1 - The Suspect
Um bom advogado defende
a qualquer um em nome
do melhor pagamento:
a verdade e a justiça.
Um carro de brinquedo vem correndo pelo chão de madeira, as rodas raspam a madeira antes de parar aos pés descalços de uma criança. O carro permanece lá por um momento antes de ser puxado pelos dedos gordinhos da criança. Ela o olha e inclina a cabeça enquanto tenta decifrar qual é o objeto.
— Mera, solte. — Uma voz suave chama de cima dela e seus olhos arregalam vendo as pernas de seu pai; ela lhe dá um sorriso cheio de dentinhos.
— Binquedo?
Ele assente, os óculos empoleirados no nariz tremem a cada movimento da cabeça.
— Mmhm, agora abaixe.
Ela faz o que o pai mandou, e o carro volta para o dono original: um garoto de cinco anos com um dente faltando e franja comprida que cobre os olhos. Mera olha para o pai enquanto se esforça para se levantar. Suas pernas curtas balançam e suas mãos minúsculas agarra a panturrilha do homem. Ele finalmente afasta os papéis das mãos e concentra sua atenção na filha. Ela ri brilhantemente, e sua expressão facial enrugada suaviza com amor.
— Você quer que o papai te abraçe? — Ele pergunta, uma gentileza em seu tom que seus colegas de trabalho e clientes raramente ouvem. É um tom que Park Jimin só mostra aos filhos. Mera assente animadamente enquanto estende as mãos para o pai. Ele a pega e a puxa para perto.
Jimin tem três filhos; duas meninas e um menino: Mera, Jinyoung e Sunny. Eles são todos diferentes à sua maneira; Sunny se parece com a mãe, que sempre foi quieta e reservada, enquanto os outros dois se parecem com Jimin.
Às vezes Jimin sente falta da ex-esposa, mas isso é apenas algumas vezes. Ele não gosta de pensar nela ou no fato dela ter saído há muito tempo sem uma razão ou explicação. A única redenção em relação ao tempo que ele passou com ela são os três filhos maravilhosos que ela deu à luz.
Mera enfia o nariz na bochecha de Jimin e ele passa a mão na parte de trás da cabeça dela.
— Mera, a tia virá para cuidar de você e dos seus irmãos. — Ele explica suavemente.
— Você tem que ir? Novamente!? — Jinyoung grita enquanto aperta o carrinho de brinquedo perto do peito. Jimin se levanta de seu assento, Mera ainda em seus braços. — Você sempre tem que ir. — A voz de Jinyoung é estridente enquanto fala e seu lábio inferior treme.
Jimin abaixa o olhar.
— Eu sinto muito...
Sunny sai da cozinha e vai até Jimin silenciosamente, ela faz um gesto para Jimin entregar Mera.
— Eu vou segurá-la. — Sunny diz baixinho, seus olhos no rosto sorridente de Mera. Jimin olha para sua filha mais velha se desculpando e suas sobrancelhas sulcam. — Continue, eu posso olhá-los até a tia chegar aqui. — Sunny então sorri para Mera. — Venha querida. — Ela fala.
Mera ri antes de se virar para a irmã; O aperto de Jimin afrouxa e ele observa enquanto sua filha de 13 anos segura Mera suavemente. Ele suspira e bagunça o cabelo de Sunny.
— Obrigado.
— Não precisa agradecer. Você tem que ganhar dinheiro para todos nós sobrevivermos. — Ela responde descaradamente. Jimin ri enquanto se apressa para reunir sua papelada. Ele enfia tudo na pasta e alisa os vincos do paletó. — Você está vendo o mesmo cliente hoje?
Jimin balança a cabeça.
— Não dessa vez. Eu tenho um novo caso. — Ele coloca o paletó sobre o braço esquerdo e usa a mão direita para segurar a alça da pasta. Mera começa a gemer e seus punhos minúsculos estendem a mão para pegar o ar.
— Ela está com fome. — O lábio inferior de Jimin se transforma em um beicinho enquanto ele fala em um tom infantil. — Não, não, tudo bem, Sunny vai te alimentar. — Ele empurra a franja de Mera para beijar o topo da testa dela.
— Entendi. — Sunny murmura enquanto usa a palma da mão para afastar o pai. — Agora vá.
Jimin olha para sua filha mais velha e uma onda de emoções cresce dentro dele e ele sorri brilhantemente.
