Capítulo 17 - Cuidado com os frios
O dia que todos estavam esperando e tinham se preparado havia chegado. Assim como as visões de Alice mostravam, o exército de recém-criados que estava dominando Seattle estava já na floresta, prontos para encontrarem Bella e acabarem com a vida da Swan.
Guiados propositalmente pelo cheiro do sangue da garota, do qual era uma armadilha, os vampiros corriam desenfreados pela mata sendo ainda mais impulsionados pelo sangue de Joy em meio de algumas folhas.
A ideia havia partido de Jasper, que ao notar que somente o cheiro de Bella poderia não ser atrativo suficiente, recomendou que Joy fizesse parte da armadilha. A princípio, Paul não gostou da ideia, mas com a garantia de que iria ficar perto da sua amada o tempo todo e que o cheiro dele mascarava onde ela estava de fato, acabou cedendo a ideia.
Claro, com um leve empurrão e chantagem emocional da ninfa.
O clã de recém-criados entrou na clareira, logo em seguida, os lobos entraram em ação. Sam, indo na frente, apenas olhou para os seus companheiros e para a ninfa em um claro sinal e ordem por meio de seus olhos: CUIDADO!
Paul trocou um rápido olhar com Joy, e a ninfa apenas piscou de forma divertida para ele antes de se lançar no ar, e pousar com nenhuma suavidade em cima de um vampiro enquanto arrancava a sua cabeça.
Por Alice ter arranjado uma roupa especial de couro que a mordida de um vampiro demoraria a chegar em sua pele, a garota se sentia mais confiante enquanto matava e lutava, agindo não apenas em conjunto com a matilha, mas também com os Cullens.
E de longe, somente por um vislumbre, notou que Victoria parecia horrorizada com seu plano dando errado.
A ninfa encarou a vampira ruiva em desafio, sabendo que ela poderia lhe encarar se quisesse, mas a mulher continuou correndo para as montanhas e então ela soube: Bella era o principal alvo.
O que lhe deixou aliviada e ao mesmo tempo, aflita pela humana.
Por alguns instantes, Joy foi derrubada no chão e antes que pudesse raciocinar, sentiu que o vampiro havia sido tirado de cima dela por Alice, que lhe ajudou a levantar.
— Bella estará bem com Edward e Seth, concentre-se aqui — pediu a Cullen e a ninfa concordou.
De longe, Joy pôde ver que Paul estava com problemas, mas antes que chegasse lá, Emmett o ajudou e isso pareceu ser um ponto de trégua na briga que ambos tiveram na fronteira um tempo atrás.
Pouco a pouco, o exército de recém-criados foi acabando até restar uma grande fogueira com seus restos mortais, apenas para que não tivessem chance de retornarem dos mortos, e Joy notou que somente uma jovem vampira havia ficado ali. Ainda com receios, ela se aproximou da garota ao notar que não oferecia perigo.
Na verdade, a vampira parecia com medo.
— Oi, qual seu nome?
— É Bree — respondeu, em tom baixo — Você... por favor, não chega perto.
— Não vou te fazer nenhum mal — disse a ninfa.
— Mas você cheira tão bem, estou com medo de eu te fazer algum mal — desabafou a menina, e Joy compreendeu.
— Espero que possamos ser amigas depois — calorosamente, a ninfa sorriu e Bree abriu um leve vestígio de sorriso também antes que ficasse tensa novamente com a garganta ardendo.
— Joy, precisa ir — disse Jasper, olhando para a ninfa e os lobos — Os Volturi estarão aqui, e não será bom para eles te encontrar.
— Quanto tempo?
— Tem dez minutos, talvez menos — Alice respondeu.
A garota notou que Edward havia retornado com Bella, ambos em segurança, e não resistiu ao ir abraçar a humana com força.
— Você tá viva e... isso é um corte? — perguntou vendo o braço da Swan — Se cortou com uma pedra! Você gosta de tentar se matar, hein? Nunca vi alguém igual.
— Estou bem, foi pra ajudar o Edward e o Seth — Bella respondeu, um pouco constrangida sob o olhar que Joy lhe lançava — Não me olhe assim.
— Ok, mas se cuide. Tem que parar de arranjar confusão, se bem que parece difícil pra você, flertando com o perigo todo o tempo.
