3. The Magic Of The Fairy

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Finalmente o tão aguardando encontro. Veremos. Oh tente imaginar Jimin com muitas cicatrizes, realmente feio. As pessoas tinham medo dele.
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- Oi, Jungkook! Jin teve uma reunião com Namjoon esta manhã. - Soobin cumprimenta Jungkook quando esse entra no banco para verificar o trabalho do dia. - Ele me disse para avisar que há um trabalho de reparo.

- Isso é tudo? - Jungkook pergunta.

- Sim. - Soobin confirma. - Mas Tae e Yeonjun já entram e foram fazer.

Jungkook assente.

- Então Taehyun e eu voltaremos para a loja mais cedo.

Soobin assente.

- Também me pediram para lhe dizer para parar no mercado. Acredito que um pedido por um conjunto de sela e freio foi entregue a eles para você.

Enquanto os pedidos de reparo são deixados no banco para que Jin e seu pai, Hajin, possam acompanhar aqueles que precisam de ajuda em suas terras, os pedidos de mercadorias sempre são deixados no mercado para os Jungs. Hoseok e seu pai, e ocasionalmente a mãe de Hoseok quando ela não está na padaria, entregam mantimentos por toda a cidade e tem uma relação de trabalho com quase todos os comerciantes, passando pela maioria deles diariamente. Isso criou um sistema eficiente para enviar pedidos a eles, em vez de as pessoas passarem nas lojas podendo os comerciantes nem estar lá ou quando as pessoas simplesmente não têm tempo suficiente para visitar a loja. Este é frequentemente o caso de Jungkook com sua oficina tão longe do movimentado centro da cidade.

- Obrigado por me avisar, Soobin. - Jungkook assegura ao jovem. Soobin ainda é jovem aos vinte e dois anos, mas olha para Jin com os olhos arregalados. Ele faz o possível para igualar a eficiência de Jin e se portar com a confiança de um homem mais velho. Jungkook admira que Soobin, em vez de tentar bajular Jin, faz o possível para impressioná-lo com trabalho duro. Jungkook também sabe que funciona e que Soobin é o funcionário favorito de Jin em sua equipe, embora ele nunca mostre favoritismo a nenhum deles. - É o início do ano para um pedido.

Soobin assente em compreensão, já familiarizado com as tendências de negócios da maioria dos comércios.

- Eu acho que Jackson, uh, Dr. Wang já está pedindo os itens para o aniversário de sua irmã no outono.

A irmã mais nova de Jackson tem quatorze anos e é adorada pelo irmão. Ela nasceu muito depois de Jackson e foi uma surpresa total para a família. Jungkook não ficou muito surpreso com o pedido, pois ouviu dizer que a garota havia se interessado por passeios a cavalo.

- Com certeza passarei por lá para ver Hoseok, então... - Jungkook assente. - Saudações a Jin e tenha um bom dia, Soobin.

- Você também, Jungkook.

Encontrando-se com Taehyun, eles rapidamente param na movimentada mercearia dentro do mercado e Hoseok apenas chama sua atenção por um momento antes de pegar a carta com o pedido e entregá-la a Jungkook.

- Minha mãe pediu que você passar na padaria antes de ir também. - É tudo o que ele diz antes de voltar para preparar o pedido da Sra. Chan.

Jungkook e Taehyun se movem cuidadosamente pela multidão até o balcão da padaria. Nele estão expostas dezenas de diferentes pães, bolos e tortas. Hoseok assa quase todo o pão da padaria, mas sua mãe é a mestre padeira da família. Jungkook nunca havia experimentado nada que saísse de seu forno que não fosse excelente.

Eles esperam ao lado por um momento enquanto a mãe de Hoseok e sua assistente, Suah, embalam os pedidos dos clientes. Jungkook sorri quando vê os olhos de Suah passar por ele e ela vai até eles, pegando uma caixa no caminho.

- Não esperávamos estar tão ocupados agora, mas a sinhá preparou isso para vocês dois almoçarem hoje. Obrigado por consertar o batente da porta na semana passada.

- Ela já nos pagou, mas vamos parar mais tarde para agradecer e elogiar o que quer que esteja aqui, tenho certeza. - Disse Jungkook enquanto Taehyun pega a caixa de Suah.

- Sabe, segui seu conselho e tentei ser mais ousada. - Continua Suah. - Ele ainda não me convidou para sair à noite.

