1. 🌶️

Um baque alto parecendo que alguém está tentando fazer um buraco em sua cabeça acorda Jimin. Sua dor de cabeça começa a piorar a cada segundo que passa, e depois de perceber que também sente dificuldade para respirar, por sua boca estar muito seca, ele tenta abrir os olhos cansados e ajustar sua visão à luz que vinha da janela mais próxima. Leva alguns segundos para registrar onde está deitado e por que está sentindo tanto frio.

Depois de se levantar, ele olha para a parte superior de seu corpo nu e faz uma careta confusa.

— Festa, aniversário, bebida... casa de Eunwo...

Jimin finalmente começa a ligar os pontos, e depois de olhar em volta e ver alguns de seus amigos desmaiados pela casa, vestindo apenas algumas partes de suas roupas, ele se lembra do jogo de strip poker que eles jogaram, misturado com algumas bebidas, que na hora não parecia nada, mas foi uma má ideia.

Depois de coçar os olhos, ele começa a andar na ponta dos pés, com cuidado, tentando não acordar ninguém.

Ele pega uma garrafa de água da geladeira e bebe quase toda.

No momento em que ele vê o relógio, que está pendurado na cozinha, seus olhos se arregalam de choque porque caramba, como pode já ser 11 da manhã se geralmente ele acorda às 7.

Para tornar as coisas ainda pior, o telefone em seu bolso de trás começa a tocar e, assim que ele vê quem está ligando, sabe que está ferrado.

"Merda, merda, merda..."

— Olá vovó... Sim, estou acordado, na verdade estou indo... — Ele responde e tenta falar com calma, mas está tudo menos calmo. Ele começa a procurar freneticamente pelo resto de suas roupas, por toda a casa, não se importando muito em acordar os outros agora, porque está atrasado.

— Você sabe que tem que chegar na hora, Jiminie?

— Eu sei. Eu disse que estou indo.

— Eu posso ouvir você entrar em pânico até mesmo pelo telefone. Tudo bem se você não chegar a tempo. Eu tenho mais uma pílula sobrando...

— Vou chegar na hora, só... tenho que ir agora... Tchau.

O fato é que, todas as quintas-feiras, Jimin vai ao maior laboratório experimental farmacêutico que trabalha com casos especiais de pessoas que precisam de algum tratamento especial, como sua avó.

Quatro anos atrás, ela foi diagnosticada com uma condição óssea rara que tornava seus ossos muito sensíveis e com dor, e depois de anos procurando por algo que a ajudasse, Jimin tropeçou nesse tratamento experimental ao qual ela respondeu surpreendentemente bem.

Ela se sente melhor, e finalmente, eles puderam voltar para suas vidas e aproveitar o tempo juntos.

A única coisa que incomoda Jimin é o quão caro o remédio é. Ele teve tanta dificuldade em sustentá-los antes, e agora que todo o dinheiro que tem é para comprar os remédios dela, ele não teve outra escolha, a não ser encontrar dois empregos em vez de um.

Como um orgulhoso estudante de medicina, Jimin já tem um emprego de estagiário de meio período em um dos melhores hospitais de Seul, mas como tudo faz parte de sua prática universitária, não paga muito. Ele ama seu trabalho, mas o dinheiro que consegue com ele não é suficiente para as necessidades dele e de sua avó, então nas noites de sexta e sábado ele trabalha como barman em um dos melhores clubes de Seul, e essas duas noites são suficientes para ele ganhar o dinheiro para a dose semanal do remédio de sua avó, mas também o deixa super cansado e exausto o tempo todo.

Então, agora que tem cerca de 17 minutos para chegar à consulta com a equipe médica da farmácia Jeon, ele agarra apressadamente a única camisa branca que encontra no chão, lembrando que estava usando uma na noite passada, puxa a camisa pela cabeça enquanto pega sua jaqueta de bombardeiro que está no corredor e corre para fora o mais rápido que suas pernas podem levá-lo.

