Capítulo 29
"Você pode me segurar?
Você pode me segurar?
Você pode me segurar em seus braços?
Porque quando estou em Seus braços, nos Seus braços
Eu não quero estar em nenhum outro lugar
Me leve da escuridão, da escuridão
Eu não vou conseguir fazer isso sozinho
Coloque Seus braços em volta
coloque Seus braços em volta de mim"
- NF
Can You Hold me
Minhas pernas tremem pelo esforço repentino e meu coração bate rápido como um coelhinho assustado.
Não olho para os lados, para ser sincera, quase não enxergo um palmo diante do meu nariz e é um milagre que eu não tenha tropeçado em alguma pedra ou em qualquer outro obstáculo e caído de cara no chão.
Posso garantir que todos estão me observando, pensando no que deve ter acontecido para que eu corra desesperada pelo campus como se tivesse fugindo de um fantasma.
E não estariam errados, já que é exatamente isso que estou fazendo.
Estou fugindo de um fantasma ridiculamente bonito.
Só paro de correr quando chego a uma sala vazia e sem pensar duas vezes passo pela porta me jogando em uma das cadeiras de madeira dura e fria.
O que deu na maldita cabeça de Jhonatan ao dizer aquilo para Bianca?
Será que ele não entende que agora ela irá ficar ainda mais furiosa e não nos deixará em paz?
Além do fato de que só de escutar aquelas palavras, senti um aperto no meu peito, uma premonição por meio de uma voz que me diz que tudo isso vai acabar muito mal.
Minha mente dá voltas e voltas tentando assimilar o que acabou de acontecer e quanto mais eu penso nisso, mais o ar escapa pelos meus pulmões e de repente estou respirando com dificuldade, as mãos trêmulas apertam o braço da cadeira tão forte que meus dedos ficam esbranquiçados.
Aperto os olhos para afastar essa dor que ameaça me invadir, no entanto, parece que nada vai me fazer parar de imaginar o pior.
— Ei, está tudo bem, eu estou aqui amor... eu estou aqui. -A voz rouca repete várias vezes até que começo a me tranquilizar pouco a pouco como em um passe de mágica.
Os braços musculosos me apertam contra si e posso sentir seus batimentos tão acelerados quanto os meus, o que me faz pensar em como estou sendo uma idiota por fazê-lo passar por uma situação tão desnecessária.
Mesmo assim, me sinto extremamente confortável com o seu calor, o cheiro amadeirado do seu perfume e as palavras sussurradas no meu ouvido que fazem meu corpo inteiro se arrepiar.
Porque Jhonatan é assim.
Ele sempre me traz essa paz que não experimentava há anos e saber que posso estar tão apegada a ele, só me deixa ainda mais preocupada.
De todas formas, não há mais nada que fazer.
Estou apaixonada por Jhonatan Cross e já estou cansada de lutar contra esse sentimento.
Quando minha respiração se normaliza, me afasto lentamente com os olhos úmidos pelas lágrimas que não aceitei que caíssem.
Devo manter pelo menos a minha dignidade intacta.
Jhonny segura meu rosto com ambas mãos e a expressão nos seus olhos é uma mistura de preocupação, medo e talvez algo de confusão.
— O que foi tudo isso, Ava? -Seus lábios se apertam em uma linha fina como se ele estivesse se controlando para não dizer algo mais.
— Jhonny eu... -respiro fundo. — Eu não sei como te responder, por onde começar.
Ele nega com a cabeça.
— O que acha de tentar pelo começo? -Fecho os olhos quando ele desliza a ponta do dedo pela minha bochecha fria.
Puxo mais uma longa respiração antes de criar coragem para falar e Jhonnatan espera pacientemente enquanto tento organizar as coisas dentro da confusão que é a minha cabeça.
Repasso cada parte do nosso diálogo de minutos atrás e novamente as duas palavras me atormentam sem aviso.
— Por quê disse para Bianca que você e eu estamos namorando? -Pergunto baixinho e desvio o olhar do seu para não ter que ver a decepção percorrendo suas íris castanhas.
O garoto por sua vez solta um longo e doloroso suspiro que me deixa ainda mais culpada.
