Jimin on

— Que susto, puta que pariu! — é óbvio que ele está aqui, provavelmente a alguns metros de mim.

Fechei a garrafinha, vou passar por ele fingindo que não o vi, virei seguindo meu plano estava tudo bem, mas a sua mão me fez parar.

— Park? — quem mais seria?

— Eu mesmo — virei olhando para ele, sem querer meus olhos ficaram prata, lobo bendito. A casa está levemente escura, não durou por muito tempo, ele acendeu a luz.

O bicho é bonito, na verdade, ele é lindo, como alguém pode ser tão bonito? Os braços cobertos por tatuagens, deve ter mais por baixo dessas roupas.

— Jeon Jungkook — estendeu a mão para mim, apertei.

— Park Jimin — soltei a mão dele.

— Desculpa não ter me apresentado antes, não estava muito feliz com isso — admitiu sorrindo sem graça.

— Tudo bem, eu entendo — também não ficaria feliz se um estranho viesse morar comigo e ainda fosse meu noivo — Posso ir?

— Claro — voltei para o meu quarto, tranquei a porta, coloquei a garrafinha na mesa de cabeceira, me deitei encarando o teto.

Meu coração droga, seria bem fácil se ele fosse feio, como ignora alguém tão bonito? Eu tenho um tipo ideal, ele se encaixa perfeitamente.

Eu não estou nem brincando, o cabelo, as tatuagens, o corpo, a merda da voz, o único problema é que ele é um grande babaca.

Jin me contou sobre o preconceito dele com ômegas, talvez ele possa mudar.

Tenho certeza que aconteceu algo na vida dele para se tornar assim, ninguém acorda odiando os outros, acontece algo que te faz odiar.

Talvez algum ômega iludiu ele, ou fez algo ruim, vou dar meu jeito de descobrir. A solidão dele também pode ajudar nesse fato, é muita solidão morar nessa casa.

Me aninhei nos travesseiros e consegui dormir.

Saí cedo de casa, iria treinar hoje, vou treinar no galpão, Namjoon me passou o endereço.

Coloquei no GPS e fui com o Bugatti, o caminho era longo, o galpão ficava em uma parte afastada da cidade. Namjoon avisou que eu viria então me deixaram entrar sem muitas burocracias.

Jeon estava aqui, estacionei meu carro ao lado do dele. Não sei exatamente o que chamou a atenção de todos, minha roupa, meu carro, ou eu ser um estranho.

— Todas as opções - o lobo respondeu.

Estou usando calça preta justa, e um moletom vermelho, que eu também cortei, muitas das minhas roupas eu corto.

— Falta do que fazer o nome - o lobo falou.

Eram três grandes galpões, fiz meu pai mandou e entrei no do meio. Tae estava treinando com alguns soldados, quando me viu parou e veio até mim.

— Oi baixinho — falou me abraçando.

— Baixinho teu rabo — me soltei.

— O que veio fazer aqui? — perguntou.

— Vim treinar, onde está o Namjoon? — ninguém disfarça a curiosidade sobre quem sou eu, acredito que ninguém avisou eles sobre minha chegada — Eles não sabem quem sou eu?

— Jeon não falou sobre você com ninguém — Tae respondeu — Namjoon está lá em cima resolvendo alguma coisa com Hoseok.

— Pode me levar até lá? — pedi, o segui até a parte de cima, eram algumas salas, suponho que sejam todos escritórios.

— Aqui, se precisar de algo pode me chamar — saiu após me deixar em frente a uma porta.

Entrei após ter a permissão, estava Namjoon, Hoseok, e de brinde Jeon.

— Oi Nam — acenei para os outros dois, Hoseok acenou e sorriu, Jeon só fez um aceno com a cabeça.

— Oi Jimin, se sente que eu já te levo na sua sala. — Nam falou, me sentei no sofá preto, peguei meu celular para jogar qualquer coisa.

— Essas duas áreas estão dando muito prejuízo, se continuar assim até o final do ano iremos falir — Hoseok falou, e eu só fingindo não estar ouvindo.

