Capítųlo 11 - Traição

  Ęle sorriu torto, um daqueles motivos por ter me apaixonado por ele foi aquele sorriso, Rachel se levantou

- Conta aí pra ele o que você ouviu!

Disse ela com o máximo de sarcasmo, me virei para ele, tentando não me distrair com seu peitoral, foquei em seu rosto, me arrependi, foi duas vezes pior olhar para seu rosto angelical, com aquele sorriso de lado, senti minhas bochechas envermelharem

- e então irmãzinha - suas primeiras palavras cortaram meu coração, mas disfarcei a decepção - o que foi que você viu?

Gagueijei no início, mas depois contei que o "Bola de fogo " havia pulado em cima de mim, e disse mentalmente que Issogne corria perigo, ele sorriu e deu tapinhas condescendentes em meu rosto

- Lexi, eu acho que você está delirando. - ele disse um pouco arrogante - vir parar em Issogne é estranho, mas um animal falar é loucura.

Debochou ele, e pela primeira vez, senti uma pontada de raiva, ele estava bem, mudado, e não era para melhor, agora me tratava como uma desconhecida, debochando das coisas que falo

- foi a mesma coisa que eu disse - Falou Rachel parada ao pé da porta - tenho Bola de fogo desde criança, meu avô o-encontrou preso entre duas rochas no Monte Everest, numa de suas jornadas procurando o olho do dragão, ele não conseguiu achar, mas me deu Bola de fogo como presente.

Glodrel arqueou as sobrancelhas

- belo presente, um tigre que pode devorar a neta.

Ele riu em deboche, e vi Rachel suspirar furiosa, Glodrel estava Irritante demais, ela estava se segurando para não ataca-lo, pois cerrou os punhos, no entanto, ele deu de ombros e perguntou

-e a toalha?

Rachel atirou a toalha em seu rosto, e glodrel fez uma careta, se virou-se e voltou para o banheiro, após alguns minutos, olhei para Rachel, e vi lágrimas descendo dos seus olhos, me aproximei

- Glodrel não devia ter falado assim com você.

Ela engoliu o choro

- não, não foi culpa dele - e limpou as lágrimas com as costas da mão - só que ele está se tornando um idiota arrogante!

Assenti, e no mesmo momento caímos em risadas,foi um tanto peculiar vê-la rindo, pois na biblioteca, ela passava uma personalidade forte, me afundei sobre a poltrona, com as mãos na barriga de tanto rir

- ele parecia um daqueles personagens de novela mexicana que é pobre e finge ser rico,tipo "Glodrel, o mal em forma de anjo"!
Rachel gargalhou, e agora chorava de alegria, seus cabelos negros esverdeado eram iluminados pela luz fluorescente,ela se lançou de costas no sofá forrado e comentou
- mas o que é novelas mexicanas?

Não pude me conter, aquele tempo inteiro rindo e ela sequer sabia do que estávamos falando

- são coisas audiovisuais que se passam na tv.

- Aw - Balbuciou ela - você quis dizer, séries?

Balanço a cabeça, e então ficamos em silêncio, olhando para o espaço bagunçado.
Depois que glodrel saiu do banho, ele colocou uma roupa daquele tal Amigo dela, o Eriel, então como não tínhamos roupas, ela sugeriu que fôssemos ao shopping, e obviamente aceitamos, no entanto, não tínhamos dinheiro, Glodrel tinha seiscentos, e eu duzentos em nossas carteiras, Rachel ofereceu um empréstimo, contando que devolvessemos

- Está longe? - perguntei ansiosa - preciso muito ir ao banheiro.

Rachel deu de ombros

-é só mais dois segundos, se segure mais um pouco.

Recostei no assento, tentando segurar a imensa vontade de ir ao banheiro, e felizmente chegamos,e consegui me satisfazer,ouvi Rachel dizer que se encontraria comigo na porta da loja de brinquedos infantis, o que era um tanto estranho, depois que saí do banheiro, caminhamos mais um pouco procurando roupas, me enfatizei com um vestido preto que tinha uma renda por cima, ela bonitinho, voltamos a andar, e as vezes sentia o braço de Glodrel roçar no meu, e isso me trazia certos arrrepios, e então me dei conta que Rachel não estava conosco

- onde é que Rachel foi parar? - perguntei a mim mesma - será que estamos perdidos?

