Capítulo 15

"Oh, Baby eu posso sentir a adrenalina
Eu não tenho medo de pular se você quiser
[...]
Eu não estou com medo de pular porque eu quero você
Vamos nos apaixonar"
-Fallin' (Adrenaline)
Why don't we

Depois do encontro com Julio e Julieta, percebi que precisava disso mais do que quero admitir.

Precisava de amigos com quem conversar, sorrir e comer doces sem me preocupar com as calorias. Porque quando morava com meus pais, eles contavam tudo e não me deixavam comer absolutamente nada que fosse levemente engordante.

Mas agora tudo é diferente. Eu estou livre para fazer o que me der na telha.

A namorada de Julio acabou sendo uma garota fofa e muito simpática a tal ponto que não demorou muito para que virássemos amigas.

E nem preciso dizer que os dois estão tão apaixonados que só faltam aparecer corações nos seus olhos como nos desenhos animados.

Eu fico muito feliz por eles, afinal de contas, todos merecemos uma dose de amor de vez em quando.

Por incrível que pareça, me senti super confortável na casa de chá e Julieta fez questão de trocar números de celular para que continuemos em contato.

Antes de nos encontrarmos, confesso que estava algo nervosa. Pensei que ela fosse ficar com ciúme da minha amizade com o seu namorado, mas assim que ela me viu, abriu um enorme sorriso de orelha a orelha e senti a calma se espalhando pelo meu corpo pouco a pouco.

E assim em um piscar de olhos, passamos toda a manhã falando sobre vários assuntos e quando percebemos, já estava quase na hora do almoço e nos despedimos com a promessa de repetir a saída em breve.

Voltei para casa com o coração mais leve e aceitando que talvez as coisas estejam começando a dar certo para mim.

Como era de se esperar, vovó estava fora com alguma amiga e aproveitei para descansar o resto do dia e aproveitar o que sobrava do final de semana.

Durante o domingo, ajudei minha avó com a limpeza de algumas coisas da casa e almoçamos uma deliciosa carne de panela. Ela fez questão de me ensinar o passo a passo da receita, algo que meus pais jamais tiveram tempo ou paciência para fazer.

Até porque eles quase nunca cozinhavam.

Tudo era feito por algum cozinheiro contratado ou diretamente pediam comida de algum restaurante caro, daquelas que chegam uma quantidade tão pequena que é preciso certo esforço para convencer o seu estômago de que você está satisfeito.

Não que eu seja muito exigente com isso, é só que eu sempre quis sentir o sabor de comida caseira, mais do que isso, queria sentir que pertencia a um lar.

Esses definitivamente foram os melhores dois dias da minha vida.

Mas como nem tudo dura para sempre, é preciso voltar para a realidade e quando digo realidade, me refiro a ter que acordar cedo e me arrumar para mais uma semana de aulas.

Penteio meus cabelos rapidamente ao terminar de secá-los e corro até a cozinha para tomar café da manhã.

Não quero correr o risco de desmaiar em plena avenida. E muito menos de ter Jhonatan na minha cola para saber se comi algo ou não.

Por falar no garoto, me senti levemente tentada a criar uma rede social apenas para ver como é a sua vida. Sei que seus pais são meio famosos e me controlo o máximo que posso para não procurar notícias sobre ele ou sobre a sua família na internet e acabar criando algum tipo de proximidade com ele. Não posso me arriscar desse jeito.

Devo manter meu perfil baixo, quanto menos pessoas souberem sobre mim, melhor.

— Vovó, sabe se tem algum lugar que esteja contratando funcionários? -Bebo um gole do suco de pêssego e mordo um pedaço do bolo de banana gemendo ao me deliciar com o sabor maravilhoso do doce.

Dona Beth por sua vez me lança um olhar tão ofendido que até parece que estou dizendo algum palavrão.

— Não precisa fazer isso, querida! -Ela seca as mãos enrugadas em um pano de prato e se aproxima até ficar bem na minha frente.

— É que não quero ser uma carga para você... -Seus olhos se arregalam ainda mais ao me escutar, mas em vez de ficar brava, ela me responde com um enorme sorriso.

— Ava, você não é nenhuma carga! Na verdade, eu estava quase morrendo de tédio antes de que chegasse... -Ela garante speria. — Não precisa se preocupar, querida, eu estou muito bem com minha aposentadoria e com a pensão que seu avô deixou quando faleceu. -Contenho a respiração para não começar a semana chorando.

