Capítulo 3 - Liberdade

Os olhos castanhos estavam cansados, não havia mais alegria, não haviam mais brilho, não havia mais sentimentos, Jisung se sentia... Abusado.

Quem dera ser apenas um sentimento...

Seu corpo foi violado, se sentia sujo, se sentia podre, não importava quantas vezes se banhasse, continuaria se sentindo sujo, como se o esperma e sangue ainda existisse em seu corpo.

Um sentimento amargo.

– Oi... Eu vim de novo... – Minho murmurou, tocando as mãos do Han, que o fitou cansado – Eu sei que tudo isso foi ruim mas... Você é forte. Eu... Eu estou aqui, não estou?

O Han suspirou, acariciando a mão que segurava a sua com seu polegar, sentia tanta dor por Minho, ele sofreu mais do que o próprio Han, ele tinha direito de estar no seu lugar mas, nada adiantava, não tinha ânimo.

Seus olhos longo se bateram com a porta, aonde o rapaz de fios rosas estava, sempre que acordava via Minho ou Hyunjin próximo, nunca viu Felix e sinceramente, o rapaz não tinha tanta intimidade assim, apenas era um trocar de flertes.

Se sentia pessimista, aquilo tudo lhe deixava exausto, deveria apenas deixar tudo isso de lado e se entregar a depressão, mas isso não seria a realidade que lhe esperava, ele tinha um futuro brilhante, seu tio sempre lhe disse isso, por que deveria se entregar?

Os dias foram se passando e o Han dando lentamente, pequenos sinais de melhoras, até que finalmente, pôde receber alta do hospital.
Não deveria ser nenhum mistério que Minho e Hyunjin se tornaram ainda mais próximos do Han após isso tudo.

O Han já não tinha mais sua castidade, então não temeu em entregar-se aos dois, até que Felix também se tornou parte do trio, formando um quarteto.
Também não adiantaria perguntar, Jisung não saberia dizer quando que o Lee mais novo oficialmente se tornou parte desse grupo.

Os sorrisos pareciam eternos, tudo parecia bom, mas tudo que é bom, dura pouco.
Depois que simplesmente teve uma maravilhosa noite a quatro, estava exausto e cansado, quando a campainha tocou.

Seus meninos não estavam ali, o que o fez precisar se levantar num bendito domingo às cinco da manhã.
Quando abriu sua porta, havia apenas o carteiro, nas sua mãos, havia uma carta num papel de coloração vermelha e uma única listra amarela.
Os olhos do Han se arregalaram, o ar parecia faltar de seu peito, enquanto a ansiedade lhe atacava.

Não poderia ser...

Depois de finalmente tudo dar certo, não poderia ser verdade...

O Han se negou a acreditar, abrindo a carta, simplesmente era o que mais temia naquele papel, as palavras em preto negritado o fez quase desmaiar, enquanto lia as palavras que mais temiam.

O civil Han Jisung, com CPF ***.***.***-**, está sendo intimado a comparecer ao seu julgamento no dia **/**/****, às **:**.
Estupro é CRIME.

O Han não queria acreditar, aquilo não podia ser verdade.

Ele confiou neles, então... Quem havia feito isso? Minho estava fora de cogitação, Hyunjin também... Se for assim, então até Felix estaria fora de cogitação.
No fim das contas, talvez os três fossem culpados.

Seu coração pesou, queria vomitar.

Sua vista se embaçou, enquanto no fundo, o som do despertador tocava incansáveis vezes.
Aquele barulho infernal estava o irritando e seu peito apertava, iria infartar ao som daquele bagulho chato? Sério isso?

Quando o Han se virou, arregalou os olhos, se sentando no pulo.
Seu coração estava acelerado, a sua frente, havia um par de olhos preocupados, o fitando tão confuso quando o próprio Han, que demorou para entender o que caralhos estava acontecendo ali.

– Pesadelo de novo, Han? – Hyunjin zombou, recebendo um suspiro do marido, que esfregou o rosto com pressa, odiava aquele despertador maldito.

– Ele já acordou? – Minho questionou, trazendo consigo um prato de ovos e Baicon, mas deixando para o Han um prato de frutas, pois o Han era Vegetariano e jamais comeria derivados de animais. – Bom dia, amor.