— Confesso que não pensei antes de falar aquelas coisas, Ava, no entanto, não vou voltar atrás. Sei que não foi legal da minha parte assumir algo tão grande antes de conversarmos, é só que eu fiquei tão furioso com o jeito que aquela garota falou com você que não consegui me controlar. -Solto todo o ar e um sorrisinho se forma nos meus lábios sem que eu possa impedir. — Eu vou entender se ficar brava comigo, mas só quero que saiba que por mais que tenha sido no calor do momento, eu realmente quero que você seja minha namorada, só não compreendo o motivo de ter agido daquela maneira. Pensei que talvez quisesse o mesmo...
— Eu quero Jhonatan. -Me apresso em responder. — É só que tenho medo. -Continuo baixinho. Seus dedos capturam meu queixo outra vez girando-o para a sua direção e novamente encontro seu olhar expectante.
— Já disse mil vezes que não vou te machucar, Ava. Estou maluco por você, será que não consegue ver? -Ele encosta a sua testa na minha, suas mãos apertam levemente as minhas bochechas, os lábios pousam delicadamente sobre os meus e sinto pequenas explosões dentro de mim. Fogos de artifício que me queimam por completo e me fazem querer destruir cada um dos muros que levantei e me entregar profundamente, me render a esse sentimento que cresce cada vez mais de maneira desgovernada.
Contudo, como era de se esperar, a indecisão é a primeira em aparecer e junto a ela, aquela voz me diz que eu não devo fazer isso. Que por mais que ele seja um garoto carinhoso, amável e considerado, mesmo assim eu preciso me proteger.
Empurro seu peitoral para trás com cuidado e ele me observa confundido.
— Me desculpe por ser tão complicada, Jhonnatan, mas depois do que eu sofri nas mãos do meu ex namorado, eu prometi a mim mesma que não baixaria a guarda para mais ninguém. E-eu quero estar com você, quero poder agir da maneira certa, sair com você a qualquer lado, desfrutar de tardes no parque, sessões de cinema e todas essas coisas bregas que os casais fazem, mas eu não posso. -Admito com pesar. — Não quero te iludir e te fazer acreditar que vamos ter uma relação normal como qualquer outra, porque não será assim e não acho justo que você se prenda a uma pessoa que, pelo menos por agora, não pode ser o que você procura. -Sussurro a última frase com o coração pesando uma tonelada.
— Droga, Ava, não entendo... eu... -Jhonny penteia os cabelos para trás olhando para qualquer lugar menos para mim.
Aperto minha barriga como se tivesse levado um soco na boca do estômago.
Eu sabia que isso aconteceria uma hora ou outra.
Estou destinada a fracassar em qualquer relacionamento. É como se Beto tivesse jogado uma praga para cima de mim.
Sorrio amargamente.
Estou tão perdida que começo até a pensar que ele talvez esteja me sabotando mentalmente, impedindo qualquer oportunidade que eu tenha de ser feliz.
— Sinto muito -abaixo a cabeça contemplando o chão sujo -, acho que eu não sou a garota mais indicada para você.
Jhonatan fica em silêncio subitamente. Se não fosse a sua respiração pesada, eu poderia jurar que ele não está mais aqui, que simplesmente aceitou que não sirvo para isso e foi embora.
— O que te faz pensar que não é indicada para mim? -Sua voz soa tão baixa que quase não a escuto.
— Eu estou quebrada, Jhonny, já te disse isso. -Murmuro engolindo em seco.
Ficamos calados novamente, afastados um do outro como se fôssemos dois desconhecidos embora tenhamos compartilhado uma noite inteira juntos.
De repente o medo que sentia minutos atrás começa a se transformar diante da sua falta de reação. Por um lado eu estava desejando, na verdade, estava implorando para que ele desistisse de mim, para que me deixasse ir e assim ambos poderíamos continuar nossas vidas tão diferentes e seguir adiante.
Mas por outro lado, só de pensar nessa possibilidade, sou invadida por uma vontade insana de chorar.
Eu não deveria estar presa nesse impasse.
Porém, essas são as consequências de ter confiado no passado.
Depois que se é vilmente enganado como eu, é difícil voltar a fazê-lo sem temer todos os cenários possíveis.