Beth Dalton é de longe a melhor pessoa que conheço.

— Me deixe pelo menos ajudar com as compras, por favor. -Sussurro com a voz embargada e ela nega com a cabeça.

— Tudo bem, você pode fazer as compras, mas eu te darei o dinheiro para isso. -Vovó responde astuta. — A única preocupação que quero que passe por essa sua cabecinha, é com a faculdade, amigos e quem sabe algum namoradinho. Você é uma garota jovem, querida, e se depender de mim, não vai voltar a passar pelo que passou com os seus pais. -Recebo um beijo na testa e abraço sua cintura com o coração batendo acelerado.

— Ainda vou te recompensar por toda a ajuda, vovó, você vai ver. -Prometo permitindo que algumas lágrimas teimosas deslizem pela minha bochecha se perdendo na gola da minha blusa.

— A minha recompensa é te ver feliz, meu amor. Não preciso de mais nada. -Sorrio esperançosa.

— Estou quase lá, vovó... estou quase lá. -Ficamos mais alguns minutos abraçadas e de repente o alarme do meu celular começa a tocar estridentemente em um sinal claro de que preciso sair agora se não quiser me atrasar para a aula.

Ajudo a limpar toda a sujeira antes de me despedir e pegar a avenida até a Brown com um sorriso tranquilo no rosto.

Essa tranquilidade não dura muito, já que ao estacionar no lugar de sempre, lembro de que a primeira aula é naquele bendito laboratório de informática onde tenho que ficar colada com Jhonatan por pelo menos duas horas.

O pior de tudo, é que eu estou começando a desejar essas aulas de uma maneira insana, apenas para poder me encontrar com o garoto tatuado.

Isso não está bem. Não está nada bem.

No sábado enquanto conversava com Julieta, ela me fez duvidar dos meus sentimentos com ele. Eu pensava que o odiava porque não conseguia me manter ao seu lado por muito tempo, mas na verdade, ao que tudo indica, é todo o contrário. Eu não consigo me manter ao seu lado porque eu sempre desejo mais contato e isso me deixa preocupada. Não posso me permitir sentir nada por Jhonatan.

Devo proteger meu coração, não importa se penso nele mais do que o normal.

Desço da moto e caminho até o laboratório sentindo um friozinho na barriga.

Como não vi a picape de Jhonny estacionada, assumo que ele ainda não tenha chegado como de costume e suspiro aliviada.

Resolvo passar no restaurante para comprar uma boa quantidade de café e assim poder aguentar esse dia, já que não dormi quase nada durante o final de semana.

Pago tudo depois de receber o meu pedido e continuo a viagem até a sala de aula distraída com os outros alunos correndo por aí, o canto de alguns passarinhos que vivem nas árvores espalhadas pelo campus e o burburinho causado pelas conversas entre amigos.

— Mas olha só quem encontrei por essas bandas. -Julieta se aproxima sorrindo e me abraça com cuidado para que não derrube o copo de isopor com o café fumegante em cima de nós duas.

— Que bom te ver, Juli. Como foi o seu domingo? -Indago bebendo um pouco da bebida e ela faz uma cara de sapeca. — Ok, não precisa me responder. -Brinco enquanto caminhamos até o laboratório de informática.

— De todas maneiras, só vou te dizer que Julio e eu nos divertimos bastante. -Ela levanta as duas sobrancelhas e quase engasgo com a bebida lhe arrancando umas boas gargalhadas.

— Me poupe dos detalhes, por favor. -Peço sentindo minhas bochechas ficando cada vez mais quentes. Ótimo, agora estou ruborizando.

Julieta apenas concorda com a cabeça e continua me acompanhando até que paramos na porta da minha sala.

Percebo que o professor ainda não chegou e me encosto na parede terminando de beber meu café.

— E você, o que fez? Saiu para alguma boate? Beijou algumas bocas? -Cruzo os braços me sentindo levemente envergonhada.

— Hum... na verdade eu ajudei a minha avó com algumas coisas. Além do mais, eu não gosto de beijar desconhecidos. -Murmuro a última frase rezando para que ninguém nos escute. A sala está mais ou menos vazia, mas ainda assim já está ocupada pelos alunos que sempre chegam cedo.

Os olhos amendoados de Juli me observam com cautela e ela balança a cabeça para um lado e para o outro.

