| Capítulo 26 |

A da mídia é do pole dance, sugiro que escutem e leiam a tradução.

Essa é para outra coisa 😏

Se não abrir é Harrison Firts - Don't Rush


Jimin on.


— Vou dançar para você — falei.

Estou de costas para ele, não consigo ver sua expressão, e ele ficou quieto.

— Você ouviu o que eu falei? — perguntei me virando.

— Ouvi — falou simples, sua expressão está plena — Vou esperar ansioso por sábado.

[...] Dia seguinte.

Jeon saiu cedo para o galpão, dois soldados saíram no soco e ele foi resolver.

Aproveitei para ir treinar mais, fiquei duas horas treinando, saí suado do quarto.

Tomei um banho gelado para refrescar o corpo, lavei meu cabelo e hidratei.

No closet vesti blusa branca, com calça moletom preta, me senti incomodado com a blusa e troquei por um cropped preto.

Bem melhor!

Coloquei meia para conseguir ficar sem chinelo, antes de sair peguei um elástico de cabelo.

Desci para a cozinha, Kook estava almoçando, enquanto eu esquentava o que iria comer ele pediu para sair pela porta da cozinha.

Foi para os fundos da casa procurar um lugar novo para descansar dessa vida cansativa dele.

Dormir e comer cansa, coelho sofrido.

Sentei à mesa para comer, Jeon chegou bem na hora, tive que dividir de novo a lasanha com ele.

Eu comeria todos os dias, mas preso por uma alimentação balanceada.

Estava comendo e esse maravilhoso cabelo nos meus olhos.

Não importa quantas vezes eu jogue para trás com a mão, ele sempre volta.

— Que porra! — Jeon me olhou estranhando — Não foi com você.

Peguei o elástico e o amarrei, quero comer em paz.

— Ficou fofo — fofo teu nariz, eu sou bandido mal.

— Não sou fofo — discordei, voltei a comer.

— Apenas 4% do tempo, o resto é agressivo e violento — mostrei o dedo para ele — Tipo agora.

— Eu não sou violento — falei.

— É sim, vive me batendo — calúnia, sou um doce.

— Que mentira mais cabeluda — nunca que vou concordar com isso.

Após terminarmos de comer ele lavou, eu subi para escovar os dentes, voltei e fui para sala de cinema.

Tive que esperar Jeon terminar a louça, subir e tomar banho, estava quase cochilando quando ele entrou.

— Demorado — dei play no filme que escolhi.

— Terror de novo? Você se assustou a maior parte do último que assistiu — se sentou ao meu lado.

— Isso são pequenos detalhes — mínimos.

Mais uma vez virei fonte de entretenimento para ele, toda vez que me assustava ele ria.

O bom é que agora posso abraçar ele, passei a tarde assistindo filme com ele, acabei cochilando no peito dele, no último filme.

Ao acordar ele ainda estava ali, na mesma posição.

Me afastei dele coçando meus olhos.

— Meu braço — deve ter dormido por ficar na mesma posição.

— Por que não tirou seu braço? — perguntei.

— Você iria acordar, e você estava tão assustador dormindo todo encolhido em mim, que não quis te acordar — bom mesmo que não me chamou de fofo.

— Que filme é esse? — perguntei me ajeitando sem encostar nele, não quero parecer um grudinho.

Mesmo que eu seja, é que é muito gostoso ficar grudado nele.

Minha diabetes atacou.

Me deixa, gostar de alguém te deixa igual um bocó.

Abracei minhas pernas, apoiei a cabeça, prestei atenção no filme.

Jeon além de não me responder ficou me olhando, até esqueci de como respirar, tentei ignorar isso.

Só tentei, ele apoiou a cabeça na mão e ficou me olhando, cadê o ar desse pulmão?

Levantei e saí dizendo que iria buscar sorvete, voltei comendo, sentei ao lado dele, ele não quis e eu achei ótimo.

Ao terminar de comer deixei o potinho no chão, ele ainda está me encarando, eu só queria assistir sem ele me deixar todo desconfigurado e sem ar.

— Suas bochechas estão vermelhas — o ar está faltando por sua culpa filho da puta!

— Deve ser o ar-condicionado — está realmente gelado.