Felizmente, a casa de Eunwo fica a apenas alguns quarteirões de distância, então, depois de correr por 8 minutos direto, ele para na frente do enorme prédio de mármore preto, com uma grande placa branca com instalação experimental da farmácia Jeon escrita na frente.

Jimin entra, acena com a cabeça para o educado segurança, que ele já havia visto tantas vezes, e depois passa pelo longo corredor direto para a recepcionista, a quem ele não precisou dizer nada mais do que "meu compromisso é em 5 minutos ", e ela balança a cabeça com um sorriso, sabendo que Jimin vem aqui todas as semanas, no mesmo horário.

Ele vai para a esquerda e entra no elevador grande e limpo com enormes espelhos dentro. Ele olha instintivamente para sua imagem e faz uma careta chocante. Ele não parece bem. Bom, ele nunca parecia bem, mas hoje seu cabelo está uma bagunça, ele tem olheiras e parece mais apenas cansado e sonolento.

"Ótimo, agora aquele cara fofo vai me ver parecendo uma merda..."

Sem querer, seus pensamentos vai para um cara gostoso e fofo que ele encontra toda vez que vem comprar o remédio, porque ele é um dos funcionários de lá, e o cara sempre sorria fofo para Jimin no final de sua consulta, ao que Jimin respondia com um sorriso igualmente doce.

Bem, hoje, Jimin vai evitar o cara bonito, não querendo que ele o veja no seu pior estado.

Depois que a porta do elevador se abre, Jimin passa pelo corredor branco e entra na grande sala de espera, e depois de olhar para o grande relógio digital na parede, ele percebe que tem 3 minutos restantes até sua consulta.

Ele se senta ao lado de uma senhora que tem uma expressão doce no rosto e respira fundo, ainda meio cansado de tanto correr.

Minutos depois, sua respiração começa a se acalmar e ele se sente quente e suado sob a jaqueta, provavelmente por causa da corrida, então tira a jaqueta e sente um calafrio instantâneo no corpo, especialmente na parte inferior das costas.

Esquisito.

— Park Jimin.

Ele ouve uma voz familiar, da senhora que sempre guia seus compromissos. Jimin passa pelos quatro escritórios, mas resolve dá uma espiada no último escritório da fila, que é o daquele cara fofo, e já que todos os escritórios podem ser visto através do vidro, ele consegue ver o cara claramente, e ele estava olhando na direção de Jimin.

"Merda... Agora ele está tão arrumado, quando a mim pareço que fui atropelado por um caminhão..."

— Bom dia Sr. Park. Sente-se. — Diz a farmacêutica de meia-idade, depois de olhá-lo com algum tipo de olhar questionável, então Jimin se senta na cadeira em frente a ela, como sempre faz.

— Então, como está a sua avó? O ​​remédio ainda está ajudando? — Ela sempre faz as mesmas perguntas e ele sempre responde da mesma forma.

— Sim. O remédio está fazendo maravilhas por ela. Ela não sente a dor, pode fazer todas as coisas que ela normalmente não conseguia em casa. Ela começou a fazer suas caminhadas matinais novamente, então eu acho que esta é a melhor coisa que aconteceu com ela.

— Estou muito feliz em ouvir isso. É muito importante obter um feedback honesto dos usuários, pois dessa forma poderíamos tornar o medicamento ainda melhor e, com sorte, poderíamos ajudar os outros também.

— Eu concordo totalmente. — Jimin diz.

A senhora se levanta, pega o envelope branco no qual o remédio está sempre guardado e entrega a Jimin.

— Custa 389 reais. — Ela diz, e ele engasga com o ar.

— O quê? Isso deve ser algum tipo de engano. O remédio da minha avó custa 216 reais, às vezes 179, se houver algum desconto.

— Ah, esse é o preço antigo. Tivemos que aumentar porque alguns dos ingredientes que usamos para tornar o remédio ainda mais eficiente custam muito dinheiro e são super raros de encontrar, então infelizmente esse é o novo preço da semana.

