Capítulo 10 parte 2
Nathan
— Porque nós estamos aqui mesmo? — Dylan me perguntou sentado em sua cadeira com a cabeça jogada para trás, e eu estou começando a me perguntar a mesma coisa.
— Prometemos a Dafne que ajudaríamos ela. — Respondi me ajeitando na minha própria cadeira.
— Errado, você prometeu, e depois me arrastou para esse inferno junto com você. — Ele falou me olhando.
— É a festa dela, e você sabe que ela nos arrastaria até aqui de qualquer jeito. — Dylan bufou e revirou os olhos, mas ele sabe que estou certo, minha irmã consegue qualquer coisa. Como nesse exato momento está brigando com o dono da loja de móveis, porque as cadeiras que ela encomendou para festa de dezesseis anos dela ainda não chegaram.
— Céus, ela parece uma fera. Quase tenho pena do Sr. Morris. —Dylan disse e eu só concordei.
O dono da loja está mais branco do que uma vela, me levantei para tentar resolver isso, já estou cansado de ficar aqui.
— Daf, acho que o Sr. Morris não pode fazer muita coisa, o carregamento atrasou, essas coisas acontecem. — Disse a ela salvando o pobre homem.
— Mas a minha festa é em duas semanas Nathan! — Ela disse, como se eu não soubesse disso, pensei.
— Até lá o carregamento já chegou, não é mesmo, Sr. Morris? — Perguntei a ele torcendo para ser verdade.
— Sim, sim senhorita Hale, até lá suas encomendas já chegaram. — Ele disse.
— Ótimo, vamos Dafne. — Dei o assunto por encerrado ou ficaríamos aqui o resto da tarde. Ainda não acredito que ela fez ele abrir a loja em pleno domingo.
Dylan se levantou e pegando as sacolas ao lado da cadeira.
— Para o que serve essas coisas mesmo? — Ele perguntou a ela olhando dentro das sacolas enquanto saímos da loja.
— São para lembrancinhas, para as pessoas levarem depois da festa.
— Achei que só fizessem isso em festas de crianças, vai colocar balinhas e pirulitos também? — Ele perguntou a ela com um ar de deboche que é natural dele.
— Você não entenderia nem que eu desenhasse para você, estão fica quieto.
— Podemos ir embora? — Perguntei a eles.
— Sim, mas antes que eu me esqueça o papai pediu para que fossemos ao escritório dele. — Dafne disse.
— O que ele está fazendo na prefeitura em dia de hoje? — Perguntei a ela.
— Não faço ideia. — Ela disse mexendo no celular.
— Vai ver, alguém fez ele abrir a prefeitura em pleno domingo para um assunto super importante igual você fez com o Sr. Morris Daf. — Dylan disse, minha irmã deu um olhar atravessado a ele e eu só consigo rir das implicância desses dois.
Depois de guardar as sacolas da Dafne no banco de trás nos dirigimos para o escritório de meu pai, no caminho passamos pela cafeteria e acho que um café não cairia mal, o tempo começou a esquentar agora, mas ainda está um vendo bem frio.
Chegamos a sede da prefeitura e fomos direto para sala dele, meu pai é formado em economia e se candidatou ao cargo a uns 6 anos, acho que ser alfa ajudou nesse quesito, ele já cuida das critatuas sobrenaturais da nossa cidade, só uniu o útil ao agradável, isso é se ser prefeito é agradável, não me vejo fazendo isso.
Bati na porta antes de entrar.
— Chegamos pai. — Ele estava com o pai da Tereza, acho que estavam em uma reunião. — Atrapalhamos? — Perguntei.
— Claro que não, já resolvemos tudo o que tinha para resolver, é bom ver você Nathan, está enorme. — Robert Jones é um homem alto e ruivo, com o nariz torto, ele apertou minha mão me cumprimentando.
— É bom ver o senhor também Sr. Jones. — Disse a ele o cumprimentando. Ele deu um sorriso e saiu com umas pastas na mão e a Dafne entrou logo em seguida, quase atropelando o homem.