— Obrigado, obrigado. Eu te amo muito. — Ele fala animadamente enquanto balança em direção à porta. Ele continua a professar seu amor e Jinyoung ri enquanto observa a franja loira de seu pai balançar de lado para o outro. Jimin sorri em resposta e acena para eles antes de sair fechando a porta. Quando a porta se fecha, seu sorriso desaparece e ele passa a mão pelos cabelos.
Sempre foi difícil ter que deixar os filhos, para se encontrar com um cliente. Jimin faz isso há sete anos e cada vez é mais difícil se afastar de sua família. Isso incomodava a esposa dele cada vez que ela entrava no escritório para vê-lo refletindo sobre as pilhas de papel em sua mesa. Ela sempre dizia: "passe esse tempo com seus filhos" ou "vá dormir". Jimin nunca ouviu. Não porque ele não queria, mas porque ele não podia. Ele controlava a vida de várias pessoas, ele tinha que defendê-las ou mandá-las para a cadeia.
Ele coloca a chave no carro e o motor acelera.
— Merda. Agora o carro quer desistir. — Ele agarra o volante e geme. No caminho para o prédio de escritórios: um prédio de doze andares no coração de Busan, ele folheia as anotações de seu novo cliente. As anotações estavam sobre seu colo e Jimin olha para baixo ocasionalmente. Ele desvia da direita e da esquerda e voa através de um sinal vermelho.
JEON JUNGKOOK
IDADE 26
ACUSADO DE ASSASSINATO
ARMA USADA: FACA
A VÍTIMA FOI ESFAQUEADA DUAS VEZES NA ÁREA PÉLVICA E UMA TERCEIRA NA PERNA
O CORPO FOI ENCONTRADO EM UM ESTÚDIO DE CASAMENTO DE MOCK EM 21 DE AGOSTO ÀS 17:45
Jimin vira à esquerda antes de entrar na garagem do escritório. Ele permanece sentado enquanto percorre a última das notas:
TESTEMUNHAS: UMA
— Bem... isso é interessante. — Jimin murmura enquanto recolhe suas coisas e corre para o elevador; as portas começam a se fechar e ele corre para alcançá-las antes que elas se fechem completamente. Ele agarra a armação de aço e sorri timidamente para as pessoas lá dentro. — Desculpe... — É o que ele diz enquanto desliza entre dois jovens. Eles o olham de modo questionável e um deles tem a audácia de clicar a língua. Jimin está acostumado a isso, talvez eles sejam novos e não percebam sua posição no escritório. Ele se vira para o jovem que clicou a língua e sorri brilhantemente. — Olá, acredito que não nos conhecemos. — Ele estende a mão livre. — Meu nome é Park Jimin. O seu?
O homem hesita por um momento, seus pequenos olhos olhando para todos os lugares, menos Jimin. Finalmente, ele segura a mão de Jimin.
— Min Yoongi.
— Yoongi? — "Eu sabia que ele era novo." — Prazer. — Eles apertam as mãos e Jimin nota divertidamente as semelhanças de altura. As portas do elevador se abrem e Jimin sai correndo.
Jimin trabalha para o escritório de advocacia South Busan desde o início de sua carreira em direito. Ele começou como um mero estagiário e se tornou um advogado respeitado. Os cidadãos sabem o nome dele em toda a cidade e costumam ir à casa dele para trazer presentes para as crianças. Não há nada que Jimin não conheça nesta cidade, não há um rosto com o qual ele não esteja familiarizado. Por isso, ele acredita que já encontrou Jeon Jungkook pelo menos uma vez na vida como advogado. Ele entra em seu escritório e Kim Taehyung, seu assistente o cumprimenta com um arco de 90 graus.
— Boa tarde!
Jimin o dispensa com um aceno e joga sua maleta em cima da mesa.
— Quando ele está vindo?
Taehyung olha para o relógio em seu pulso.
— Em cerca de vinte minutos.
— Ok, então me dê uma breve lição de história sobre Jeon Jungkook. — Jimin cai em sua cadeira e cruza as pernas. Ele cruza as mãos e olha para Taehyung, esperando.
Taehyung começa a falar.
— Jeon Jungkook cresceu em Busan. Ele vem de uma família bastante abastada (Que tem muitos bens, dinheiro; rico) eles moram na parte mais movimentada da cidade. Seu irmão partiu para a América há alguns anos e eles não mantêm mais contato. Ele trabalha para uma empresa de fotografia e teve seu trabalho publicado em alguns artigos de destaque da revista. — Jimin assente. — Na manhã anterior ao assassinato, ele estava com a vítima e a testemunha; ele conhecia os dois.
