[💐] - lovely truth



JEON JUNGKOOK

— Ama?

Eu amava transar com ele em todas as posições, principalmente quando eu tinha a visão da sua tatuagem, mas eu tinha um fraco ao ver as inúmeras expressões de prazer que ele fazia quando eu o tocava.

— Amo.

Sua camisa estava aberta e deixando à mostra todo seu peitoral, meus olhos apaixonados já foram direto no piercing, que eram o motivo de oitenta por cento de todos os meus pensamentos impróprios.

— Você está me olhando com uma cara...— ele ri caçoando de mim, claro, essa é a cara de quem te quer gemendo o nome à noite toda.

Passei o dia sofrendo sem nem poder olhar ou ouvir a voz dele, o que a meses atrás eu acharia um sonho de consumo, hoje eu chamo de castigo.

Eu queria a promoção, de verdade. E sabia que ele estava feliz por mim, mas no fundo tinha algo faltando, acho que era costume de ter ele sempre por perto, eu nunca o tive longe, fui muito mimado e sortudo no quesito Jimin.

— Que cara?

— Cara de quem quer me comer.

— Não só quero, como vou.— ele tem a audácia de rir de mim, eu não disse nada, apenas me inclinei para beija-lo.

O membro dele já estava duro e carente dentro do tecido cinza de sua cueca, ele inclinava o quadril e rebolava sobre o meu.

Deslizei a camisa sobre os seu braços e a joguei longe, Jimin parecia tão desesperado quanto eu, e se o que me levava a sentir daquele jeito, levava a ele também, queria  dizer que ele não estava sendo totalmente sincero sobre estar "tudo bem" com o meu novo cargo.

— Sentiu minha falta, amor? — sussurrei quando mordeu minha orelha, de repente, ele parou.

— Por que me perguntou isso? — jogou a cabeça nos travesseiros.

— Não sei, eu só quis perguntar, sei lá, eu estou com saudades e achei que estivesse também.— dei de ombros.

— Por que quer saber se eu estou com saudades ou não? Nós nos vemos o dia todo, almoçamos juntos e você está pelado em cima de mim, não deveria ser tão emotivo.— cruzou os braços.

— Ei, — murmurei percebendo que aquilo não era do feitio dele — eu só perguntei.

— Vem cá.— esticou os braços e tentou me puxar para junto à ele, nossos peitorais ficaram juntos e seu rosto estava próximo ao meu, os olhos dele estavam brilhante e bonitos, mas sua expressão não revelava nada.— Eu estava com muita saudades.

— Acha que isso pode atrapalhar nós dois de alguma maneira? O trabalho era uma coisa que sempre fizemos juntos e agora, bom, não é do mesmo jeito.

— Só precisamos nos acostumar com isso, não é o fim do mundo.— ele deu de ombros e sorriu.— Você meio que cortou o clima.

— Eu sei, desculpa, é que, sei lá, essa é uma daquelas situações que testa a nossa relação?

— Achei que fingir um casamento para os seus pais era o suficiente.

— Nada é o suficiente para nós dois.— aquilo era o tipo de verdade que eu gostaria de ser mentira.— Eu te amo.

— Eu também te amo, seu bobo medroso.— ele passa os dedos pelo meu rosto lentamente, Park me passa uma segurança tão grande quando fala daquela maneira.

O rosto dele bem próximo ao meu, enquanto analisava os detalhes da minha face, ele também não se sentia tão seguro de si.

Por que  estamos fazendo tanta tempestade num copo d'água? Eu só estava trabalhando naquilo a menos de um dia, talvez o surto de saudades estivesse passando dos limites.

Futuramente iríamos nos casar e morar juntos, o que mais teremos é tempo juntos, não vamos ter que nos preocupar em nos ver no pior horário do mundo de um adulto, no trabalho, eu o teria só pra mim em casa todas as noites, pelo resto da minha vida.

— Ok, a bad vibes passou.— avisei repentinamente e ele sorri me olhando nos olhos.— Quer continuar?

Por favor.

[...]

Não demorou para o clima esquentar para nós dois de novo, em meio segundo nós já tínhamos voltado a ficar ofegantes com os beijos, e toques que trocávamos.

— Você está muito excitado.— gemeu em deleite depois de esfregar sua intimidade na minha.— Por que não me deixa cuidar disso aí?

