9. Ji-eun
Beep. Beep. Beep. Seu pulso está firme quando Ji-eun se senta na cama do hospital, mas seus olhos permanecem nublados enquanto olha para a tela da TV. Ji-eun se sente como uma boneca nesta sala, sem alma e sem coração, mas de alguma forma viva. Ela quer parar de respirar, talvez então não seja assombrada pelos pesadelos do que fez.
A porta do quarto do hospital se abre e a estrutura ágil de sua mãe entra.
– Querida, – Sua mãe chama. – você acordou? – Ji-eun registra a voz de sua mãe e vira a cabeça lentamente para encará-la. Sua mãe sorri quando encontra o olhar vazio da filha. – Eu pensei em vir aqui para verificar você.
Ji-eun não responde, ela simplesmente acena com a cabeça e volta a encarar a TV. A expressão de sua mãe diminui e o sorriso cai de seu rosto. A filha dela está assim desde a morte de Minhyuk, e faz quase três semanas. Ela não sabe quando começará a falar ou se permanecerá muda pelo resto da vida. Com um suspiro, Lee Dara, se acomoda na beira da cama da filha. Ela coloca as mãos nas pernas de Ji-eun e começa a massageá-las suavemente. Ela aperta para cima e para baixo as panturrilhas de Ji-eun, aumentando a pressão aqui e ali, esperando uma reação. Mas Ji-eun não vacila, ela apenas olha com o mesmo olhar nublado em seus olhos.
– Ji-eun, querida. – A Sra. Lee diz com uma voz trêmula. – O primeiro julgamento foi há dois dias. – Ela engole. – Eles deram prisão domiciliar para Jungkook. – Os olhos de Ji-eun desviam lentamente da tela da TV para na cabeça de sua mãe. – Eles têm provas suficientes, quero dizer... acho que têm para provar sua inocência. – As mãos da Sra. Lee param e ela engole novamente. – Ji-eun... – Ela engasga com as palavras presas na garganta. – Ele é... ele é inocente??
Ji-eun olha para a mãe, que levanta a cabeça para olhar nos olhos da filha.
– Ji-eun, Jungkook é inocente? – Ela repete, mas sua voz é tensa e seus olhos estão tremendo. Medo. – Me responda! – Sua mãe se pede e pula da cama para ficar de pé com a filha. Não há raiva em sua voz, apenas culpa e dor. – Ji-eun! SAIA DESSA! – Seus gritos se transformam em soluços. – ACORDE! – Sua voz vacila. – Por favor…
Ela está acordada. Ji-eun está bem acordada, mas seu interior parece vazio, sem sentido e cinza. Então, ela não fala, e não se mexe porque não acredita que merece. Não depois do que ela fez. Com a mão trêmula, ela estende a mão para a mãe e agarra o pulso.
– M... m... ãe... – Ela resmunga, sua mãe congela imediatamente.
Ela se afasta e olha para a filha completamente perplexa.
– Ji-eun...
Ji-eun pisca; Ela abre e fecha a boca enquanto tenta formular uma frase coerente.
– Mãe... eu...
A sra. Lee corre para abraçá-la enterrando o nariz no pescoço de Ji-eun.
– Não tenha pressa, eu estou bem aqui. – Ela sussurra.
"Tempo. Não há muito tempo, mãe. Jungkook não tem muito tempo se eu não fizer nada". Suas mãos se erguem trêmulas quando ela coloca a palma da mão na parte de trás da cabeça da mãe.
– Mãe... eu... – A voz de Ji-eun está rouca e quase acima de um sussurro, então sua mãe prende a respiração por alguns segundos enquanto Ji-eun fala. – Eu... me desculpe. – Apesar do tom fraco de sua voz, sua culpa ressoa alto no espaço silencioso do quarto do hospital. Os pensamentos que circulam constantemente em sua mente são as mãos ensanguentadas e os olhos trêmulos de Jungkook. Ela lembra da voz dele quando esse a mandou fugir por que ele cuidaria de tudo.
