Ęle franziu o cenho,e eu não conseguia parar de sorrir, me levantei e fui até a rocha, admirando-a, eu nunca iria acreditar que aquele lugar existisse, caminhei para mais perto, e senti uma leve brisa e meu rosto,alegria percorreu meu corpo, sim, aquele lugar era mágico, uma mistura de felicidade com desejo, eu seguer sentia medo, ali eu tinha mais coragem do que nunca

- Glodrel! - gritei - vem aqui!

Ele se levantou, e veio á mim

- o que Lexi?

- Você sente? - perguntei com os os olhos entreabertos - isso é bom.

Lentamente, ele foi abrindo um sorriso alegre, era como se tivéssemos asas, e poderíamos nos jogar montanha abaixo, e voltariamos são e salvos, como se fossemos revestidos com poderes sobrenaturais, era emocionante

- sim, eu sinto - ele diz pausadamente,e em seguida solta um prolongado suspiro - e sinto você.

Ele pegou em minha mão, então girei ao seu encontro, como um passo de dança, ele entrelaça seus braços em meu pescoço, e depois beija minha nuca, e a cada beijo sinto arrepios percorreram meu corpo

- sabia, que, eu, te amo?

A cada pausa ele dava um beijo

- sim eu sei.

Respondi, me virei, ficando frente a frente, vi seus olhos azuis brilhando sob a luz da lua, as mechas douradas caíam sobre sua testa, ele era perfeito,e preenchia cada milésimo de tristeza com alegria, encostei meus lábios nos seus, em perfeita sincronia, ele deslizava seus dedos por minha pele

- espera um pouco.- interrompi, peguei o livro que eu tinha posto no bolso do casaco, certamente eu não iria deixa-lo em casa - vamos ver como podemos entrar nesse portal?

Ele riu, talvez se divertisse com minha total determinação em descobrir os mistérios desse livro

- Você acha mesmo que essa lenda é real?

Perguntou ele com um leve sorriso , então observei o livro

- não sei, - observei-o - mas porquê não tentar?

Abri na página marcada, era onde tinha o rascunho do lugar, estava um pouco gasto, mas ainda dava para ver as linhas compondo a paisagem

- é igual - disse ele comovido - aqui é o portal mesmo.

Balanço a cabeça em afirmação

- Aqui diz "a luz da meia noite, se essas palavras dizer, um novo mundo irá encontrar" - pauso e pergunto - que horas são?

Ele tira seu Blackphone do bolso e diz

- São onze e cinquenta e nove.

Uma ponta de ansiedade e medo se alastra por todo meu corpo, aquele momento seria decisivo

- temos que ser rápidos.

olhamos apreensivos para o Blackphone,e a cada segundo, sentimos a ansiedade se alastrar por nosso corpo, então chega às doze e um raio de luz ilumina o campo , gritamos em sincronia

- Et trabem in ultimun Radiun tenebris scintillans lucidum!

A luz refletiu por todo o espaço,e um feixe atravessou o lugar, como se queimasse o gramado, ela seguiu até o encontro entre as rochas,e ao encontrá-la, uma chama flamejante se alastrou, era num tom dourado e cintilante, parecia se movimentar,e fagulhas estalavam,ficamos imobilizados, não sabíamos se corriamos, se nos aproximavamos, era surreal e inacreditável,eu sentia meu coração palpitar, e meus olhos quase não piscavam,então Glodrel disse

- é real - ele gritou surpreso - essa lenda é verdade mesmo.

- vamos entrar? - perguntei - vamos continuar?

Ele sorriu de lado

- Tem certeza? - perguntou - talvez seja muito, perigoso.

Balanço a cabeça em confirmação, mas seguer olhávamos um ao outro, estávamos encantados com tal maravilha,num movimento involuntário, segurei firme em sua mão, e percebi que ele suava frio, numa questão de segundos, obtive coragem o suficiente para me aproximar até aquele portal flamejante ,observei Glodrel, seus olhos eram aflitos, e suor descia pela sua testa, estava trêmulo, engoli em seco e perguntei a ele

- está pronto?

- Estou. - ele disse com a voz falha - sim.

E nos lançamos às luzes, e senti os feixes atravessando meu corpo, uma bela harmonia de feixes iluminados flutuando pelo espaço,fagulhas pareciam adentrar minha pele e percorrer as veias, foi ali que percebi, minha vida estava prestes à mudar.
Memórias antigas passando como um filme em minha cabeça; acontecimentos que marcaram minha infância, era tudo tão real, mas pareciam fugir,como se o tempo parasse exatamente para minha pessoa.
Olhei para o meu lado e vi Glodrel extremamente pálido, dando leves apertos em minha mão, os olhos azuis que agora estavam fechados, ele engoliu em seco, o que ele pensava?
Talvez ele me achasse uma grande maluca por ter entrado nesse tal portal apenas porque minha avó entregou-me um livro onde falava sobre criaturas fantásticas,anjos, reinos,monstros... ele certamente poderia dizer "Você é louca Alexia!" Mas apesar de ser considerada louca, minhas hipóteses estavam certas, era aqui o portal, eu sentia que era.
Enquanto as luzes atravessavam nossas visões embaçadas, olhei para Glodrel com uma grande necessidade de um beijo, mas ele seguer tinha coragem para abrir os olhos

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