— Paizinho! — Ela gritou e correu para abraça-lo, como se não visse ele a anos.
— Oi minha princesinha, conseguiu tudo para a festa? — Ele perguntou a ela, meu pai perde totalmente a pose de durão com minha irmã.
— Ainda não, o carregamento atrasou. — Ela disse fazendo uma cara de cachorrinho que acabou de cair da mudança que não engana ninguém, a não ser meu pai.
— Vai ver que tudo vai se resolver querida. — Ele disse a ela, não acho que era essa a resposta que a ela queria, mas antes que ela jogasse seu charme em cima do meu pai para ele fazer as coisas chegarem mais rápido a porta foi aberta com força e o Sr. Jones entrou apressado.
— Derek, a cafeteria está sendo atacada. — O Sr. Jones disse, meu pai se levantou imediatamente e foi atrás dele, eu fui junto para saber o que estava acontecendo, passamos ali não tem 5 minutos. Chegamos a entrada e Giulia estava sentada em uma poltrona com o rosto pálido.
— O que aconteceu? — Meu pai perguntou.
— Foi rápido demais, estávamos sentadas e depois correndo, aquelas coisas apareceram do nada, a Tereza e a Amélia me pediram para vir buscar ajuda, eu não queria deixar elas, mas elas me obrigaram. Corri o mais rápido que pude, aí vi que o Robert estava saindo da prefeitura e vim até ele. — Ela explicou.
Amélia estava lá.
Procurei pelo Dylan e só com um olhar nos entendemos, não esperei mais explicações e saí em direção a cafeteria com Dylan ao meu lado, ouvi meu pai chamando meu nome, mas não dei muita atenção e corri.
Quando chegamos lá encontramos algumas pessoas saindo apressadas do local gritando, quando finalmente chegamos ao pátio encontramos um lobo branco lutando com uma criatura que eu nunca tinha visto na vida. Ela era parecia um monstro desses filmes de terror.
A luta entre eles estava de igual para igual praticamente, o lobo tinha movimentos rápidos para o seu tamanho, era do tamanho do meu pai, um pouco maior que o Max, meu lobo.
O lobo atacava e desviava dos ataques da criatura, ele deu um pulo por cima e logo em seguida derrubou a criatura com uma grande velocidade, fincando as garras no dorso dela, a criatura tentou se mover, mas o movimento fez as garras irem mais fundo em seu corpo, ela parou de se mexer e o lobo tirou suas garras da criatura, mas ela começou a fazer um zumbido e antes que o lobo percebesse a criatura explodiu em sangue negro respingando em quase todo corpo do lobo.
— Que nojo. — Dylan disse do meu lado.
Antes que o lobo pudesse se recuperar do sangue em seu corpo, uma outra criatura, que eu não tinha percebido, se soltou das videiras que estava presa dando um urro horripilante que me fez extremesser, mas o lobo o por outro lado se preparou para saltar dando um rosnado alto, comprando a briga.
— Sabe quem é? — Perguntei a Dylan.
— Não, mas parece que ele é muito forte. — Parei de prestar atenção em Dylan porque a criatura partiu para cima do lobo tirando uma espada de suas costas. — De onde ele tirou essa espada? — Dylan perguntou e eu não sabia de fazia ideia.
O lobo continuou abaixado, esperando o momento certo para atacar e quando o momento chegou, arrancou o braço da criatura que estava com a espada, destabilizando ela e com um movimento rápido arrancou a cabeça da criatura jogando-a para longe.
O lobo olhou em volta procurando por outras criaturas talvez, e encontrou a Tessa, ela parecia extremamente assustada e quando o lobo começou ir em sua direção ela ficou ainda assutada, me dirigi até ela para interceptar caso o lobo a atacasse mas ele começou a mudar de forma, se tornando humano, ou melhor, humana. Era uma garota.