Jisung sorriu, sentindo seu coração lentamente se acalmando, óbvio que seus amores jamais fariam uma coisa ruim contra sua pessoa, foi muito besta ao pensar uma coisa dessas, seus pesadelos eram sempre sem sentidos.

– Felix já foi para a faculdade e eu já estou indo trabalhar. Te amo, okay? – o Lee mais velho sempre era o mais carinhoso, perdendo esse posto apenas quando Felix estava presente, pois Felix era o mais carinhoso e manhoso dos quatro.

Enquanto isso, Hyunjin era o mais debochado e ao mesmo tempo, o mais carente.
Era só ignora-lo por um minuto que o bico fofo se formava no rapaz de fios rosas.

– Sonhei com Lumuria... Sabe... Aquela história toda de canibalismo... – o Han riu de si próprio, a história do país de seus amados sempre lhe aflingia.

Felix e Minho são irmãos de um país esquecido pelo mundo, chamado Lumuria.
Nesse país, estupro era permitido como uma normalidade até certo tempo, aonde um Juíz enojado daquele tipo de gente, legalizou o canibalismo contra estupradores, aonde carne dos homens eram comercializada no lugar de carne animal.
Aquilo tudo resultou em diversos golpes e ao mesmo tempo, a justiça foi realizada em muitos culpados, porém não poderia deixar de pensar no quão difícil deve ser.

Felix e Minho não tinham dinheiro direito lá e saíram em busca de emprego em Seul, porém tudo que conseguiram foi trabalhar em uma casa de prostituição, mas podemos dizer que são dois sortudos do caralho.

Jisung e Hyunjin eram casados a anos, um casal com fartura e fortuna, um dono de empresa de cosméticos e o modelo mais famoso de toda Coréia, formando um casal lindo e poderoso.
Apenas caiu a sorte de que em um dia, Hyunjin convenceu Jisung a levarem um prostituto para "esquentar a relação".

Adivinharam? Não? Sim? Não leio mentes, então vou deixar a resposta.

Felix e Minho, donos de uma beleza invejável e notável, ambos chamaram perfeitamente a atenção do casal, a história dos dois compareceram o par, assim, não pensaram duas vezes antes de chama-los como modelos da empresa, saindo daquela vida horrível.

Mas não parou por aí, eles precisavam de afeto e nada que um Hwang mimado pedisse, que o Han não faria sorrindo.
Os dois passaram a dividir noites de romance com o casal e desta vez, não era a troco de dinheiro e sim, a troco de amor, carinho e atenção.

Vendo assim, é até compreensível o motivo de que Felix e Minho serem os mais carinhosos do quarteto.

Teorias da obra:

Sim, vocês viram uma obra trágica com final feliz e se reclamarem eu mato todo mundo na obra.
Espero que tenham gostado...

A obra parece ser complicada, mas não é.
Han realmente se traumatizou com a história dos dois irmãos e passou a ter pesadelos com isso por muito tempo.

Um detalhe interessante, Jisung lê constantemente na obra um livro chamado Túmulo das Borboletas, no qual irá existir de verdade nesse perfil e será um universo alternativo do universo das minhas obras.
Para quem acompanha desde antes, sabe que todas as obras do meu perfil existem um laço entre si, sendo ligadas por Hybrid, aonde Han é capaz de estar presente em qualquer dimensão, aqui não é diferente.

Túmulo das Borboletas será drama e depressão, um universo alternativo da obra Oneshot disponível no Perfil: If This Street (algo assim, mas é inspirado na música "se essa rua fosse minha").
Aonde Jisung havia morrido e passa a vagar pelo jardim de borboletas do Anjo da história, que no caso, é Minho.

A obra é Minsung com mensao HyunKnow e HyunLix.
Espero que gostem!

Continuando sobre as teorias da obra, vale a pena ressaltar que todos os membros que aparecem no trabalho de Jisung na obra, são trabalhadores da empresa de Jisung na vida real dele, então ficava tão realista que ele realmente se apavorava com os sonhos.

Eu realmente ia matar geral no final, mas mudei de idéia conforme planejava a obra antes de pedir a capa.
Vale ressaltar, a capa colaborou muito para o desenvolvimento da obra. Palmas a capista, você é foda❤️❤️❤️.

Nos vemos em outra obra!
Vamos nos despedindo dessa beldade.

G'bye!

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