Comentem gente, interajam...

-Victor.

Já havíamos voltado para a casa e as coisas já estão começando a ficar estranhas porque Bárbara se mudou pro meu quarto hoje.

Sei que foi eu quem exigi isso, mas é bastante estranho ter uma mulher ocupando uma boa parte do meu quarto.

Literalmente todos os cantos do quarto tem alguma coisa de mulher, até decoraçãozinha' ela coloco em cima de alguns móveis.

Como o esperado, não havíamos mais conversado desde o hotel, e olha que almoçamos e tomamos café da tarde juntos.

Decidi ficar na área da piscina um pouco, o cheiro de creme no meu quarto está me sufocando. Bárbara consegue me tirar do sério mesmo sem direcionar a palavra para mim.

Entretido nos vídeos do meu notebook, o motorista chega em mim.

——— Com licença senhor Ricci. ——— ele diz e eu deixo de olhar meu computador para olha-lo.

——— Sim?

——— A senhorita Bárbara me pediu para preparar um carro pois vai sair. ——— me comunica. ——— Sair sozinha, ela vai dirigir.

Eu havia pedido para os meus motoristas e seguranças me deixassem ciente sobre minha esposa sair de casa e suas intenções.

——— Entendi, pode ir.

Ele se afastou e eu me levantei, deixando meu notebook assim mesmo e entrando dentro da casa. Subi as escadas e fui para meu quarto, encontrando Bárbara lá sentada em frente à penteadeira.

——— Aonde pensa que vai? São 18h da tarde. ——— pergunto e ela me olha pelo espelho.

——— Sair com minha irmã e a minha cunhada. ——— responde e se levanta da penteadeira, caminhando até o closet.

Vou até ela.

——— Entendi. ——— coloco as mãos no bolso. ——— E por que quer ir dirigindo? Peça ao motorista que te leve.

Vejo Bárbara revirar os olhos, enquanto coloca uma bolsa no ombro.

——— Não preciso que alguém dirija para mim até um restaurante. Para de me encher o saco, Victor. Cuida da sua vida um pouco!

——— E como vou ter certeza que você está saindo com sua irmã e sua cunhada mesmo?

——— E você precisa ter certeza por que exatamente?! Não pode controlar minha vida, okay? ——— ela passa por mim e sai do closet, escutei o barulho dos seus saltos se afastando do quarto e bufei.

Mandei mensagem para um dos seguranças pedindo que a seguisse sem que ela perceba.

Tenho um pé atrás com aquele Luca, e se eles realmente tinham uma caso antes do casamento assim como eu acho, nada impediria Bárbara de continuar com isso agora.

Não podem descobrir que é uma fachada, se vaza algo dela com outro, ou vou ser taxado de corno ou vão desconfiar do nosso casamento.

A mídia não pode saber da verdade, devemos ser vistos como O Casal. Querendo ou não status é importante para a gente, pessoas tem que respeitar a gente, desejar ter a vida e o dinheiro que temos. Faz parte!

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-Bárbara.

Eu realmente tinha saído para encontrar minha irmã e minha cunhada, mas depois de ver as duas eu iria para outro lugar.

Preciso conversar com meu amigo, sem malícia nenhum, apenas conversar. Sei que se o motorista me levasse, Victor iria saber e não ia gostar, já que agora aparentemente ele pensa que me manda.

Jantei com as meninas, tomamos duas taças de vinhos e agora estou dirigindo rumo ao lugar que combinei de encontrar Luca.

Era um lugar perto do lago, onde dava para ver a cidade. Muito lindo aqui, eu e ele sempre vem aqui.

Quando estacionei meu carro, percebi que ele não havia chegado ainda, desci e me aproximei da cerca, apoiando meus braços nela.

Meu cabelo estava voando com o vento. Mais ou menos uns 10 minutos depois escutei barulho de um carro se aproximando.

Era um carro diferente do que Luca normalmente usava, mas ele podia estar usando outro hoje.

Esse meu pensamento vai embora quando vejo meu marido descendo do carro, acompanhado de um segurança.

Reviro os meus olhos e volto a olhar pro lago, me segurando para não puxar uma briga agora.

——— Sair com sua irmã e sua conhada, né? ——— escuto sua voz atrás de mim e bufo.

——— Devo te lembrar que casamos, você não me comprou pra ficar mandando em mim como se eu fosse uma cadelinha de estimação. ——— me viro de frente para ele e cruzo os braços.

——— Deixa de drama, não vou ficar sentado enquanto você se encontra com seu peguetezinho, ser flagrada por paparazzis e desgraçar com minha vida!

Solto uma risada.

——— Eu que estou sendo dramática, é?

——— Não enche minha cabeça, Bárbara. Vamos embora!

