Prólogo

"Eu sei que não sou o cara que você pode levar para casa para sua mãeMas honestamente eu só estou procurando um pouco de diversãoNós podemos derramar a bebida e bater o embotado até vermos o solUma vez que a noite acabou, até mais garota, eu tenho que correr"

- 100 Ways
Austin Hull

Os raios de sol invadem o quarto pela pequena fresta da janela e solto um praguejo sem querer.

Odeio acordar desse jeito.

Abro os olhos sem pressa e varro o lugar com o olhar tentando lembrar onde estou.

Definitivamente não estou em casa.

Essa cama é muito macia para ser minha.

Me viro para o lado e dou de cara com uma cabeleira loira espalhada no colchão, os braços finos abraçam um travesseiro quase do tamanho do seu corpo e as pernas nuas se dobram uma sobre a outra fazendo com que uma curva se forme na bunda nua. Ela dorme pacificamente e um sorriso tranquilo se forma nos lábios carnudos.

Ergo uma sobrancelha com curiosidade e remexo na minha mente para ver se me recordo o nome da garota falhando miseravelmente.

Que se foda.

Me levanto com cuidado para não acordá-la.

Preciso ir ao banheiro urgentemente antes de vazar daqui.

Faço o que tenho que fazer em poucos minutos e aproveito para lavar o rosto. Nego com a cabeça para o meu reflexo e me repreendo mais uma vez por ser um babaca.

No entanto, ao mesmo tempo, sei que pelo menos não estou iludindo ninguém.

É uma das minhas regras antes de sair com qualquer garota.

Sempre deixo bem claro que o máximo que ela vai conseguir comigo é uma noite de sexo e nada mais.

Não quero me prender a nenhuma relação no momento e estou pouco me fodendo para o que pensam de mim.

Porque digamos que não tenho uma boa fama.

Para ser bem sincero, ela é péssima.

Sou bem conhecido na universidade e basicamente cada aluna acha que sou um maldito insensível que adora brincar com seus coraçõezinhos quando na verdade eu nunca dei e nem dou sinais de que quero algo mais sério com elas.

E mesmo assim, mesmo sabendo disso, todas continuam vindo até mim por uma dose de diversão.

No final das contas, elas são tão culpadas quanto eu.

Procuro minhas roupas espalhadas pelo quarto decorado em vários tons de rosa, desde as paredes, os móveis, almofadas e lençóis até as cortinas da janela e não consigo evitar fazer uma careta.

Parece que a Barbie vomitou aqui dentro depois de uma farra com o Ken.

— Bom dia, gato. -A voz rouca de sono chama a minha atenção e continuo vestindo minha calça sem me dar o trabalho de me virar. — Já está indo embora? Por que não fica mais um pouco? Podemos tomar um café da manhã, se quiser. -Consigo sentir o tom esperançoso na sua voz.

Oh não... lá vamos nós.

— Me desculpe, hã... Brianna? -Arrisco e ela gira os olhos decepcionada.

Bianca. -Resmunga se ajeitando na cama sem se preocupar em se cobrir.

De todas maneiras já vi tudo o que tinha que ver nela ontem...

— Certo. Então Bianca, não leve para o lado pessoal, mas você sabe muito bem como funcionam as coisas comigo, não sabe? -O colchão afunda quando me sento ao seu lado.

— Eu sei... -Seus olhos brilham com uma determinação que reconheço em cada menina com quem saio.

Isso não é um bom sinal.

Ela quer mais.

E isso é o que sempre estraga tudo.

— Escuta, você é linda, tem um corpo incrível e é super inteligente. -Ela balança a cabeça em concordância e ao mesmo tempo animada ao escutar minhas palavras. — Não merece um idiota como eu. - Continuo acariciando seu rosto com delicadeza e seu sorrisinho se desfaz lentamente.

— O que fizemos ontem foi apenas sexo para mim. E nunca vai ser mais do que isso. -Me levanto sem deixar brecha para que ela tente insistir dizendo que com ela as coisas podem ser diferentes.

Saio do quarto vestindo a blusa enquanto caminho pelo pequeno corredor até a sala.

Não espero que Bianca responda, porque sei onde vamos parar e não estou com paciência para isso. Não depois de saber que minha irmã resolveu largar a faculdade para seguir o sonho de virar tatuadora.

Foi por esse motivo que resolvi ir naquela festa da fraternidade depois de deixá-la em casa e pelo qual me encontro aqui com uma garota que sequer lembrava o nome.

Estou preocupado com Olívia.

Não por como meus pais vão reagir quando souberem que ela fez essa loucura, porque eles são bons até demais com nós dois. O que me deixa com uma sensação ruim no corpo, é como ela vai lidar com as consequências e com o peso de consciência, afinal de contas, de uma forma ou de outra, ela está mentindo para eles, algo que nunca tinha precisado fazer antes.

A única coisa que me tranquiliza minimamente é saber que, pelo menos, ela está em boas mãos.

Nick é o melhor tatuador dessa cidade e sei que ele vai cuidar dela enquanto eu não estiver por perto.

Estou quase chegando na porta do apartamento quando Bianca aparece do meu lado com um roupão de seda minúsculo que mal tampa suas pernas alongadas. Por conta do álcool no meu sangue e da escuridão noturna, não percebi que ela fosse tão alta, quase do meu tamanho.

Deslizo o olhar desde os pés descalços, subindo vagarosamente pelas pernas torneadas, a cintura fina, o busto recheado e parando no seu rosto fino que mais parece saído de uma revista de moda.

Seus dedos com a manicure perfeita aprisionam meu punho e inspiro profundamente me preparando para o pior.

— Tem certeza que é isso mesmo que quer? -Ela insiste e nego com a cabeça.

— Acho que deixei bem claro há alguns minutos atrás... -franzo o cenho — me desculpe, mas eu preciso mesmo ir embora. -Puxo meu braço com certa força para que ela me solte e seu semblante muda de esperançosa a completamente enfurecida.

— Vai se arrepender por isso, babaca.

A certeza com que ela fala é tanta que por um milésimo de segundo fico com medo, como se ela estivesse me lançando algum tipo de maldição ou algo do tipo, no entanto, me recupero rápido e dou de ombros sem ter outra saída.

— Não faz ideia de quantas vezes escutei essa frase. -Murmuro cansado antes de finalmente dar o fora dali.

Não olho para trás até chegar na segurança do meu carro.

De todas as meninas com as quais fiquei, essa tal Bianca parece ser a mais perigosa.

Tento não pensar muito no que ela me disse, contudo suas palavras rodopiam uma e outra vez na minha mente paranoica.

Ótimo.

Era só isso que me faltava.

Maldita seja!

É só mais uma garota.

Provavelmente não irei vê-la nunca mais, então não deveria sequer me preocupar. 

NOTA DO AUTOR

Eitaaaaaa que começamos daquele jeito kkkkkk
Eu disse pra vcs que Jhonny tbm não era flor que se cheire....
Mas mesmo assim, ele é um Cross e eu sei que vcs estão com
seus dez metros de pano preparados pra passar pra ele kkkkk
(pq eu também estou hahaha )

Espero que tenham gostado,
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Amo vcs, 🥰
Bjinhosssss 🖤🖤🖤

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