— Relação com eles?
— Amigos de infância.
Jimin lambe o lábio inferior com um zumbido.
— Alguma coisa da testemunha?
Taehyung balança a cabeça.
— Ela ainda está traumatizada. Seus guardiões estão rejeitando todas as entrevistas.
— Como esperado...
Taehyung senta em cima da mesa de Jimin e seus olhos se encontram.
— Há algo de estranho no suspeito.
Jimin levanta uma sobrancelha.
— Como assim?
— Ele não quer falar sobre seus pensamentos.
Jimin sorri.
— Taehyung, isso não é estranho. Faço isso há tanto tempo que se tornou normal. — Jimin fala para Taehyung que está em cima da mesa. — Ele provavelmente está com vergonha, medo de si mesmo ou de todas as coisas horríveis que uma pessoa sente depois de matar alguém.
— Hmm. - Taehyung olha para Jimin contemplativamente. — Eu sempre me perguntei por que você estava tão familiarizado com esses sentimentos.
Jimin encolhe os ombros.
— Eu trabalhei com muitos criminosos.
As sobrancelhas de Taehyung sulcam, mas antes que ele possa questionar ainda mais, há uma batida leve na porta do escritório. Uma jovem mulher com cabelos claros aparece.
— Seu cliente está aqui. — Ela anuncia.
Jimin assente e ajeita a gravata do terno. Taehyung pula da mesa e aponta para corredor.
— Estarei lá se precisar de algo.
Jimin assente e observa Taehyung desaparecer. Ele se senta corretamente em sua cadeira, os papéis espalhados diante dele e depois lentamente as portas do escritório se abrem novamente. Dois oficiais entram primeiro e um terceiro com seu cliente. Jimin se levanta para cumprimentar os policiais e então seus olhos pousam em seu cliente. Ele ver o marrom claro de seu agasalho e os tornozelos e pulsos algemados. Ele percebe os pequenos cortes nas costas das mãos antes de olhar para o rosto. O primeiro pensamento que lhe ocorre é o quão bonito seu cliente é. Bonito demais para ter cometido um crime tão hediondo. É um pensamento distorcido, que desaparece no espaço de alguns segundos.
— Boa tarde, Sr. Jimin. — Um dos oficiais cumprimenta com um arco. Jimin se inclina em troca, seu olhar nunca deixando a expressão em branco de seu cliente. Jimin engole e apressadamente pede que eles se sentem no sofá um pouco afastado da mesa, enquanto Jungkook senta em uma cadeira na mesa, de frente para ele. Eles se sentam e um silêncio pesado enche a sala.
(A sala é parecida com a da foto)
— Obrigado por abrir uma exceção em meu nome por nos permitir realizar uma reunião em meu escritório. — Jimin diz.
— O prazer é todo meu. — O policial Bang responde em tom monótono enquanto ele aponta o chapéu na direção de Jimin, que sorri levemente e se recosta na cadeira. Durante todo esse encontro, Jungkook não lancou a Jimin um único olhar.
— Vou tentar fazer isso o mais rápido possível... — Jimin olha para Jungkook. — Temos um entendimento, Jeon Jungkook?
Depois de alguns segundos, Jimin acredita que seu cliente o está ignorando e, com um suspiro, decide seguir em frente. Ele vasculha os papéis e tira várias fotos do crime. Ele desliza um na direção de Jungkook. É uma foto do corpo.
— Você pode me dizer o nome dele? — Pergunta Jimin, sua expressão fria.
Jungkook não responde.
— Você pode me dizer por que o esfaqueou?
Jungkook permanece silencioso e imóvel.
Jimin fecha os olhos e um sorriso impaciente brilha ao longo de seus lábios carnudos. Seus olhos se abrem e ele olha para Jungkook, que está evitando seus olhos.
— Por que você o matou? Você queria? Você se sentiu bem quando você empurrou a lâmina mais fundo na pele dele? — Jimin finalmente recebe uma reação; Jungkook encontra seu olhar. Os olhos de Jungkook são de um marrom profundo e sem fim, eles engolem Jimin inteiro com sua profundidade e ele fica sem fôlego. — Posso te ajudar. — Jimin diz suavemente. — Estou aqui para te ajudar.
