Capítulo 26

"Você acha que sou idiota?
Você acha que sou maluco, com você na minha mente
Você acha que sou um coitado?
Minha álgebra terá você como resultado sempre
Você acha que estou chamando?
Você acha que estou chamando seu nome todas as noites
Garota, me apaixonei por você."
-GeniusLSD
(Labirinth, Sia & Diplo)

Já se passaram pelo menos duas horas e estou longe de conseguir dormir.

Ava, ao contrário de mim, pegou no sono sob o meu braço, seu corpo nu colado ao meu em uma tortura deliciosa.

Ainda é difícil acreditar que ela finalmente se deixou levar pelo desejo e não pelo medo.

Durante todos esses dias, esperei pacientemente por esse momento e posso dizer com convicção que valeu a pena.

Valeu muito a pena.

E como era de se esperar, bastou apenas uma noite para que eu fique ainda mais viciado no seu cheiro, no seu sabor, nas suas inúmeras tatuagens e nos pequenos gemidos que ela fez enquanto cavalgava em cima de mim.

Acaricio seu rosto suavemente com cuidado para não acordá-la.

Deus, como ela é linda.

Seu peito sobe e desce com a respiração compassada, os lábios esboçam um sorriso ameno e minha vontade é tomá-los em um beijo como os outros que compartilhamos horas atrás.

Levo a mão até a sua barriga e ela respira profundamente como se soubesse que está sendo tocada nesse exato momento.

A chuva ainda não parou e a temperatura baixou alguns graus, o que me levou a pegar outro cobertor para não ficarmos com frio.

Conforme as horas passam, as gotas ficam mais pesadas e os raios de intensificam, iluminando o interior da barraca em várias ocasiões.

De repente, uma série de trovões começa a ser disparados como fogos de artifício e Ava acorda em um grito assustado.

Aperto-a contra mim e subo o cobertor nos cobrindo até o pescoço.

— Shh... está tudo bem. Eu estou aqui. -Beijo sua nuca e ombros.

Ela se vira e pisca lentamente, a expressão confusa tentando entender onde está.

— Jhonny? -Seu olhar se foca no meu e sorrio aliviado.

— Isso mesmo, amor. -Beijo-a novamente. — Foi só um trovão, não precisa ter medo.

— Que... que horas são? -Ela indaga voltando a fechar os olhos com a voz rouca de sono.

Procuro meu celular entre nossas roupas espalhadas pelo chão.

Quando o encontro, desbloqueio a tela e ela faz uma careta com o brilho repentino.

— São três e meia da manhã. -Sussuro deixando o aparelho de lado rapidamente.

— E por que está acordado?

Aperto sua cintura atraindo-a para mais perto.

Sua bunda acaba ficando posicionada bem na altura da minha virilha e meus batimentos cardíacos se aceleram perigosamente.

Droga, pense em qualquer coisa que não seja seu corpo maravilhoso roçando contra o meu, Jhonny.

— Hum... -Passo o nariz no seu pescoço. — Estava muito agitado, não consegui dormir. -Confesso sorrindo para mim mesmo.

Se ela soubesse que um dos motivos pelo qual não consegui dormir, é que simplesmente não queria parar de olhar para ela.

Não queria correr o risco de pegar no sono e ao acordar perceber que tudo não não passou de um sonho.

— Você ainda vai estar aqui quando eu acordar? -A pergunta me paralisa por alguns segundos e tento entender qual a real intenção até que lembro de um detalhe importante: Bianca.

Essa garota deve ter envenenado a mente de Ava e tenho quase certeza que ela fez tudo para soar como se eu fosse o vilão da história.

Ela pode até tentar, mas isso acaba aqui.

— E para onde eu iria, linda? -Ela franze o cenho e balança a cabeça para um lado e para o outro antes de voltar a ficar de costas para mim.

— Se não estivesse sentindo a sua ereção, poderia jurar que ainda estou dormindo. -A brincadeira me pega de surpresa.

Nunca tinha visto Ava tão descontraída e estou amando esse seu lado alegre.

— Quer que eu te prove o quão real sou? -Mordo o lóbulo da sua orelha e ela curva ainda mais o corpo fazendo sua bunda se encaixar em mim perfeitamente.