— Mas se falir o prejuízo será nosso, se fechar pessoas vão ficar sem emprego — Jeon falou, olha ele tem um coração, jurava ser vazio por dentro.

— Se não quer fechar precisa achar uma solução — Nam falou, preciso saber do que eles estão falando.

— Que tipo de estabelecimento é esse? — perguntei sem tirar os olhos do celular.

— Duas baladas, e um restaurante — Hoseok me respondeu.

— Se o restaurante está dando prejuízo é porque a comida não é boa, é só mudar o cozinheiro — sugeri — Baladas com ótimas bebidas, segurança para os ômegas, e quartos para as pessoas transarem, isso vai fazer ela sair do buraco.

— Por que segurança para ômegas? — Jeon perguntou.

— Alfas costumam se aproveitar de ômegas bêbados, por isso é mais frequentado por alfas, ômegas não se sentem seguros sabendo que podem ser estuprados por algum idiota — expliquei — Tendo uma boa segurança eles voltam frequentar, e ômegas consomem mais nesses locais, alfas só querem alguém para transar.

— Faz sentido, vamos fazer isso — Nam falou — Obrigado Jimin.

— De nada, já podemos ir à sala? — estava doido para treinar.

— Por que não tem medo desses lugares? — Jeon perguntou do nada.

— Por isso — levantei a barra da calça mostrando a arma presa no coturno — E eu sou treinado desde criança, não deixaria um alfa se aproveitar de mim.

— Vamos Jimin? — Nam falou se levantando, acenei para os outros dois e saí com Namjoon — Pretendia assumir a máfia?

— Sim, era meu sonho, mas meu avô morto atrapalhou — falei e ele riu.

— Ainda pode assumir — não entendi — Se casar com Jeon pode assumir aqui.

— E ele? — até parece que ele sairia e deixar eu no lugar.

— Jeon só assumiu porque o pai morreu, ele gostava de ser apenas soldado, participar das missões, ser líder da máfia nunca passou pela cabeça dele — Nam me contou, isso fale mais.

— Ainda penso que ele não sairia para me pôr no lugar — falei.

— Isso é o que veremos — ele falou — Aqui é sua sala.

Abri a porta, é enorme a sala, tem área para treinar pontaria, e área para eu treinar artes marciais.

— Esse é o armário de armas — apontou para o armário preto.

— Obrigado Namjoon! — agradeci — Vou treinar um pouco.

— Não precisa agradecer, você será meu chefe em breve, qualquer coisa pode me encontrar lá em cima — falou.

Ele saiu da sala me deixando sozinho. Abri o armário de armas, peguei dois alvos em papel, e uma Glock.

Pendurei os dois alvos, carreguei a arma, após colocar os fones ante ruído e comecei atirar.

— Seria bom um fone para o lobinho aqui - o lobo falou.

— Não existe fone para lobo — falei.

Não errei um tiro, cansei de atirar, limpei a arma e guardei novamente no armário.

Tirei meu coturno, a arma também, o fone ante ruído, e o moletom, sempre treino apenas de calça.

[...] Sala do Jeon.

O alfa pediu para que um soldado instalasse câmeras na sala de treinamento, queria assistir o ômega treinando.

As câmeras estavam escondidas impossibilitando que Jimin as visse.

Jeon assistiu Jimin atirando, achou extremamente excitante, mas nunca admitiria em voz alta.

Quando o ômega tirou o moletom Jeon teve um mine infarto, o corpo de Jimin era de outro mundo, o alfa não estava mais achando tão ruim ter que casar com o ômega.

Estava concentrado em assistir o ômega, percebeu algo brilhando no mamilo de Jimin, deu zoom com câmera e teve certeza.

— Ele tem a porra de um piercing no mamilo — Jeon nem acreditava estar vendo aquilo.

Jimin lutava muito bem aos olhos de Jeon, colocaria todos os seus soldados no chão.

[...]

— Tem alguém me observando, eu sinto...................

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!