— Ava... -olho para cima de supetão - eu... eu não sou ele. Nunca serei.-Jhonny faz uma careta provavelmente sentindo o mesmo sabor amargo que eu sinto na boca quando nomeio aquele verme. — Pode parecer loucura, mas eu realmente gosto de você. Sei que deve estar com medo de passar por tudo outra vez, no entanto, já dormimos uma noite juntos, e-eu senti coisas...coisas que nunca tinha sentido com mais ninguém. -Sua voz falha por alguns segundos e sou obrigada a concordar.
Fazer amor com Jhonatan foi algo tão surreal que ainda posso sentir o calor dos seus toques sobre o meu corpo, ainda escuto as palavras sussurradas nos momentos mais quentes e aquela sensação de satisfação quando cheguei ao orgasmo sem nem me esforçar e o mais surpreendente, foi que quando acordei, eu não quis fugir, não me senti péssima nem envergonhada. Eu quis ficar ali, na verdade a única coisa que passava pela minha cabeça era que aquele momento se repetisse para sempre em um loop abrasador.
— Não tem nada a ver com você, Jhonny. O problema é comigo. -Pego suas mãos e enrosco meus dedos nos dele. — Tenho medo de estragar tudo, de chegar um momento e você descobrir que sou uma péssima companhia, que não precisa lidar com meus traumas e toda essa merda.
Ele balança a cabeça para um lado e para o outro quando termino de falar.
— Eu quero lidar com toda essa merda, Ava, te ajudar a superar cada um desses traumas. Ser a pessoa que te faça ficar inteira novamente, colar cada pedacinho do seu coração até que entenda que eu me importo com os seus sentimentos, que fico furioso quando você está mal e que quero arrebentar a cara daquele idiota até que ele fique irreconhecível por ter feito você sofrer. Quero ficar ao seu lado e pode ter certeza que jamais vou me cansar de você. -Seu cenho franze cada vez mais conforme ele fala.
Sem perceber, nos aproximamos devagar até que ele praticamente me puxa para cima do seu colo e me sento nas suas pernas como se não pesasse nada.
— O que eu tenho que fazer para que você entenda que estou falando sério? -Ele coloca uma pequena porção de cabelo atrás da minha orelha sem deixar de olhar profundamente nos meus olhos.
— N-não sei, Jhonny... você sequer deveria provar algo, para começo de conversa. -Suspiro desanimada.
Escuto um sorrisinho divertido e é minha vez de franzir o cenho sem entender nada.
— Será que se eu disser que estou completamente apaixonado por você, serve? Porque eu estou, Ava. -De repente as palavras se dissolvem na minha mente e é como se eu repentinamente tivesse me esquecido de como se fala.
Estou tão surpreendida e ao mesmo tempo confundida que ele solta mais uma risadinha divertida.
— M-mas... -Gaguejo.
— Não precisa ter medo do que possa acontecer no futuro, linda -sou interrompida pelos seus dedos tatuados. — Eu prometo que não vou deixar nada mais te acontecer, por mais que ainda não tenha certeza do que te fizeram, só de te ver assim já é suficiente.
A promessa vem carregada de certeza e fica difícil não ceder aos seus encantos.
— Você definitivamente não existe, sabia? -Brinco.
— Se eu não existisse, poderia fazer isso? -Sou beijada de uma maneira tão intensa que se não estivesse sentada no seu colo, com certeza teria caído no chão. — O que vai fazer agora? -Ele pergunta de repente.
— O que quer dizer?
— Ainda irá para a aula? Porque já estamos bem atrasados...
— Para ser sincera, não estou com vontade. Acho que irei para casa, aquela discussão com Bianca me deixou sem energias para prestar atenção nos discursos entediantes dos professores. -Sopro apertando a mandíbula ao lembrar da minha amiga, ou melhor, ex amiga.
Jhonatan pensa por alguns segundos e posso notar quando sua expressão muda drasticamente.
— Hum, acho que tenho uma ideia muito melhor, vamos. -Sou puxada para fora da sala e caminhamos de mãos dadas até a saída da universidade.
Durante todo o caminho, ele não revela a sua ideia, apenas sorri como se tivesse recebido uma notícia maravilhosa.