Levo uma mão até o seu abdômen. Subo e desço devagar provocando-a deliberadamente.

Quando eu mesmo não consigo mais aguentar, aperto um dos seus mamilos lhe arrancando um gemido baixo.

Música para meus ouvidos.

— É isso que você quer? É só me dizer. -Reitero expectante.

— Hum... -Ela leva uma mão para trás e segura meu membro bombeando algumas vezes. — Quantas camisinhas você trouxe? -Puta merda.

— O suficiente para nos divertirmos por um bom tempo. -Respondo em um choramingo sôfrego.

— Alguém veio muito confiante para o passeio. -Tombo minha cabeça pra trás caindo na risada.

— Eu só estava esperançoso... e desesperado. -Viro seu corpo junto ao meu e ela acaba ficando por baixo com uma expressão indecifrável.

Seus cabelos estão espalhados pelo seu rosto e retiro alguns fios da bochecha corada sob o seu olhar atento.

Suas mãos vão parar nos meus braços e ela crava as unhas nos meus bíceps, me levando para o céu e trazendo de volta em questão de segundos.

— Tem mais alguma aqui com você ou deixou o resto na outra barraca? -Continua mordendo o lábio inferior.

Tateio o chão em busca da minha carteira e quando a encontro, retiro mais um pacotinho de dentro balançando-o no ar trazendo mais um sorriso no seu rosto perfeito.

Se não tivesse outro, eu iria buscar minha bolsa debaixo dessa chuva e voltaria cem vezes se fosse preciso.

— Quer ficar por cima como antes? -Apoio meus cotovelos no colchão ficando na altura dos seus seios.

Passo a língua em um dos mamilos sem conseguir me conter e ela se contorce debaixo de mim.

A melhor sensação do mundo inteiro.

— Acho... acho que será interessante se fizermos diferente dessa vez. -Ela afirma baixinho e por mais que a barraca esteja consumida pela escuridão, sendo iluminada apenas por alguns raios esporádicos, posso notar que ela está me dizendo muito mais do que quer aparentar com essa simples frase.

Ava está deixando claro que ela confia em mim.

De que sabe que eu não vou lhe fazer nenhum mal e que o único que quero é lhe dar tanto prazer quanto seja possível.

E porra, eu vou fazer muito mais do que isso.

— Muito bem. -Continuo estimulando seus mamilos com a língua enquanto acaricio seu clitóris com os dedos sentindo seu corpo se relaxando pouco a pouco e sua intimidade se encharcando com meu toque.

De repente, sinto que ela precisa de mais.

Que precisa entender o quão perdido estou e que basta apenas uma palavra sua para que eu vire uma enorme poça de excitação.

Então traço um caminho de beijos pelo seu abdômen, descendo lentamente até a sua cintura e quando estou quase chegando na sua intimidade, olho para cima ficando com medo dela não estar gostando, no entanto, quando seu olhar se cruza com o meu, ela sorri em um misto de tesão e apreensão e entendo que ela quer isso tanto quanto eu.

Com cuidado para não assustá-la, começo passando a língua devagar na sua fenda, observando cada reação sua. Seus olhos estão fechados, o cenho franzido e a boca formando um pequeno círculo.

Ela solta alguns gemidos roucos e sinto meu membro pulsar avidamente.

Levanto a cabeça subitamente e ela me lança um olhar contrariado.

— Quer que eu continue? -Sopro sua pele que se arrepia por inteiro.

— Não se atreva a parar, Cross. -Ela rosna em resposta.

— Não seria nem louco. -Declaro voltando a lamber cada parte sua e me deleitando com a sensação de saber que sou eu quem está lhe proporcionando prazer.

Enfio dois dedos dentro dela acompanhando os movimentos de vai e vem da minha língua e quando menos espero, ela começa a cavalgar no meu rosto me deixando cada vez mais sedento.

— Oh Deus, estou quase lá, Jhonny. -Ela resmunga enfiando os dedos nos meus cabelos e movendo a minha cabeça em busca de mais atrito.

Me levanto por alguns segundos apenas para colocar o preservativo e me posiciono entre as suas pernas, penetrando-a centímetro por centímetro e me segurando para não me deixar levar pelo tesão.