Vi Glodrel se aproximar, seu olhar era sério e aborrecido

- ali é outra maluca, igualmente a você , irmãzinha.

Cada vez em que ele dizia "Irmãzinha", uma corrente furiosa corria pelas minhas veias,observei o shopping com minha visão periférica, mas não vi nenhum sinal dela, ali perto, tinha um balcão, onde tinha uma atendente, ela sorria enquanto falava com o outro cliente

- olá - falei - será que poderia me dizer onde é a loja de brinquedos infantis?

A atendente deu um sorriso simpático

- há mais de cinquenta lojas de brinquedos infantis aqui - suspirei cansada - mas, eu irei falar com alguns seguranças procurarem sua amiga.

Balancei a cabeça e sentei numa das cadeiras ao lado , Glodrel no entanto, ficou conversando com a mulher, que respondia sorridente, às vezes ela ajeitava a blusa, mostrando um pouco mais de seu busto, sim, ela estava flertando com Glodrel, e aquela crise de ciúmes voltou com tudo, me levantei da cadeira e fui até o casal

- com licença, mas eu e glodrel temos que procurar pela nossa amiga.

Falei com um sorriso sarcástico,a mulher pegou uma bandeja de cupcakes em baixo do balcão, e com uma leveza ofereceu

-peguem, é na conta da casa.

Glodrel nem excitou, pegou um dos cobertos de algo parecido com chocolate

- não, obrigada.

Recusei

- pegue, por favor, é uma gentileza nossa oferecer os cupcakes.

Olhei para Glodrel, e ele se deliciava com a guloseima, com um pequeno suspiro, levei o doce a boca, e dei uma leve mordida, a mulher observava com uma certa ansiedade nos olhos, me deixando sem graça, de repente, ouvi um grito vindo de longe, era a voz de Rachel

- Alexia! Glodrel! Venham rápido!

Me virei para ele, agarrei em seu braço musculoso e o puxei para longe, ele terminava de comer o cupcake quando Rachel quase esfregou em nossa cara, o folheto com o retrato de Glodrel, e dizia

" é provado que o rei Jaziel foi morto por um Noturno, e se virem esse garoto, avisem-nos. "

-o que?

Perguntei frazindo o cenho

- Malrak que planejou tudo, como ele sabe que vocês são filhos de Jaziel, quer prende-los para continuar com o cargo de rei!

Glodrel arqueou a sobrancelha

- agora eu estou sendo acusado de assassinato de alguém que seguer conheço? Que surpresa.

Voltamos rapidamente para casa, temendo que alguém visse Glodrel, e denunciasse a Malrak,foi difícil convencer Glodrel a desistir de se entregar a Malrak e acabar com tudo, ele não está ligando para ninguém, seguer se importa com os cidadãos de Issogne, nem mesmo com ele próprio, e o pior é que isso me enraiva, tento reaproximar dele, mas sempre há aquela barreira chamada, Irmãzinha.
Glodrel se lançou de costas no sofá, e pôs os pés sobre o estofado, suspirou exausto, acompanhei-o e me sentei na poltrona ao lado, minhas pernas doíam de tanto caminhar, Rachel ligou a tv e tinha o tigre sobre o colo, senti uma minúsculo ardor na região da marca, tirei o amuleto e pedi a Glodrel

-Glodrel, você pode olhar minha marca? - perguntei - ela está ardente.

Ele observou por alguns segundos, e chamou Rachel, ambos tinha os olhos assustados

- Porque vocês estão olhando assim?

-Lexi, a sua marca, está desaparecendo.

