Capítulo 8
Amélia
Estávamos no horário de almoço, estava sentada com Giulia e a Tess, essa que me chamou atenção pra chamar ela assim, falou que só os pais dela a chamam de Tereza e quando isso acontecia não era coisa boa.
Estava terminando de comer quando ouvi meu nome.
— Ora, o que temos aqui? Ja fez amizade com a Amélia a Tessa?
— De onde você conhece ela Caleb, posso saber? — Tereza perguntou se virando para ele, Caleb estava parado com uma maçã na mão, usava jeans e camiseta branca, por cima dela usava um casaco daqueles de times de futebol verde escuro com branco, tinha um emblema de um lobo musculoso no bolso do casaco onde ficam o logo do mascote, que ironia.
— Ela apareceu no Jude's um dia desses. — Ele a respondeu se sentando na minha frente — Oi Amélia, quanto tempo. — Ele me cumprimentou mordendo a maçã.
— Oi Caleb, não sabia que estudava aqui também, não ti vi aqui na escola semana passada. — Respondi
— Bom, é que eu não pude vir na escola semana passada. — Ele respondeu um pouco sem jeito.
— E por que não? — Perguntei.
— Porque ele teve uma briga no último jogo e a diretora suspendeu ele. — Tess respondeu por ele dando um sorriso de satisfação.
— Obrigado por responder por mim Tessa.
— De nada, querido. — Tess piscou o olho pra ele.
— Vou comprar um suco. — Giulia disse e saiu da mesa.
Fiquei olhando até ela desaparecer, achei estranho essa atitude dela, mas não comentei nada. Tereza e Caleb estavam conversando sobre alguma coisa e eu voltei a comer minha pizza.
— O que está achando do colégio Amélia? — Caleb me perguntou.
— Normal. — Respondi, ele ia me fazer outra pergunta quando foi interrompido por um cara alto negro.
— Não esquece do treino hoje a tarde Caleb, precisamos que você esteja em ótimo estado pro jogo amanhã.
— Pode deixar capitão. — Caleb respondeu fazendo uma saudação ao cara. Olhando de perto ele parece ter a mesma idade que eu. — Conhece a aluna nova, Ollie? — Caleb perguntou a ele, o capitão olhou pra mim com uma sobrancelha arqueada.
— Amélia,não é? — Ele me perguntou e foi minha vez de levantar a sobrancelha, de onde ele me conheceria já que eu nunca vi ele. — Sou amigo do Nathan e do Dylan, era pra eu ter ido estudar com vocês semana passada, mas fiquei preso no treino. — Ele se explicou — Sou Oliver Creaver, prazer. — Ele estendeu a mão para apertar.
— Amélia Morrigan, prazer. — Apertei a mão dele.
— Senta aí cara — Caleb o convidou, mas ele não teve oportunidade de responder porque foi entemrropindo pela Dafne.
— Oliver, onde está a Lucy? — Ela perguntou.
— Não sei, acho que no banheiro com as amigas dela. — Ele a respondeu.
— Tá, obrigada. — Ela se virou pra ir embora e me viu, dei um tchauzinho com a mão — Oi Amélia, pessoal. Tenho que ir atrás da sua namorada Oliver, até mais. — Ela saiu correndo pra fora do refeitório.
— Obrigado Caleb, mas preciso falar com o Nathan, até mais tarde, tchau meninas. — Oliver respondeu e foi para outra mesa onde estava Dylan e o Nathan, ele estava olhando pra cá e quando o Oliver saiu desviou o olhar pra mim. Não vi ele desde sexta passada, quando fui na casa dele. Desviei o olhar primeiro e me voltei ao Caleb que me perguntou alguma coisa.
— Desculpa, o quê?
— Perguntei se você vai no jogo amanhã, a escola toda vai estar lá. — Ele disse.
— Ham, acho que não. — Respondi.
— Como não? Vai sim. — Tereza se virou para ele e respondeu por mim — Ela vai Caleb, mas só se você der os ingressos.
— Tá na mão amor. — Ele entregou três ingressos à ela.
— Ótimo, agora espero que você jogue melhor amanhã do que no último jogo. — Ela implicou com ele.
— Se você estiver lá pra torcer pra mim com certeza. — Ele piscou pra ela sorrindo de lado.
— Vocês ainda continuam nisso? — Giulia chegou com o suco e se sentou ao lado de Tereza.
— Sabe que eu não resisto à uma ruiva.
— Você não resiste a nada, basta que a garota te dê bola. — Tess disse bebendo um pouco do suco de Giulia.
