6 - TREINAMENTO

𝗙𝗔𝗦𝗘 𝟭 — 𝗗𝗜𝗩𝗘𝗥𝗚𝗘𝗡𝗧𝗘
𝙇𝙤𝙘𝙖𝙡𝙞𝙯𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤: 𝘈𝘶𝘥𝘢́𝘤𝘪𝘢

— Posso sentar aqui? — Perguntei. — É claro que posso.

Me espremi entre Will e Al. Os dois e seus amigos surpresos comigo ali. Sorri para eles, verdadeiramente. Estiquei o braço para pegar o garfo e poder espetar o hamburguer.

— Por que você está sentada com a gente? — Perguntou Christina, fazendo a pergunta que todos queriam. — Não deveria estar com os líderes?

— Quer que eu saia? — Perguntei, esperando sua resposta.

— Não, claro que não. Só queremos saber por que está aqui?

— Bom, eu ia sentar com Quatro, mas ele foi chamado para resolver alguma coisa em não sei onde; eu poderia sentar com Eric? Poderia, mas eu não vou dar esse gostinho a ele; e quanto a Max, ele está sentado com Eric; vocês são as únicas pessoas que eu também conheço aqui, e as que eu não tenho absolutamente nada contra.

— Sabe de uma coisa? — Perguntou Christina a mim. — Eu goste de você.

— Obrigada, eu acho.

— O que isso no seu ombro? — Al indicou o calombo dentro de minha blusa.

— É gelo, passei na enfermaria antes de vir. O idiota do Eric achou que poderia me ensinar a atirar, e tudo que eu ganhei é um belo hematoma.

— Nós vimos — disse Al. — Qual é a de vocês dois, hein?

Al grunhiu, sentindo o chute que Christina lhe deu. Ela mandou-lhe ficar quieto, lembrando que eu sou a pessoa que poderia acabar com suas vidas.

— Relaxa, a única pessoa que eu quero acabar com a vida não é um de vocês.

Peguei o pãozinho quente da assadeira a nossa frente, colocando nele a carne, a verdura e o tomate.

— Então, vocês são um casal? Ou você e Quatro?

Beatrice era a mais quieta, que parecia ter certo receio por falar comigo. Eu a observei o tempo todo, ela era diferente do que eu esperava.

— Eu e Eric? Claro que não. — Meu olhar automaticamente se focou nele. Me surpreendi quando vi que ele me olhava de volta.

— Então por que ele está te encarando? — Al me tirou do transe.

— É uma história chata e antiga... Bem tediosa.

Eles sabiam que ara mentira, mas fiquei grata por não insistirem. Do outro lado de Al, um garoto me chamou. Não sabia quem era, mas Christina revirou seus olhos para ele. O encarei, uma sobrancelha levantada.

— Juliett, eu só queria dizer que sou um grande admirador do seu trabalho e reconheço o esforço que deve estar fazendo para vir aqui e isso tomar parte do seu precioso tempo.

Christina me encarrou, entediada com a garoto, me mostrando que tudo que ele queria era vantagem na iniciação.

— Obrigada...

— Peter — respondeu minha dúvida implícita.

— Certo.

Recuei voltando a devoram meu hamburguer.

— Eu também gostaria de dizer que nunca conheci mulher tão bela quanto você, e eu pensava que talvez me desse a honra de...

— Peter — interrompi, brusca. — Me paparicar não vai te ajudar em nada durante a iniciação. Além disso, eu já tenho muita gente para aumentar o meu ego, principalmente aqui na Audácia.

— Muita gente? — Perguntou, seu sorriso vacilando. — Tipo?

— Que tal Max, que tenta me converter para a Audácia a cada cindo minutos; Quatro que me paparica para irritar o Eric; e o Eric que está tentando me provar algum ponto idiota. Ainda existem os líderes das outras facções, que, vejam só, como Max, também tentam me converter; também tenho os membros da Erudição!

— Bom, linda, pode adicionar me nome na sua lista.

— Deveria desistir, Peter.

— Nunca. Por algumas coisas vale a pena lutar.

Ri, voltando a atenção para Christina, Beatrice, Will e Al.

— Estavam mesmo flertando? — Perguntou Christina.

— Tem que ser muito infeliz para ter o Peter correndo atrás de você — disse Will. — Ainda mais os líderes.

— É por isso que eu não escolhi a Audácia.

O almoço logo terminou. A conversa havia sido agradável na maior parte do tempo. Logo, Quatro voltou para me buscar, sabendo que eu ainda não havia decorado os caminhos.

Junto dos outros iniciados, fomos para o galpão, onde agora passariam a treinar condicionamento físico. Quatro disse que Eric estaria preso em reuniões durante o resto do dia, o que agradeci. Ele foi ajudar alguns iniciados com as lutas, me deixando andar pelo galpão, coletando dados para o relatório que eu teria de fazer.

Avistei Beatrice socando um saco de pancadas. Seus movimentos eram fracos, sem força. Eu não poderia falar sobre ela, quando eu era bem pior, mas eu havia estudado a anatomia, sabia como as lutas eram, onde acertar, como acertar.

— Você não tem musculatura — falei, me debruçando sobre o saco de pancadas vazio ao seu lado. — Não é uma crítica, percebeu que sou mais baixa que você?

Ela me olhou, mas não respondeu.

— Usa mais os joelhos e cotovelos. Para o nosso porte, é onde conseguirá concentrar mais força.

Ela fez conforme auxiliei, ainda fraco.

— Coloca tensão na área das costelas. Vai ficar mais fácil.

— Por que está me ajudando? — Perguntou ela, sem folego.

— Eu sou tão ruim quando você pensa — afirmei. — Por acaso eu fiz algo contra você? Tem um motivo de me odiar?

— Eu não te odeio, apenas... Eu não sei.

— Olha, eu sei que é estranho falar comigo sem todas as máscaras, eu estranho isso às vezes. Se é pela maneira que eu lhe respondi no dia da escolha, peço desculpas.

— Essa era uma máscara, não era? Como a prodígio da Erudição?

— Em parte — respondi. — Só era um mal dia. Um trauma besta.

Quatro deu ordens, para continuarem os exercícios, percebendo que muitos haviam parado.

— Ele também não é tão ruim.

— Quem? — Beatrice voltou a socar o saco.

— Quatro. Acha que eu não vi o jeito que você olha para ele?

— Eu não olho para ele — desviou do assunto, corando.

— Olha sim — afirmei. — É ele uma boa pessoa.

— Ele parece gostar de você.

— Conheço ele há anos. Digamos que, tipo, eu sou parte da família. Não por sangue, é claro.

Avistei ele pelo canto dos meus olhos, caminhando em nossa direção.

— Por falar nele...

Quatro parou ao meu lado, os braços cruzados. Ele observou os socos de Beatrice que melhoraram levemente.

— Juliett, não tem mais nada para fazer do que ficar conversando com os iniciados?

— Na verdade não — respondi. — Mas eu já terminei com essa aqui. Vou falar com Christina então, fiquei sabendo que Al quer uma tatuagem.

Pisquei para Beatrice. Boa sorte.


𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Como vocês estão?
Então, eu estou trabalhando para conseguir seguir mais ou menos os acontecimentos do livro e do filme ao mesmo tempo, de alguma forma conseguir juntar as cenas e detalhes que faltaram. O que acham? Alguma cena que vocês não querem ficar sem?

VOTEM e COMENTEM
[NÃO REVISADO]

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