Nós mal saímos do cemitério para visitar a última vez a Eduarda, um novo problema aparece me deixando mais maluco ainda. Aquele astronauta bem na minha frente depois de ter saído daquele portal é algo mais estranho e sem nexo que já vi nessa minha curta vida fracassada de super herói.

— Como veio parar aqui, Thomas? — Pergunto levantando do banco, aproximando mais próximo a ele, Stepanhie me acompanha.

— Eu estava em missão, minha nave caiu em um planeta desconhecido, toda a minha tripulação morreu, tentei buscar ajuda e sinal para entrar em contato com a central, mas nada deu certo. Até que durante a minha exploração eu recebo esse Artefato. Mas, não me lembro de muitos detalhes nessa jornada, é como se fosse a muito tempo, não sei te explicar direito, só me lembro disso basicamente. — Uau, isso aqui já é demais para mim, é muita informação para processar, eu não quero problemas, estou com a minha mente exausta e sem forças para prosseguir.

— Cara eu.. nós acabamos de perder nossa melhor amiga, estamos cansados…

— Mas… Eu não sei o que fazer, só vim parar aqui e pelo jeito fora do meu tempo — Fora do tempo? Como assim? Isso me deixa curioso.

— O que você quer dizer com fora do tempo? — Stepanhie leu meu pensamento, ela faz a pergunta e nos olhamos, esperando a resposta do Thomas.

— Eu sou de Dois Mil Cento E Vinte, vocês também são…né? — Ele fala em tom de desconfiança, receoso de não esperar pela resposta que deseja ouvir.

— Dois Mil Cento E Vinte!? — Perguntamos juntos e sintonia, o que está acontecendo?

— Porque, em que ano vocês estão? — Ela fica confuso, e nos faz a pergunta.

— Dois Mil e Dezessete — Stepanhie responde, impactada com o Thomas — Quer dizer que esse Artefato trouxe você pra cá?

— Pelo jeito sim, e não sei de verdade o que fazer. Quando passei por aquele portal, antes de vir, eu vi minha filha nesse parque, mas tudo que vejo é o céu nublado e vocês dois. Me sinto perdido.

      Cacete eu não sei real o que fazer agora. Viagem no tempo? Que merda toda é essa.

— Stepanhie precisamos cha… — Olho para ela, e a vejo paralisada, seus olhos não piscam. Em minha volta as pessoas estão paralisadas. Só eu e o Thomas que nos mexemos. As folhas secas das árvores são congeladas sobre o ar.

— O que está acontecendo garoto? — Thomas pergunta olhando para o céu, compartilhando a mesma confusão no qual me encontro..

— Tudo está congelado, será que é por causa desse Artefato? — Falo com ele olhando o objeto em suas mãos, e os céus começam a forçar imagens minhas e do próprio Thomas, depois do Max, Victor, Stepanhie… estamos todos diferentes, com forma e jeitos diferentes. Muitas imagens e vozes, minha cabeça chega a doer..

— Merda, o que é isso, o que está acontecendo? — Thomas faz a mesma pergunta colocando as mãos na cabeça, até entendo, o barulho chega ser perturbador. Todo o barulho cessa, escutamos passos lentos, nos chamando atenção.

— Isso aqui é a Fenda do Multiverso, vocês foram os primeiros a chegar aqui mas teve uns personagens sem vergonhas que quase vieram viu, principalmente você né Thomas, cê não pertence a esse Universo. Ah é prazer me esqueci gente, eu me chamo Expectro.