— Isso é verdade. — Caleb respondeu e olhou para mim, fui salva do olhar dele pelo o toque do sinal para a próxima aula.
— Bom, nos vemos mais tarde, tenho aula de geografia agora. — Respondi e me levantei.
— Eu te acompanho, temos a mesma aula agora. — Caleb disse se levantando também — É melhor eu te avisar de uma vez — Ele passou um braço no meu ombro — Não senta na frente, o Sr. Jefferson é conhecido como a chuva. — Ele disse.
— Por que a chuva?
— Porque ele molha todas as pessoas que sentam na frente na aula dele com baba. — Ele explicou. Me resetei um pouco com aquilo. Caleb riu e concluiu — Vamos logo, antes que os lugares atrás acabem.
A aula foi boa, o Sr. Jefferson sabe muita coisa e foi fácil pegar o ritmo da aula com ele, e é claro que eu tive ajuda de Caleb, que se sentou do meu lado, conseguimos pegar um lugar atrás e eu fiquei com uma certa pena das pessoas que tiveram que se sentar na frente.
Depois dessa a aula tivemos física que tambem foi ótima, eu era boa com números e concordei em dar uma ajuda ao Caleb, já que ele não era muito bom, palavras dele, é claro.
Agora temos aula de educação física dada pela professora Thorne, uma mulher ruiva com um corpo de dar inveja, e o melhor ainda é que ela é a treinadora do time de futebol, e já ganhou vários campeonatos.
Fui para o vestiário me trocar e aquilo estava lotado, tentei ser o mais rápida possível, me troquei e saí de lá. O uniforme não era de todo ruim, uma calça preta um pouco colada e uma camiseta cinza clara com o mesmo lobo do casaco de futebol, tinha uma blusa com mangás longas também mas não estava afim de suar.
Parei perto de umas meninas enquanto esperava as outras garotas.
— Amélia, né? — Uma garota da minha idade com descendia que parecia ser coreana me chamou.
— Sim, você é...? — Perguntei.
— Sou Lucy, Lucy Fugimura. É um prazer te conhecer — Ela me estendeu a mão e eu apertei
— O prazer é meu. — Respondi educadamente.
— Puxa, você é linda, bem que a Dafne falou. — Ela disse olhando pra mim.
— Ham, obrigada...? — Eu respondi um pouco sem jeito com a situação.
— Ah relaxa, eu não sou lésbica, meu namorado é o capitão do time. — Ela disse como se isso fosse uma grande coisa.
— O Oliver né? Ele parece ser legal, como você. — Eu não sabia o porquê de estar conversando com ela ainda.
— Isso, vi que você estava conversando com o Caleb hoje, está interessada nele? — Ela me perguntou.
— Ham, não. Eu não estou interessada em ninguém no momento. Por que? — Perguntei a ela achando isso muito estranho.
— Nada não, vamos? A aula já vai começar. — Ela desconversou e foi na minha frente.
Achei isso mais estranho ainda e segui ela até onde a professora começou a dar a aula, ela passou voley com os times misturados, como eu e mais algumas pessoas não queria jogar fomos correr em volta da quadra.
Eu gosto de correr, me da libertada para pensar sem ninguém me interromper. E automaticamente comecei a pensar mais uma vez em tudo, já tem uma semana que eu estou aqui e não sei o que fazer, uma parte de mim quer seguir em frente como a Tia Maggie disse, terminar a escola, me formar, mas eu sei que não vou conseguir seguir em frente sem antes saber o que aconteceu, tenho um pressentimento que isso ainda está longe de acabar e eu estou totalmente no escuro em relação a isso.
Parei de correr quando vi que não tinha mais ninguém em volta, então eu comecei a voltar para o vestiário, na entrada do vi a Lucy conversando com o Nathan na porta do vestiário, Lucy me viu e acenou pra mim enquanto Nathan, que estava de costas se virou pra mim também, ele usava um modelo masculino do meu uniforme, só que com uma camisa regata preta, deixando os músculos do braço a mostra, desviei o olhar rapidamente e olhei nos olhos dele, o que não foi uma ideia muito boa, Nathan tinha olhos castanhos muito intensos e eles tinham um brilho bem bonito, quase encantador.
— Oi. — Ele disse olhando em meus olhos também.
— Oi. — Respondi simplesmente, as vezes parece que meu cérebro foi abduzido e só ficou a cabeça sem nada porque eu nunca sei o que falar quando ele está por perto.
— Oi também, de novo — Lucy disse, me virei pra ela sem graça, acho que ela percebeu esse meu momento de lesada.