E Jimin está bravo. Ele está realmente furioso. Ele achava o preço antigo muito caro, e esse então? 389 por semana. Isso é uma loucura, e a maneira como eles nem avisaram a ele sobre isso, torna tudo ainda pior.

Ele se levanta da cadeira e cruza os braços sobre o peito.

— Quero falar com o seu chefe, supervisor, quem manda nisso, porque isso não é justo. O remédio custava uma fortuna antes, e agora simplesmente não é aceitável.

— Senhor, acalme-se. Posso conseguir uma reunião com meu chefe, mas apenas em duas semanas, ele não está aqui agora...

— Eu não me importo, eu preciso desse remédio e só tenho a mesma quantia de dinheiro que sempre tive.

— Sinto muito, Sr. Park, mas não posso lhe dar o remédio então. — A senhora diz, sua voz triste, mas firme, e ela se levanta para guardar o remédio que Jimin precisa tão desesperadamente.

— Você sabe quanta dor minha avó sentirá se ela não tomar os remédios? Sabe? — Jimin pergunta, agora passando as mãos pelos cabelos, o vento frio passando por toda a parte inferior das costas, fazendo-o estremecer.

— Sinto muito. Posso marcar outra consulta para amanhã de manhã para que você possa marcar para ela. — A senhora tenta acalmá-lo, mas só o deixa ainda mais irritado.

— Oh, isso seria perfeito! — Ele diz sarcasticamente e continua. — Isso é tudo que eu preciso. Outro compromisso. E quanto ao dinheiro? Você acha que o dinheiro cresce nas árvores? Porque não! Bem, tecnicamente cresce, já que o dinheiro é um papel e o papel é um produto da madeira... Não importa... — Ele começa a resmungar, o velho hábito que desenvolveu quando era mais jovem. — Não posso pagar o remédio agora, provavelmente não vou conseguir encontrar o dinheiro amanhã também, e o que me parte o coração é que provavelmente não poderei providenciar o remédio agora. — Ele diz parecendo derrotado e magoado, e começa a caminhar em direção à porta. Ele se vira uma última vez e olha para a senhora de cabelos castanhos. — Eu entrarei em contato com você quando eu resolver as coisas. Eu só preciso de tempo.

— Eu entendo... — Ela começa a falar, mas ele já havia saído.

Esta era a hora em que ele normalmente olhava para o escritório do cara bonito, esperando seu pequeno sorriso aparecer, mas não hoje.

Hoje Jimin tem muito em que pensar, então quando ele volta para a sala de espera, ele vê as pessoas que estão esperando lá, sem vergonha, olhando para ele, então ele percebe que talvez estivesse falando muito alto, então agora todos estão olhando para ele estranhamente.

"Isso é estranho."

A linda senhora, que estava sentada bem ao lado dele, olha para ele com os olhos semicerrados e balança a cabeça levemente depois que eles fazem contato visual.

"Qual diabos é o problema dela?"

Jimin vai direto para o elevador, ainda segurando sua jaqueta nas mãos, sentindo um pouco de frio agora.

Assim que entra no elevador, uma visão chocante, com um grito agudo não planejado vindo de sua boca o assusta profundamente.

Ele aperta o botão e se olha no espelho: ele está usando uma blusa branca cortada, e lembra que sua amiga Eunbi estava usando ela na noite anterior. A blusa, ou melhor, o top ficou linda em Eunbi, mas nele, ele pensa, é constrangedor.

Agora tudo faz sentido. Os olhares estranhos das pessoas na sala de espera, aquela avó balançando a cabeça, o cara fofo olhando para ele...

"Foda-se minha vida."

Quando ele coloca as mãos sobre a testa, o pequeno top curto se ergue, revelando seu umbigo e a tatuagem sobre sua costela direita. Ele suspira profundamente e revira os olhos com a visão, e quando a porta do elevador se abre, ele rapidamente veste sua jaqueta, lamentando sua decisão de tirá-la em primeiro lugar.

