Capítulo 11

Amélia

— O que você está fazendo aqui? — Perguntei ainda abraçada a ele. Andrew me abraçava de volta com a mesma força, quase me esmagando em um abraço de urso cheio de saudades.

— Esqueceu que a Valentina e o Antony são conectados? — Andy me lembrou. Eu não acredito que ele está aqui, eu não o via desde a morte dos meus pais. Ele se liberou do abraço para me olhar de perto. — O que aconteceu com você? — Ele me perguntou.

— Ela foi ataca, quase morreu e não sabemos como ela está de pé, você tem que voltar para a cama agora mesmo Amélia, acabou de acordar! — Tereza me repreendeu chegando mais perto de nós, ela olhou para o Andrew e depois para mim. — Quem é você? — Ela perguntou.

— Esse é Andrew Barrow, meu melhor amigo, primo quase irmão. Andy, esses são Tereza Jones e Nathan Hale, meus amigos e minha Tia Maggie. — Apresentei eles devidamente. Ele apertou a mão da minha tia e de Nathan, se demorando um pouco nele, e se virou para Tessa apertando sua mão e perguntando.

— Atacada por quem ruiva?

— Não sabemos e sua prima já fez isso. E não me chame de ruiva. — Ela disse a ele soltando a mão dele e se virando para mim. — Você vai voltar para a cama agora, precisamos ver se o seu ferimento está curado.

Levantei minha blusa e mostrei pedaço da minha barriga totalmente liso e respondi — Curado.

— A ruiva tem razão Amy, precisa descansar. — Meu primo disse. — E me contar direito o que aconteceu.

— Até você?! — Perguntei a ele incrédula. — Eu estou bem. Sério. — Disse olhando para os quatros presentes na sala. Eles me olhavam com repreensão, Tessa apontou o dedo para a escada indicando que eu devia ir para o meu quarto, rolei meus olhos e bufei em contradição, mas fui mesmo assim para o meu quarto com eles ao me encalço. Arrumei meus travesseiros um em cima do outros e me deitei apoiada neles formando um ângulo de 45° graus. — Pronto, sastifeitos? — Perguntei a eles.

Tia Maggie se sentou ao meu lado na cama e levantou pedaço da minha blusa para examinar o ferimento.

— Eu não entendo, a poucas horas ele estava infeccionado e agora está completamente curado. — Ela disse abaixando minha blusa de volta e me olhando.

— Não olha assim para mim, a Valentina disse que precisava de tempo e ajuda para se curar, não sei o que aconteceu também. — Disse a ela.

— Recebi o chamado dela ontem a noite e vim o mais rápido que pude, mas você já está totalmente curada. — Andy disse com um uma mão no queixo. Ele tinha deixado a mochila que estava em suas costas em algum lugar, porque ele estava só com a roupa do corpo que consistia em uma calça jeans escura, boot e uma camisa cinza embaixo da jaqueta de couro, os cabelos loiros na altura do pescoço estavam presos em um coque por um elástico preto de cabelo. Com os olhos azuis esverdeado iguais os meus e o jeito de de bad boy, ele atraia várias garotas com seu charme, e algumas mulheres mais velhas também. Éramos facilmente confundidos como irmãos, e a nossa relação era como de irmãos mesmo.

— Como assim chamado? — Nathan, que estava encostado no batente da porta do quarto, se pronunciou pela primeira vez desde que ele chegou. Andy me olhou pedido permissão para contar sobre nós, eu assenti, confiava em Nathan e Tessa.

— Bom, isso é um pouco complicado, mas digamos que meu lobo, Antony e a loba da Amy, Valentina são conectados. — Ele explicou a Nathan que ainda o olhava sem entender nada. Resolvi contar eu mesma a história.

— Quando eu nasci, Andy já tinha 3 anos e os nossos lobos foram conectados por uma mágica muito forte e antiga. Um Lupino nunca anda só, ele sempre vai ter um outro Lupino, não precisamos de uma alcatéia para nos fortalecer, só de nós mesmos. — Expliquei mais ou menos como funcionava sem entrar muito a fundo.

— Mas você está na alcatéia de meu pai.— Nathan disse me olhando.

— Sim, eu só entrei porque ele prometeu me ajudar com o caso da morte dos meus pais, mas eu não preciso disso tudo. — Disse. — Na verdade, seu pai precisa mais de mim que eu dele.