— O que está fazendo aqui? — Perguntei ao Nathan, já que o vestiário masculino era do outro lado da quadra.
— Ham, eu ... Bom... — Ele limpou a garganta. — O Oliver, me pediu pra chamar a Lucy porque ele quer falar com ela. É isso. — Ele me disse e olhou pra ela e eu olhei também.
— Ah! Claro, eu já estou indo. Tchauzinho e até mais. — Ela disse e saiu correndo.
— Ela é sempre assim? — Perguntei.
— Aham.
— Então, você só veio até aqui pra falar com ela? — Perguntei a ele e me arrependi, porque virou aqueles olhos intensos para mim novamente.
— Ham, não...? — Ele me respondeu eu forma de pergunta.
— Não? — Perguntei de novo
— Não necessariamente. — Ele passou uma mão no cabelo, desviou o olhar mas logo se voltou para mim novamente — Eu vim falar com você também.
— Ah, pode falar. — Eu respondi, mas ele não disse nada, só ficamos nos encarando por um momento. Eu não tinha reparado antes, mas Nathan é alto, alguns centímetros mais alto do que eu, fazendo com que eu tivesse que olhar para ele pra conversar com ele.
Nathan limpou a garganta de novo e começou a falar
— Ah, bom, eu queria saber se você vai no jogo amanhã. — Ele me perguntou colocando as mãos no bolso da bermuda.
— Bom, eu ainda não sei, mas tenho quase certeza que a Tereza vai me arrastar até lá de qualquer jeito. Por quê?
— Ah, se você já não tivesse sido chamada eu ia te convidar, já que não tem muita coisa aqui e os jogos são bons, realmente bons. — Ele respondeu.
— Bom, ninguém necessariamente me chamou, a Tess só me disse que eu iria, então você pode convidar se quiser. — Respondi.
— Quer ir no jogo amanhã?
— Quero. — Dei um sorriso quando respondi
— Então, nos encontramos amanhã? — Ele me perguntou com um sorriso também.
— Claro.
No outro dia a escola estava uma coisa de louco, o jogo seria as 19 horas mas parece que os alunos já estavam em clima de jogo, os meninos do time estavam com sorrisos confiantes e as líderes de torcida gritando e dançando, descobri que o nome do time era wolfs de Mindale, um nome nada original na minha opinião, mas eu não podia fazer nada, as aulas passaram correndo e eu combinei com as meninas de se arrumarem lá em casa. Umas 16 horas Tess e Giulia estavam na minha casa, fomos para o meu quarto e elas começaram a mexer nas minhas coisas.
— Você é do tipo básica, um moletom, um jeans e um tênis está bom pra você, tem o fato de você ser super linda também, então se você vestir um saco de batatas está ótimo. — Tessa disse depois de olhar todo meu guarda roupa e se jogar na minha cama. Giulia estava no banheiro se maquiando, a porta estava aberta que dava direto para o meu quarto.
— Eu não sei o que vestir em um jogo, muito menos em um encontro. — Eu disse olhando minhas opções, nunca me importei muito em relação a roupa e agora isso.
— Você disse encontro? — Tereza me perguntou se levantando da cama como um raio.
— Eu disse? — Perguntei.
— Disse sim que eu ouvi. Então, quem te chamou pra ir em um encontro? — Os olhos dela estavam brilhantes e arregalados, Giulia que até então estava, no banheiro já estava sentada na cama me olhando.
— Bom, não é um encontro, encontro, sabe, só marcamos de nos ver no jogo, e talvez eu nem veja ele já que vocês duas vão comigo. — Eu disse querendo sair dessa conversa, mas é da Tereza que estamos falando.
— Quero saber quem te chamou pra ir no jogo Amélia! — Tereza agarrou meus ombros e me intimou.
— Ah, tá bom, foi o Nathan. Eu hein. — Disse me desvençilhando dela.
— O Nathan te chamou pra ir no jogo? — Ela perguntou.
— Sim.
— Nathan Louis Hale te chamou pra ir no jogo de futebol? — Ela me perguntou de novo.
— O nome do meio dele é Louis? — Perguntei.
— Responde!
— E você conhece outro Nathan? — Perguntei.
— Mas o Nathan não gosta de futebol. — Tereza falou.
— O que? — Perguntei. — Você tem certeza?
— Sim! Ele até fez teste na mesma época que o Oliver, mas não passou e ele me falou que foi um alívio porque não queria ficar correndo pra lá e pra cá atrás de uma bola. — Ela explicou.