Jimin sai e fica parado na frente do prédio, incapaz de andar. Ele coloca as duas mãos sobre os joelhos e se agacha um pouco, tentando respirar fundo, pensando no que fazer a seguir.

Ele deveria ligar para a avó agora e contar o que aconteceu, ou ele deveria tentar encontrar outro emprego, ou talvez pegar um empréstimo de alguém...
Jimin realmente não quer vê-la sofrendo, com certeza, e ele fará qualquer coisa que puder para não deixar isso acontecer.

— Park Jimin!

Jimin ouve uma voz masculina chamando seu nome, então se vira apenas para encontrar os olhos de corça escura mais bonitos que ele já viu em sua vida.

— Oi... — Ele diz um pouco tímido, esperando que o cara bonito do prédio não tivesse visto seu fiasco momentos antes, mas como apenas a fina parede de vidro estava entre eles, isso é altamente duvidoso.

— Eu ouvi você lá e acho que posso ajudar. — O cara fofo diz, com um sorrisinho.

"Sim, ele me ouviu..."

— Oh sério? — Jimin está obviamente confuso. Por que ele o ajudaria? E como ele poderia ajudar? E por que ele está aqui em primeiro lugar?

— Sim. Não posso falar agora. É um dia agitado de trabalho, mas se você quiser, podemos nos encontrar hoje à noite, às 6, e posso explicar melhor para você. — O cara moreno diz, e entrega a Jimin seu telefone.

— Dê-me seu número e eu enviarei o endereço onde podemos nos encontrar.

Embora Jimin seja um pouco cético sobre isso, porque ele nunca deu seu número para ninguém tão facilmente, principalmente para alguém que ele não conhecia, mas como é por uma boa causa, (e o cara é gostoso) ele imaginou que não teria problema.

Depois de digitar seu número, Jimin checa duas vezes, para ver se digitou certo, e depois de ver que o fez, ele devolve o telefone para o cara, e só então ele percebe que não sabe o nome dele.

O cara começa a sair, e como se pudesse ler a mente de Jimin, ele se vira, encarando Jimin novamente e finalmente se apresenta.

— A propósito, sou Jungkook.

— Prazer em conhecê-lo Jungkook, e obrigado, acho que te vejo mais tarde.

— Até mais tarde.

Eles se olham por um breve momento e então os dois se viram, seguindo seus caminhos separados.

[...]

Um minuto depois, Jimin está ligando para Tae, para contar a ele tudo sobre seu terrível encontro e o que aconteceu depois.

— Uwu, o cara fofo finalmente criou coragem para falar com você. Então, é seu primeiro encontro ou algo assim?

— Não Tae. De jeito nenhum. Só vamos nos encontrar para que ele possa explicar como pode me ajudar com o remédio da minha avó. Aposto que ele poderá me dar um bom desconto. Ele está trabalhando lá, então, provavelmente, pode até falar com os donos, e talvez eles possam baixar o preço... não sei.

— Parece um plano e um encontro ao mesmo tempo.

— Sim, sim, tudo bem. Eu só queria falar com alguém para acalmar minha mente, mas você só está tornando as coisas piores.

— Ouuuw, meu bebê está tendo uma crise agora? Ele é realmente tão gostoso?

— Não. Sim. Eu não sei. Vou apenas estudar um pouco mais antes de ir encontrá-lo-lo, eu acho.

— Ok, me ligue assim que terminar. Não me faça ficar preocupado...

— Eu vou. Não se preocupe.

   

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Percebemos que Jimin tem que ralar duro para ter o necessário e para complicar ainda mais o remédio de sua avo ficou muito mais caro. Mais parece que apareceu um salvador.... Ou não?! Vamos descobrir nos próximos capítulos.

Ah estou repostando e na primeira vez que postei ela teve muito mimimi e ofensa desnecessária. Até porque avisei que a história seria sobre acordo sexual. Acordo sexual = fazer sexo em troca de algo. Então pra que tanta nojeira. Não gosta, não lê. Simples. Não vem xingar minha história ou personagem porque não gosto e não vou ficar calada. Aqui é ficção.

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