O som de tênis chiando contra o chão é um conforto para o instrutor de dança que atualmente conta com o grupo de estudantes em seu estúdio.

– Um, dois, três, quatro, da-da-da. – Seu impressionante cabelo alaranjado estão úmidos de suor e grudam na testa. Ele anda de um lado para o outro com a mão no quadril e um olhar intenso nos olhos. Seu nome é Jung Hoseok, ele abriu o estúdio de dança: Hope World, cerca de um ano atrás e se tornou extremamente bem sucedido, apesar dos contratempos em sua vida. 

Vários colegas de Hoseok pensaram que sua visão para o futuro não passava de um sonho. Eles fizeram comentários sobre sua idade, seu então noivo e o que aconteceu com seus filhos. Mas Hoseok não desistiu e o seu noivo, Yoongi, seu único amor verdadeiro o incentivou dia após dia enquanto eles estavam namorando. Hoseok não desistiu e meses depois de perder seus filhos, ele começou a dançar para se curar.

– Mark, observe seus passos, endireite as costas um pouco. – Ele instrui em um tom frio e construtivo.

Inevitavelmente, ele também perdeu Yoongi; seu noivo tornou-se um estranho envolvido por dor e ódio. Hoseok tentou desesperadamente segurá-lo, até que Yoongi se isolou para sempre. Mas Hoseok ainda o ama e continuará a amá-lo porque eles passaram por algumas coisas juntos. No começo, o Hope World deveria estar em Seul, mas depois que Yoongi se transferiu, Hoseok fez o estúdio se aproximar um pouco da cidade de Busan.

– Vamos descansar dez minutos! – Hoseok grita enquanto se aproxima para interromper a música. Respiração pesada e pés acolchoados tomam conta do estúdio e Hoseok desaparece em seu escritório. Ele passa os dedos pela franja úmida e solta uma respiração profunda; seus olhos flutuam em direção ao jornal deitado sobre a mesa. Ele pega com intriga quando as letras em negrito de Murder chamam sua atenção. Ele rapidamente lê as palavras e um suspiro suave cai de seus lábios.

JEON JUNGKOOK (26) ACUSADO DE ASSASSINATO TERÁ SEU PRIMEIRO JULGAMENTO HOJE.

Hoseok lê o título várias vezes antes de ler o artigo:

"Tudo o que você tiver curiosidade será respondido no julgamento de hoje". Park Jimin - o advogado de Jeon disse ao nosso jornal ontem pela manhã.

Seu parceiro, o detetive Min Yoongi apenas compartilhou suas esperanças no caso e o efeito que esse terá na cidade de Busan.

A testemunha se absteve de falar; como as ações dela afetarão a sentença de Jeon?

As mãos de Hoseok tremem e ele passa a mão sobre a boca para impedir que um soluço escape de seus lábios. Ele sabia que Yoongi seria transferido, mas não esperava ver seu nome no jornal tão cedo.

– Uau. – Hoseok enxuga os olhos. – Ele já conseguiu um grande caso. – Hoseok joga o jornal de lado e senta-se na beira da mesa. Ele cobre o rosto com as mãos e os ombros balançam para cima e para baixo quando a tristeza toma conta dele e lágrimas pesadas caem de seus olhos.

       
– Baby, me escute. – Hoseok implora enquanto Yoongi destrói a casa com um bastão. – Yoongi!  Porra, pare com isso! – Hoseok agarra o braço de Yoongi e o puxa para o peito. Ele envolve seus braços em volta de Yoongi e o abraça forte. – Por favor…

    
Mesmo que tenha passado tanto tempo desde que eles dividiram todas as suas memórias, ainda são vivas.

   
Yoongi se força em Hoseok e bate seus lábios juntos. É um beijo áspero e sangrento quando os dentes batem. As mãos de Yoongi serpenteiam na parte de trás da cabeça de Hoseok para segurá-lo no lugar.

  
Hoseok apressadamente enxuga os olhos e respira fundo antes de sair. Ele quase esbarra em um de seus alunos, Sehun, que se curva profundamente.

– Bom dia.