— Mas ele até me disse que todos os jogos são bons. — Eu disse, não estava entendo mais nada. — Se ele não gosta então por que me chamou ? — Perguntei a ela. Tereza me deu um olhar de ultraje.
— Ah, sério que você não sabe? — Ela perguntou não me dando tempo pra responder, porque logo em seguida ela falou — Ele tá afim de você né. — Ela completou.
— Verdade. — Até a Giulia que estava quieta disse também.
— Mas isso não tem nada a ver, somos só amigos. — Eu expliquei, ou tentei né, porque nem eu acreditei nisso.
— Claro, eu e o Caleb também já fomos amigos assim. Olha você é bonita e solteira, ele é solteiro e bonito também, então por que não? — Ela me perguntou.
— Você acha ele bonito? — Perguntei.
— Só um cego não veria que ele é bonito. O Nathan é um cara legal, cresci com ele então eu sei o que eu estou falando, você também é super legal, então vai fundo garota! — Ela me incentivou. — Agora que eu sei que é um encontro vou escolher melhor sua roupa. E te maquiar. — Ela voltou para o meu guarda roupa.
— Não é um encontro. — Eu disse e fui para perto dela ver o que ela escolheu.
— Aham, repita isso até se convencer, porque a mim você não vai. Toma, veste essa aqui. — Ela me deu uma blusa de frio de lã cinza, uma calça jeans bonita com uns rasgos e uma botinha de cano curto.
— Eu ia de moletom e tênis.
— Nada disso, vai vestir o que eu mandar e vai gostar, agora anda logo que está quase na hora e eu tenho que te arrumar e me arrumar também. — Ela mandou. Revirei os olhos e concordei com ela, até que a roupa que ela escolheu tá bem bonita, a blusa não era minha mas ficou bom, essa coisa de pegar roupa emprestada também era novidade para mim, fui criada com garotos e não sabia o que era isso. Fui atrás dela para ela me arrumar ou sei lá o que, só pedi que não fizesse nada exagerado e deixasse meu cabelo solto.
Alguns minutos depois estávamos no carro da Tess, o campo era um pouco afastado, quase fora da cidade.
Quando chegamos lá aquilo estava lotado, tinha gente andando pra lá e pra cá, Tereza tinha me dado o meu ingresso então entramos e fomos para a fila da pipoca, encontrei a Dafne nela também e ela se convidou a se sentar com a gente, disse que tinha vindo com o irmão dela mas que se perdeu dele.
Eu estava tentando não criar expectativas, frisava na minha mente que não era um encontro, mas estava me sentindo um pouco decepcionada agora.
Arranjamos um lugar nas arquibancadas, o nosso lado era o verde, que era a cor do time do colégio, e o outro lado era vermelho, o time adversário era do Canadá.
As líderes de torcida entraram em campo e logo depois os jogadores também entraram de um vestiário de baixo da arquibancada, o locutor estava dizendo que esse é uma doa jogos mais esperados e mais alguma outra coisa, mas eu não estava prestando atenção, estava tentando ver se eu encontrava ele. Tentei farejar o cheiro dele, mas com toda essa gente eu não consegui.
O juiz apitou e o jogo deu início, eu não entendia nada de futebol americano, acho um esporte muito brutal, um cara do nosso time com o número 18 saiu correndo com a bola na mão, ele desviava dos jogadores do time adversário com facilidade, pelos os gritos da Lucy eu acho que era o Oliver, ele correu mais um pouco e lançou a bola para outro cara que correu mais um pouco, quando ele parou todo mundo na nossa arquibancada comemorou.
— O que aconteceu? — Perguntei a Dafne que estava do meu lado.
— Fizemos um thouchdown! — Ela disse.
— E o que é isso?
— Você não sabe nunca foi em um jogo de futebol? — Ela me perguntou.
— Não, eu gosto mais de baseball. — Disse a ela.
O jogo continuou e o nosso time fez mais alguns thouchdowns, mas o time adversário também fez. Em um determinado momento do jogo senti que estava sendo observada, segui o olhar procurando usando um pouco do poder de lobo e encontrei o olhar de Nathan perto dos vestiarios, ele estava encontrado com o Dylan ao seu lado, percebendo que eu olhava para ele deu um aceno, acabei de volta e dei um sorriso.
— Achou ele? — Tess me perguntou.
— Sim.
— Aonde? — Ela já estava virando a cabeça procurando ele.
— La na entrada dos vestiários. — Respondi.
— Ah, tão longe. — Ela fez um beicinho com um ar decepcionado, achei graça disso.