— Se não tivesse se afastado de mim, não estaria com frio — não estou, estou com vergonha de ser encarado desse jeito — Vem.

Me puxou de volta, grudadinho de novo.

Estava tranquilo até notar que ele permanece com os olhos vidrados em mim, eu vou bater nele e não vai demorar.

— Jungkook para de me encarar — pedi.

— Não consigo — falou.

— Por que não consegue? — olhei para ele.

— Você é muito lindo para não olhar — me deixou vermelho esse puto!

— Pare já com isso, não estou acostumado com você assim — virei o rosto para tela escondendo o sorriso.

— Se acostume, não vou parar de falar isso — tente falar sem a língua, otário.

Ele segurou meu queixo me virando para olhar ele, me deu um selinho demorado.

Que boiolas.

Nós nos separamos, olhei os olhos escuros dele, ele piscou deixando eles dourados, sou apaixonado nesses olhos.

Passei para o colo dele, a boca dele me fez um convite e recusar é falta de educação, beijei ele.

Ele com as mãos na minha bunda, e as minhas em seu pescoço.

Chupou meu lábio inferior, enquanto sua mão apertava sem delicadeza nenhuma minha bunda.

Separou sua boca da minha e desceu os beijos para meu pescoço, pegou pesado.

Arfei em surpresa ao sentir a tapa forte que recebi.

— Tão gostosa — falou apertando onde bateu.

Desci a mão esquerda pelo tronco definido e gostoso, cheguei onde queria, apertei ouvindo ele sussurrar um palavrão.

Beijei sua mandíbula, o pé do ouvido, o lóbulo.

Ouvimos a campainha tocando.

— Deixa tocar, uma hora desiste — falou voltando a me beijar.

Mas não desistiu, continuou tocando.

— Eu vou ir atender, você dê um jeito nisso — apontei para o pau dele.

Saí pensando tudo que fosse bem nojento, ou triste, qualquer coisa que me fizesse broxar.

Olhei no espelho da sala meu pescoço, não tem marcas, obrigado universo.

Abri a porta, era o Tae com o Hoseok.

— Não tem comida pode ir embora — basicamente expulsei eles.

— Já comemos, estamos aqui para outra coisa — Tae falou.

— Bom mesmo, entrem — eles entraram, sentamos no sofá.

— Onde está o Jeon? Ele veio para cá após sair do galpão — Hoseok perguntou.

— Já vem, estávamos assistindo filme na sala de cinema — respondi.

— Assistindo filme, sei — Taehyung resmungou.

— Vou fingir que não entendi esse tom — falei — Falem logo o que é?

Jeon passou pela sala com meu potinho sujo de sorvete, levou para cozinha.

— Viemos pedir sua ajuda — Hoseok falou.

— Vão pedir o Yoongi em casamento? — os dois abriram a boca chocados — É óbvio, e tem uma caixinha de aliança no bolso direto do Tae.

— Péssimo, detestei isso — Tae falou — Tem algo que você não saiba?

Se Jeon me ama, ou apenas gosta de mim, isso era o que eu queria saber.

— Tem, mas não te interessa — falei — Vocês não pensam que estão indo um pouco rápido? Quanto tempo estão juntos? Tudo bem que o tempo não mede o tamanho do amor de vocês por ele, mas é melhor vocês esperarem um pouco, já conheceram os pais dele?

— Não, ele falou uma única vez do pai, e já ouvimos ele brigando com a mãe pelo celular — Tae respondeu.

— Deveriam ver como é pessoalmente, o que vocês pensam da mãe do Jeon? — perguntei.

— Insuportável — Hoseok respondeu.

— A mãe do Yoongi é nesse nível, converse com o ômega sobre a família dele, o conhecendo ele vai fugir do assunto — ou sair correndo — Mas insistam, a mãe dele já o machucou muito psicologicamente, vocês precisam conhecer esse lado antes de querer dar o próximo passo, e se ela sonhar que ele está com dois alfas machos mafiosos cheios de tatuagens, ela vem buscar ele.

— Ainda bem que viemos aqui, caralho — Tae jogou cabeça para trás.

— Mas ela não pode levar ele, ele é de maior — Hoseok falou.