O silêncio persiste e eles ouve apenas o relógio bater e uma das tosse do oficial.
— Deixe-me ajudá-lo.
Jimin observa o jeito como a maçã de adão de Jungkook se move quando ele engole a saliva e ele estuda sua tensa linguagem corporal: dedos entrelaçados, lábios secos e olhos trêmulos. 'Ele não é um criminoso.'
— Fale comigo. — Jimin empurra. — Sou todo ouvidos. — E desta vez Jimin sorri, é um de seus sorrisos genuínos, um sorriso que ele criou para diminuir as defesas de seus clientes. O sorriso ocupa todo o rosto e transforma seus olhos em gentis crescentes.
Os lábios de Jungkook começam a se mover; ele engole novamente.
— Não tenha pressa.
Jungkook pressiona o polegar nas costas da mão, olha para os pés e depois olha para Jimin.
— EU... — O lábio inferior de Jungkook treme. — Eu tive de fazer isto. — E tão rápido quanto o tremor começou, ele para. — Eu precisei. Ele mereceu pelo que fez. — Jungkook baixa o olhar. — Eu precisei.
— Por quê? — A palavra desliza entre os lábios de Jimin como um sussurro e os policiais não estão mais lá. É apenas ele e Jungkook em seu próprio mundinho. Jimin tem uma maneira de fazer isso, fazer seus clientes sentirem que são as únicas pessoas no mundo. — Diga-me o porquê?
Jungkook mexe por um momento. Ele morde o lábio inferior antes de tudo derramar dele como uma lata de tinta derrubada e Jimin está no lado receptor. Ele é como uma tela em branco quando Jungkook pinta as cores variadas de seu coração.
— Ele ia machucá-la. — Explica Jungkook.
— Como assim?
Seus olhos se encontram e Jungkook cospe a palavra como se fosse veneno.
— Estupro. — Ele rosna. — Ele ia estrupá-la.
— Então... você teve que protegê-la?
Jungkook assente e de repente os policiais estão de volta, e o mundo entre eles desaparece ao som das algemas de Jungkook tilintando. Jimin se recosta e organiza a pilha de papéis em sua mesa.
— O primeiro dia do seu julgamento é em 27 de agosto, daqui a alguns dias. — Jimin se levanta de sua mesa e caminha para ficar ao lado de Jungkook, que está debruçado em seu assento. — Até lá, terei evidências suficientes para ajudar a provar sua inocência. — Jimin sorri. — Tudo bem?
Jungkook assente.
— Obrigado... — Ele murmura.
Jimin ri levemente. O som repentino de seu riso faz Jungkook olhar para ele. Jimin tem cabelos loiros e feição suave: olhos doces e nariz de botão. Seus lábios também são atraentemente cheios; Jungkook percebe que ele tem uma estrutura pequena e se pergunta como Jimin sobreviveu nesta indústria. Ele provavelmente recebeu muitas piadas de altura ao longo de sua carreira. E por uma fração de segundo, um sorriso adorna os traços de Jungkook. Ele poderia gostar de seu advogado.
— Bem! — Jimin bate palmas. — Esta reunião foi bastante breve, mas eu gostaria de ter outra com você, di.ga.mos, — Jimin soletra as sílabas "digamos" enquanto ele percorre o calendário mental de sua mente. — Amanhã de manhã? Só nós?
A última pergunta é dirigida aos oficiais. Eles mudam de pernas desconfortavelmente.
— Para que você confie em mim, primeiro devo mostrar que confio em você. — Jimin inclina a cabeça enquanto seu sorriso se estende ainda mais pelo rosto. — Combinado? — Jungkook olha de volta nos olhos gentis de Jimin e ele assente lentamente. — Ótimo! Impressionante! Maravilhoso! — Jimin exclama e sua sonoridade repentina faz Jungkook se encolher. — Durante a próxima reunião, preciso que você conte tudo o que aconteceu naquele dia. A.b.so.lu.ta.men.te tudo.
Jungkook acena com a cabeça novamente e os policiais o forçam a se levantar. Seus olhos permanece nos de Jimin e, assim que fica de pé, percebe que é alguns centímetros mais alto que o advogado. É um pensamento divertido.
Jimin para Jungkook tocando levemente seu ombro.
— Você está em boas mãos. — Ele diz gentilmente e Jungkook se sente seguro, ele levanta o ombro para apertar a mão de Jimin, mas alguém com um coração tão gentil não deve tocar alguém tão contaminado quanto ele.