— Será que isso não tem a ver com certo garoto cujo nome começa com J?

— O nome de quem começa com J? -De repente uma voz que conheço muito bem soa inesperadamente próxima a mim e Julieta sorri ainda mais.

Lhe lanço um pedido desesperado com o olhar para que ela não diga nada.

Quase chego a sussurrar um por favor com as mãos unidas e a garota dá de ombros.

— O nome do crush da Ava. -Mas que droga! — Agora se me derem licença, preciso ir para minha aula, até mais Cross. Adeus, amiga. -Julieta me abraça rapidamente e sussurra um pedido de desculpas no meu ouvido, embora tenho a leve impressão de que ela não sente nenhuma gota de arrependimento.

Jhonatan me lança um olhar curioso e vou até a lixeira para jogar o copo de café vazio e também para ganhar tempo antes de que ele comece a me provocar.

Quando percebo que ele não diz nada, uma sensação estranha me invade me fazendo criar mil e uma teorias do porquê ele está se comportando assim.

— Chegou cedo hoje, será que estou em um universo paralelo e não percebi? -Puxo conversa entrando na sala com Jhonny no meu encalço e ocupo um dos lugares designado para nós dois.

Jhonny se senta ao meu lado em um silêncio inusitado e inclino a cabeça para o garoto.

— Aconteceu alguma coisa? -Pergunto com certa preocupação.

— Não aconteceu nada, hã... podemos começar? -A sugestão me pegou de surpresa, mas decido não continuar insistindo.

— Como queira. -Ligo o computador e imediatamente iniciamos o trabalho sem dizer uma só palavra.

Durante as quase duas horas de aula, Jhonatan se concentrou em editar os slides para a nossa apresentação enquanto eu anotei tudo o que precisamos complementar ou corrigir.

Quase não conversamos e isso só serviu para me deixar ainda mais curiosa e preocupada.

Será que ele ficou assim porque percebeu que Julieta estava falando dele?

Oh não.

Ele deve estar pensando que eu sou uma boba apaixonada como as garotas que sempre estão correndo atrás dele.

Mas que droga!

Estou tão envergonhada que me limito a falar apenas o necessário.

O professor nos avisa que terá que sair mais cedo e pede que fiquemos até o final da aula e avisa que alguém virá para fechar o laboratório assim que der o horário.

A maioria dos alunos faz exatamente o contrário do que foi solicitado e nego com a cabeça.

Continuamos na frente do computador até que o sinal toca e os poucos colegas que decidiram ficar, assim como nós, vão saindo da sala pouco a pouco.

Olho as horas no meu celular e deixo-o em cima da mesa enquanto guardo os materiais que usamos dentro da minha mochila.

De repente o aparelho começa a tocar insistentemente e Jhonatan olha para a tela com o cenho franzido.

— Estão te ligando... -Ele afirma quase como um praguejo e sorrio ao ver o nome de Julio na tela. Deslizo o botão verde e o aproximo da minha orelha sob o olhar atento do meu colega de classe.

— Olá gatinha, como está hoje? -A voz de Julio me interrompe antes mesmo que eu possa dizer algo.

— Estou ótima, e você? -Me sento de volta na cadeira.

— Muito bem. -Escuto o barulho de ferramentas batendo enquanto ele fala. — Liguei apenas para ver como está Mabel, esqueci de te avisar que troquei o pedal da marcha, fiquei com medo de que você não gostasse ou achasse desconfortável. -Ele indaga preocupado e nego com a cabeça sem lembrar que meu amigo não consegue me ver.

— Está tudo bem, notei que ele é um pouco maior do que estou acostumada, mas tenho certeza de que vou acabar me adaptando ao seu tamanho uma hora ou outra. -Suspiro cansada.

Realmente percebi a mudança no pedal e imaginei que Julio teria trocado sem me falar nada porque ele sabia que eu não iria querer já que estou economizando o máximo que consigo.

O pedal antigo estava desgastado e por isso a marcha não entrava algumas vezes me causando alguns problemas para pilotar e alguns afogamentos irritantes.

— Oh, isso é maravilhoso. -Julio comemora.

— É mesmo, obrigada por se preocupar, Julio. Agora se não se importar, preciso desligar, tenho outra aula daqui a pouquinho.

— Não tem nenhum problema. Te ligo depois, adeus querida. -Encerro a chamada e quando me viro para sair da sala, dou de cara com Jhonatan me encarando com os braços cruzados e uma expressão irritada no rosto coberto por uma barba fina.