– Ji-eun...
– Jeon... Jungkook, oh meu Deus, eu não quis matá-lo, Jungkook eu apenas... eu apenas...
– Ji-eun, me escute. – Jungkook diz enquanto luta para impedir sua voz de tremer. – Eu disse que vou cuidar disso. – Ela olha nos olhos castanhos dele e se pergunta como ele pode ser tão desinteressado, mas o pensamento dura apenas um segundo antes de ser substituído por algo mais sinistro.
– Você está... você está dizendo que vai cuidar disso? Completamente?
Jungkook assente.
– Eu vou cuidar de tudo.
E então, ele fez exatamente isso.
Enquanto segura a filha, a sra. Lee sabe o que o pedido de desculpas de Ji-eun significa. Ela pode perceber pelo tremor de sua voz e pela quietude de seu corpo. Mas ela não pode deixar a filha ir para a cadeia. É uma decisão dolorosa agora que ela encontrou sua voz, mas a Sra. Lee encontrará uma maneira dela permanecer em silêncio. Para protegê-la. Para salvá-la. A filha dela não é assassina, os machucados nos braços, o trauma mental e as cicatrizes do coração fazem dela uma vítima.
Se Jungkook for condenado, que assim seja. De certa forma, ele também é o assassino de Minhyuk porque não fez nada sobre o abuso. Como um espectador, ele viu as contusões de Ji-eun ficarem vermelhas e incharem e não disse uma palavra até que fosse tarde demais.
A sra. Lee se inclina para trás e olha nos olhos da filha. Seu sorriso é fraco e oscila à beira da tristeza.
– P-por que você está se desculpando? – A sra. Lee ri levemente, mas parece um soluço sufocado. – Você não fez nada errado.
Mas Ji-eun sabe.
– Mãe…
– Silêncio! – A Sra. Lee estala, apertando os ombros de Ji-eun. – Você não fez nada errado. – Ela pronuncia a frase repetidamente como um mantra, para que eventualmente... ela própria acredite.
Espaço Café | 12:45 pm
Jimin, Taehyung, Yoongi e Namjoon estão reunidos em uma mesa juntos. Todos eles trocam olhares curiosos, exceto Jimin, que sorri brilhantemente.
– Todos nós devemos nos apresentar? – Ele sugere com o mesmo sorriso brilhante no rosto.
Namjoon leva a xícara de café aos lábios, uma sugestão não verbal de "não vou primeiro".
Os olhos de Taehyung passam entre os três e com um suspiro, sua mão dispara no ar.
– Acho que vou. – Sua mão cai lentamente de volta para o lado. – Todos nós nos conhecemos; Jimin, Namjoon e eu, mas Yoongi aqui deveria se familiarizar com Namjoon.
Namjoon coloca sua xícara na mesa e olha para Yoongi com desagrado. Ele não faz nenhum movimento para apertar as mãos ou inclinar a cabeça, apenas olha. E Yoongi está bem com isso, já que ele faz o mesmo; Os olhos escuros de Namjoon estão escondidos atrás dos óculos de leitura, mas Yoongi percebe a maneira como Namjoon o estuda.
– Vocês dois vão se encarar sem conversar? – Jimin intercepta, ficando impaciente pelo profundo silêncio.
– Eu estou bem com isso se Namjoon parar de olhar para mim como se eu estivesse abaixo dele. – Dispara Yoongi.
Taehyung encolhe os ombros.
– Ele olha para todo mundo assim.
– Não, não olho. – Namjoon finalmente quebra o silêncio e desliza os óculos para encarar Taehyung.
Taehyung estica a mão para apertar seu ombro.
– Sem querer ofender, eu estava apenas brincando.
Ainda encarando, Namjoon bate a mão e se endireita em seu assento.
– Por que você me chamou aqui? – Sua pergunta é dirigida a Jimin. – Você sabe como me sinto em me encontrar com a defesa.