- Eu disse que se você quiser passar uma noite com Hoseok, você mesmo terá que convidá-lo. - Esclarece Jungkook. - Ele não aceita insinuações. Você terá que soletrar para ele. Lentamente. Com palavras pequenas.

- Eu ainda acho que uma dama convidando-o para um passeio noturno pode assustá-lo.

- Ah, faça isso. - Taehyun insistiu. - Hoseok adora ficar com medo.

- Jung Hoseok se encolhe com barulhos altos. - Suah responde, os olhos brilhando.

Jungkook assente.

- Você seria a corajosa no relacionamento. Mas você não pode me culpar se não seguir as instruções. Não vou ser criticado por palavras que não disse.

- É justo. - Ela concorda. - Eu tenho que voltar ao trabalho. Pare e veja a sinhá mais tarde.

Eles se despedem e se viram para sair do mercado lotado.

A viagem de volta para a casa de Jungkook é fácil, o sol substituiu a chuva do dia anterior, mas o calor ainda não voltou. Jungkook rapidamente coloca a caixa, que ele viu que tem duas lindas tortas de frutas, no armário frio de sua pequena cozinha.

Enquanto Taehyun continua com as ordens de reparo, Jungkook começa a cortar couro e madeira para a nova sela. Jackson deu muito tempo para sua conclusão, mas Jungkook sempre acreditou que um trabalho apressado termina em um trabalho de má qualidade. Ao contrário de ontem, onde os dois conversavam com frequência, Jungkook e Taehyun trabalham em um silêncio sociável. Eles quase trabalham durante o almoço mas o som da carroça de entrega de Hoseok os trás de volta de sua concentração.

No final de cada semana, Hoseok cavalgava para fora da cidade, pela estrada que leva à casa de Jungkook e à floresta. Ele pegava uma carroça grande e sempre saía com entrega da mercearia. Todas as semanas, sem falta, fazia a viagem a cavalo, mas na época da colheita andava sempre de carroça. Ele viajava por algumas horas e, quando voltava, entregava as compras e trazia uma carroça cheio de produtos frescos para a cidade, às vezes uma carga enorme que Jungkook jurava que cairia da carroça. Hoseok nunca disse a ninguém para onde estava indo, apenas dizia que era uma entrega para um cliente na floresta, o que, claro, era óbvio.

Jungkook sabe que há muitas pessoas que escolheram morar fora da cidade, que raramente viajam sozinhas. Ele acha que é problema deles se eles querem permanecer privados. Afinal, quem é ele para julgar quando ele mesmo mora tão perto da floresta. Ele consegue entender o sentimento.

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Pela manhã, Jungkook se levanta e se prepara para o dia lentamente.

Era o primeiro de dois dias em que ele e Taehyun frequentemente não iam trabalhar do trabalho quando as encomendas e os reparos eram lentos. Ele ia até o banco para verificar se havia reparos na cidade, mas fora isso, os dois ficavam longe da oficina (loja) e, em vez disso, trabalhavam nas tarefas que precisavam ser feitas na casa. Para Jungkook, isso significava lavar roupa ou limpar seus cavalos com mais cuidado na maior parte do tempo. Jungkook mantinha a casa arrumada de qualquer maneira, não gostava de bagunça, e limpava as baias de seus cavalos todas as noites para que os dias acabassem sendo bastante relaxantes para ele.

Hoje Jungkook está se preparando para selar seu cavalo, Poppy, para ir até a cidade quando ouve o barulho de cascos se aproximando e a voz de Tae chamando.

- Jungkook! - Tae berra. - Você ainda não acordou? Está um lindo dia!

Jungkook sai do celeiro onde sela seus cavalos e acena para seu amigo.

- É mais provável que você durma um dia inteiro. O que você está fazendo aqui?

- Venho para convidá-lo para dar um passeio pelas trilhas. Não há nada no banco e é um dia lento no celeiro, então papai me mandou passar um dia fora. Vamos para a floresta aproveitar este clima bonito antes que esquente o suficiente para me fazer chorar e implorar por neve.

Tae odeia clima quente.

- Eu suponho que você pode me convencer. Deixe-me terminar de preparar Poppy e expulsar Ivy.