— Ainda está aqui? -Pergunto engolindo em seco. — Pensei que já tinha ido para a outra sala.

O garoto não responde de imediato, pelo contrário, ele vai até a porta e a fecha em um golpe colocando uma cadeira para trancar a maçaneta.

— O que pensa que está fazendo? -Minha voz sobe algumas oitavas na medida que ele se aproxima até ficar de frente para mim.

— O que eu estou fazendo? -Jhonny grunhe com os braços cruzados.

Sua voz soa perigosamente sensual quando ele está aparentemente irritado. Droga.

— Quando te chamei para sair, você me disse que não estava afim de relacionamentos por enquanto, Ava. -Ele solta nervoso e franzo o cenho completamente perdida.

— Sim, eu disse. Qual o problema nisso? -Me levanto caminhando até a porta para tentar abri-la, mas o garoto é mais rápido e segura meu braço me impedindo de dar mais algum passo.

— O problema, é que mesmo depois de ter dito isso, te vejo em uma casa de chá com aquele modelo de quinta categoria e como se não bastasse, escuto essa conversa ridícula entre os dois. -Ele rosna me soltando e caminhando pela sala como um animal enjaulado antes de se jogar em uma das cadeiras vazias. — Ah e sem esquecer do que aquela sua amiga te disse sobre o nome do seu crush que, oh, certo, começa com J. -Ao escutar o que ele acaba de falar, solto uma gargalhada tão alta que faz com que Jhonny fique ainda mais bravo. — Se queria me rejeitar, não precisava mentir, Ava. Não sou uma maldita criança. -Ele diminui a voz e encosto em uma das mesas esperando que acabe com esse chilique. — Não vai dizer nada? -Suspira esfregando o rosto com as mãos.

Caramba, não estou acreditando nisso.

Então Jhonatan não estava estranho por pensar que eu poderia estar afim dele, o garoto estava com ciúmes.

Não consigo evitar um sorriso sentindo pelo menos uma dúzia de borboletas batendo as asas dentro do meu estômago.

Me afasto da mesa e dou alguns passos até parar bem diante do seu corpo.

Seguro suas bochechas com as duas mãos levantando a sua cabeça para cima e ele cruza os braços se contendo para não me tocar.

— É engraçado, sabia? -Sussurro sem deixar de olhar dentro dos seus olhos.

— O que? Me ver assim, fervendo de ciúmes de alguém que não quer nada comigo parece bem divertido mesmo. -Ele resmunga franzindo o cenho parecendo não acreditar no que acabou de falar.

— Não, seu idiota. É engraçado o fato de você sequer parar para pensar que Julio não é o único cara que conheço cujo nome começa com J. -Acaricio seu pescoço lhe arrancando um suspiro sôfrego.

Jhonatan não diz nada por alguns segundos tentando entender o que acabei de falar e então como se as peças finalmente se encaixassem dentro da sua cabeça, seus lábios se curvam em um sorriso sensual e ele segura minha cintura me aproximando ainda mais dele.

— O que está querendo me dizer, Ava? -Ele provoca pressionando minha pele por baixo da blusa de algodão e engasgo lutando para conseguir formular alguma frase coerente.

— Você sabe muito bem, não se faça de bobo... -Suspiro apertando as pálpebras, meu corpo se incendiando pouco a pouco conforme Jhonatan sobe lentamente até parar bem abaixo da curvatura dos meus seios.

Quero escutar de você. -Sua voz baixa me arranca arrepios e engulo em seco mais uma vez.

— Você se acha, não é mesmo? -Ralho e ele solta uma risadinha divertida.

— Não mude de assunto. -Ele coloca uma porção de cabelo atrás da minha orelha.

— Quer saber, acho melhor irmos para a nossa próxima aula ou vamos acabar levando falta. -Decido provocá-lo e tento me afastar mais uma vez.

Jhonatan ao perceber a minha intenção, segura meu pulso e me puxa suavemente até que acabo ficando entre as suas pernas abertas.

Então ele emoldura meu rosto com as mãos e sorri mostrando todos os dentes, os olhos castanhos me olhando de uma maneira tão profunda que sinto todo o meu interior pegando fogo.

— Por favor... -Insiste expectante e nesse momento sei que acabei de perder a batalha contra mim mesma.