Ele nem me esperou responder o "VEM PORRA" para que mudasse as posições e ficasse sobre o meu quadril, Park tinha sua vasta experiência em me deixar maluco com apenas algumas reboladinhas provocantes.

— Quer que eu cuide disse? — provocou arranhando meu peitoral com a suas unhas com fraqueza.

— Uhrum.— murmurei fraco mexendo o quadril ansioso.

Iniciou uma trilha lenta e torturante de exploração com sua boca que foi do meu pescoço ao meu peitoral, assim que deu de cara com a minha ereção, beijou antes de retirar a única faixa de tecido que me cobria.

Ele estava apressado, não houve sua cerimônia provocante antes de agarrar meu falo e colocá-lo com muita astúcia na boca, arqueei as costas sentindo um raio me atingir, Jimin e aquela boca dominavam cada pedacinho da minha vida.

Meu namorado trabalhou em agilizar o trabalho e eu assisti ele introduzir um dedo dentro de sua entrada, ele gemeu algumas sobre a carne que revestia sua boca, eu praguejei ele inúmeras vezes por não aumentar a velocidade dos movimentos e acabar logo comigo, mas ao invés disso, decidiu introduzir mais um dedo.

Park masturbava com sua mão livre o que não conseguia colocar boca e os movimentos ficavam — finalmente — cada vez mais rápido, e eu estava perto, muito perto.

— Estou perto pra caralho.— avisei, e então para.— Por que você é tão mal? — ele riu fraco e engatinhou até mim.

— Goza quando estiver dentro de mim, querido.— avisou, foi ágil quando introduziu meu pau em si mesmo aos poucos, ele foi lentamente e sua expressão no começo foi de dor, mas como tinha se preparado — o que eu amava fazer por ele — adaptou-se rapidamente, como se já estivesse acostumado com meu pau dentro dele, continue assim, por que é o único pau que você vai ter.

— Sentindo fome? — ri baixinho, nem forças pra rir eu tinha direito.

— Saudades de ter você dentro de m-mim...— sua voz saiu meio falha enquanto sentia de costume a dor quando rebolava trabalhando em se acostumar absolutamente com a sensação.

Estiquei meu braço e alcancei sua cintura, deitei ele com cuidado no meio dos travesseiros sem quebrar o contato dos nossos corpos, iria ficar assim essa noite, de frente. Fiz movimentos lentos degustando de cada gemido e expressão que ele fazia quando começou a sentir prazer.

O rosto dele era lindo, lindo bravo, lindo triste, lindo feliz, lindo até quando eu não sabia quando sua expressão significava, mas seu rosto excitado mexia comigo, claro né, ele estava excitado por minha causa, Jimin já estava suado e seus lábios pareciam seco, rangia os dentes e batia a língua no céu da boca, os braços deles estavam se apertando no travesseiro tentando conter qualquer movimento.

— Você é lindo demais — murmurei, ele sorri sentindo-se extasiado em prazer e levou um dedo até sua boca, começou a chupar seu indicador lentamente, às vezes mordia tentando evitar um gemido muito alto quando eu aumentava a velocidade.

Não me importaria de passar o resto da minha vida ao lado daquele homem, não só pelo sexo maravilhoso que ele me proporciona, mas é tudo, ele mexe comigo mesmo quando não queria, eu sentia saudades mesmo quando acabava de o ver, e agora ele está perto, eu estou dentro dele, e continuo com saudades.

Jeongguk — ele geme baixinho, a visão dele sôfrego de prazer chupando seu dedo e com meu nome nos lábios me fez gozar depois de algumas estocadas.

O pau de Jimin ainda estava carente e ele parecia querer que eu resolvesse para ele, então me afastei um pouco tirar meu membro sujo e inundado de gozo da sua entrada e começou a acariciar seu pênis com cuidado.

Ele agiu manhosamente quando dobrou os joelhos um pouco, afastou as pernas uma das outras  e começou a se contorcer parecendo que recebia choques pelas costas.

Tiraria uma foto desse momento lindo em que ele se encontrava.

— Jimin, você está maravilhoso hoje.— comentei, uma coisa que ele sempre amou foi que eu o elogiava, bom, eu iria continuar, por que era tudo verdade e eu gostava sempre de relembrar o homem que eu tinha.

— Você não está nada mal.— provocou, ele estava perto, então aumentei os movimentos até que se rendesse, num grito sofrido, ele começou a jorrar jatos quentes sobre seu abdômen e até o meu foi atingindo, me joguei ao seu lado de barriga para cima, o sorriso estava estampado no rosto dele.— Você está ótimo hoje.