Ao chegar no estacionamento, vamos até a minha moto e inclino a cabeça para o lado com curiosidade.
— Vai pilotar Mabel? -Indago em um sorriso.
— Não, querida, você vai. -Ele revela misterioso. — Na verdade, você irá nos levar até um lugar, mas fique tranquila que irei te indicar o caminho. Vai valer a pena, prometo.
— Se você diz... -Coloco meu capacete e pego o reserva no compartimento.
Jhonny fica ainda mais sexy com o artefato e chacoalho a cabeça para não ficar encarando-o como uma psicopata.
Subo primeiro na moto e ele me acompanha logo em seguida, seus dedos apertam a minha cintura e por alguns instantes perco o equilíbrio ao sentir o toque cálido sobre a minha pele.
Como se não bastasse, a sua risadinha rouca no meu ouvido me deixa ainda mais nervosa e me sinto tentada a pedir que ele assuma o comando, no entanto, devo admitir que estou gostando da sensação de tê-lo me abraçando dessa forma.
— Muito bem, para onde, chefe? -Demando batendo o pé no pedal para dar partida na moto que para a nossa alegria, liga de primeira.
— Siga pela avenida principal que te digo onde deve entrar. -Aperto as pálpebras. Droga, como esse garoto consegue me acender com uma simples frase?
Faço o que ele pede e em questão de minutos estamos no meio do trânsito rumo ao desconhecido. Pelo menos para mim.
Costuro pelas ruas movimentadas da cidade e como prometeu, Jhonny me explica por onde devo ir, em quais esquinas virar e tudo mais, até que chegamos na entrada de um lugar que não fazia a menor ideia da existência.
Ao ver a enorme placa no portão, arregalo os olhos e engulo em seco.
— É sério isso, Jhonny? Me trouxe para um cemitério? -Murmuro com a voz trêmula.
O garoto tem a cara de pau de soltar uma risadinha no meu ouvido, mas dadas as circunstâncias, nem isso é capaz de me tranquilizar.
— Não precisa se preocupar, amor, é apenas um cemitério jardim. -Explica como se fosse a coisa mais normal do mundo e solto uma gargalhada nervosa.
— Só pode ter ficado maluco... -Digo para mim mesma e ele ri ainda mais.
— A vista lá de cima é impressionante, você vai amar. -Reitera.
— Mas precisava ser em um lugar como esse, Jhonatan? -Minha voz sai mais aguda do que o normal e ele roda os olhos.
— Sempre venho aqui quando quero escapar do mundo real, Ava. É silencioso e como disse, a vista é única, mas se não quiser subir, podemos voltar. -Ele me lança aquele maldito olhar de cachorrinho pidão pelo espelho retrovisor.
Respiro fundo.
— Eu só vou se você me prometer que não irá me assustar quando chegarmos lá em cima, ok? -Exijo séria.
— Nunca faria isso, garota! -Recebo mais um apertão na cintura.
— Muito bem, lá vamos nós. -Coloco a moto em marcha outra vez e subimos a estrada íngreme que dá acesso ao lugar no mínimo inusitado.
Durante todo o curto trajeto, não paro de pensar em várias situações que possam acontecer e Jhonny parece perceber a minha relutância, pois encosta a cabeça no meu ombro e aperta ainda mais a minha cintura para transmitir certa segurança.
Ao chegar no estacionamento, devo admitir que ele tinha razão, a vista daqui é realmente impressionante.
Retiramos nossos capacetes sem descer da moto e sou abraçada novamente em questão de segundos.
Puxo uma longa respiração deixando que o ar puro invada meus pulmões e pela primeira vez em um bom tempo, minha mente fica em um completo silêncio.
Debaixo das colinas vemos a cidade ganhando vida.
Carros passando a toda velocidade pelas avenidas, pessoas andando para cima e para baixo, algumas com pressa e outras desfrutando do entorno assim como nós dois.
Mães e pais levando as crianças para a escola, adolescentes tendo seu primeiro encontro, ou quem sabe o segundo, terceiro...
É incrível como começo a me relaxar em questão de minutos apenas por observar a cidade aos nossos pés.
Durante um bom tempo não falamos nada, como se cada um quisesse absorver a magnitude do momento.