Depois de um tempo o jogo acabou e o nosso time ganhou e foi uma luta pra sair dessa arquibancada depois disso, se eu soubesse teria ficado nos bancos mais em baixos, quando finalmente conseguimos sair do campo uma líder de torcida disse que era para irmos ao Jude's porque o time comemoraria a vitória em grande estilo, demoramos um pouco para chegar lá pelo o número de carros que estava no local, quando chegamos estava com bastante gente já, alguns jogadores já estavam nas mesas bebendo e contando como forá o jogo, estávamos tentando achar uma mesa e Dafne escolheu uma perto do canto que caberia todo mundo, fomos até lá quando fui parada pela Judith.
— Amélia! Que bom que veio, fico muito feliz com isso. — Ela me abraçou e eu retribui o abraço, ela estava muito bonita sem o uniforme da lanchonete.
— Viram o thouchdown que eu fiz? — Caleb perguntou chegando até nós abraçando a tia.
— Claro que eu vi meu querido. — Ela disse dando um beijo no rosto do sobrinho. — Mas agora preciso ir trocar de roupa para atender toda essa gente, pode ficar aqui comerando com seus amigos, seu tio vai me ajudar hoje. — Ela disse.
— Certeza? — Ele perguntou.
— Sim, vá se divertir. — Ela deu outro beijo na bochecha dele e saiu. Quando fomos para a mesa ela já estava cheia e o Nathan estava sentado lá com seus amigos, Caleb e eu nos sentamos e ele me deu um olhar de desculpas.
Até que foi legal ficar lá e conversar com todo mundo, volta e meia eu olhava disfarçadamente para ele e pegava ele me olhando também, percebi que estava ficando tarde então fui atrás de Tereza, que tinha sumido, para avisar a ela que estava indo embora mas nao achava ela em lugar nenhum, vi a Giulia conversando com algumas garotas e fui até ela falar com ela que já estava indo.
— Você vai com quem? — Ela me perguntou e quando fui responder responderam por mim.
— Comigo. — Nathan disse atrás de mim, Giulia deu um risinho e piscou um olho.
— Tudo bem então, até amanhã.
— Você não precisava me levar, eu ia embora sozinha. — Eu disse à ele quando já estávamos fora do estabelecimento.
— Eu não ia deixar você ir embora sozinha, está tarde. — Ele recrutou.
— Acredite, eu sei me cuidar. — Disse a ele.
— Não duvido disso. — Ele respondeu me olhando, entramos no carro e ele deu partida.
— Mas e a sua irmã? — Perguntei.
— Tem uma coisa que precisa saber sobre a Dafne, ela sempre faz o que quer. Não conseguiria tirar ela de lá tão cedo, então deixei o Dylan pra ficar de olho nela. — Ele respondeu.
Passamos o resto do caminho conversando, descobri que a cor favorita dele é azul, o prato favorito é macarrão, e a matéria favorita dele era história. Quando chegamos a minha casa ficamos mais um tempo dentro do carro conversando coisas assim.
— Não vão sentir sua falta na festa? —Perguntei a ele.
— E por que sentiriam? — Ele me perguntou.
— Você é popular, devem estar perguntando onde você está. — Respondi.
— Outra coisa sobre mim, não gosto muito de festas, prefiro ficar em casa com meus amigos. — Ele disse, dei um sorriso com isso.
— Bom, temos isso em comum então. — Eu disse rindo, ele me acompanhou, olhei as horas de novo no relógio e estávamos dentro daquele carro conversando há muito tempo já, fiquei impressionada como a conversa com ele sai fácil. — Tenho que entrar. — Falei.
— Já? — Ele perguntou.
— Já — Eu disse.
— Te acompanho até a porta então. — Ele disse já saindo do carro.
O portão de casa estava destrancado, o carro dada tia Maggie estava do outro lado da rua e ela me falou que ia deixar a porta aberta, quando chegamos até a porta agradeci a ele.
— Obrigada por me trazer até aqui. — Disse olhando em seus olhos.
— Não foi nada, sou um cara bem gentil. — Ele disse e nós rimos.
— Boa noite Nathan.
— Boa noite Amélia. — Ele disse e me deu um abraço, e eu posso dizer que o abraço dele é muito bom, me senti segura nele como nunca me senti antes, eu pagava de baixo de seu queixo. Ficamos um tempinho assim e ele foi o primeiro a desfazer o contato, ele me deu um beijo na bochecha e foi embora.
Quando me deitei para dormir, fiquei pensando em como seria bom ficar assim mais vezes com ele.
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