— Obrigado por reparar.— falei, nós sorrimos um para o outro e me inclinei com dificuldade para beijar seu rosto.— Eu preciso de um banho.

— Eu também, aí, tô todo dolorido, na próxima deixo você me preparar bem bonitinho como sempre fazemos.— um rugido saiu do fundo da minha garganta depois da confissão dele, ajeitei suas pernas na cama e ficamos acomodados um ao lado do outro, eu ainda estava ofegante, assim como ele.— Podemos tomar banho agora? Amanhã vamos trabalhar e eu quero tirar isso de mim agora.

— Cheiro de porra pra marcar o território não faz mal a ninguém.

— Meu Deus. Me leva logo naquele banheiro e me deixa bem mimado, seu idiota.— bateu no meu peito, eu amava quando me pedia para dar carinho pra ele, era um dos poucos momentos que dizia "me trata com muito carinho, como se eu fosse um príncipe", e vindo dele, era um grande passo, já que fazia linha dura o tempo todo.

— Vem, meu amor, vou te deixar bem mamado.— peguei em sua mão e me levantei para pega-lo no colo.

— Eu disse mimado, besta.— seu sorriso bobo esquentou meu coração.

— Mimado, mamado, tudo a mesma coisa. Você quer receber, eu quero dar, assim vai.— ele soltou uma risada presa na sua garganta e eu acabei sorrindo, eu amava a espontaneidade dos sorrisos do meu homem, eu ganhava meu dia.


[...]

Duas semanas, eu estava trabalhando longe de Jimin a quatorze dias e posso dizer que superamos muito bem, meu secretário era Yoongi, que ficou super feliz com a oferta de não precisar ficar no meio de todo mundo e agora compartilhar de uma sala comigo.

Park e eu, como já sabíamos, não nos víamos com frequência no trabalho, passávamos um pelo outro, nos cumprimentávamos, às vezes eu mandava um beijo no ar pra ele, que fazia ele corar, também nos encontrávamos nas reuniões semanais de edição, me senti importante, mesmo tendo ido em apenas duas delas.

Nesse exato momento eu lia um rascunho muito mal traduzido e tentava concertar, fiquei animado por saber que mais tarde teria uma feira de livros para ir e eu, como coeditor iria no carro com Jimin, o que já poderia ser reconfortante para mim, mesmo sabendo que Min iria estar com a gente.

Nossa relação em casa continuava a mesma, víamos tevê, brincávamos um pouquinho, cozinhávamos junto e o sexo também era frequente.

— Viu o novo secretário do Jimin? — meu assistente pergunta descontraído enquanto comia uma rosquinha cheia de granulado colorido.

— Ele tem um secretário novo? — não me lembro de ter visto, ou ouvido ele comentar qualquer coisa sobre aquilo.

— Já faz uma semana, bom, que eu saiba, eles estão se dando super bem, parece que a chuva de piroca que você vem dando nele amoleceu o coração como chefe.— ele dá de ombros, realmente, eu ouvi dizer que o tratamento dele com os funcionários havia melhorado muito.

Sou foda.

— E quem é?

— Kim Jungwoo. Foi indicação do Namjoon, o menino tem mais méritos e medalhas do que você, nenê.— aquilo me soou como uma afronta.— Isso me faz refletir se ele tem vida social...

Eu conhecia de nome o garoto, quando tínhamos aquelas chamadas de atenção semanal o nome dele sempre vinha depois do meu, ele era bonito, e inteligente, uma versão minha só que ruinzinha.

— Você parece estar emburrado, ficou com ciúmes do seu noivo ter um assistente tão bonito e competente quanto você? Ou do seu ex-chefe arranjar alguém tão bonito e competente quanto você? — não contrate seu amigo para lidar com você, essa é uma dica preciosa.

— Já terminou seu trabalho? Por que está comendo? E se cair nos papéis? Abotoa esse último botão da camisa, ou você acha que isso é uma rave?

— Quando a gente pensa que se livrou do Jimin ele vem, se torna mais moreno e mais mandão.— reclamou mesmo sabendo que só falei aquilo para mudar de assunto, eu não iria ser um chefe como o Park foi para mim.

[...]

Na hora da feira de livros, meu noivo chegou meio distraído lendo uma tabela no tablet do assistente dele, eles pareciam estar conferindo alguma lista de coisas que iriam fazer, sempre fizemos isso então apenas calculei.