Hoseok sorri e se estica para a frente para bagunçar seu cabelo. 

– Bom dia, Sehun. Você tem alguma questão?

Sehun salta nervosamente na ponta dos pés com as mãos atrás das costas. 

– Apenas... – Sehun limpa a garganta e hesita um momento antes de falar. – Você já ouviu falar, Ji-eun?

Hoseok inclina a cabeça enquanto pensa em seus vinte ou mais alunos antes de estalar os dedos em realização. 

– Ah! Lee Ji-eun? – Sehun assente animadamente e Hoseok lança um sorriso gentil. – O que você quer saber sobre ela?

– É apenas... – Sehun engole. – Ela não vem praticando há um tempo.

Hoseok coloca a mão nos ombros de Sehun e eles caminham juntos para o estúdio. 

– Não posso divulgar as informações pessoais dela com você.

– Eu sei…

– Então, o que você quer ouvir de mim? – Pergunta Hoseok em um tom carinhoso. Sehun não fala por um tempo. Seus olhos permanecem focados nos pés e os ombros caem de exaustão, é uma visão muito familiar para Hoseok. Ele aperta o ombro de Sehun. – Tenho certeza que teremos notícias dela quando ela estiver pronta; Tenho certeza que ela está ocupada.

Sehun assente solenemente antes de se curvar mais uma vez a Hoseok e se apressar para se misturar com os outros estudantes. Hoseok observa enquanto lembra na ligação que recebeu dos pais de Ji-eun há alguns dias.

      
– Olá? – Hoseok diz ao telefone.

– Boa noite, é Jung Hoseok?

– Este é ele.

Há uma pausa antes que a mulher do lado comece a falar novamente. 

– Eu sou a mãe de Lee Ji-eun.

Os olhos de Hoseok brilham. 

– Ela é uma das nossas melhores alunas. – Ele exclama alegremente.

– Obrigado por suas amáveis ​​palavras, mas estou ligando para informar que Ji-eun não poderá mais participar da aula.

A expressão de Hoseok cai e a confusão se instala em sua mente. 

– Não? Algo está errado?

A mãe de Ji-eun tosse antes de falar. 

– N-nada, apenas assuntos de família. Obrigado. – E a linha clica antes que ele possa responder.

   
Hoseok dá um passo devagar em direção aos alunos que agora estão se esticando, com os braços cruzados em pensamentos quanto para na frente deles. Ele não fala até que todos se levantem para cumprimentá-lo. Hoseok lambe os lábios e respira fundo antes de forçar um sorriso em seu rosto. Seus alunos percebem a vermelhidão em seus olhos e como seu sorriso não enruga o canto dos olhos, mas eles não dizem nada.

– Vocês estão prontos para começar de onde paramos? – Ele pergunta com alegria.

Mark e Sehun trocam um olhar, mas os outros apenas acenam antes de voltar para suas posições. Hoseok bate palmas e estica a mão para começar a música. A melodia borbulhante decola e substitui o silêncio no estúdio por alegria artificial e letras cativantes. Ele observa seus alunos com olhos vidrados e recita os passos com uma voz monótona. Ele para algumas vezes para corrigir seus erros, mas não consegue mais se concentrar porque seus pensamentos estão em apenas uma pessoa. Min Yoongi.

        
Escritório de advocacia

Yoongi, que passou a noite no escritório de advocacia para examinar o caso, se pergunta uma última vez. "Jimin teria ficado se não fosse pelos filhos dele." Yoongi deseja entender o que significa ser pai, voltar para casa e ver os rostos sorridentes dos filhos e risadas altas. Ele anseia tanto por alegria familiar. Com um suspiro, ele passa a mão pelo rosto e fecha o caderno. Faz três horas desde seu último intervalo, talvez seja melhor ele ir até o primeiro andar para tomar uma xícara de café e comer algo. Yoongi se levanta da cadeira, joga os braços acima da cabeça e se estica. Ele boceja alto e se olha no espelho de corpo inteiro pendurado na porta.