Ele me olhou como se tivesse entendido finalmente, Tereza por outro lado continuou não entendendo.

— Tá, mas como você veio da Flórida até aqui em tão pouco tempo? — Ela perguntou a Andy.

— Ah, eu não estava na Flórida. — Ele disse.

— E você estava aonde? — Perguntei a ele. Andy me olhou como se estivesse escondendo algo, intensifiquei meu olhar e levantei um sobrancelha cruzando os braços.

— Ah, Tá bom! Eu estava procurando por você. — Ele respondeu. — Não conte a minha mãe, mas eu estava te proucurando desde o dia em que você sumiu. Minha mãe disse que você estava bem e escondida, mas você sabe que não posso ficar longe de você, é meu dever te proteger. — Ele terminou se sentando nos pés da cama. Dei um suspiro e peguei sua mão, apertando-a.

— Sei que deve ter sido muito difícil para você, mas você me achou. — Disse olhando para ele.

— Sim, e não vou a lugar nenhum sem você, então diga para seu pai que ele vai ter que aturar dois Lupinos agora. — Ele disse a Nathan.

— Bom, eu vou dizer ao Derek que tenho um convidado na minha casa. — Tia Maggie disse se levantando da cadeira.

— Vai deixar ele ficar aqui? — Perguntei a ela.

— É claro, ele é seu primo e qualquer parente seu é bem vindo nessa casa. — Minha tia me disse sorrindo. Ela se virou para Tessa e Nathan. — E vocês dois? Não deveriam estar na escola?

—Bem, certamente deveríamos, mas eu não ia conseguir prestar total atenção nas aulas sem saber se a Amélia estava bem. — Tessa disse juntando um dedo no outro sem olhar para minha tia.

— E você? — Ela perguntou ao Nathan.

— A Tess precisava de alguém para dirigir até aqui. — Ele simplesmente disse.

— A convivência com o Dylan está afetando você. — Tessa disse a ele. Nathan deu um sorriso lindo e disse.

— Não posso discordar.

— Voltem para a escola, vou ligar pra lá e avisar que vocês vão chegar atrasados. — Minha tia disse.

Nathan e Tessa se entreolharam, provavelmente não iriam pisar na escola hoje de novo mas concordaram.

— Tchau amiga, me liga depois. — Tessa disse me dando um abraço.

— Tchaulzinho ruiva. — Andy disse implicando com ela. Tessa lhe deu um olhar feroz fazendo ele rir.

— Tchau Amélia. — Nathan disse meio sem saber o que falar, acho que ele está chateado porque eu não contei quem eu era, oportunidades e vontades não faltaram, mas fiquei com medo de ele não querer falar mais comigo, depois teria que conversar com ele.

— Obrigada. — Disse olhando para ele. — Aos dois. Muito obrigada por terem vindo, nos vemos amanhã na escola. — Disse para ele e a Tereza.

Os dois saíram com minha tia, e quando o carro ligou o motor Andy veio se deitar ao meu lado, ele ocupava boa parte da cama de casal com seu corpo grande, inspirei o cheiro de maresia que vinha dele, era tão famíliar que eu não acredito que fiquei quase um mês sem sentir ele. Me ajeitei melhor para me deitar a sei lado e abracei ele.

— Ainda não acredito que o Tio Aaron e a Tia Mary morreram. — Ele disse com a voz séria.

— Nem eu. — Respondi depois de um tempo.

— Já tem alguma pista sobre quem matou eles?

— Não, mas senti um cheiro estranho naquele dia, não sei explicar, mas era um fedor putrido, não consegui ficar na sala por muito tempo, quando subi para o escritório que fui perceber. — Disse com meu rosto enterrado em seu peito, minha voz saia abafada.

— Bom, vamos achar quem fez isso, e essa pessoa vai sofrer lentamente, eu garanto. — Ele deu um beijo na minha cabeça. — Mas primeiro, temos que lidar com uma coisa mais importante. — Me afastei olhando para ele. — A lua cheia é daqui uma semana.

Oie meus lobinhos, como vocês estão? Voltei com a maior cara lavada aqui para trazer um capítulo para vocês, uma apresentação do meu amor e uma explicação de como funciona os Lupinos.
Espero que estejam gostando da história, comentem o que vocês acham e se puderem votar eu super agradeço
Beijos e até o próximo final de semana 😗😘

*foto do Andrew na descrição*

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top