— Mais uma notícia triste, a mãe dele é a tutora legal até ele completar trinta anos — os dois engasgaram com o ar — É uma coisa louca da família dela, ela passou por isso, a avó, a bisavó, etc.

— Que família doida — Jeon chegou falando, sentou na poltrona dele, ele sabe que sentar perto vai querer encostar de alguma forma, grudinho.

— Se ela e o pai não permitir e assinar, vocês não casam com ele, antes que perguntem matando ela não adianta, vai passar para a avó que está muito viva e pensa igual à filha — uma família bem legal.

— Só piora — Tae falou — E o pai dele como é?

— Um doce, ele é muito legal — não sei como aquele ômega se casou com a megera da alfa — Ele é um ômega Lúpus como Yoongi, ele é filho do conselheiro.

— Uma coisa boa pelo menos — Hoseok falou — Algo mais que devemos saber da vida misteriosa do Yoongi?

— Tem muitas coisas, mas eu não namoro vocês, quem vai contar é ele, boa sorte para conseguir — o que contei Busan inteiro sabe, a família Lee é tudo ruim.

Yoongi seria um Lee, mas o Min é mais poderoso, linhagem de governantes poderosos dos tempos antigos.

— Viver com o Jeon te deixou cruel — Tae falou, o citado mostrou o dedo para ele.

— Coisa da sua cabeça, sou um doce — Jeon riu — Vou fingir que não ouvi sua risada Jungkook.

— Tem certeza que vocês não estão namorando? — Hoseok perguntou.

— Vocês são bem insistentes, não estamos namorando — culpa do Jeon que não pediu.

— É, não estamos — Jeon concordou.

— Mas parece — Tae falou — Quando vocês vão marcar o casamento? Tem noção que faltam sete meses para completar um ano?

— Como passou rápido, parece que foi esses dias que meu pai me deu a notícia que mudaria para Seul porque iria casar com Jeon — falei, que emoção!

— Parece que foi esses dias que encontrei um ômega de saia na cozinha pegando água — ele lembra, chocado.

— Tu lembra disso? Nessa época você ainda queria arrancar minha cabeça — falei.

— Não tem como esquecer, foi a primeira vez que vi os olhos do seu lobo — falou.

— Está vendo? Agindo como um casal apaixonado lembrando de momentos importantes antes de se amarem! — Tae falou indignado.

— Você é maluco — falei.

— Vamos embora! Yoongi está pedindo ajuda com uma barata — Yoongi abomina barata, se ver uma é perigoso desmaiar.

— Tchau casal incubado — Tae falou se levantando — Obrigado Jimin, quase perdemos Yoongi por ser apressados.

Perderiam mesmo, a mãe dele o mandaria para bem longe de vocês.

— De nada, se ele não quiser falar espere ele dormir, ele vai contar dormindo — falei — Se ele for pressionado antes de dormir, a consciência faz ele falar dormindo.

— Você sabe tudo sobre ele? — confirmei — Ele deve saber tudo sobre você também.

— É — sorri sem graça.

Sabe não, Jeon sabe mais que ele, coisas da vida.

Eu e Jeon levamos eles até a porta, ao fechar a porta o alfa já grudou em mim.

— Vamos grudinho — estava no caminho para sala de cinema, ele beijando meu pescoço, ouvimos o celular dele tocando em algum lugar na parte de cima — Você precisa me soltar para ir atender.

— Infelizmente — me soltou e correu para a escada.

Entrei na sala de cinema, troquei o filme, o que passava perdi uma parte por estar fazendo coisas mais interessantes.

Quinze minutos de filme ele apareceu com a roupa da tropa, vai me abandonar.

— O pai de quem me colocou no mundo mandou uns idiotas para fronteira, preciso ir — é lógico que ele não deixaria barato perder aquele tanto de soldado.

— Até iria, mas estou com preguiça, vai lá — fica comigo.

— Tchau teimosinho — saiu.

Nenhum beijinho de despedida, vou colocar um de romance só para sofrer depois dessa.

Passei boa parte da noite assistindo casais que não ficam juntos, após desidratar subi para tomar banho e comer algo.

Pedi pizza, estava com preguiça de esquentar comida, comi três pedaços, deixei a caixa em cima da mesa, ainda assim é perigoso Jeon não ver.

