Capítulo 3

        Dois dias se passaram, por enquanto nada aconteceu até agora. Estou na casa onde Thomas está residido. Stepanhie não veio comigo porque precisou resolver suas coisas com a sua mãe, e aproveitamos para ela esconder o Artefato Triangular verdadeiro. Estou de frente a porta do apartamento do Thomas "507" o número da porta o seu ap. Bato na porta e ele atende, me recebendo.

— Depois fala com seu amigo que agradeço a força — Ele fala olhando para janela. A casa nada mais é que um pequeno apartamento no centro de São Paulo. Christopher é um adolescente curioso, mas ok, não quero falar disso nesse momento. — Estou com medo Lucas, eu não queria tudo isso, só quero minha filha…

— Você vai vê-la de novo — Ele nega com a cabeça, olhando para mim. Thomas é um homem jovem, aparenta ter vinte e poucos anos, é um moço bonito diria.

— Ela morreu Lucas… Isso que me perturba, antes de vir pra cá, eu a vi.. ela estava viva, feliz, alegre mas, não fui onde eu a vi. Eu só queria ela de volta — Engraçado ele falar isso, eu consigo sentir uma breve conexão entre esse sentimento com o meu.

— Sinto essa mesma sensação com a morte da minha amiga… Foi horrível… E eu não pude fazer nada… — Ele me olha compreensivamente, e só por isso já me sinto abraçado.

— Apesar de tudo Lucas, nós não temos culpa do que aconteceu, talvez por isso estou aqui no seu Universo vamos dizer assim, você não tem culpa, apesar de achar que merece ela…

— Obrigado Thomas… É difícil lidar com essa dor, foi tudo muito rápido, e depois você veio, juntou tudo. Eu, eu travei… Ser herói e ter esses poderes me fez sentir muitas coisas… — Ele continua me ouvindo, demonstrando interesse em tudo que estou sentindo.

— Existe processos que nos bloqueiam, eu deixei o luto parar minha vida por um ano, mas temos que continuar lutando… Mas confesso Lucas, se eu tivesse oportunidade eu iria para o lugar onde está minha filha, mas sei que devo aceitar a morte dela algum dia — Não consigo dizer mais nada no momento, apenas aceitar o silêncio que nos foi dada. Eu vim pra cá para ver como ele está, já que estamos lidando com essa loucura toda.

      Escutamos gritos vindo do corredor. Thomas me olha estranhando toda essa agitação, ela pega sua arma futurista, pistola do futuro. Ele abre a porta devagar e fico em pé o acompanhando, pronto para agir.

      Chegamos no corredor e vimos vários corpos espalhados pelo chão, sangue todo jogado pela parede… Eu lembro da Eduarda na hora… meu corpo trava na hora, mas eu preciso me concentrar… escutamos um som de algum tipo de animal, me viro para trás e vejo uma criatura toda escura, com pelos pretos todo bagunçado.

— Eu… eu sei que criatura é essa… eu vi naquela planeta — Thomas fala em tom estranhamente nostálgico e reflexivo. O bicho corre pra cima da gente e escuto tiro em direção a ela. Thomas o matou sem hesitar.

      Andamos pelos corredores e vemos vários apartamentos invadidos e pessoas mortas, Thomas e eu abatemos mais desses bichos. O que está acontecendo? Eles só estão aqui no prédio.

     Chegamos no estacionamento e vemos mais dois devorando o corpo de um homem, que está todo desmembrado. Thomas dar três tiros matando essas criaturas.

— Eles devem está atrás desse Artefato….Falo isso porque lembro que aconteceu comigo naquele planeta — Thomas fala com a sua atenção em volta, para não ser surpreendido com essa criatura.

— Se eu pudesse eu corria mais rápido para matar todas elas de uma vez por todas, mas tô com medo de extrapolar. — Eu mantenho a conversa, mas um portal verde surge diante de nós, revelando o Expectro saindo dela.

— Fud#u Lucas — Ele fala todo desesperado, respirando com ritmo muito acelerado.

— Que foi Expectro, calma… são essas criaturas?

— Sim Lucas, e outra, uma moça da história Impulso está aqui, o escritor tá de sacanagem com a gente mano, meu Deus, eu sou um fracasso como protetor do Multiverso Skies — Que? Não estou entendendo mas ao mesmo tempo estou entendendo. E do portal, uma moça aparece atrás do Expectro, ela é loira, olhos verdes, uma das mulheres mais lindas que já vi, com todo respeito a ela.

— Olá pessoal, me chamo Joyce

— Olá… Expectro, o que rolou?... Desde a última vez que vi, o que rolou naquela hora que desmaiei? — Ele anda de um lado para o outro, agitadíssimo.

— O Multiverso estava em colapso, você e o Thomas apagou porque não suportaram. Existe um ser chamado Salaniel, esse ser tem consumido cada mundo que tem passado, e ele agora está prestes a destruir esse Mundo, por isso o Artefato, ele tem seguidores que acreditam em um mundo cheio de paz, e essa merda pode causar isso, e essas criaturas alguém trouxe para cá — Salaniel? Esse papo de religião é familiar. Olho para Joyce.

— E você, como veio parar aqui?

— Eu viajo para outras realidades usando a consciência. Estava fazendo minha pesquisa pois… bom… Expectro me disse pra falar tudo mas, resumindo, estou atrás da minha irmã viva em algum do Universo, pois eu perdi ela… — Que estranho…Estou perecendo algo em comum entre nós.

— Vocês estão percebendo uma coisa? Eu perdi uma pessoa importante, você a sua filha e você, a irmã… A morte nos juntou de alguma forma… Isso não é estranho? — Essa minha pergunta chama atenção do Expectro, vejo pela sua forma como olhou para mim.

— Eu não tinha pensado nisso Lucas, uma boa percepção que teve.

— Você disse consciência? Como fez isso? — Thomas pergunta, expressando interesse em saber como Joyce fez isso.

— Eu criei uma tecnologia chamado Impulso… mas…enfim… Eu conheço você naquele mundo, você me ajudou a criar a tecnologia — Caraca, eu não esperava por essa. Eles se conhecem?

— Mas eu nunca vi você na minha vida — Thomas ficou confuso, enquanto Joyce se mostra neutra e tranquila, ela passa experiência em situações assim.

— É que vocês dois são de Universos diferentes. Você é do Universo Quatro, ela Universo Três e o Lucas é do Universo Dois… por isso cê não conhece Thomas — Agora entendi tudo, ok, eu só quero ficar na minha agora.

     Um outro portal se abre atrás de nós nesse estacionamento a céu aberto.

— Pô autor seja mais criativo ao colocar os personagens na história, assim os leitores vão achar ruim poxa, portal de novo bicho. — Disse Expectro, deixando todos em volta olhando para ele, inclusive eu. Ele fala como fosse personagem, eu acho isso engraçado nele.

    Através do outro portal que se formou, um homem aparece com sua jaqueta preta e calças da mesma cor. O mesmo estilo do…

— Olá Lucas — Essa voz…

— Victor!? — Ele está…mais velho.

— Desculpa chegar assim, eu quero ser direto, vim pegar o Artefato Triangular que está com você — Está fresco na minha memória na última vez que vi o Victor, meu corpo está gelado ver ele.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top