Sua aparência grita despenteado e bagunçado; a camisa está desabotoada e o cabelo cor de menta como um ninho de pássaro. As olheiras sob seus olhos também são aparentes. Em conclusão, Yoongi acha que ele parece uma merda. Mas ele não tem muito tempo para pensar nisso quando Taehyung entra pela porta do escritório com uma caixa de donuts.

– Boooom diaaaaa! – Ele grita animadamente e há um certo vibrato cantante nas suas palavras enquanto ele anda pelo escritório de Yoongi. – Como você está esta manhã? – Taehyung pergunta enquanto coloca a caixa em cima da mesa e dá uma rápida olhada em Yoongi. – Você parece uma merda.

– Obrigado. – A expressão de Yoongi permanece plácida. – Eu nem tinha notado.

Taehyung encolhe os ombros e se sente em casa na cadeira de Yoongi, ele se vira por um momento antes de parar e estudar o detetive. 

– Hoje é o primeiro julgamento. – Ele diz em um tom sério que confunde Yoongi por um momento.

– Sim... – Ele abre a caixa de rosquinhas e examina cada uma delas: vitrificado, granulado, etc. Seu nariz torce as opções açucaradas antes de finalmente escolher a vitrificada. – O que tem isso?

– Mm, nada. – Os olhos escuros de Taehyung caem para o lado do pescoço de Yoongi e vagam por alguns momentos antes de levantar para encontrar seus olhos. – Você está pronto?

Você está pronto?  É uma pergunta divertida para Yoongi, porque não há um guia sobre como estar pronto para vencer um caso ou salvar a vida de alguém. Não existe um "pacote inicial" de advogado. Então, ele se pergunta por que Taehyung escolhe fazer uma pergunta dessa maneira.

– De jeito nenhum.

Sua resposta honesta faz o garoto ri uma risada brilhante. Tae pula abruptamente de seu assento e caminha ao redor da mesa para ficar na frente de Yoongi. 

– Não se preocupe. – Taehyung enfia as mãos nos bolsos e se inclina para o lado, inclinando a cabeça com um sorriso suave.  – Jimin irá guiá-lo.

E por alguma razão infantil, Yoongi se sente seguro. A natureza descontraída de Taehyung, e às vezes espástica tem uma maneira de fazer ele se sentir à vontade. Isso o lembra de seu noivo. Ele desvia o olhar de Taehyung e passa por ele. 

– Vou para a sala de descanso.

Taehyung se endireita. 

– Tudo bem, Jimin deve estar aqui a qualquer momento.

Yoongi não se incomoda em responder e sai do escritório. Ele se familiarizou com o piso em que estava, além de alguns colegas que trabalham ao lado dele. Há Taehyung, é claro, e há outros, como Hwasa e Joy, que lidam com casos de agressão sexual. Yoongi não interage muito com eles, mas ouve muito sobre eles de Taehyung e do outro cara novo que foi transferido no mesmo dia que ele, Kim Seokjin. Sua altura é acentuada por seus ombros largos e risadas barulhentas. Yoongi tenta ficar o mais longe possível dele.

Ele para na frente do elevador e se inclina para frente para pressionar o botão que chama o elevador. Seu pé bate com impaciência enquanto ele espera pelas portas se abrirem. Quando as portas se abrem lentamente, revela uma figura familiar demais. 

– Merda. – Yoongi assobia baixinho enquanto entra hesitante no elevador. Nenhum deles fala enquanto descem de elevador até o primeiro andar.

Seokjin pigarreia e Yoongi olha em sua direção. Ele não gosta de Seokjin, ele nem tem vontade de odiá-lo, mas eles são completamente opostos. E de alguma forma, Seokjin é irritante pra caralho.

– Como vai você hoje? – Seokjin pergunta em seu tom de escola particular.

Yoongi engole o preconceito preso em sua garganta antes de responder. 

– Eu tenho meu primeiro julgamento hoje.

– Oh. – Seokjin fala. – Emocionante. – E, por alguma razão, seu tom parece seco, sem se importar. Yoongi quer perguntar por que ele fez a pergunta em primeiro lugar. Ele se abstém de fazê-lo e, felizmente, as portas do elevador se abrem. Yoongi oferece um meio arco antes de sair correndo. Necessariamente, ele não é claustrofóbico, mas social-fóbico. Falar com as pessoas nunca foi algo fácil para ele.