I§E

Luzes estonteantes iluminam o salão imenso de cristal celestial, e a brisa leve adentrava pelas aberturas, sentado sobre o trono, estava Malrak, ele tomava vinho "Olha como é a vida, um dia você está observando seu irmão ordenar um reino genuíno com orgulho, e ignorando-o, mas agora? Aqui estou eu em seu lugar, sentado em seu trono, tomando seu vinho, é muita ironia do destino, mesmo que eu tenha passado anos e anos fazendo pesquisas e experimentos para achar o plano perfeito, enfim, consegui, mas foi um grande esforço aturar aquela fada irritante, Celise só sabia dizer que o-amava, e não queria fazer nada contra Jaziel, mas no momento de tensão, fez o que devia ser feito, o instinto Vingativo duma fada do ar é sempre maior, mas vejo que ela tem a consciência pesada como uma pedra, e anda com pré-depressão, às vezes, quando dormimos juntos, ela se levanta e vai chorar, o que é constrangedor, e isso pode ser perigoso... " Nesse momento, alguém entreabriu a porta de madeira escura, então celise enfiou a cabeça no espaço, e olhou para Malrak aflita, sua expressão era péssima, e leves olheiras cobriam seus olhos, não tinha dormido á vários dias, trêmula, ela trancou a porta com a chave e atravessou o salão, ao chegar próximo ao trono, observou a cena, Malrak sentado contente, com a taça de vinho numa das mãos, ele sorriu feliz, no entanto, ela não retribuiu

- Malrak, Estou com medo - Iniciou ela - O Conselho está fazendo perícias no local onde encontraram o corpo, e disseram que não era uma morte comum, e se não descobrirem que fomos nós, irão achar o tal herdeiro, e de ambos os lados, perderemos tudo...

Ele se levantou e desceu alguns degraus, até ficar diante da mulher, ele segurou em seu queixo e com o polegar, deslizou pelo seu lábio inferior

- não se preucupe tanto - sibilou- não vão encontrar o tal herdeiro - ela entreabriu a boca, mas ele a impediu - já preparei tudo, primeiramente, eu encontrei o garoto, e o-enganei, como ele aparentava ser arrogante, não fez questão de dúvidas, comeu a guloseima com Maldição da Escuridão , daqui à mais ou menos quarenta e oito horas, sua marca será removida, e ele se tornará um mundano imundo e nojento, e além do mais, encontrei sua companheira, uma garota formidável, se parece muito com seu pai, Daniel, minha futura vítima, mas então, o golpe de sorte, fez duas vezes mais efeito que eu esperava.

Celise ficou cabisbaixa, estava arrependida , nervosa, recuou dando alguns passos para trás, ela engoliu em seco, tinha percebido a consequência ganha, agora era monitorada por Malrak, e a qualquer momento em que recusara um pedido de Malrak, ele a-ameaçava dizer tudo, jogando a culpa sobre ela, e ela estava farta de conviver com o peso

- Eu vou dizer! - Exclamou ela indgnada - Eu me entrego, hoje mesmo eu vou falar ao Conselho!

-dizer o que? - interrogou Malrak - não tem coragem suficiente.

Ela olhou para Malrak, e seus olhos lacrimejaram, ela se ajoelhou exausta, era difícil refletir tudo que fez, Malrak pousou a taça no trono e foi ao seu encontro

-Celise, não fique assim - ele a envolveu nos braços - Pode chorar, faz bem para a mente.

- eu não devia ter matado-o, eu o-amava tanto...

Enquanto ela falava aos soluços, Malrak retirou uma lâmina do bolso, beijou o ombro dela

-você não teve culpa - disse tentando acalma-la - mas sei como aliviar toda essa dor.

- como?

-assim.

Nesse exato momento, ele adentrou a agulha em seu pescoço, e apertou a seringa, ejetando o veneno, a mulher começou a se debater, enquanto o veneno se expandia correndo por suas veias, ele a soltou, e Celise caiu imobilizada, seu corpo se tornou acinzentado, ele sorriu contente

-pronto, menos uma coisa a se preucupar.

Se vocês estão gostando do livro, votem e comentem, para ajudar o Angel😜😜😜

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top