– Eu sei. – Jimin cruza as pernas. – Foi por isso que te chamei aqui. – Seu sorriso anterior retorna. Namjoon odeia esse sorriso porque ele se tornou tão familiarizado com isso ao longo dos anos. Sempre que Jimin sabe alguma coisa ou se está à beira de ganhar um caso, esse sorriso toma conta de seu rosto. Em vez de ser convencido, Jimin é simplesmente confiante. – Você sabe que ele é inocente. – A declaração de Jimin pode parecer repentina sem uma introdução, mas Namjoon sabe. Todos eles sabem.
– Jimin, eu sei, mas é meu trabalho agir como se não soubesse.
Yoongi zomba.
– Você parece um idiota.
Namjoon se vira lentamente para olhá-lo do outro lado da mesa.
– Peço desculpas a Yoongi-ssi se eu o ofendi, mas todos os promotores são idiotas. Completos idiotas.
O nariz de Yoongi se contrai de nojo, mas ele se abstém de dizer mais alguma coisa.
Jimin suspira pesadamente.
– Eu não trouxe todos vocês aqui para brigar, mas para discutir o futuro do meu cliente. – Jimin passa os dedos pelos cabelos e coloca vários pedaços de papel sobre a mesa. Os outros três se inclinam para olhar as informações divulgadas no papel. Jimin presume que telefonará para Jungkook depois de esclarecer as boas novas.
– O que é isso? – Namjoon pergunta enquanto segura uma das folhas de papel. É uma fotografia. Após uma inspeção mais minuciosa, Namjoon percebe o que é. – É isto…
Jimin assente.
– As imagens de Jungkook no CCTV dizendo “pare” não foram as únicas coisas capturadas pelas câmeras. Taehyung descobriu essa filmagem, então vou deixar ele continuar explicando.
Taehyung se endireita em seu assento.
– Em torno da marca de uma hora, você pode ver Ji-eun saindo do estúdio. – Taehyung bate na foto ainda nas mãos de Namjoon. – Você pode ver aqui que ela está no telefone, no entanto, a polícia não chega até trinta minutos depois.
– Ela ligou para alguém; a conversa durou dez minutos. – Jimin diz, além da declaração de Taehyung.
Namjoon gentilmente coloca o papel sobre a mesa.
– E o que você acha que seu cliente estava fazendo durante esse tempo? É possível que ele estivesse limpando a cena do crime.
Jimin balança a cabeça.
– É óbvio que ele queria ser pego, mas isso não vem ao caso. – Ele descansa as mãos na mesa e entrelaça os dedos. – Vamos apresentar essas evidências no próximo julgamento.
Namjoon revira os olhos.
– Você está me dizendo para me preparar?
Jimin encolhe os ombros.
– Se é assim que a interpreta, então que seja. – Ele começa a juntar suas coisas.
– Você deveria deixá-lo ir para a cadeia. Ele quer apaixonadamente proteger sua amiga, deixe-o. – Namjoon diz enquanto se levanta.
Paixão. A memória de ontem pisca vivamente na mente de Jimin e todo o seu rosto fica vermelho escuro. Taehyung percebe isso com um olhar intenso.
– Eu sou o advogado dele, Namjoon. – Jimin reúne as últimas coisas dele. – Eu não posso fazer isso. – Ele se inclina antes de se virar para a porta.
Yoongi se levanta com um suspiro e hesitante inclina a cabeça antes de seguir Jimin. Taehyung permanece sentado, seus olhos castanhos vidrados em pensamento.
Namjoon suspira pesadamente e sua expressão fria derrete em exaustão. Ele está fazendo isso há muito tempo, ser o vilão não era seu objetivo na vida. Ele começou a trabalhar como promotor porque seu pai garantiu a ele o cargo. No entanto, na época, ele não havia percebido o quão insensível era sua posição. Ele teve que ignorar o óbvio, mentira e facada nas costas e repetir o processo várias vezes até que seus casos fossem concluídos. Lamentavelmente, ele cresceu no lugar gelado da acusação.