      
– Você não é uma borboleta social. – Hoseok ri suavemente enquanto estende a mão para tirar a franja de Yoongi dos olhos. – Mas suas asas estão escondidas. – Seu olhar suaviza. – É lindo.

  
Yoongi rapidamente empurra o pensamento de volta enquanto caminha para a sala de descanso. Ele sempre abafava seus pensamentos com uma forte xícara de café. Isso é tudo o que ele sabe fazer: afogar-se.

      
Duas horas antes do julgamento |  Casa de Jimin

Os filhos de Jimin foram para a escola alguns minutos atrás; eles se despediram com votos de boa sorte e beijos nas bochechas. Jimin acredita em apenas um tipo de remédio para sua dor: seus filhos. Ele realmente os vê como a resposta para tudo.

Ele apressadamente enfia a papelada na maleta e se olha no espelho do quarto antes de sair de casa. Primeiro, ele se encontrará com Jungkook e examinará as evidências que havia recebido no outro dia. Ele também discutirá alguns detalhes menores sobre como Jungkook deverá se apresentar no tribunal. Como Jimin faz isso há tanto tempo, ele aprendeu alguns truques para seus clientes, às vezes eles recebem sentenças mais leves ou até liberdade condicional, dependendo das evidências apresentadas e da crueldade do caso.

Jimin chega a Busan Jihagam-og em alguns minutos e é escoltado para a prisão, onde deverá esperar dez minutos enquanto os guardas "recuperam o criminoso". Ele segura sua maleta com as duas mãos enquanto espera no corredor. As paredes são pintadas de um cinza opaco, a cor parece desbotar como a vida daqueles que estão presos dentro delas. Não há muito o que ver além das janelas gradeadas e das portas azuis sólidas com a pintura descascando. Jimin detesta a mundanidade de tudo e clica sua língua. Sua vida nem sempre foi cheia de cores; portanto, ficar nesta prisão é um lembrete da vida que ele viveu quando era mais jovem.

Houve dias em que ele não conseguia comer ou não conseguia dormir sem temer o escuro. A escuridão é sempre um lugar para o qual Jimin nunca deseja voltar. O escuro, com sua familiaridade sufocante; às vezes o escuro tinha mãos e tocava Jimin em lugares em que nenhuma criança deveria ser tocada.

– Park Jimin-ssi, – O oficial que o escoltou volta e Jimin olha para cima para vê-lo segurando uma das portas azuis. – por aqui.

Jimin abaixa a cabeça enquanto caminha; o oficial diz quanto tempo ele tem antes de fechar a porta da sala de interrogatório e deixar Jimin sozinho com Jungkook. As paredes desta sala são pintadas de um branco sólido que quase parece frescas, exceto pelos pedaços de chiclete seco presos aqui e ali.

Jimin limpa a garganta e Jungkook olha para cima. Ele parece cansado; há bolsas debaixo dos olhos e a plenitude de suas bochechas parece como se elas tivessem sido barbeadas de tristeza e medo. Um arrepio desagradável percorre a espinha de Jimin quando ele percebe o quão familiar é a aparência de Jungkook com a dele quando era mais jovem.

– Boa tarde. – Diz Jimin e a saudação soa estranha no ar tenso.

Jungkook se mexe na cadeira e oferece a Jimin um leve sorriso. 

– Boa tarde.

Jimin se senta no assento de aço em frente a Jungkook e coloca sua pasta na mesa entre eles. 

– Como está se sentindo? – Ele pergunta enquanto vasculha seus papéis, sem fazer contato visual com Jungkook.

Jungkook estuda Jimin e está confuso com a mudança na habitual personalidade borbulhante de seu advogado. Ele pondera se a fachada de Jimin desapareceu. 

– Como você espera que eu me sinta? –  Sua voz é gelada.

Jimin ri levemente, mas não há um pingo de humor ou alegria, 'uma risada zombeteira?' 'Ou uma conhecedor?' Jungkook se pergunta se seu advogado está jogando com ele.