Não a reconheci, ela estava coberta do sangue da criatura que explodiu a pouco, mas reconheci imediatamente quando ela começou a falar, era a Amélia.
Meu cérebro parou de funcionar por um tempo, não acredito que aquele lobo branco e forte era a Amélia, sobrinha da diretora Morrigan. Mesmo que prestasse atenção na conversa delas eu não conseguia ligar uma coisa com a outra, percebi que ela estava vindo em nossa direção e seu olhar se fixou no meu, parecia a mesma garota que eu conheci semanas atrás, mas sei olhar estava diferente.
— Você pode me explicar o que aconteceu aqui? — Meu pai perguntou a ela com uma aparência nada boa.
— Aquelas coisas nos atacaram, então eu me transformei e matei elas, de nada. — Ela respondeu encarando ele, meu pai não gosta que ninguém o encare ou conteste suas decisões, só obedeça suas ordens.
— Esse não foi o nosso acordo. — Meu pai disse, acordo? Que acordo?
— Eu não ligo para esse acordo que você fez com a Amélia, se for para nós morrermos aqui, entoa que se dane. — Amélia disse, mas não parecia ela, a voz estava diferente, quase animalesca. Os olhos estavam em um roxo púrpura brilhantes, simplesmente lindos.
— Acho que você esqueceu com quem está falando. — Meu pai disse em um tom ameaçador, queria fazer alguma coisa, tirar ela dali, mas a presença do lobo dele me deixa imponente e eu odeio isso.
— Eu não ligo. — Amélia disse em tom que ninguém nunca usou com meu pai, ele rosnou para ela e todos a minha volta abaixaram suas cabeças, inclusive eu.
—Temos que fazer alguma coisa.
"Não podemos, ele é mais forte que nós." Max disse.
Antes que qualquer um fizesse um movimento ela deu um passo para trás.
— Desculpa a Valentina, ela não queria dizer o que disse. — Ela disse a meu pai com a cabeça baixa, agora sim se parecia a Amélia.
— Precisa controlar sua loba. — Meu pai disse deixando de ser o alfa, mas sua aura ainda permanece, não me possibilitando fazer nada. — Acho melhor cuidar disso. — Ele disse a ela e saiu com seu beta para perto do corpo das criaturas, olhei para ela quando meu pai saiu, ela me olhou de volta e nossos olhares se fixaram por um momento, e eu pude ver o que ela tanto tentava esconder, ela era uma lobisomem, e não tinha me contado.
Ela se transformou novamente e foi embora, fui até meu pai para ver a situação e ver se ele precisava de ajuda.
— Pegue sua irmã e me espere em casa Nathan.
Assenti e fui até a prefeitura de novo, eu não queria pensar em nada, só chegar no meu quarto e sei lá. Dylan foi comigo até lá calado, essa é a coisa que eu mais gosto nele, ele está sempre comigo, eu precisando ou não dele.
Dafne não perguntou o que aconteceu, mas ela sabe que aconteceu alguma coisa. Quando chegamos em casa minha mãe estava no telefone, subi diretamente para meu quarto, fiquei lá boa parte do tempo tentando não pensar em nada e pensando em tudo ao mesmo tempo, ela não tinha me contado que era igual a mim, achei que ela fosse uma bruxa, já que andava com a Tereza e a amiga dela Giulia, a tia dela também é uma bruxa, o mais lógico seria ela ser uma também.
— Consigo ver a fumaça saindo da sua cabeça. — Dylan disse entrando no meu quarto, ele se jogou na minha cadeira colocando os pés na mesinha, eu estava deitado olhando para o teto. — Você sabia que ela era uma Lupina? — Ele me perguntou.
— Lupina? — Perguntei de volta — Eles são um mito. — Disse a ele.
— Ham, não. Eu ouvi o Stevens falando que ela era uma Lupina, e bom, ela não desmentiu, então é verdade. — Ele disse, me virei para ele para ter certeza.