Percebendo que Taehyung ainda está sentado, ele se vira para olhar.
– Você não vai segui-los?
Taehyung pisca, saindo do transe.
– Sim. – Sua cadeira range quando ele se levanta.
Namjoon observa enquanto Taehyung sai para fora do café e para a luz do sol. Seu olhar permanece nos três do lado de fora e ele estuda a maneira como eles interagem; eles tocam e sorriem enquanto compartilham segredos que Namjoon nunca saberá, porque ele sempre permanecerá do outro lado do vidro. Olhando de fora, mas nunca sendo permitido entrar, porque ele tem medo de que o vidro frágil que os protege se rompa com seu toque.
– Eu tenho que fazer uma ligação, vocês dois estão livres para voltar ao escritório. – Jimin diz enquanto disca o número de Jungkook.
– Eu queria falar com você. – Taehyung responde.
Jimin assente.
– Estarei em casa hoje à noite, apareça lá e podemos conversar.
Yoongi olha entre eles, e percebe o jeito que Taehyung puxa a pele do polegar. Deve ser um hábito nervoso.
– Tudo bem. – Taehyung força um sorriso em seu rosto. – Vejo você então.
Jimin assente enquanto coloca o telefone no ouvido e caminha pela calçada na direção de onde ele estacionou o carro. Seu coração está batendo alto e o dobro da velocidade normal, enquanto ele ouve a linha tocar. Depois que é atendida, Jimin sente seu estômago cair e suas bochechas corarem de ansiedade.
– Olá? – Jungkook responde e sua voz soa mais profunda que o normal.
Talvez ele tenha acordado tarde.
– Olá, Jungkook, aqui é Jimin.
Há uma pausa enquanto Jungkook processa a voz de Jimin.
– Eu não pensei que... você ligaria... – Ele diz lentamente.
– É claro que eu ligaria. – Jimin aperta as chaves e a porta do carro se abre. – Eu sou seu advogado. – Jimin diz essa frase como se fosse seu escudo e o protegerá de qualquer inferno que ele tenha sentido ontem.
– Sim... – Jungkook limpa a garganta. – Sobre o que você estava ligando?
– Seu caso. – Jimin liga o carro. – Descobrimos mais evidências que irão a seu favor.
– Ótimo. – O entusiasmo de Jungkook diminui, ele parece distraído, até entediado.
– Este é um momento ruim? Devo ligar depois?
Jungkook suspira enquanto coloca a mão na nuca.
– Eu só... me desculpe.
Jimin congela.
– Sobre ontem e tudo, não sei o que estava pensando. – Jungkook se inclina contra o balcão da cozinha e segura o telefone mais apertado na mão. – Você estava tão perto e tão lindo falando sobre seus filhos e eu apenas... eu não conseguia me conter. – Jungkook engole antes de reformular suas palavras. – Eu poderia... mas não queria.
Jimin permanece em silêncio, seu coração preso em algum lugar na garganta enquanto luta para processar as divagações de Jungkook.
– Isso não foi profissional para mim e não deveria ter acontecido e você pode me processar ou parar de me representar. – Jungkook suspira. – Faça o que você quiser, porque... não posso prometer que isso não acontecerá novamente.
– Por quê? – Perguntas Jimin abruptamente.
Jungkook fica um pouco surpreso com sua voz arejada e o fato de que Jimin quer questionar as ações dele.
– P-por quê o que?
– Por que você não pode prometer que não vai me beijar de novo? Por que você achou que era bom me beijar em primeiro lugar? Eu sou seu advogado, Jungkook. Você é meu cliente. Nada mais nada menos.
– Jimin...
– Você não pode me beijar, e eu não posso beijar você... mas você o fez e eu estou com tanto medo, Jungkook, porque eu gostei. – Jimin passa os dedos pelos cabelos para impedir que suas mãos tremam mais. – Gostei e não deveria, não posso, e não sei por que fiz ou...
