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"Nem tudo depende do tempo, as coisas dependem também de uma atitude."

Ryan Evans estava diante de mim. Lindo, másculo e de farda. Merda, se tem uma coisa que eu acho lindo nesse mundo é um homem de farda, ele pode ser um frio, asqueroso e um bosta total, mas se ele colocar uma farda... pronto, resolveu o problema.

Minha cabeça doía demais, eu sentia dor no meu tornozelo esquerdo e eu tenho que bater palmas para mim mesmo por ser tão descuidada e desastrada. Atravessar a rua em uma noite chuvosa como essa é sinal de perigo, eu deveria ter aceitado a carona de Tony. Quando o universo falar comigo, eu tenho que aprender a escutar.

— Escute, está tudo bem! Nada que uns bons comprimidos para dor não resolva, não há necessidade de ir para o hospital.

— Você não está em condições de tomar decisões por aqui, eu sou a autoridade, portanto iremos ao hospital para que pelo menos me certifique que está tudo bem.

— Eu odeio hospitais...

Cochichei para mim mesma tentando levantar mas a dor aguda que senti na cabeça quase me fez desmaiar junto com a dor no tornozelo, fez com que me puxasse ao chão novamente, porém senti os braços firmes e grandes dele me segurarem numa rapidez que nem eu sabia que ele seria capaz de exercer.

O rosto perfeito dele estava perto, mas muito perto mesmo do meu que eu podia sentir o hálito de menta bater nas minhas bochechas. Droga, eu deveria estar vermelha feito um tomate, dei graças a Deus por estar de noite mas pude notar a barba ruiva por fazer, seus olhos verdes chamativos, então fui obrigada a desviar meu olhar por que se não eu começaria a babar bem na frente dele.

Sem dizer nada, ele me arrastou para a viatura comigo em seus braços sem respeitar a minha decisão e eu olhava aquela cena diante de mim chocada. Eu sei que ele é a autoridade por aqui, mas custava me deixar ir embora quietinha.

— Ei, o senhor ouviu o que eu disse? - falei brava.

— Porque eu ouviria você? Eu disse que irei levá-la ao hospital para que seja examinada e assim será, então faça o favor de não discutir comigo — eu já disse que ele é um grosso do caralho?

— Custa o senhor entender que estou bem? Apenas estava distraída!

— Mesmo? E o que fazia uma hora dessas na rua? — ele ignorou totalmente o que eu disse com sucesso.

— Eu trabalho a noite... — Falei muito baixo com receio do que ele possa pensar em relação a isso – E com todo respeito, policial, não é da sua conta o que eu faço da minha vida.

De relance vi suas mãos apertarem com força o volante até a ponta de seus dedos ficarem brancos, e eu não me sentia nem um pouco acuada com isso. Ele pode ser lindo, gostoso e intimidador, mas isso não me afeta nem um pouquinho, não mesmo.

— Você é petulante, mas uma respostinha estúpida dessa eu a prenderei por desacato!

— Ótimo, assim evitamos que o senhor me leve ao hospital! O que eu tenho que fazer? Pular em seu colo?

Vi as veias daquele pescoço atraente saltarem com a minha afirmação, e o diabo que habita em mim está me cutucando para continuar o provocando mas não sei se essa era um bom caminho, mas eu tinha que pensar em algo para que ele não me levasse ao hospital.

— Escute, estou apenas seguindo o protocolo. Eu atropelei você no meio da noite, está machucada, é tão difícil assim cooperar?

– Sim, custa! Eu não gosto de hospitais, tenho trauma, eu passo longe deles, então lhe peço com toda educação do mundo, leve-me para qualquer lugar, até para a sua delegacia se quiser, mas por favor, menos um hospital.

Ele nada falou, apenas seguiu o caminho em silêncio e eu agradeci por isso. A chuva caia mediana lá fora e eu só queria ir para a casa logo, sair da presença do homem que atormentou e a partir de hoje vai atormentar ainda mais meus pensamentos.

Percebi que ele seguiu um caminho diferente do hospital e dei graças a Deus por isso, mas alguns minutos depois, ele estacionou em uma delegacia, e era a principal da cidade já que haviam várias viaturas estacionadas.

Tentei descer do carro com cuidado já que meu tornozelo doía demais e eu já estava prevendo que no outro dia eu andaria mancando. Que ótimo! Em questão de segundos Ryan estava na minha frente bombando músculos com os braços em minha volta.

Mas que merda, por que ele tinha que ficar tão perto assim? E o perfume! Socorro que delícia, sabe aquele perfume de homem gostoso? Então... e posso afirmar que não estou olhando para a boca dele é pior, quero muito estar alucinando de que ele não está olhando para a minha boca de volta.

— Tudo bem, eu posso andar sozinha — falei na tentativa com que ele se afastasse de mim.

— Nem você acredita nisso — Sempre com respostas, ui que ódio!

Fomos andando para dentro da delegacia com o braço musculoso dele em volta da minha cintura. A sensação que ele estava carregando uma pluma em seus braços era nítida, já que ele era muito mais forte e mais alto que eu.

A delegacia estava silenciosa, por conta de poucas ocorrências naquela noite mas haviam alguns policiais fazendo a ronda. Assim que adentramos, um ruivo alto que estava sentado na recepção olhou em nossa direção com os olhos arregalados.

– Delegado, aconteceu alguma coisa? Posso ajudar em algo? — o moço disse vindo em nossa direção.

— Prepare o consultório — Ele disse autoritário.

— Agora mesmo.

E o ruivo desapareceu das nossas vistas e continuei sendo carregada por um braço só fazendo o mesmo caminho. A dor no meu tornozelo estava cada vez mais aumentando, mas eu estava conseguindo aguentar. Eu só precisava sair do braço dele e ficar longe do seu cheiro inebriante.

Merda, por que ele tinha que aparecer agora? Eu fui madrinha do casamento de Isabelle com ele e foi só aquilo, eu tinha certeza que nunca mais o veria e cá estou eu, mancando dentro da delegacia dele.

Entramos dentro do consultório e o ruivo recepcionista continuava ajeitando as coisas enquanto o delegado arrogante gostoso me conduzia para uma maca.

— Quer ajuda, delegado? — o ruivo veio em minha direção já tocando meu braço.

— Não toque nela! - o grito dele foi tão forte que assustou a mim e o ruivo — Pode deixar comigo, só saia e feche a porta.

Nos próximos segundos eu vejo o recepcionista sair fechando a porta me deixando totalmente sozinha e vulnerável perto de Ryan Evans todo glorioso e foi o tempo deu piscar e as mãos dele estavam na minha cintura me fazendo gritar de susto, até ele me por sentada na maca com ele bem no meio das minhas pernas.

Eu juro por Deus que eu não queria ficar excitada e molhada, mas ele não está cooperando em nada. Mas não tem como isso acontecer quando se tem um loiro castanho de barba por fazer, com olhos penetrantes, usando uma farda bem pertinho de mim.

Cacete, eu só queria ir para casa agora!


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Olá, fiquem atentas que postarei essa história aqui!

Beijos e até a próxima!

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