Bella concordou, meio constrangida, e quando Joy se virou, viu que um vampiro saia meio cambaleante de trás das pedras que havia na clareira. Leah, vendo que poderia matá-lo, acabou indo ao ataque, mas a cena logo se transformou em outro percurso.
— LEAH, NÃO! — gritou Joy ao ver que o vampiro tinha os braços em torno do seu pescoço, pronta para esmagar.
Jacob Black, o lobo que estava mais perto, retirou o vampiro de cima da Clearwater, mas isso lhe custou costelas quebradas e esmagadas, fazendo esganiçar de dor e voltar a forma humana.
Correndo o mais rápido que podia, Joy logo avaliou que o rapaz tinha as costelas do lado direito praticamente na forma de farinha pela força que o vampiro colocou. Carlisle trocou um rápido olhar com a ninfa, sabendo que a situação poderia se agravar se não fosse prontamente socorrido.
— Não irei conseguir agora, você pode amenizar a dor dele?
— Claro!
As mãos de Joy foram para as costelas de Jacob, e ela concentrou seu poder ali, para servir como bálsamo até que o verdadeiro tratamento continuasse. Olhou rapidamente para ver se tinha algo externo, mas era tudo interno, o que dificultava ainda mais.
— Jacob, seu idiota! Eu tinha o controle! — brigou Leah, que foi prontamente repreendida por Sam por aquele não ser o momento.
Com cuidado, a matilha pegou Jacob de uma forma que ele poderia ser transportado sem dor, e rapidamente saíram dali antes que os Volturi chegassem para piorar a situação.
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Os gritos do Black eram ouvidos de longe. Joy atuava como auxiliar de Carlisle com ervas e outros medicamentos naturais que em conjunto com a medicina que o vampiro dominava, tentava tornar o processo de cura mais rápido.
— Vamos ter que colocar ele pra dormir — disse a garota vendo que após Carlisle quebrar os ossos para colocar de novo no lugar, tinha feito com que Jacob gritasse ainda mais.
— Não, ele acordado é melhor do que dormindo. Seus genes estão curando muito rápido, e eu estou quase acabando.
— Vou fazer um chá para ele e umedecer algumas toalhas em um soro.
— Por que está fazendo isso? — a voz do rapaz, baixa pela dor, perguntou para a ninfa — Eu nunca fui legal com você.
— Você é da matilha Jacob, e eu considero a matilha como minha família.
— Pensei que me odiava.
— Nunca te odiei, só não morro de amores por você, mas considere isso como um favor de uma prima chata que você odeia mas seu pai gosta — brincou a ninfa, descontraindo o clima — Vou fazer o que falei, já volto.
— Obrigado Joy.
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Depois de longos minutos, Carlisle e Joy terminaram de cuidar de Jacob, ambos recebendo um agradecimento de Billy por terem salvo o filho dele. Joy apenas assentiu, mas sabia que aquilo para ambas as partes era algo que ia além de favores.
Era um agradecimento genuíno e um acordo de que ambas as naturezas, vampiras e quileutes, estavam em uma trégua.
Leah foi a primeira que deixou o grupo, e sabendo que a amiga se culpava, Joy deixou que ela respirasse por um tempo antes de falar com a Clearwater. Apenas Sam ficou para dar apoio a Billy, e logo em seguida, Paul junto com Joy foram embora.
Caminhando pela floresta lado a lado, de mãos dadas, ambos estavam em silêncio. Ao chegarem em casa, apenas tomaram um banho, colocaram roupas confortáveis e deitaram na cama um de frente para o outro.
— Fiquei com medo de te perder, aquela hora — confessou a ninfa, quebrando o silêncio — Mas eu vi você lutando, e quis lutar de forma igualitária.
— Você matou mais vampiros que eu — Paul disse — E eu estava orgulhoso da minha garota, você é tão foda.
— Você também é foda — ela disse em um tom baixo, sentindo o sono e o cansaço dominarem o seu corpo — E eu te amo.
Paul sorriu, também sonolento, e beijou a testa da garota antes de sussurrar de volta: — Eu também te amo.
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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?
Capítulo da batalha e tivemos a participação da Joy no processo de cura do Jacob, um pouco dela usando seus dons e sabedoria de ninfa. Uma rápida menção também da Bree, viveu pouco mas ficou marcante.
Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!
Próximo capítulo é o último de Love is the way, prontos pra dizerem adeus? (Confesso que não estou).
Até o próximo!
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