— Obrigado. — Jungkook exibe um sorriso que apenas ocupa um canto do rosto antes de ser forçado a se separar de seu advogado.
Jimin está em seu escritório com os braços cruzados sobre o peito. Ele usa uma expressão contemplativa e está tão profundo em seus pensamentos que não percebe Taehyung entrando furtivamente em seu escritório com outro homem.
— Jimin. — Taehyung chama e o homem parado ao seu lado olha em volta do escritório. — Ei você aí? — Taehyung tenta novamente e desta vez Jimin olha em sua direção. Ele não percebe o homem imediatamente, mas apenas um minuto depois, quando o homem suspira seu nome.
— Park Jimin?
Os olhos de Jimin se iluminam.
— Min Yoongi!
Taehyung olha entre os dois com confusão.
— Vocês já se conhecem?
— Nós nos encontramos no elevador. — Eles dizem simultaneamente.
— Bem, então eu vou direto ao ponto. — Taehyung empurra Yoongi na direção de Jimin. — Vocês dois estarão trabalhando juntos neste caso.
Os olhos de Jimin se arregalam.
— Realmente?
Taehyung assente.
— Ordens do chefe. Ele é o cara novo que foi transferido, e ele é um especialista neste campo.
Jimin cantarola pensativo e olha Yoongi de cima a baixo. Ele está vestido de preto da cabeça aos pés, exceto pelos cabelos tingidos de verde menta. Interessante.
Jimin sorri pensativo enquanto puxa Yoongi para um abraço.
— Isso não poderia ser melhor. — O corpo inteiro de Yoongi fica rígido quando Jimin o segura perto.
— Eu não sou muito de abraço. — Ele murmura, suas palavras abafadas contra o peito de Jimin.
Jimin o afasta e diz timidamente.
— Desculpe. Hábito.
— Ele tem três filhos. — Complementa Taehyung.
Jimin acha que não faria mal perguntar:
— Você tem filhos?
A expressão de Yoongi escurece.
— Eu tive. — Ele se dirige para a porta e levanta a mão em um movimento de despedida. — Eu estarei no meu escritório... tenho algumas malas para desfazer. — A porta se fecha atrás dele.
Jimin olha para Taehyung com as sobrancelhas levantadas e esse encolhe os ombros em troca e pergunta.
— Então, como foi?
Jimin dá um suspiro enquanto se senta na beira da mesa. Taehyung dá um passo para mais perto dele.
— Não é tão ruim. Ele não se abriu muito, mas concordamos em ter uma reunião amanhã de manhã.
— Mm, você deveria levar Yoongi com você. — Taehyung sugere.
— Envie-me o número de telefone dele quando puder, para que seja mais fácil a comunicação.
— Entendido. — Taehyung se inclina antes de sair do escritório.
Jimin o observa sair com um sorriso. Ele e Taehyung se conhecem desde do colegial. Inicialmente, Taehyung iria seguir uma carreira em arte ou algo que lida com crianças. Mas decidiu mudar sua escolha de carreira no último momento e acabou trabalhando ao lado de Jimin por cerca de três anos. Eles conhecem os pensamentos um do outro com um simples piscar de olhos ou torcer os lábios. Taehyung sabe tudo sobre Jimin e vice-versa.
Alguns minutos depois, Jimin recebe uma mensagem em seu telefone com o número de Yoongi e ele rapidamente envia a ele a hora e o local do encontro para amanhã de manhã. Há também uma mensagem da vizinha do lado dele, a vizinha a quem ele se refere muitas vezes como 'tia'. Jimin é grato por tudo o que ela faz e geralmente a reembolsa pelo tempo gasto com quantias de dinheiro transferidas para a conta a cada mês.
Jimin joga o telefone de lado e pega uma das fotos da cena do crime. Ele examina a foto do corpo e percebe como os olhos estão fechados. O assassino não suportava o olhar vazio olhando para ele, então fechou os olhos do morto. Jimin então se move para outra foto e é a foto da arma usada. Ele ainda está esperando os resultados do DNA nas impressões digitais da faca, pois havia outra pessoa em cena.
Este não será um caso fácil, portanto Jimin já está se perguntando como compensará o tempo perdido com seus filhos.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Apenas um aviso, este será um passeio incrível com muitos flashbacks, memórias e reviravoltas, então preparem-se!
Obrigada pela leitura!
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