- Eu cuido de Ivy. - Tae diz, descendo de Duke. - Quero dar uma olhada na boca dela para ver como estão as cicatrizes. - Quando Ivy era um bebê, ela tinha Wolf tooth (dentes de lobo) que a irritavam quando treinava as rédeas. O trabalho era muito avançado para Tae, então Jungkook a levou para Malkeum para cortá-los. Tae ficou fascinado com o procedimento, verificando sua boca de vez em quando.
(*Pequenos dentes semelhantes a pinos, que ficam bem na frente dos primeiros dentes da bochecha de cavalos e outros equídeos.)

Com Ivy solta, e Poppy com a sela e rédeas favoritas de Jungkook, que ele fez especificamente para ela com pequenas esculturas cuidadosamente tingidas de vermelho escuro, os amigos montam e seguem para a trilha na floresta, Tae ansiosamente contando a Jungkook sobre como ele adoraria visitar o veterinário na cidade vizinha para aprender mais com ele por um longo tempo.

Eles passam um dia agradável e bonito, deixando seus cavalos decidirem sua velocidade e conversando sobre suas semanas. Eles gostavam de fazer pelo menos uma curta viagem a cada duas semanas, mas os verões tendem a ser agitados para Tae e os dois não puderam sair no último mês.

Quando o sol está alto, eles ouvem outro par de cascos virando a esquina apenas para encontrar Yeonjun.

- Uma das éguas do Sr. Jeong deu um passo ruim. - Diz Yeonjun depois de acenar para Jungkook. - Receio que possa ser uma perna quebrada.

Jungkook faz uma careta. Uma perna quebrada em um cavalo nunca é uma coisa boa, em muitos casos Tae conseguiu com que a pessoa deixasse a perna curar, em vez de derrubar o cavalo. Se Yeonjun veio buscar Tae, é provável que o jovem ache que eles conseguem ajudar o cavalo. O Sr. Jeong gosta muito e cuida de todos os seus animais, mesmo que suas ovelhas sejam principalmente para o mercado.

- Eu vou ter que voltar então. - Tae fala, virando-se em sua sela para Jungkook. - Você vem também?

Jungkook sorri e vira o rosto para as folhas acima.

- Acho que vou pegar outra trilha antes de voltar. Espero que você possa ajudar o cavalo. Voltarei para saber mais detalhes à noite.

- Vamos conversar mais tarde então. - Tae concorda, virando-se para se juntar a Yeonjun na volta. - É a perna dianteira ou traseira?

- Frente à esquerda. Coitadinho ainda está determinado a andar.

- As pernas dianteiras são mais fáceis de curar, certamente. Tentar continuar andando pode ser um problema...

Jungkook ouve enquanto suas vozes ficam mais fracas na trilha, então se vira e toma outro caminho um pouco mais fundo na floresta. Ele e Tae tendem a não pegá-lo com tanta frequência, pois é mais estreito e eles gostam de ficar um ao lado do outro para conversar. Essa trilha cabe confortavelmente na largura de um cavalo e é principalmente, Jungkook presume uma maneira conveniente de atravessar a floresta, e não para caça ou prazer como a maioria das trilhas que passam por Pyeonghwaloun.

Jungkook facilita Poppy em uma caminhada vagarosa, não sentindo vontade de voltar para casa para suas tarefas, ele terá todo o dia seguinte também. Ele está ansioso para ler um pouco mais de seu livro atual e começa a imaginar a decisão do caçador sobre se deveria ou não matar o cervo.

Fazendo uma curva fechada ao lado de um denso conjunto de árvores, Jungkook se assusta ao se deparar com uma figura curvada ao lado da trilha. Poppy mal se assusta, mas volta suas orelhas aguçadas para a figura que também parece estar assustada com a presença deles.

- Me desculpe. - Jungkook começa. - Eu não queria assustá-lo. Não estou acostumado a encontrar pessoas na floresta.

A figura fica imóvel como se pensasse que não será vista se não se mover.

- Está tudo bem. - Diz a pessoa. - Eu ouvi você chegando.

Ele usa um grande manto escuro com o capuz levantado. Jungkook acha isso estranho no calor do verão, mas opta por ignorar. A pessoa se levanta e revela um falcão deitado no chão, uma asa aberta parecendo enfraquecida.

- Está machucado? - Jungkook pergunta, desmontando. - Pena que meu amigo voltou para a cidade. Ele poderia ajudar. Você acabou de encontrar?

- Sim. - Diz a voz calma novamente. A pessoa recua quando Jungkook começa a se aproximar, então para abruptamente. Algo no movimento faz Jungkook entender que, quem quer que seja, está com medo.