— Boa tarde Jimin.— sorri minimamente para meu namorado, que mesmo distraído e olhou para mim, pelo menos pareceu, já que não dava para afirmar nada com aquele óculos escuros dele.

— Olá sr. Jeon.— ele aperta minha mão formalmente.— Ah, esse é o sr. Woo, meu assistente.— mostrou o menino de cabelos pretos com a pele incrivelmente perfeita, semicerrei os olhos para o sorriso largo e nervoso que ele me deu antes de esticar a mão para um aperto.

— É honra te conhecer formalmente Sr. Jeon.— apertei a mão dele ainda analisando ele da cabeça aos pés.

Hm, é isso aí que está no meu lugar então?

Sr. Woo, ele tem a pele perfeita e é muito educado blá-blá-blá!

— O carro já está pronto, vamos? — Yoongi buzinou chamando nossa atenção.

[...]

Eu achei que o caminho seria agradável, mas não foi, Jimin disse que seria mais plausível eu e Yoongi irmos no banco da frente enquanto ele o senhor Woo ficavam banco de trás.

O que é mais plausível do que sentar ao lado do seu noivo enquanto seus assistentes ficam no banco da frente fingindo que não veem nada?

Além do mais, agora eu sou coeditor dele, quer mais que motivos que isso?

— Oh, o Sr. Park, você é muito organizado.— o novato falou impressionado, talvez eu tenha feito uma careta, por que Yoongi, que estava conduzindo, soltou uma risada baixa.

Organizado não, obcecado.

— Vocês dois aí na frente, se estão questionando o comentário dele na mente, irão sofrer minha fúria.— Jimin anunciou no banco de trás, bom, se ele sabe ler mentes por que não lê a lista de defeitos que eu já coloquei seu assistentezinho?

O pesadelo não tinha fim, o que eu pensava que seria oportunidade de ver meu noivo, se tornou apenas uma feira chata de livros para falar de trabalho e dar atenção e aconselhar o secretário, que parecia estar muito feliz.

Paramos para tomar café, pela primeira vez ele se sentou do meu lado e nossos assistentes a nossa frente, Yoongi mexia no celular e o Jungwoo olhava seu iPad parecendo ver algo de trabalho, Jimin também deu atenção ao seu celular, aquele homem me conhecia e sabia que eu estava olhando para ele, mas continuou dando atenção ao twitter.

— Então Woo, — puxei assunto — trabalha para o Park a quanto tempo?

— Uma semana.— ele larga o iPad e me dá total atenção.— Você foi assistente dele também, não é?

— Sim, agora eu sou só o noivo.— dei de ombros modesto, senti uma cotovelada fraca como chamada de atenção do meu namorado.

— Oh, vocês estão num relacionamento? — ele pergunta, opa opa opa, Jimin não falou?

— Não sabia? — apoiei meu queixo na palma da mão e coloquei o cotovelo sobre a mesa.

— Não, parabéns ao casal, ficam realmente bonitos juntos.— ele elogiou, ah seu garotinho perfeito, não sei se quero te matar, ou te adotar.

— Por que está tão interessado no meu assistente? — Jimin finalmente se manifesta, seu tom não parecia nem um pouco satisfeito.

— Por que eu não sei de mais nada né? Por que não me contou que tinha contratado alguém? — direcionei minha total atenção a ele.

— Olha Yoongi, marcadores de página autografados, vamos lá? — Woo percebeu o clima entre eu e meu namorado e quis dar privacidade, já Yoongi continuou olhando para nós dois interessado.

— Podem continuar, quero ver aonde isso vai dar.

— Vaza daqui.— Jimin mandou.

— Woo, espera, eu tenho uma coleção raríssima de marca páginas, quem sabe não encontro um item de colecionador? — se levantou e correu para longe de nós.

Quando estávamos sozinho, eu pensei em perguntar o porquê dele agir daquela maneira tão séria, na verdade, ele nem ao menos contou que era meu noivo.

— Eu contei.— foi a única coisa que ele disse.

— Contou o que? Que eu era seu noivo? Por que ele não parecia saber.— apontei para a cadeira onde estava o assistente.

— Não, merda.— ele rangeu os dentes, parecia que ia explodir de raiva, mas em meio segundo, respirou fundo e pensou muito bem no que iria dizer, se eu o conheço bem, ele queria a fala perfeita que me faria sentir culpado.— Eu contei que tinha um novo assistente semana passada, mas você ouviu? Não, você estava ocupado demais editando a capa do seu livro.