Os braços de Jhonatan não afrouxam por um minuto sequer, estamos tão colados um no outro que inclusive nossa respiração está sincronizada.
— Mais para cima há uma pequena pracinha que fica algo distante do cemitério, o que acha de conhecer lá também? A vista é ainda melhor... -Ele sussurra no meu ouvido e concordo distraída com o timbre rouco da sua voz.
Dou partida mais uma vez e em minutos estamos na pequena praça que é ainda mais bonita que o estacionamento do cemitério.
Como minutos antes, permanecemos em cima da moto e Jhonny apoia o queixo no meu ombro e me puxa para trás para que fique mais perto.
Sem perceber, as horas passam voando e depois de nos sentarmos nos bancos e conversar sobre qualquer coisa, a luz do dia começa a dar lugar para a escuridão noturna e Jhonatan me puxa de volta para a moto porque segundo ele, esse é o melhor momento para ver o pôr do sol.
É incrível como até agora não senti nem mesmo fome de tão absorta que fiquei ao lado do garoto.
— Consigo ver daqui as engrenagens rodando aí dentro, amor. -Jhonny sussurra no meu pescoço. — No que pensa tanto? -Ele decide continuar me torturando ao morder o lóbulo da minha orelha.
— Nada... só estou refletindo em como precisava desse escape. Para falar a verdade, eu me sinto bem melhor e devo admitir que é tudo graças a você. -Viro o rosto para trás e encontro seus lábios no meio do caminho. — Obrigada mesmo, Jhonatan. -Agradeço solene e ele sorri orgulhoso.
— Não precisa agradecer, Ava, eu sou capaz de fazer qualquer coisa para que você fique bem. -Seus olhos brilham com a veracidade das suas palavras e de repente sinto que de alguma forma eu preciso lhe mostrar como ele me afeta na mesma intensidade que eu o afeto, então de maneira desajeitada passo a perna pelo banco ficando de frente para ele e levo as mãos até a sua nuca aproximando seu corpo do meu.
Deslizo os dedos pelos seus ombros descendo até o abdômen definido e tocando-o por baixo da blusa de algodão e sentindo-o se estremecer com o contato.
— O que pensa que está fazendo? -Jhonny indaga com aquele sorrisinho safado.
— Hum... -abro o botão da sua calça jeans. — Só te fazendo ver como me sinto quando está por perto. -Revelo descendo o zíper e acariciando o seu membro por cima da cueca.
Não demora para que ele fique completamente duro e quando introduzo os dedos dentro do tecido macio e cubro-o com os dedos, ele fica ainda mais ereto, o pequeno gemido deixando bem claro que ele está gostando da ideia.
— Ava, não deveríamos fazer isso aqui! Alguém pode chegar a qualquer momento... -Ele ofega conforme bombeio seu membro para cima e para baixo.
— Está escuro, se alguém aparecer eu paro imediatamente. -Aperto a ponta de leve espalhando o pré gozo por toda a sua extensão.
— O problema é que agora que começou, não quero que pare... -A confissão não me surpreende. Eu também não quero parar.
Estou adorando o fato de ser eu quem estou lhe dando prazer, de estar no controle.
— Está gostando? -Sussurro mordendo seu lábio inferior e ele sorri contra minha pele.
— Basta com que você esteja perto de mim para me incendiar, linda. -Seus olhos estão fechados e aquele sorrisinho satisfeito estampado no rosto. — No entanto, sinto que estou em desvantagem aqui. -Completa me encarando de supetão.
— Como assim? -Pergunto baixinho.
Ele não responde com palavras.
Ao invés disso, Jhonatan leva a própria mão até a minha cintura e assim como eu, ele abre minha calça, afasta a minha calcinha para o lado e enfia dois dedos dentro de mim espalhando todo o meu suco em mim mesma.
Sequer tinha percebido que estava tão excitada.
— Caramba, tão molhada para mim... -A outra mão vai até os meus seios e aperta um mamilo por cima do sutiã de renda.
— Só você me causa isso, Jhonatan. Só você. -Admito entre gemidos.
Agora estamos nos tocando com veemência, um dando prazer ao outro sem esperar nada em troca.