- Meu nome é Jeon Jungkook. - Ele se apresenta, esperando tranquilizá-los. - Sou o seleiro em Haean. Qual é o seu nome? - Ele se inclina um pouco para frente para tentar ver sob o capuz, mas a pessoa se viram para mais longe.

- Estou apenas recolhendo o falcão para levá-lo para casa. Vou cuidar dele lá.

Jungkook coloca seu sorriso mais reconfortante.

- É longe? Você vai precisar de alguma ajuda? Eu sou bom com animais, especialmente os doentes. Meu melhor amigo, Tae, cuida de qualquer um que precise. Eu aprendi com ele como lidar com eles, especialmente quando eles estão assustados.

- Eu vou ficar bem. - A voz diz mais rapidamente com um pouco mais de força por trás dela. - Você não tem que ajudar. - Ele se vira ligeiramente para Jungkook, que agora consegue ouvir que é com um homem que ele está falando, mais novo pelo som dele. - Você não tem que ficar. - Ele se ajoelha novamente, puxando um pano de sua bolsa para envolver o pássaro para carregar.

A maneira como o homem encapuzado responde faz Jungkook hesitar. Sua voz está cheia de pesar e tristeza fazendo Jungkook querer oferecer conforto.

Jungkook se aproxima um pouco mais, tomando cuidado para não assustar o falcão que se digna a ser embrulhado.

- Você é um daqueles que vivem sozinhos na floresta? Não está acostumado com visitas?

O homem faz uma pausa em seus cuidados e Jungkook olha para suas mãos, marcadas e disformes. Ela foi queimado? Foram cortes? Elas também não parecem para Jungkook. Quando o homem percebe que Jungkook pode ver sua pele, ele leva um momento para sacudir um pouco as mangas de sua capa, de modo que apenas seus dedos fiquem visíveis.

- Eu incomodo a maioria das pessoas. - É a resposta sussurrada.

- Você incomoda? - Jungkook pergunta. - E por que isto?

O estranho ajusta o capuz e se levanta, o pássaro enfiado debaixo do braço, a asa cuidadosamente dobrada no lugar. Ele se vira para Jungkook e lentamente permite que parte de seu rosto, a metade inferior, seja vista. O mesmo tipo de cicatriz cobrem uma mandíbula bastante delgada e uma boca pequena com lábios carnudos. Ele gesticula vagamente em direção ao rosto como uma resposta. Porém, parece estar esperando por algum tipo de reação.

- Você não me incomoda. - Jungkook responde, sinceramente. Ele entende, no entanto, quantas pessoas podem reagir ao ver tais cicatrizes e pele manchada. Desgosto, pena e certamente falta de vontade de fazer contato visual. - Meu amigo está estudando medicina veterinária. Ele pode ajudá-lo com o falcão. Sério. Eu só posso trazê-lo amanhã porque ele está ajudando um cavalo com uma perna quebrada hoje.

Enquanto fala, o estranho começa a recuar.

- Não. - Ele insiste fortemente. - Não, por favor, não diga a ninguém que estou aqui. O único que sabe é o dono da mercearia e eu quero manter isso assim. Por favor.

Jungkook faz uma pausa.

- É você quem dá a Hoseok os produtos que ele leva todas as semanas para distribuir aos habitantes da cidade?

O capuz escorrega um pouco quando o homem assente.

- Então eu darei a você os agradecimentos da cidade. Isso os ajuda muito. - Jungkook não sabe por que, mas resolver o mistério sobre de onde vinham as frutas e vegetais todas as semanas é uma maravilha, sabendo que vem desse homem tímido que também cuida de animais selvagens feridos.

O homem continua a recuar.

- Tenho que ir. Não quero que o falcão fique desconfortável por mais tempo.

- Eu sei que você provavelmente não deseja isso, mas espero que possamos nos encontrar novamente. - Diz Jungkook, tentando transmitir o quanto ele quer dizer isso. Algo lhe diz que essa pessoa é alguém que ele quer conhecer. Ele sente uma imensa atração por ele, mas não se tornará arrogante com um estranho.

O homem encapuzado hesita por um momento, então se vira para seguir o caminho.

- Adeus, Jungkook.

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Jimin deixa o portão aberto por enquanto para se concentrar no falcão. Ele passa por sua grande horta e árvores frutíferas até a meia dúzia de currais que montou quando decidiu cuidar dos animais que encontrou.