– Jimin...
Jimin respira fundo.
– Eu... peço desculpas, não tive a intenção de atacar você assim. – Jimin não está acostumado a isso. Ele não está acostumado a desmoronar assim por causa de um beijo.
– Está tudo bem. – Responde Jungkook. – Tudo bem que você fique chateado, tudo bem que você tenha gostado.
Jimin ri nervosamente.
– Você está zombando de mim agora?
Os olhos de Jungkook se arregalam.
– Claro que não! Eu só estou, – Jungkook cobre seu rosto corado com uma mão. – lisonjeado e tentado a beijá-lo novamente.
– Não. Não haverá mais beijos. – Jimin se apressa a dizer. – Nós.. eu... não deveríamos estar fazendo isso... com você.
– Por quê?
– Não é... aconselhável.
Jungkook ri e Jimin deseja que ele possa vê-lo pessoalmente, apenas para ver como seus lábios se curvam quando ele ri. Por causa da tragédia e do peso deste caso, Jimin acha que não viu Jungkook rir tão brilhantemente quanto o ouviu rir agora.
– Não é aconselhável, mas permitido. – O mais novo responde presunçosamente.
– E eu não vou permitir isso. – Jimin fecha a porta do carro e sai do estacionamento. Dirigir deve pelo menos acalmar sua mente. – Você deveria... – Ele pressiona um botão para mudar o telefone para Bluetooth. – Você deve parar o que estiver sentindo por mim.
– Por causa dos seus filhos? O meu caso?
Jimin não responde imediatamente. "Porque você não me conhece Jungkook e a mãe dos meus filhos já fugiu de mim por causa da minha escuridão. As sombras que me seguem ao longo do dia e se tornam pesadelos à noite, não posso compartilhar essa escuridão com você".
– Sim. – Responde Jimin, porque é fácil colocar o peso de seu coração no estojo. – Não é profissional.
– Isso é uma desculpa.
– Uma desculpa, mas válida.
Jungkook ri espantado com a tenacidade de Jimin.
– Você deve realmente não gostar de mim. É porque eu sou um assassino?
Jimin revira os olhos.
– Você não é um assassino.
– Então... você não gosta de mim? – Jungkook pressiona com um tom de provocação.
– Jungkook, isso não é... – Mas as palavras de Jimin são cortadas pela tela do carro piscando com uma chamada da escola de Sunny. – Jungkook, vou ter que ligar depois.
– Tudo bem.
Jimin desliga rapidamente e aceita a ligação da escola.
– Olá?
– Senhor Park? É Joy, a enfermeira da escola de Sunny.
Jimin pisa no freio enquanto quase passa por um sinal vermelho.
– Aconteceu alguma coisa com ela? Ela esta bem? – Um pânico toma conta do coração de Jimin e seu aperto no volante aperta.
– Ela desmaiou na academia hoje, agora está descansando.
A luz fica verde e Jimin decola.
– Logo estarei ai.
Sunny desmaiou alguns meses atrás, mas ela não quis dizer o porquê e escondeu de Jimin. Ele só descobriu indo à escola e perguntando à enfermeira. A enfermeira disse que era de exaustão e estresse. Nas semanas seguintes ao desmaio, Jimin examinou sua filha e suas próprias ações. 'Onde foi que errei? Por que ela não me contou?' Ele está continuamente questionando se é um bom pai.
Chegando na escola, Jimin puxa as chaves e tropeça para fora do carro. Ele corre pela porta da frente e pelo corredor. Vários estudantes assistem enquanto ele passa com olhos questionadores e bocas abertas. Ele corre até parar fora do consultório da enfermeira; Jimin se olha no reflexo da janela antes de abrir a porta.
Joy imediatamente olha para cima e encontra os olhos com Jimin, ela sorri.