É, eu me senti culpado agora.

— Eu contei várias coisas, na verdade eu te mandei os currículos por e-mail e perguntei qual seria o mais qualificado pra ficar no meu lugar, mas você não me mandou resposta e quando chegamos em casa você fingiu que não viu.

— Eu não vi mesmo.

— E por que você não abre o e-mail do seu noivo? — cruzou os braços, ele estava devidamente furioso.

— O e-mail começava com "Ei, Gguk.." eu achei que era alguma sacanagem e fiquei com medo de abrir quando estava no trabalho, então resolvi fazer em casa, mas eu esqueci...

— Esqueceu, mas eu não. Esperei três dias por uma resposta, então decidi recorrer a outras opiniões, ele é um ótimo funcionário e me admira por alguma razão não aparente, ele não sabia que você era meu noivo e ia continuar sem saber, por que ele é meu funcionário e não meu amigo, ele não precisa saber da minha vida. Agora você, que deveria saber de tudo, não sabe de nada.

Eu achei que estávamos indo bem, mas pelo visto só eu estava, o estranho era que Jimin não tinha expressão e eu não consegui identificar como ele se sentia em relação a isso, o que eu falaria?

— Meu amor, me perdoa, isso é meio novo pra mim e eu fiquei sobrecarregado de coisas, você sabe, você também anda ocupado, achei que estávamos bem e, nós não falamos sobre isso.

Ele suspirou, parecia ter se rendido com meu pedido de desculpas, infelizmente era a única coisa que eu poderia fazer agora:— Foram duas e longas semanas, ficamos sobrecarregados de trabalho e você está se saindo muito bem como coeditor, muita gente já me elogiou por isso, não vamos nos preocupar com isso, tá? — ele se rendeu, achei que aquilo iria se tornar uma grande discussão entre nós, já que essa era a primeira pedra no caminho do relacionamento.

Eu estava tão preparado para me lamentar e chorar por todas as coisas que ele diria, mas ele falou só aquilo, não sei se fico feliz, ou triste.

— Te amo.— sussurrei.

— Eu sei, bobo.— ele sorri, eu retribui tentando superar o que acabou de ser dito por ele, claro que a culpa é toda e exclusiva minha, vou precisar fazer alguma coisa pra compensar depois.

— Te amo muito, muito, muito mesmo! — fiz um bico, ele sorri dando um tapinha fraco no meu rosto.

Para.— mandou com um sorriso no rosto, aquilo para mim era mais uma ordem para continuar.

— Me dá um beijinho, tchuquinho lindo.— fiz um bico, ele ri e afasta meu rosto.

— Tchuquinho lindo? — questionou divertido.

— É, tchutchuquinho! — fiz um bico de novo e selei nossos lábios num selinho, na verdade apenas unimos nossos sorrisos num só, ele tentou parar de rir, mas não conseguiu.

— Se afasta, estamos em público.— sussurrou.

— Só mais um pouquinho...— murmurei com dificuldade por não separar muito bem nossas bocas.

— É sério, sai.— se afastou me deixando com os lábios ao vento.— Eles estão voltando, aja como um profissional.— limpou a garganta e ajeitou os cabelos.

— Pegamos marca páginas.— Yoongi ironizou mostrando as faixas de papel sem animação nenhuma.

— Woo, você pode comprar um remédio para minha dor de cabeça, por favor? — Jimin pediu tirando dinheiro do bolso.

— Ah, eu já trouxe de casa, você reclamou tanto de dor de cabeça essa semana inteira que eu vim preparado...— tirou do bolso um frasco de remédio pequeno, mais uma coisa que ele não tinha me contado, ou pelo visto eu não tinha ouvido, então não me manifestei enquanto via ele ingerir comprimido goela abaixo.

Ele reclamou de dor de cabeça a semana inteira? Quanto tempo dormi?

— Por que não voltamos logo para acabar com isso? — Park pareceu implorar para que aquilo acabasse.

Depois que voltamos à ativa do trabalho, nem me importei com a atenção que Jimin não me dava, ele estava nitidamente debilitado para estar ali, era a primeira vez que eu o via mal, e era só uma dor de cabeça.

— Parece que acabamos, vamos? — Yoongi anuncia lendo todo o cronograma do iPad do assistente de Jimin.