Trinta anos e pouco conhecimento de como cuidar de tudo adequadamente deixaram a propriedade Sumgyeojin em mau estado, embora Jimin estivesse bem ciente de que a construção inicial e a manutenção sob o cuidado de seus avós e pais foram o que a deixou tão robusta quanto era. Ele não teve coragem de ligar para a cidade para pedir a alguém que viesse ajudar. Ele sabia que a equipe que costumava cuidar da mansão ainda morava em Haean.

Os currais que ele conseguiu montar eram onde residia a maior parte de seu esforço. Ele não era bom em construção, mas para os animais deu o seu melhor.

Abrindo a porta de um dos currais, Jimin cuidadosamente deposita o falcão dentro e o desembrulha. O falcão obviamente havia sido atacado de alguma maneira, provavelmente em uma briga com outro falcão. Ele tem um corte na barriga, mas felizmente a asa parece ilesa. Jimin não perdeu tempo lá na floresta, ele usou um pouco de água para limpar a ferida e aplicou um pouco de pomada para prevenir infecções. A pomada veio de um pedido feito a Hoseok alguns anos atrás. Jimin não sabia como fazer a sua própria, mas Hoseok disse que sabia onde conseguir. Ele trouxe uma boa quantidade de sua viagem dizendo que era a que Taehyung usava. Jimin se pergunta se este "Tae" é o mesmo homem que Jungkook havia mencionado. Ele estava terminando de tratar o falcão quando Jungkook apareceu.

Jimin fecha o cercado, trancando a porta, e respira fundo.

Fazia muito tempo que Jimin não falava com ninguém além de Hoseok. Muito tempo desde que ele conheceu alguém tão amigável. Jungkook viu suas mãos e não exclamou horrorizado. Jimin foi ousado e permitiu que ele visse parte de seu rosto, testando-o, mas Jungkook não parecia se importar.

Mas naquele momento Jimin colocou os olhos em Jungkook. Ele era lindo. Pele lisa e impecável. Olhos arregalados e curiosos. Alto e de costas retas.

Jimin se sentiu inútil. Ele se sentiu muito envergonhado por um homem tão bonito ver partes de seu corpo feio e amaldiçoado. Mesmo que o homem mal tivesse reagido a isso. "Você não me incomoda". Ele disse isso com tanta certeza. Como se ele quisesse dizer isso.

Jimin volta para o portão, uma das três entradas para o terreno e a única que não está acorrentada o tempo todo. Ele tranca o portão e se vira para voltar para a mansão. Ele pensa no que Jungkook disse, 'que esperava que eles se encontrassem novamente' e em como ele anseia e teme a ideia de encontrar alguém que não seja o dono da mercearia.

A única pessoa que ele vê é o alegre e gentil Hoseok, que vem toda semana, não importa o tempo. Hoseok é a única pessoa que sabe como ele é e concordou em manter seu segredo. Antes disso, havia sido o pai de Hoseok, embora o Sr. Jung nunca tivesse posto os olhos nele. Isso teria sido desastroso. Afinal, o homem se lembraria dele. Embora Jimin não conhecesse o dono da mercearia naquela época, exceto para acenar, o homem certamente o reconheceria, mesmo que apenas pelas histórias que certamente foram contadas. Então ele assumiu a identidade de zelador e ficou sempre coberto. Jimin se perguntou se o homem já havia suspeitado. Funcionou bem o suficiente por todo esse tempo. Mas então, um dia, Jimin escorregou e Hoseok viu seu rosto. E pela primeira vez, alguém não olhou para ele com nojo.

Ele não sabia se o olhar de pena de Hoseok era melhor ou pior.

Hoseok fez muitas perguntas e Jimin respondeu poucas. Mas, pouco a pouco, Hoseok se acostumou com a aparência de Jimin, e Jimin parou de se preocupar em levantar o capuz perto dele. Hoseok foi leal em manter seu segredo. Muitas vezes ele ficava para conversar um pouco e contar a Jimin algumas histórias do que acontecia na cidade e Jimin ouvia tudo, grato pela companhia de Hoseok pelo pouco tempo que ele estava ali. Ele percebeu o quanto sentiu falta disso nos trinta anos em que não teve ninguém, exceto as curtas viagens do pai de Hoseok, e essas somente depois que ele não conseguiu cultivar comida suficiente para si mesmo nos primeiros dois anos. Esgueirando-se para a cidade de manhã cedo, caminhando pela trilha da floresta à noite, ele pegou o dono da mercearia antes de abrir e fechou um acordo para as entregas.