— É você, Jhonatan. -Confesso prendendo a respiração por alguns segundos com medo de que ele me diga que estava apenas querendo zombar da minha cara. — Você é o garoto cujo nome começa com J.

Me abaixo até ficar na sua altura e Jhonny encosta sua testa na minha, nossas respirações aceleradas e meu coração batendo como um louco dentro do peito. Fecho os olhos ao sentir seus lábios roçando minha bochecha e acabo sentada em cima do seu colo já que ficou bem difícil me manter de pé.

Aperto seus braços musculosos e suspiro sem saber o que fazer, como reagir diante de toda essa proximidade.

Jhonny esfrega meus braços para cima e para baixo, seu olhar transmitindo cada um dos seus desejos mais tentadores.

— Se me pedir para parar, eu vou parar, Ava. -Sua boca está tão próxima da minha que eu poderia beijá-lo facilmente. Mas mesmo assim ele não faz nada. Não se move um centímetro sequer me dando a chance de decidir como vamos prosseguir.

— E se eu não quiser que faça isso? -Digo baixinho contra a sua pele áspera.

Seus dedos então seguram meu queixo e de repente ele cola os seus lábios nos meus em um beijo tão quente que não sei como ainda não virei uma enorme poça aos seus pés.

Enfio as mãos por baixo da sua blusa preta e o abraço até que estamos praticamente fundidos um no outro. Jhonny distribui beijos por todo o meu pescoço e colo, meus gemidos são como um combustível para que ele continue traçando um caminho flamejante na minha pele sedenta pelo seu toque.

Como se ele conseguisse ler meus pensamentos, suas mãos apertam minhas nádegas e movem minha cintura pra frente e para trás, me fazendo sentir sua ereção roçando minha virilha por baixo da calça jeans. Deus, esse garoto sabe o que faz.

Quando percebo que começamos a fazer muito barulho, interrompo nossa sessão de amassos e ele me encara com a vista ainda nublada pela excitação.

— Se nos pegarem nessa situação, vamos acabar sendo expulsos. -Explico ofegante.

— Você tem razão... -Jhonny admite com certa dificuldade e me ajuda a me levantar, mas em vez de me soltar para que possa pegar a mochila, ele me abraça apertado puxando uma uma longa respiração. — Me desculpe por ser um babaca mais cedo. -Pede envergonhado e ambos vibramos com a minha risada.

— Como assim Jhonatan Cross não é o fuckboy que todos dizem ser? -Brinco e ele emite um som parecido a um rosnado me fazendo rir ainda mais.

— Não acredite nessas pessoas, Ava. Posso te garantir que não sou nem dez por cento do que falam. -Assegura irritado e respiro fundo.

— Tudo bem, de todas formas você não me deve nenhuma desculpa, não somos nada, isso foi só um beijo. -As palavras saem amargas pelos meus lábios e me arrependo imediatamente de dizê-las.

Não sei porque fiz isso.

Na verdade, eu sei.

Foi um maldito instinto de proteção que desenvolvi por culpa daquele idiota.

Porque meu coração está tão machucado que eu não aguentaria mais uma ferida, mesmo que esteja provavelmente exagerando. Vai ver Jhonatan realmente não quer nada comigo, apenas precisou me beijar para seguir adiante e continuar com a sua vida libertina.

— É isso que você pensa? -Ele parece ofendido e me sinto ainda mais burra.

— Claro, quero dizer, nos conhecemos a pouco tempo e... -Sou interrompida de repente pelos seus dedos que seguram meu queixo novamente e ele se aproxima até que seus lábios pairam sobre os meus tão perto que posso sentir sua respiração fazendo cócegas na ponta do meu nariz.

— É uma pena. - Ele diz baixinho. Seus olhos me observam com nada mais do que magoa e por alguns segundos fico sem respirar. — Para mim foi bem mais do que um simples beijo, só para que saiba. -Fecho os olhos para não ter que continuar vendo a decepção no seu rosto e quando volto a abri-los, estou sozinha dentro da sala, o coração galopando dentro do meu peito e uma sensação de que acabei de estragar algo que nem chegou a começar.

NOTA DO AUTOR

Sextouuuuuuuuu galeraaaa 
Podem surtar a vontade esse final de semana, 
Só por favor, não me batam kkkkkk 
Espero que tenham gostado, 
Não se esqueçam de votar e comentar.

Amo vcs, 🥰
Bjinhossss BF🖤🖤🖤

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