Capítulo 12.


Rick.

- Rick. – Trey me chamou enquanto eu saia da sala de treinamento. – Podemos conversar?

- Claro. – O segui até a sala que ele usa como escritório. – Pode falar. – Falei quando estávamos acomodados.

- Você e a Luna estão transando? – Ele foi direto ao ponto.

- Você acha mesmo que eu tinha alguma chance de resistir? – O olhei com uma sobrancelha herguida.

- Eu sei bem que não tinha nenhuma. – Ele pareceu distante. – Ela o escolheu e você também tem desejo por ela, então isso aconteceria. – Ele constatou.

- Sim, meu Deus. – Falei passando as mãos pelo rosto. – Ela é incrível, estou encrencado? – O encarei.

- Não. – Ele riu. – Pelo menos não comigo, peço que sejam mais discretos quando Tim estiver aqui, imagina o pesadelo que seria se ele descobrir de vocês.

- Gosto nem de pensar. – Fiz uma careta. – O velho é um pé no saco.

- Nem me fale. – Fez uma pausa. – Mas, meu amigo eu quero que você saiba que as fêmeas nova espécie não gostam de se sentir presas.

- Está me dizendo para eu não me apegar a Luna?

- É exatamente isso. – Um pouco tarde demais pra isso. – É pro seu bem.

- Fala por experiência própria? – Perguntei sorrindo.

- Talvez. – Ele sorriu, mas não chegou aos olhos. – De toda forma só precisava lhe alertar. – Não voltou a comentar o que eu falei.

- Tudo bem, eu irei levar isso em consideração. – Sorri, mentindo descaradamente. – Obrigada.

- Por nada. – Ele sorriu. – Pode ir.

Sai da sala indo direto para o meu quarto, preciso de um banho urgente, assim que eu entrei pela porta imagens do que fizemos nos últimos dias passam novamente pelos meus olhos, Luna consegue me deixar excitado como nenhuma outra e me dá orgasmos tão fortes que me deixam zonzo. Retirei minha roupa e fui diretamente para o banho, tomei um banho rápido, me sequei, vesti uma calça de moletom e uma camiseta fina, me joguei em minha cama em seguida, pronto para descansar um pouco por causa das horas de treino intensivo e do treino da noite anterior. 


Acabei dormindo em minha cama enquanto via TV e não compareci ao jantar, eu não tinha dormido muito nas últimas noites ocupado ora com o trabalho, ora com uma nova espécie gostosa e insaciável. Me levantei, passei enxaguante bucal e fui até a cozinha em busca de comida, tinha pizza sobre a mesa e refrigerante na geladeira, comi algumas fatias de pizza acompanhadas de refrigerante, depois pequei um pouco de sorvete que encontrei no congelador, lavei tudo que eu sujei e tomei água antes de sair da cozinha.

Estava voltando da visita a cozinha na madrugada quando ouvi os gritos assustados de Luna, ela deve estar sendo atormentada por pesadelos novamente, determinado a ajudá-la eu corri até seu quarto que estava com a porta apenas encostada. Girei a maçaneta e a encontrei se debatendo na cama.

- Luna. – Toquei suavemente seu ombro. – Luna acorda.

- Não. – Ela repetia em seu sonho. – Não... não...

- Luna, querida acorde. – A Balancei um pouco mais forte. – Você está segura. – Não me importava se aquilo era perigoso, eu só queria tirar ela daquele pesadelo.

Ela cravou as unhas em meu braço de uma forma que eu sei que rasgou a pele, abriu os olhos ainda assustada e a medida que me reconheceu seu aperto melhorou.

- Está tudo bem. – Falei acariciando seus braços.

- Rick. – Ela falou com a voz fraca.

- Foi apenas um pesadelo.

- Foi uma lembrança.

- Mas, eles não podem mais chegar até você. – Eu lhe assegurei.

- Sim. – Ela respirou fundo. – Eu te machuquei. – Segui seu olho vendo um pouco de sangue onde ela me arranhou.

- Não é importante. – Lhe assegurei. – Deixe-me abraçar você.

Ela apenas se jogou em meus braços me abraçando apertado, sua cabeça descansando em meu ombro e a respiração profunda em minha pele, aos poucos ela se acalmou, quando finalmente ela se acalmou eu tentei me afastar.

- Fica aqui. – Ela falou me olhando. – Passa essa noite comigo. – Estava prestes a falar que não sabia se era uma boa ideia fazer sexo quando ela passou por tanta coisa quando ela me diz. – Me abrace enquanto dormimos, quero dormir em seus braços.

- Você tem certeza disso? – Perguntei.

- Absoluta. – Me garantiu.

Eu não precisei de outro pedido, me acomodei em sua cama a puxando para mim, ela se acomodou em meu peito de maneira relaxada, as pernas jogadas sobre as minhas, eu coloquei uma de minha mão em suas costas cobertas por uma blusa larga e a acariciei.

- Eu nunca estive com um macho sem ser para compartilhar sexo. – Ela falou. – Digo, sem nada sexual envolvido, apenas dormir com carícias inocentes. – Ela passou uma mão por meu abdômen.

- Você se sente desconfortável com isso? – Perguntei pronto para me retirar dali, mesmo que fosse a última coisa que eu quisesse.

- Não. – Levantou a cabeça para me encarar. – Na verdade, eu gosto da sensação de ter você aqui comigo, gosto de sentir o seu calor no meu, gosto das suas carícias.

- Fico feliz com isso. – Sorri. – Pois, eu gosto de estar aqui. – Confessei. – Não quero deixa-la sozinha. – As coisas que Trey me falou voltando a minha mente.

- Que bom. – Ela deitou novamente a cabeça em meu peito e passou a mão por ele antes de voltar a me olhar. – Doeu?

- O que? – Perguntei.

- Fazer as tatuagens, elas são enormes. – Franziu o cenho.

- Doeu em algumas partes. – Falei sorrindo. – Outras nem tanto. – Eu daria de ombros se não estivesse deitado. – Mas, é uma dor insuportável.

- Eu gosto delas. – Ela sorriu.

- Fico feliz com isso. – Sorri também. – Eu tenho muitas.

- Sim.

- Vamos dormir. – Eu sorri sentindo ela sonolenta e sabendo que estava prestes a capotar.

- Estará aqui quando eu acordar?

- A menos que você me ponha para fora. – Ela soltou uma risada gostosa de se ouvir.

- Isso não vai acontecer. – Ela se inclinou e me beijou, foi um beijo, mas intenso que me deixou com vontade de ter mais dos seus lábios. – Boa noite. – Voltou a se deitar e acariciar meu corpo.

- Boa noite. – Minha mão voltou a se mexer em suas costas, recebendo um belo ronronar pelo movimento

Não demorou para que o sono me alcançasse eu caísse em sono profundo. 

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Esses dois estão perdidos.

Espero que o Tim não descubra.

Até a próxima. 😘🥰

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