— Você tem certeza sobre isso? — Perguntei a ele me sentando.
— Sim, você não ouviu?
— Não, eu estava prestando atenção na garota que me disse perdeu os pais e que não pode fazer nada se transformando em um lobo gigante e matou duas criaturas que eu nunca vi na vida. — Desabafei com ele.
— Okay, você está chateado que a garota que você tá afim não te contou que era uma lobisomem.
— Eu não tô afim dela. — Disse a ele.
— Quando você se convencer disso me avisa. — Ele respondeu com uma cara de quem sabe o que fala. A porta do meu quarto foi aberta e minha mãe entrou se sentando a meu lado.
— A Dafne me disse que você estava estranho, o que aconteceu? — Ela me perguntou. Minha mãe é possivelmente a mulher mais bonita que eu conheço, é altiva, tem um cabelo num tom de castanho bonito, olhos expressivos e sempre tenta ajudar aos outros.
— Nada mãe, eu to bem, só um pouco cansado. Amanhã tem aula e eu queria dormi cedo. — Respondi a ela, minha mãe olhou para o Dylan atrás de confirmação, olhei para ele também.
— É verdade tia Naty, o dia hoje foi bem tenso, acho que umas horas de descanso faria bem. — Ele disse a ela, minha mãe me olhou de volta para ter certeza.
— Tudo bem, espere jantar então e depois vá dormi, daqui a pouco ele fica pronto. — Ela disse se levantando e saindo do quarto.
— Acha que ela caiu? — Ele perguntou.
— Não.
— Imaginei, bom eu vou embora, minha mãe vai fazer lasanha, quer ir lá pra casa? — Ele me perguntou.
— Não, valeu. — Disse a ele.
— Ta bom então, até amanhã cara.
— Até.
A noite se passou rápido, meu pai estava reunido com os outros líderes para descobrir quem atacou a alcatéia e ficaria por la a noite toda, no caminho para a escola eu senti uma coisa estranha, como se alguma coisa não estivesse certa. Encontrei com Dylan no meu armário, ele estava falando alguma coisa sobre uma líder de torcida quando eu ouvi a voz da Tereza conversando com alguém.
— Passei lá ontem a noite, e ela não estava nada bem, procurei a diretora pra ver se ela tinha melhorado, mas nem ela veio pra escola hoje. — Ela disse a alguém.
— Acho que é o destino ela estar assim, você não acha estranho ela não ter contado? Nós quase morremos!
Giulia disse, olhei para o Dylan, não tinha ninguém por perto ouvido a conversa, o sinal estava quase batendo e os outros alunos estavam entrando para suas aulas.
— Eu vou fingir que você não disse isso, como ela pode merecer isso Giu? A diretora Morrigan estava desesperada, me pediu até o grimório da minha vó!
— Você não emprestou, não é? — Giulia perguntou, a esse momento eu e Dylan estávamos escondidos atrás de uma pilastra para ouvir a conversa.
— É claro que sim né, ela fez de tudo para me manter a salvo ontem, isso é o mínimo que eu poderia fazer. — Tereza disse, era a primeira vez que eu via ela brava assim. — Olha, quer saber? Eu vou lá ver se a Amélia melhorou, se quiser você pode vim comigo ou pode ficar aqui.
— Não tem nada que eu possa fazer lá.
Giulia disse, vi ela passar por nós indo em direção a aula de cálculo, Tereza foi em direção a saída do colégio e eu fui atrás dela, no meio do caminho me voltei para Dylan.
— Pode ir cara, eu cubro você. — Ele pareceu que leu meu pensamento, dei um sorriso de agradecimento e corri atrás da Tereza.
— Tessa, espera! — Ela parou e olhou para trás, cheguei até ela. — Eu vou com você. — Disse a ela decidido.
— Tá bom, vamos então.