Voltei para o quarto, escovei os dentes e fui procurar um ninho para dormir.

É galinha agora? Até que parece.

Tu que é galinha, lobo sem vergonha.

Peguei meu celular e saí do quarto, fui direto para o de Jeon, ao entrar me deparei com o Kook no canto do quarto na cama dele.

— Só dorme e come, parece gato — falei, ele abriu os olhos me encarando, virou de costas para mim e voltou a dormir — Afrontoso, igual o dono.

Joguei meu celular na cama, entrei no closet, tem roupa para distribuir para meio mundo aqui.

O cheiro dele está impregnado nas roupas, não pergunte como eu sei.

Peguei uma camisa dele, só quero saber como fica em mim.

A resposta é parece um vestido, tem uma caveira desenhada em branco na frente, ela é preta então destaca bem o desenho.

Deixei meu cropped em cima do puff, estranhamente essa blusa enorme é confortável.

Saí do closet e deitei na cama, fiquei mexendo no celular até dar sono.

— Jeon não vai se importar de eu dormir aqui — falei colocando o celular na mesa de cabeceira.

[...]

Jungkook chegou eram quase quatro da manhã, comeu a pizza antes de subir, não viu Jimin em seu quarto.

Onde ele foi?

Seguiu para o próprio quarto, ao abrir a porta teve a resposta.

O ômega dormia tranquilamente de bruços abraçado com seu travesseiro, após chegar perto viu que a blusa era sua.

Sorriu olhando aquilo, Jimin é inacreditável.

Entrou no banheiro para tomar seu banho, escovou os dentes antes de sair, no closet colocou roupa para dormir.

Viu um pedaço de tecido jogado no puff preto, só ao pegar descobriu ser cropped do ômega.

Colocou no lugar que o mais novo deixou e saiu, deitou ao lado do mesmo, tirar seu travesseiro dele foi uma luta.

Perdida, Jimin não soltou.

— Eu juro que vou te morder se tentar pegar de novo — resmungou sonolento.

— Mas é meu travesseiro Jimin — Jeon contestou.

O ômega soltou, Jeon ajeitou para ele, Jimin reclamava querer o travesseiro.

— Você bebeu? — perguntou ao mais baixo, que negou.

Jimin sonolento parece estar bêbado, muito parecido, o jeito manhoso e mimado.

Foi o alfa abraçar o pequeno que ele se calou e voltou dormir.

— Um bebê — Jeon resmungou baixinho.

Jimin não sabe o que é isso de dormir juntinho da pessoa que ama, receber carinho, borboletas na barriga, ter vergonha pela pessoa te elogiar, é a primeira vez que ele experimenta essas sensações.

Mesmo o ômega já tendo namorado uma vez, não foi desse jeito.

Ele queria namorar apenas para contrariar seu pai, que na época pegava muito em seu pé.

Ao descobrir que não era exatamente como ele imaginou, se decepcionou, em seguida desconfiou da traição.

Namoro ficou como um trauma, por isso nunca mais namorou, passou a ser "uma vez e tchau!".

Era mais simples, não envolvia sentimentos, nada de decepção, ele não passava a noite chorando, ou algo assim.

Ele está disposto a deixar sua insegurança com isso de lado e namorar o alfa tatuado, Jimin está muito apaixonado.

O ômega está descobrindo pela primeira vez o que é alguém realmente gostar dele, ele ainda não sabe se Jeon ama ele.

Ele ama o alfa, como ele ama Jeon, mesmo com problemas para demonstrar.

Jimin não foi criado para amar alguém, o treinamento duro para assumir a máfia fez ele não saber demonstrar sentimentos.

Seus pais foram ouvir um "eu te amo" do pequeno, ele já era adolescente, e disse porque queria sair sem os seguranças.

O alfa ter uma versão mais "carinhosa", mesmo com os chutes, tapas, socos, ameaças, é um milagre.

Jeon já é um pouco diferente, mas isso ele mesmo conta.

[...]

Acordei com a luz do sol brilhando no quarto, nem lembrei de fechar as cortinas.

Me soltei devagar de Jeon, fechei as cortinas e saí do quarto, ele chegou faz algumas horas, deve querer dormir mais.