Jimin empurra a entrada para funcionários ao lado da mansão e entra na sala, deixando os sapatos e pendurando a capa. Ele vai para a cozinha e olha para a comida na mesa. Jimin tenta se lembrar da última vez que comeu. Certamente não hoje e ele acha que também não no dia anterior. Ele ainda está tentando ser melhor. Ainda tentando ser bom o suficiente. Embora ele não saiba por que isso ficou com ele, dada a sua aparência agora. Ele ainda quer ser digno.

Jimin coloca uma panela no fogão que ainda contém algumas brasas e joga uma madeira seca no fogo. Ele usa sua madeira com moderação, pois está sobrecarregando a pouca força que tem para cortar a madeira e trazê-la de volta para a mansão. Ele faz o possível para fazê-lo pouco a pouco durante o verão para ter o suficiente para a lareira da biblioteca no inverno para mantê-lo aquecido durante as noites.

Pensamentos sombrios circulam em sua cabeça trazendo lágrimas aos olhos. Você não precisaria usar a madeira se não comesse com tanta frequência. Mas ele também sabe que é ruim desistir. Ele não quer que Hoseok o procure um dia e encontre apenas seu corpo. Ele não pode fazer isso com Hoseok. Então ele tem que comer pelo menos o suficiente para continuar. Ele divide com cuidado.

Hoseok sempre perguntava por que ele não pedia mais comida a cada semana, mas ele conseguiu convencê-lo de que guardava bastante de seu jardim para si mesmo e às vezes armava armadilhas na floresta. Ambas mentiras. Todos os produtos que ele cultivou foram para a cidade. Ele sentiu que era a única maneira de retribuir, tentar apoiar as pessoas que perderam seus empregos por causa dele todos aqueles anos atrás.

Jimin corta uma pequena porção da carne de veado que Hoseok havia trazido no dia anterior e joga na panela aquecida, então puxa um prato de metal do armário. Ele prefere esses do que os de porcelana. Esses não quebravam com tanta facilidade e são mais facilmente limpos. Ele lava uma cenoura e corta parte dela, empilhando os pedaços em um prato. Ele puxa algumas folhas de alface e as coloca no prato para embrulhar a carne, em seguida, vira a carne para cozinhar bem, com as mãos tremendo ao fazê-lo. A refeição é muito grande e ele sabe que seu estômago irá doer com ela, mas ele ficou tonto enquanto carregava o falcão e sabe que tem que forçar a engolir.

Ele tira a panela do fogão e a substituiu pela chaleira, ainda meio cheia de água, para ferver um pouco de chá de menta para ajudar no estômago. Ele cuidadosamente enfia uma faca na carne, o estômago revirando de fome e náusea, e deixa a gordura escorrer antes de movê-la para o prato para cortar. Assim que o chá termina, ele leva o prato e a xícara para a menor das mesas da cozinha e come lenta e deliberadamente, mandíbula cerrada, lágrimas no rosto enquanto luta para engolir a comida. Comida que ele acha que não merece.

Enquanto toma seu chá, ele pensa em Jungkook, de quem ele ouviu Hoseok contar algumas histórias. Jungkook, que era gentil e prestativo conforme contado por Hoseok. Jungkook, que não se encolheu ao ver ele (JM). Jungkook, que era tão impressionante de se ver, que deixou ele (JM) sem fôlego e o fez sentir como se não tivesse o direito de seguir a mesma trilha que ele.

Jimin bebe seu chá com lágrimas que parecem nunca mais acabar e tenta decidir se ver Jungkook novamente é algo que ele deseja ou teme.

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Espero que esteja gostando da história. Vimos o encontro de Jimin e Jungkook e como ambos se sentiram atraídos um pelo outro. Também vimos que as palavras de Junseo afetaram profundamente Jimin e ainda afeta.

Que assistiu o filme A FERA?


Essa história me lembra desse filme. Um encantamento que deixou a pessoa feia. Então tente imaginar o JM mais ou menos assim. Ele não é careca. Mas tem cicatrizes horríveis pelo rosto e corpo. Como JK falou parecia queimadura ou cortes. Então deve ser muito feias, afinal fizeram as pessoas fugir por medo. Se deu medo, então não é uma ou duas. Ok. É realmente algo assustador.

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