Posso dormir nessa rede? - pergunta a índia, sentando-se na rede de bambu da varanda.

- Não prefere dormir naquele quarto?

- Prefiro dormir aqui com esta vista maravilhosa - responde, suspirando e olhando em volta.

- Espero que estejam famintos - surge a governanta, segurando uma bandeja. - Eu sei que o senhor pediu um lanche, mas com a carinha de cansaço de vocês achei melhor servir uma sopa reforçada de carne com legumes - comenta Marta, colocando a bandeja na mesinha branca da varanda.

- Viu só, Lya? Eu não mando nem no que eu como - disse o diretor cruzando os braços.

- Deixa de ser chato, Cael. A sopa está com um cheirinho delicioso. Obrigada, dona Marta! - fala Lyara, abraçando a governanta.

- De nada, minha menina - disse Marta, retribuindo o abraço. - Amei essa garota - comenta Marta a Lacerda, gesticulando a boca, mas sem emitir som.

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6_Maceta é uma gíria regional para algo grande; enorme.

7_Peixe-boi é um mamífero aquático encontrado na bacia do rio Amazonas, podendo chegar a pesar 300 kg e a medir 2,5m.

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