Fui para o meu quarto, entrei no banheiro para fazer o processo que todos fazem após acordar.

Ao terminar saí e entrei no closet, ontem eu esqueci de passar creme na minha pele.

Hidratei bem minha pele, aproveitei para pentear meu cabelo, passei hidratante labial e estou pronto para ficar em casa.

Antes de sair coloquei shortinho preto, desci para a cozinha ver se têm algo para eu comer.

Como eu não quero sair vou ter que fazer, ainda bem que acordei cedo.

Cedo? Ainda é sete horas, o que deu em você?

Dormi cedo.

Bati a massa de bolo, é aqueles que vem quase pronto, estou com preguiça de fazer um mais elaborado.

Fiz até pão, enquanto a massa crescia o bolo assou, deixei ele esfriando enquanto fazia a cobertura.

Pierre disse que tem como colocar o brigadeiro como cobertura de bolo, pesquisei no YouTube a receita.

Foi fácil fazer, pensei que levava mais coisas, mas são apenas três coisas.

Meu bolo ficou lindo!

Enfim coloquei o pão para assar, agora é esquecer ele aí.

Vou arrumar a bagunça que eu fiz nessa cozinha, primeiro lavei toda louça, já seco e guardo.

Fui à lavanderia e peguei as coisas para limpar o chão, deixei tudo limpinho.

Mais quinze minutos e esse pão fica pronto, é a receita mais simples que eu sei, tem algumas mais difíceis, mas leva mais tempo.

Coloquei o café para fazer enquanto isso, aproveitei já fervo o leite, fui arrumando a mesa.

Após forrar coloquei o bolo no centro, ajeitei o resto para ficar certinho.

Lindo!

Meu pão finalmente ficou pronto, tirei do forno, coloquei no balcão, peguei a travessa que deixei pronta e tirei os pães da forma e coloquei nela.

Também coloquei na mesa, agora é só lavar a forma e comer.

Estava lavando quando senti braços rodeando minha cintura, e beijos no meu pescoço.

— Bom dia, teimosinho! — fiquei molinho já.

— Bom dia, Jungkook! — falei.

— Acordou que horas para fazer tudo isso? — perguntou.

— Eu comecei a fazer era sete, então devia ser umas seis e meia quando acordei — respondi — Toma, você seca e guarda, por favor.

Entreguei a forma para ele, já fiz coisas demais.

Limpei a pia enquanto ele fazia o que pedi.

— O que é isso branco na sua bochecha? — perguntou ao me olhar.

— Deve ser farinha — passei a mão limpando.

— Minha blusa ficou ótima em você — nem lembrava estar com a blusa dele.

— Ficou mesmo, agora é minha — falei me sentando.

— Sua nada, é minha blusa Jimin — se sentou também.

— Você tem um monte para de ser egoísta, essa é a primeira de muitas — pisquei para ele.

— Vou trancar o closet antes de sair, ladrão — falou.

— Sou ótimo em invadir lugares, isso não vai me impedir — peguei um pedaço do meu bolo.

Comemos fofocando sobre nossos amigos, quando terminamos ele lavou a louça.

Secar e guardar fui eu, seria mais rápido.

— Vou para o galpão — ele falou enquanto saímos da cozinha.

— Por quê? — perguntei.

— Eu comi dois pães e metade de um bolo, preciso queimar tudo isso — acho desnecessário.

— Não vejo necessidade — estou falando isso, mas vou fazer o mesmo.

— Eu vejo, tu come e as calorias evaporam do seu corpo, tenho tendência a engordar — subimos a escada.

— Qual o problema? Você iria ficar fofo gordinho, até imagino você bochechudo — uma gracinha.

— Vai ficar só na sua imaginação, não tem problema ser gordo, engordar da forma errada é o problema — explicou — Tenho certeza que o médico não recomenda comer isso tudo no café da manhã.

— Eu queria tanto um Jungkook gordinho, você é cruel — entrei no meu quarto fechando a porta.

Pegar meu celular para ouvir música triste... Espera.

Cadê meu celular? Onde eu deixei ele?

Saí do quarto e desci para procurar na cozinha, não está aqui.

Estou parado no meio da cozinha, abaixado massageando a têmpora para lembrar.