— Vocês podem ir, eu vou levar o senhor Park num lugar.— avisei, todos ali pareciam surpresos com meu anuncio, inclusive meu noivo.

— Tudo bem.— meu assistente deu de ombros e puxou o tal Jungwoo.

— Quer ir no médico? — perguntei quando finalmente ficamos sozinhos.

— Não, é só uma dor de cabeça pelo estresse, nada demais.— negou, talvez algum tipo de modéstia, ou idiotice da parte dele, não sabia identificar exatamente.— Pede um táxi pra gente.

[...]

Fomos para o apartamento de Jimin, não trocamos muita palavras por que eu estava meio receoso com essa dor de cabeça frequente dele e ele continuou a negar dizendo que não era nada.

— Vou tomar um banho e dormir, você vai ver que amanhã vou estar perfeito de novo.— ele tira os sapatos, a casa do Jimin era que nem ele, elegante, chique e deslumbrante.

Eu pensei em cozinhar alguma coisa para ele, mas lembrei que também teria que praticar pois fazia só omelete e panquecas e nenhuma das opções vinham a calhar agora, optei por pedir comida tailandesa, que ele gostava bastante.

Quando Park saiu do banheiro, a comida já tinha chegado, seu rosto havia ganhado uma coloração normal e eu fiquei mais aliviado por isso.

— Pedi comida.— mostrei sua mesinha de centro com varias embalagens de comida.

— Não estou com tanta fome.— se sentou do meu lado secando os cabelos, ele vestia apenas uma bermuda e eu implorei pra colocar uma camisa, mesmo amando a visão, ele poderia estar prestes a pegar um resfriado e não queria abusar da sorte.— Por que não vai tomar um banho também? Tem roupa sua aqui.— olhou para mim da cabeça aos pés, eu ainda vestia a roupa que usei no trabalho.

— Já volto, amor.— dei um selinho nele e fui para o banho.

[...]

Quando voltei do banho que eu calculei ser o mais rápido da minha vida, fui direto para o sofá onde dei de cara com Jimin dormindo sentado.

Suspirei, ele parecia realmente mal agora, quando peguei seu corpo em meus braços pude perceber o calor acima do normal, não chegava a ser febre, mas peguei o termômetro para ter certeza.

Como eu pensei, uma febre de trinta e oito graus, deixei o remédio ao lado da cama e se eu sentisse que ele fosse piorar, o acordaria para tomar, mas por hora vou deixar ele dormir.

— Por que não me contou que estava tão mal assim por vários dias? — sussurrei baixinho, mesmo sabendo que ele não iria nem ouvir.

— Se eu te contar que contei umas três vezes sobre isso você vai ficar muito triste? — sua voz foi bem baixa, como se ele só estivesse sonolento e não dormindo.

Sim, eu fiquei muito triste.

Nesses dois anos, Park nunca ficou doente, bom, não que eu tenha visto, mas também se tivesse ficado eu não teria ligado, só que agora era diferente, eu me importava com ele, e mesmo com ele compartilhando disso comigo, eu fiquei imerso demais no meu novo cargo que nem pude ver.

— Você ficou triste? — Jimin abriu os olhos e me encarou, os olhos dele pareciam estar meio sem foco direito.

— Claro que fiquei, a culpa é minha.

— Minha imunidade baixa não tem nada a ver com você, amor, não se preocupa, aliás, é só uma febre, você sabe que nem bactérias podem comigo.— eu sorri fraco.

— Você é a melhor pessoa do mundo.

— Você consegue me superar descaradamente nesse quesito.

Aquela foi a primeira vez que ele me elogiou daquela maneira, e eu até gostei, mesmo sabendo que não era verdade, ele tinha se tornado muito melhor que eu naquele relacionamento.

Haviam várias coisas na minha cabeça, precisava consertar meu comportamento até o mês que vem, aonde iríamos nos casar e só de pensar em casamento eu já me lembrava que teria que morar nesse apartamento agora, não que eu não gostasse, era lindo, mas não sentia que fosse nosso, o meu parecia ser mais aconchegante, só que ele também não iria querer morar lá.

Ah, droga, tantas coisas para pensar.

— Eu já me sinto melhor.— ele remexe na cama com os olhos fechados, pareceu estar mais sonolento do que antes.

— Sei que não, — fiz um bico decepcionado — mas vai ficar.

— É, no final tudo fica bem, igual nós.








Esse capítulo equivale a uns dois.

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