– Isso foi rápido.
Jimin ri.
– Eu não estava muito longe. – Ele olha em volta e seus olhos pousam na estrutura de descanso de Sunny. Ele se aproxima dela lentamente. – Há quanto tempo... ela está dormindo?
Joy coloca o kit de primeiros socorros de lado.
– Por cerca de quinze minutos.
Jimin assente e depois diz suavemente.
– Eu não quero acordá-la.
– Ela terá que acordar eventualmente.
Jimin alcança o rosto de Sunny e sua expressão diminui de tristeza.
– O que foi?
– Excesso de trabalho; os alunos do ensino médio estão ocupados com os exames e se preparando para o ensino médio. – Joy olha para Jimin com simpatia. – Ela está estressada.
Jimin cai de joelhos e descansa a cabeça no estômago de Sunny, fecha os olhos e respira fundo. Ele quer chorar, mas sabe que não deveria. Não agora quando Sunny está tão exausta. Ela se mexe embaixo dele e seus olhos se arregalam quando percebe a cor familiar dos cabelos loiros de seu pai.
– P-pai!?
Jimin pula.
– Sunny, eu não quis te acordar. – Ele ajeita o terno.
– Por quê você está aqui? – As sobrancelhas dela franzem.
– Eu o chamei. – A enfermeira interrompe.
Sunny olha em sua direção.
– Por quê? Eu estava bem. – Ela joga os cobertores para o lado e balança as pernas sobre a beira da cama. Jimin corre para ajudá-la. – Eu estou bem, pai. – Ela puxa o braço e desce sozinha na cama.
– Você não está, Sunny, se estivesse bem, não estaria deitado aqui. – Ele fica na frente dela e se ajoelha ao nível dos olhos dela. – Você pode me dizer essas coisas.
Sunny desvia o olhar do de Jimin.
– Eu posso, mas não quero. Você está sempre ocupado e não quero sobrecarregá-lo.
O coração de Jimin se aperta.
– Oh, raio de sol. – Ele estende a mão e acaricia a parte de trás da cabeça dela. – Você nunca será um fardo para mim. – Ele se inclina e beija a testa dela, os olhos de Sunny se fecham e um pequeno sorriso puxa seus lábios.
Apartamento de Jungkook| 14:55
Jungkook anda de um lado para o outro enquanto espera Jimin chamá-lo de volta. Talvez ele não ligue de volta. Ele repassa todas as coisas que ele disse durante a conversa e percebe que não deveria ter dito uma palavra. Ele supõe que Jimin desligou o telefone porque não sabia como lhe dizer a verdade. Ou talvez ele esteja negando seus sentimentos ou, neste exato momento, ele esteja indo ao tribunal para desistir do caso dele.
Jungkook suspira e cai em sua cama, ele passa o braço sobre o rosto e fecha os olhos.
"Eu gostei, Jungkook."
A voz de Jimin ecoa em sua mente e ele tenta ao máximo suprimir o sorriso puxando seus lábios.
– Ele gostou. – Jungkook murmura. – Ele gostou? – Desta vez ele repete isso como uma pergunta. De repente, ciente de como a voz de Jimin tremia quando ele disse essas palavras, ele se senta. Sua franja escura cai em seus olhos e ele se apressa a empurrá-los para trás.
"Estou tão assustado."
Jungkook olha seu telefone na esperança de ver uma mensagem de Jimin, mas não há. No entanto, há uma mensagem não lida. Ele hesitantemente pega seu telefone.
📩 Ji-eun | 14:58
Eu preciso falar com você
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Realmente não sei o que dizer sobre esse capítulo; Em quem você confia? Jieun tem segredos, Jimin tem segredos. TODOS têm segredos. E todo mundo está passando por uma crise de identidade. Estou tentando o meu melhor para equilibrar o romance com a progressão do caso de Jungkook. Espero que vocês estejam gostando de tudo até agora. Obrigada pele leitura e até breve.
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