— O que está fazendo aí? — Jeon perguntou.

— Tentando lembrar onde deixei meu celular — falei concentrado.

— Está no meu quarto — é mesmo, deve ser a idade que me deixou assim.

Você tem vinte um anos, não noventa.

Calado.

— Obrigado — ia passar por ele, mas fui impedido — Precisa de algo?

— Um beijo — falou segurando meu pulso.

— Não — falei.

— Por que? — perguntou.

— Não escovei os dentes — falei o óbvio.

— Você só comeu bolo de chocolate com leite, deixa de frescura — agarrou minha cintura.

Ele fez o que queria, me beijar, às vezes sinto que não tenho opinião nesse relacionamento.

Abusivo!

Gente é mentira, estava metendo a língua na boca do Jeon.

Calúnia, nunca fiz isso, tem provas?

— Tchau! — saiu sorrindo.

Merda de sorriso, que lindo cara.

Subi para o quarto dele, peguei meu celular e saí, fui para o quarto onde irei dançar.

Ele vai matar alguém para queimar o que comeu, eu irei dançar.

Liguei a música com o Bluetooth, são duas caixas redondas embutidas no teto.

Subi no pole e comecei a treinar.

Duas horas treinando, estou ansioso para saber como ele vai reagir, estou quase comendo minhas unhas.

Estou encostado no espelho esperando o coração voltar bater normalmente, minha playlist de músicas para dançar trocou a música sem eu mandar.

Peguei o celular para saber qual era, após ver a tradução eu tive uma ideia.

Trouxe a cadeira para perto depois eu trago outra para Jeon.

Voltei a música e deixei o ritmo me levar, agora estou mil vezes mais ansioso.

Em meia hora peguei os passos que criei para essa música, saí do quarto.

Antes de ir tomar banho desci para pegar outra cadeira, após fazer isso fui tomar banho.

Eu preciso descansar, mas antes mais agachamentos.

Dois loucos por sexo, Jimin não vai andar e Jeon vai perder o pau.

Está pensando que eu vou transar a noite inteira?

Óbvio.

Está certo, vou mesmo.

Estou muito tempo sem transar, preciso me tirar da seca que estive nesses meses.

Como eu não tenho costume de bater punheta, ou nada que exija esforço da minha parte, estou totalmente intocado.

Gosto que outras pessoas me deem prazer, é mais excitante.

Após uma série de agachamentos deitei, minhas costas estão doendo.

Levantei apenas para tomar remédio e passar a pomada, mordi o comprimido muito grande.

Vamos ver se vai fazer drama para engolir outra coisa.

Mas isso é fácil, comprimido é ruim e não me faz revirar os olhos.

Você é muito vagabundo, que puta.

Obrigado, é bom ser elogiado às vezes.

Voltei a deitar, como o celular está carregando vou dormir.

[...]

— Por que está treinando tanto? — Tae perguntou para Jeon — Faz duas horas que está aí.

— Comi muito no café da manhã — respondeu, continuou levantando aquele peso.

— O que exatamente? — perguntou.

— Bolo de chocolate e pão, Jimin fez — respondeu.

— Ele sabe cozinhar? — Jeon confirmou — O pai dele estava zoando sua cara, né?

— Estava — Jeon continuou treinando.

Aproveitou estar ali e adiantou coisas que Namjoon passou para ele assinar, analisar contratos sobre compras de drogas e bebidas.

Saiu do escritório já eram quase cinco horas, encontrou com Namjoon na escada.

— Jin falou para você e Jimin ir em casa amanhã a noite — falou enquanto desciam.

— Tudo bem — na verdade, ele iria ver com Jimin.

Cuidado com a coleira.

— Jeon e Namjoon — Tae e Hoseok parou os dois no portão.

— O que foi? — Jeon perguntou.

— Tae quer sair para beber, só os alfas — Hoseok falou.

— Não vou — Jeon e Namjoon falaram juntos.

— Por quê? — Tae perguntou.

— Tenho família, por que você não vai, Jeon? Você sempre ia — Namjoon estranhou, assim como os outros dois.

— Lembrem que eu sou o chefe de vocês, não preciso dar satisfação da minha vida — seco como farofa.

— Como o Jimin aguenta viver com você? Grosso — Tae falou.