Caminhamos até meu carro e fomos direto para casa da diretora, no caminho ela me contou o que estava acontecendo, como eu não tinha visto aquele ferimento? Mesmo que eu tivesse visto, eu não poderia ter feito nada, eu nem sei o que estou fazendo indo até lá.
Chegamos lá rapidamente, batemos e a porta foi aberta pela diretora Morrigan praticamente no mesmo instante.
— Nathan? Tereza? O que vocês estão fazendo aqui? — Ela perguntou, ela estava com o rosto cansado, parece que a Amélia não tinha melhorado.
— A Tereza me contou o que aconteceu e viemos ajudar. — Disse a ela.
— Tudo bem, mas só porque eu não sei mais o que fazer e estou desesperada. — Ela demonstrou todo o cansaço nessa frase.
— Ela não melhorou? — Tessa perguntou.
— Não. — Ela disse em um suspiro.
— Okay, deve ter alguma coisa que nós duas possamos fazer, vovó gostava de esconder feitiços no livro, vamos olhar ele de novo. — As duas foram para a cozinha me deixando sozinho ali.
— Ah Nathan, porque você não vai fazer compania a Amélia? Eu vou lá olhar ela de novo daqui a pouco.
A diretora Morrigan disse e depois voltou para a cozinha, subi a escada e a porta do quarto dela estava um pouco aberta, quando cheguei até ele queria voltar com o que eu vi, não parecia nem um pouco com a Amélia que eu conheço, ela estava deitada, pálida e fraca, cheguei mais perto dela e me sentei na cadeira que estava ao lado da cama dela. Era difícil olhar para ela assim, como se fosse errado, quero ajudar, mas não sei como.
— O que eu posso fazer para te ajudar hein? — Perguntei a ela, mesmo sabendo que não obteria respostas.
Segurei sua mão e comecei a conversar com ela, mesmo que ela não responda, ela ainda pode ouvir e é melhor do que ficar aqui parado. Falei sobre tudo, meu pai, minha mãe, a festa da Dafne, a alcatéia, e parecia estar fazendo efeito, ela parecia um pouco mais corada.
A diretora Morrigan entrou novamente com uma bacia com água quente e um pano em mãos, eu estava me preparando para levantar e ela se sentar no meu lugar quando a Amélia apertou minha mão. Olhei para ela para ter certeza de que eu não imaginei isso, olhei para a diretoria Morrigan e ela olhava para a sobrinha, ela tinha aberto os olhos.
— O que você fez? — Ela me perguntou.
— Nada, eu só fiquei aqui. — Respondi olhando para ela.
— Nathan? O que está acontecendo? — A voz dela estava grossa e ela parecia desorientada, mas ela estava me olhando esperando uma resposta.
— Você foi ataca na cafeteria ontem, e você brigou com duas criaturas e acabou se ferindo, sua tia cuidou de você desde então. — Expliquei a ela, compreensão passou pelos seus olhos quando eu acabei de falar, ela soltou minha mão e se levantou, mas ela ainda estava fraca. — Ei calma aí, você acabou de acordar, deve estar fraca ainda. — Disse a ela amparando ela que se sentou na cama. Amélia levantou parte da blusa no lado direito, a pele estava quase lisa se não fosse uma cicatriz ali.
— O ferimento curou. — Ela disse mais para ela do que para mim ou para a tia dela.
— A uns 10 minutos atrás estava do mesmo jeito, pior até, como isso aconteceu? — A diretora Morrigan perguntou espantada.
— Valentina. Ela estava reunido força para se curar, só pode ter sido isso. — Ela disse. A campainha da casa tocou e a Amélia se levantou correndo, eu e a tia dela fomos atrás e quando chegamos a porta um cheiro como a brisa do mar adentrou na casa, na porta tinha um cara com uns 20 anos, forte, loiro e com olhos verdes, ele olhava para a Amélia com um sorriso enorme.
— Andy. — Ela disse ao rapaz que sorriu ainda mais.
— Amy, que saudades. — Ele disse entrando e abraçando ela. Mas quem é esse cara?
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top