——— Não vou embora agora, estou esperando meu amigo.

Vejo Victor apoiar as mãos na cintura e olhar pra cima enquanto suspira.

——— Pode fazer o que estou mandando pelo menos uma vez na vida? Ele não vem, trombamos com ele no meio do caminho e o mandei voltar para casa. ——— ele diz e eu ergo as sobrancelhas. ——— Vamos, agora.

Ele da as costas e joga uma chave para o segurança, que entra no carro e da partida.

——— Você é insuportável!

——— Obrigado, querida. ——— ele sorri de modo sarcástico. ——— Me dê as chaves do carro que você veio. ——— Victor estende a mão.

——— Não, vim dirigindo e vou voltar dirigindo. ——— passo por ele e caminho até a porta do motorista. ——— Entra no carona ou volta com o seu segurança.

Entro dentro do carro e bato a porta. Vejo pela janela Victor passar a mão pelo rosto e com certeza soltar alguns palavrões, isso me arranca uma risada.

Ele respira fundo e entra no banco do carona, se apressando em colocar o cinto de segurança rapidamente.

——— Muito engraçado. ——— reviro os olhos e coloco meu cinto também.

——— Muito necessário!

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Victor ontem conseguiu me estressar bastante, então hoje levantei motivada a gastar com o dinheiro dele!

Não economizo nem um pouco quando vou às comprar com o meu dinheiro, agora imagina com o dinheiro do meu marido?! Vou fazer a festa nas lojas hoje.

——— Por que caralhos você quer meu cartão? ——— Victor pergunta enquanto segura o celular na orelha.

——— Preciso fazer algumas compras.

——— Você com certeza tem grana aí, depois vou providenciar um cartão em seu nome.

——— Quero o seu cartão! ——— insisto.

——— Só um minuto. ——— ele diz pra quer que esteja do outro lado da ligação. ——— Compre suas coisas e eu te envio o valor de tudo que você gastou.

——— Victor. ——— passo a mão pelo cabelo impaciente. ——— Quero a porra do seu cartão, ou você não quer bancar sua própria esposa? Poxa, pensei que dinheiro não fosse um problema pra você...

Victor enfia a mão no bolso e pega sua carteira, depois tira um cartão de lá de dentro e me entrega.

——— Tem limite? ——— pergunto, mesmo sabendo que não.

——— Sem limite. ——— ele fala e volta a conversar no celular.

Saio do seu escritório e vou até um dos seguranças. Quando me aproximo o mando ligar para Arthur, pedir para conversar com a sua esposa e avisa-la que vamos passar em sua casa para irmos às compras.

Não tenho amigas, minha irmã e minha cunhada voltaram para a cidade delas e eu acho que preciso de alguém pra fazer amizade no momento, ainda mais a Carol que vai estar muito presente na minha vida.

Não demoramos muito para chegarmos na casa da Carol, era bem perto da minha. Quando chegamos, ela foi avisada e logo entrou no carro, se sentando ao meu lado.

——— Oi, tudo bem? ——— ela diz e abre um sorriso para mim.

——— Tudo bem e com você? ——— retribuo o sorriso.

——— Então...O que está te fazendo ir às compras hoje? ——— Carol me pergunta e ergue a sobrancelha.

——— Como sabe que tem um motivo? ——— solto uma risada.

——— Bom, pelo menos comigo, vou às compras quando preciso relaxar de algo que aconteceu. Me distrair, sabe?

——— Sei. Eu estou indo porque Victor está me estressando, pensa que é o meu dono e então eu fiquei com vontade de gastar o dinheiro dele.

Carol ri.

——— É isso aí.

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Quando cheguei em casa já estava a noite. O dia com Carol foi divertido, ela é muito legal e aparentemente gostamos uma da outra.

Desço do carro e entro no Hall da casa, os seguranças estavam colocando minhas compras todas ali.

Victor apareceu lá e observou tudo o que eu havia comprado.

——— Está pensando em revender Hermes? ——— ele diz debochando de mim.

——— Não, tudo para mim mesmo. Vi uma bolsa, achei bonita e quis uma de cada cor e estampa.

Ele estreita os olhos.

——— Entendi.

Só na Hermes eu havia gastado mais de 500mil, mas isso não é nada na conta do Victor.

Havia ido em outras lojas também, Carol e eu realmente fizemos a festa nas lojas ontem.

——— Aqui está. ——— pego o cartão e "bato" em seu peito o fazendo pega-lo.

——— Já providenciei um cartão pra você durante a tarde.

——— Perfeito. Peça para levarem isso pro closet para mim. Preciso de um banho, estou exausta...——— passo por ele e Victor me acompanha com olhar até eu sumir de sua vista.

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