— Eu menti por acaso? — era verdade, Jeon não deve satisfação da vida dele.

— Não, mas a verdade dói — Hoseok falou — Viver com você deve ser um saco.

Não ajo dessa forma com Jimin, Jungkook pensou.

— Tchau! — saiu deixando os três pensando o que ele iria fazer.

— E se nós seguirmos ele para saber qual é o compromisso? — Tae sugeriu olhando Jeon sair do galpão com o carro.

Seu celular vibrou no bolso da calça, era uma mensagem.

— Não vai dar — ele falou.

— Por que? — Hoseok perguntou.

— Ele disse que se nós seguirmos ele, ele vai arrancar nossas cabeças e dar para o Lúcifer, como ele sabe? — outra mensagem — Porra, o cara é vidente.

Mostrou a mensagem.

— "Sei por que vocês são idiotas suficientes para pensar em fazer isso" — Namjoon leu — Não sou idiota, eu vou embora.

— Não quero ser comida do Lúcifer, vamos embora Tae — Hoseok falou.

Os três foram embora.

Jeon ao chegar em casa não viu o ômega, Jimin não estava em lugar nenhum, sumiu.

No quarto do menor viu o celular carregando, e as roupas estavam no closet, ele não foi embora.

Comeu algo simples após ver que Jimin saiu.

Foi para o quarto tomar banho, lavou o cabelo, saiu e ainda não ouviu barulho do ômega.

Desceu para o primeiro andar, sentou no sofá e colocou em qualquer coisa, só queria saber onde Jimin estava.

Sua resposta passou pela porta meia hora depois.

— Onde foi? — perguntou para o ômega.

— Comprar uns produtos para minha pele — respondeu mostrando a sacola rosa — Chegou há muito tempo?

— Faz uma hora — respondeu.

— Tae disse que você foi grosso com ele, Hoseok e Namjoon, o que eles perguntaram? — Jeon iria pelo menos bater no boca aberta.

— Queriam saber o porquê eu não iria sair para beber hoje, eu disse que não devia satisfação para eles — respondeu.

— Está certo — Jimin falou.

Por isso aguentam conviver, os dois são parecidos no quesito sinceridade fora do limite.

O ômega subiu, respirou aliviado por Jeon não querer ver a sacola.

Trancou a porta, se sentou no meio da cama despejando o conteúdo que comprou na mesma.

Estava quase anoitecendo, indicando que estava perto da hora que queria dançar.

Jimin não tinha planos de sair, mas ao olhar em sua caixa de produtos e ver que acabou algo importante, precisou sair.

Pegou a chuca descartável e foi para o banheiro, após fazer o processo tomou banho normalmente.

Saiu com o roupão no corpo, pegou o óleo que usava e passou no cabelo, entrou no closet antes de se vestir, apenas limpou o piercing, hoje não passaria creme, isso poderia fazer ele deslizar mais no pole e acabar caindo.

Passou duas gotinhas de perfume no pescoço, condiz com seu cheiro realçando ele.

Vestiu apenas cueca preta e um cropped branco, simples, mas perfeito para ocasião, muitas roupas atrapalhariam o processo.

O ômega se sentiu nervoso, ele nunca fica nervoso para isso, não é sua primeira vez, mas está tremendo igual à primeira vez.

Deve ser por causa da dança, pensou ele.

Não era, ele estava nervoso porque seria a primeira vez com o alfa.

Nisso ele com certeza era experimente, sem sombra de dúvidas, Jimin não tem um tabu quanto ao sexo, ele gostava e praticava sempre que podia.

Mas era com Jeon que ele iria transar, o alfa era tão experiente quanto ele, os dois já se envolveram com incontáveis pessoas, porém, algo diferenciava Jungkook de todos com quem já transou.

O sentimento forte que têm por ele, não seria coisa de uma noite, não era só mais um para sua lista extensa, é o alfa que ele ama.

Sentiu seu coração acelerar, o corpo ficou quente.

— Eu preciso de um chá — antes de sair guardou o resto das coisas que comprou, desceu para cozinha.

Jeon virou a cabeça observando Jimin mexer em algo na cozinha, o cheiro que ficou por ele passar.