Quando estou completamente dentro dela, fico parado por alguns minutos para que ela se acostume com a sensação de preenchimento.

Então algo surreal acontece.

Ava leva as pernas até a minha cintura e me puxa para baixo em um movimento certeiro e se não estivesse me apoiando no colchão, literalmente teria desabado em cima do seu corpo curvilíneo.

— Ei, vai com calma, linda, não quero te machucar. -Sussurro engolindo em seco e ela chacoalha a cabeça.

— Eu preciso disso, Jhonny. De te sentir tão profundo que me faça esquecer de tudo.

Franzo o cenho e ameaço me afastar, mas seu olhar me impede de fazê-lo.

— Não desejo que o que estamos fazendo se torne uma válvula de escape, Ava. -Afirmo nervoso. — Quero que seja algo especial, algo só nosso. Não quero que você associe essa noite com qualquer outra lembrança. -Confesso levemente envergonhado, meus batimentos cardíacos se acelerando segundo a segundo.

Se meus amigos escutassem o que acabei de falar, provavelmente me zoariam até a quinta geração, mas foda-se, se é exatamente assim que eu me sinto.

— É isso que estou tentando te dizer, Jhonatan. Eu necessito que você substitua as memórias ruins, por outras novas. Outras onde só exista você e eu.

— Ava... -Movo meu corpo para frente e para trás em um ato involuntário.

Por favor, Jhonny. -Seus olhos brilham na escuridão e meu peito se aperta ao vê-la tão afetada.

Me abaixo ficando na altura do seu rosto e beijo sua testa, depois suas bochechas e por último sua boca ao mesmo tempo em que entro e saio de dentro dela tão devagar que parecemos estar câmera lenta.

Eu vou te fazer esquecer de tudo o que tenha te acontecido, amor, eu prometo. -Declaro bem perto do seu ouvido aumentando a velocidade das estocadas e nossos corpos suados se fundem um no outro na medida que nos aproximamos cada vez mais do orgasmo.

— Oh isso, não pare por favor. -Suas unhas se cravam nas minhas costas e me contenho para não fechar os olhos com a dor gostosa que elas provocam ao me arranhar sem pudor.

Eu preciso vê-la.

Ava não faz ideia do quão linda é e não pretendo perder nenhum detalhe de quando ela chegar na beira do abismo. Ela por sua vez acaba fechando os próprios olhos e mordendo o lábio inferior se controlando para não gritar.

— Olhe para mim... -Peço suavemente e ela obedece em segundos. — Olhe só para mim. Eu estou aqui com você, somos só nós dois. -Sussurro sem deixar de lhe encarar.

Só nós dois. -Ela repete antes de gemer profundamente chegando ao clímax ao mesmo tempo que eu.

Continuo bombeando por mais alguns minutos até que os espasmos começam a diminuir e nossos batimentos cardíacos vão voltando ao normal.

Embora não queira fazer isso, saio de dentro dela para descartar a camisinha, me limpo rapidamente com um dos seus lenços umedecidos e lhe passo outro com um sorriso tranquilo no rosto.

É engraçado como ela se limpa sem nenhuma gota de timidez, como se fizéssemos isso todos os dias e não consigo evitar sentir aquele frio na boca do estômago.

Aquela sensação de que essa garota está me levando cada vez mais alto e não tenho nenhum medo da queda.

— Obrigada, Jhonatan. -Ela se deita ao meu lado me olhando séria.

— Pelo que, linda? -Seguro seu queixo com uma mão, acariciando a bochecha com o dedão.

— Por cumprir a sua promessa.

NOTA DO AUTOR

SEXTOU? SEXTOUUUU 
E daquele jeito maravilhoso hahhaha
O que vcs não pedem sorrindo, que eu não 
faço chorando, não é mesmo?
(não direi por onde kkkk)
Queriam cap na visão do Jhonny, pois aí está!😎

Tenham todas um ótimo final de semana, 
Espero que tenham gostado do cap 
Não se esqueçam de votar e comentar,

Amo vcs 🥰
Bjinhossss BF🖤🖤🖤

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