Nos beijamos com vontade, deleitando-nos com o desejo latejante, a certeza de que estamos exatamente onde queremos estar. De que confiamos o suficiente um no outro para expor nossas fantasias mais instigantes.
Continuo bombeando seu membro na mesma medida que ele me penetra com os dedos, à essa altura não estou nem ligando se alguém aparecer. Minha mente está nublada pelo tesão e por mais que eu saiba que quando tudo isso acabar, provavelmente ficarei morrendo de vergonha, no momento eu só quero me deixar levar.
Só quero me sentir viva.
— Oh Deus, estou quase lá, amor. -Jhonny arfa sem deixar de me estimular.
Aumento a velocidade e sinto-o ficar cada vez mais inchado em um sinal claro que efetivamente ele está à beira do orgasmo.
Ele também me penetra mais rápido e sou pega completamente de surpresa quando minha blusa é levantada e seus lábios abocanham um mamilo sem uma gota de pudor.
Ainda bem que está bem escuro a essa hora e a pracinha quase não tem iluminação.
Não demora muito para que aquela explosão conhecida se forme dentro de mim e começo a gemer seu nome descontroladamente, declarando ali que de alguma maneira eu pertenço a ele.
Meu corpo não reconhece nenhum outro toque, não anela outros beijos que não sejam os seus e muito menos deseja fazer amor com outra pessoa que não seja ele.
Estou realmente ferrada.
— Isso, Ava, diga meu nome! Quero escutá-la gritar. -Ele ordena ofegante.
— Jhonatan... Jhonatan... Jhonatan... -Clamo como um mantra sagrado e isso basta para que ele se libere na minha mão ao mesmo tempo em que eu abro as minhas comportas e inundo os seus dedos com puro prazer.
Apoio a minha testa na sua, nossas respirações tão aceleradas que parece até que subimos a colina correndo.
Jhonny abaixa minha blusa com cuidado e abotoa a minha calça jeans com uma expressão concentrada.
Retiro a mão de dentro da sua cueca e puxo um lencinho que carrego dentro da minha bolsa para limpá-la em um gesto automático.
De repente fico bastante consciente do que acabamos de fazer e uma vez que essa névoa de satisfação se dissipa, sou atingida em cheio pela vergonha.
É inevitável.
— Droga, você não faz ideia de como eu gostei disso. -Balanço a cabeça para cima e para baixo. — Se já não estivesse apaixonado por você, com certeza ficaria depois dessa maravilhosa experiência. -Jhonny continua como se estivesse recitando a lista de compras do supermercado.
Como pode ser tão fácil para ele falar sobre os seus sentimentos?
— Jhonny eu... eu não pensei que chegaríamos tão longe. -Murmuro timidamente.
— Eu também não, mas fico feliz que não tenha parado.
Recebo um beijo rápido.
— Acho melhor irmos para casa, já está ficando tarde e não quero te colocar em risco. -Ele afirma sorridente.
— T-tudo bem. -suspiro. — Pode pilotar por favor? -Peço baixinho.
Não sei se consigo suportar o peso da moto, não depois de um orgasmo tão potente que me deixou literalmente de pernas bambas.
— É claro que posso, minha linda, mas primeiro preciso que me responda uma coisa. -Ele segura meu rosto com carinho.
Franzo o cenho tentando decifrar sobre o que ele está falando e acabo não chegando a nenhuma conclusão concreta.
Mas definitivamente de todas as coisas que passaram pela minha cabeça, eu não estava esperando pela frase que ele solta a seguir.
— Quer ser a minha namorada?
NOTA DO AUTOR
Eaiiiii meus consagrados, como estão? HAHAHAH
Sim, eu sei que dei uma sumida, mas é pq estava de viagem
E qdo cheguei tive que arrumar a mercadoria da minha loja
então essa semana está sendo meio movimentada pra mim.
Mas deixo vcs com esse capítulo gigante e um pequeno mimo
para que me perdoem kkkk
Não se esqueçam de votar e comentar
Ah, e por favor escutem as músicas que boto na mídia enquanto lêem!
Garanto que não vão se arrepender!
Amo vcs🥰
Bjinhosss BF 🖤🖤🖤
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