Ele apreciava como o ômega com a personalidade tão forte poderia ter um cheiro tão suave, mas onde Jimin passasse seu cheiro iria ficar por tempo indeterminado.

Viu o ômega voltando com uma xícara com algo quente, Jimin às vezes é indecifrável, expressão neutra.

— Em meia hora você sobe — ouviu a voz dele falando na escada.

Jimin bebeu quente mesmo, não iria esperar esfriar, após colocar um pequeno acessório em seu corpo com muito cuidado.

Pegou seu celular e foi para o quarto da dança, sentou no chão em frente ao espelho e se alongou bastante, em seguida programou a playlist que tocaria as duas músicas, precisava que demorasse quinze segundos de intervalo de uma para outra.

Jeon estava no primeiro andar pensando no ômega que o esperava, ele não estava nervoso apenas ansioso.

O ômega que virou sua vida de ponta cabeça, que fez ele mudar em relação aos ômegas, ele precisou mudar ao ver que estava perdendo o mais novo.

Ele viu que Jimin poderia sumir de sua vida sem deixar rastros de onde estava, e sabia que o menor estava certo.

Por isso deixou o orgulho de lado e assumiu o que sentia, ele não iria aguentar ver o ômega na vida de pegar todos ao seu redor.

Espantou esses pensamentos ao sair da sala, ao subir passou no escritório desligou seu celular e trancou no cofre, alguém do galpão poderia ligar o celular dele de longe.

Aproveitou e pegou um pouco de whisky, colocou gelo do mini frigobar, saiu e se direcionou para o quarto que Jimin estava.

Ao entrar não entendeu porque tinha duas cadeiras, uma próxima ao ômega e outra no canto do quarto.

— Pode sentar — o ômega apontou a cadeira sem olhá-lo, estava olhando o próprio celular.

Jeon foi em silêncio se sentar observava como Jimin estava "calmo", só parece, o coração do mais novo está parecendo uma escola de samba.

Jimin se levantou, foi até o interruptor, abaixou a iluminação e ligou a luz vermelha, ao voltar para perto do espelho deu play na primeira música.

Se sentou na cadeira apenas esperando começarem cantar, as pernas bem juntas.

O alfa bebericando o líquido forte olhando o ômega.

Park começou a se movimentar, era incrível seu corpo se sentia tão quente a cada movimento que fazia por ter os olhos escuros como a noite sobre si.

A maioria dos passos que ensaiou não exigia contato visual, às vezes suas íris trombavam com as dele.

Jeon estava sério admirando a facilidade que o ômega tem para dançar tão sensualmente, o cabelo loiro cobrindo seus olhos, a boca que se abre quando faz um movimento muito rápido.

A letra da música também chamou a atenção de Jeon.

"I love you I love you
I need you I need you"

Ele lembrou que Jimin comentou sobre gostar de músicas pela letra e normalmente representam o que ele sente.

Jimin o amava?

A música encerrou com o ômega o olhando, sorriu malicioso ao se levantar, tirou a cadeira de perto.

O alfa pensou ter terminado, pelo jeito não.

Jimin subiu no pole sem dificuldade alguma, estava sendo tudo muito fácil para ele nesse quesito.

Começou com movimentos leves, girando devagar.

A música dizendo "você gostava de rebolar, bem devagar em mim", o ômega está ansioso por isso.

Deixou sua cabeça tombar levemente para trás ao girar, ondulou seu tronco deixando um gemido baixo sair de sua boca.

Segurou forte com as mãos girando com as pernas fora do pole, ao se prender novamente de costa para o pole arfou por ver a forma que Jeon o assistia.

Sentado relaxado, costa apoiada na cadeira, pernas abertas, na mão direita o copo de whisky.

A música parou de tocar no momento que Jimin abraçou o pole, desceu devagar.

O ômega nem suou, após o chá fazer efeito ficou calmo.

Caminhou em passos lentos para onde o alfa estava, que colocou o copo no chão após terminar de beber.

— Eu dancei para você — falou colocando uma perna de cada lado ao se posicionar no colo do mais velho — E fiz direitinho né? — perguntou quase sussurrando.

— Fez — colocou as duas mãos na cintura do menor.

— Faça o mesmo quando me foder.....................































































































Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!

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