– Oh. – Jimin finalmente olha para cima e seus olhos se encontram. – Eu não sei. – Jimin cruza as mãos em cima da mesa e seus olhos escuros perfuram Jungkook. – Você pelo menos não deve se sentir como um assassino.

A expressão de Jungkook se transforma em confusão e ele zomba. 

– Claro que não.

– Mas no início desta semana você mostrou sinais de raiva e um senso de justiça em suas ações. – Jimin continua friamente.

– Porque ele iria estuprá-la! – O sangue de Jungkook está fervendo agora e sua voz se enche de ódio.

– Eu sei disso, mas a promotoria não. – Jimin se inclina para frente e abaixa o tom. – Eles vão testar você. Eles vão incomodá-lo de propósito.

E de repente Jungkook entende.

– Você não pode deixar isso chegar até você, Jungkook. – Jimin adverte. – Deixe-me falar. Apenas confie em mim. – E o tom frio de sua voz é substituído por um calor meloso. Doce. É o tom que Jimin usa com aqueles que considera próximos a ele; ele usa principalmente com seus filhos e Taehyung. Mas com Jungkook, de alguma forma, consegue escapar.

Jungkook respira fundo e é só quando ele baixa o olhar para o queixo de Jimin, percebe o quão perto eles estão. De perto, Jungkook percebe a leve barba no queixo de Jimin, mas parece cabelo de bebê, macio ao toque e Jungkook de repente quer fazer exatamente isso. Tocar ele. Seus olhos saem do queixo de Jimin e param nos lábios. Eles estão um pouco rachados, provavelmente devido ao estresse deste caso. Jungkook quer mergulhar o polegar no protetor labial e passar suavemente pelos lábios do loiro.

O pensamento o perturba de uma maneira estranha e pouco convidativa, como se ele não tivesse controle sobre o que está sentindo, e suas emoções se invadem seus pensamentos como um hóspede indesejado.

– Sinto muito... pela minha explosão. – Ele murmura, e seu olhar percorre os olhos sorridentes de Jimin.

– Nenhuma tomada, eu queria que você ficasse com raiva. Fique chateado agora e calmo depois. – Jimin sacode o telefone. – Eu confio que você vai. – Ele pisca e percorre o telefone. – Agora... para que isso funcione. – Jimin vira o telefone para Jungkook que fica surpreso ao se ver na tela. – Eu preciso que você me conte tudo, Jungkook.

Tudo.

Jungkook se pergunta o que é tudo.

– Você pode fazer isso? — Jimin pergunta novamente.

Eu posso? Jungkook une as mãos e os punhos dos pulsos se apertam. Ele engole quando uma memória ecoa no fundo de sua mente.

"Obrigado, Jungkook."

Ele limpa a garganta e evita o olhar de Jimin olhando para a mesa. 

– Eu te contei tudo.

Jimin quer suspirar e dizer a Jungkook que já sabe tudo, mas o resultado da vida do garoto está inevitavelmente em suas próprias mãos. Jimin é apenas o seu guia. Então, em vez disso, ele sorri, e o sorriso é genuíno. 

– Tudo bem. – Ele desliza o telefone no bolso do terno. – Trata-se de confiança, certo? Eu confio em você.

– Como? – Jungkook bufa. – Você me conhece há apenas uma semana.

– Como? – Jimin olha para os papéis espalhados sobre a mesa e para as algemas nos pulsos de Jungkook. – Porque é tudo o que posso fazer. – E ele olha para Jungkook e o que vê sob os olhos vítreos do garoto são bilhões de estrelas e galáxias esperando para serem descobertas. O vidro ainda não quebrou, mas há rachaduras na superfície.

Jimin sabe que existem porque ele já teve rachaduras também.

Ele tinha rachaduras antes de ter um universo.

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Ei, então nós temos SOPE! Adoro escrever a dinâmica deles, apesar de não ser muito o foco na fic. E não, não terá TaeYoonseok, nem Taegi. É apenas uma linda amizade. O ROMANCE JIKOOK COMEÇARÁ EM BREVE! 👏