| Capítulo 21 |

Autora on.


Calou a boca do ômega com os próprios lábios.

Jimin se assustou com a boca do outro, pressionada contra a sua, e nem acreditou que Jeon fez aquilo.

Mas não deixou de retribuir, se o alfa fosse fingir depois que nada aconteceu, pelo menos eles se beijaram.

Jeon estava querendo saber qual era o gosto dos lábios cheios do ômega desde o momento que viu gostar do teimoso.

Os dois se sentiram nas nuvens com os lábios em contato, a forma que um se encaixa no outro, a mesma sintonia.

O alfa desceu a mão para a cintura delineada do ômega o puxando para mais perto, Jimin sorriu entre o beijo sentindo o aperto em seu corpo.

Queriam fazer daquele momento para sempre, o primeiro beijo, a primeira vez que deixaram o orgulho de lado para demonstrar como se sentiam.

A necessidade de algo que precisam no corpo se fez presente, cessaram o contato com selinhos.

Jimin estava com medo de abrir os olhos e ser rejeitado, Jeon estava com medo de abrir os olhos e ser um sonho.

Jeon abriu primeiro, olhou o pequeno rosto, a boca mais rosada devido ao acontecimento recente, as bochechas levemente coradas, perfeito!

— Para de me olhar assim — Jimin conseguiu sentir como estava sendo encarando, abriu os pequenos olhos.

— Não consigo — Jeon falou.

Os dois ficaram se olhando, não era por não saber como agir, estavam aproveitando o momento de paz.

— Não quero atrapalhar o momento fofo, mas posso fazer uma pergunta? — Jimin falou, tirou o alfa de seus pensamentos.

Jeon pensava que deveria ter beijado o ômega mais cedo, Jimin beijava bem e a boca era doce.

Com todo doce que come seria impossível ser salgada.

— Pergunte — Jungkook falou.

— Vai agir como se nada tivesse acontecido? Se for pode sair para eu chorar em posição fetal — Jeon riu do drama que Jimin fez.

— Além de teimoso é dramático — o alfa falou.

— Não sou nenhum desses — Jimin falou.

— É sim, e não vou fingir que nada aconteceu — o ômega disfarçou a alegria que sentiu — Agora posso falar, ou vai me interromper de novo?

— Se toda vez que eu te interromper você me beijar, farei isso sempre — o mais novo falou.

— Não será toda vez — ele pretendia — Vim falar que o que eu disse quando estava bêbado, é verdade, eu gosto de você.

— O que é para mim falar? Não costumo chegar nessa parte — Jimin tem relações de uma noite, gostou de alguém uma única vez, e deu errado — É agora que eu falo o que sinto né?

— Isso — Jeon achou engraçado como Jimin podia ser inexperiente mesmo se relacionando com tantas pessoas.

— Também gosto de você — talvez fosse algo mais forte, mas ele não iria falar — E agora? Para de rir e me responde.

— Você não é o profissional dos relacionamentos? Me diz o que acontece agora — Jeon falou com sarcasmo.

— Relacionamentos de uma noite, só namorei uma vez — Jimin falou — Vai Jeon, eu não sei.

Ele era piranha, e piranha não namora, ele não sabe como agir nessas situações.

Quando alguém confessava os sentimentos por ele, ele dizia "obrigado, também me amo" e saía. Jimin não é o melhor no quesito relacionamento sério.

— Você que sabe, tem a opção continuar ficando ou namorar — Jeon deu as opções.

— Se for ficar é só eu e você, ou podemos sair com outras pessoas? — ele realmente não sabia.

— Depende, ficar com compromisso e ficar sem compromisso — o ômega estava cada vez mais confuso.

— Mas com compromisso é a mesma coisa que namorar, não faz sentido, você me explica em casa — Jimin desistiu daquele tópico — Vou treinar mais com a arma.

— Está me dispensando — o mais baixo confirmou — Ainda diz que gosta — Jeon saiu da sala.

— Ai meu coração, não consigo respirar — Jimin finalmente agiu da forma que se sentia após beijar o alfa — Eu sabia que ele beijava bem, um grande gostoso!

Ficou treinando pensando no beijo, até que seu dedo cansou de apertar o gatilho, saiu da sala após arrumar tudo.

Viu o trisal se pegando no saguão.

— Procurem um quarto, bando de sem vergonha — falou alto com os três.

— Isso é inveja — Tae falou, Jimin mostrou o dedo indo embora.

Entrou no carro e foi para casa, viu nem rastro do alfa.

Jimin on.

Ao entrar na cozinha já ouvi Jeon discutindo com a mãe dele na sala, fiquei quieto apenas ouvindo.

Eu sei que é errado ouvir a conversa dos outros, mas se eu passar lá agora também é errado atrapalhar conversa alheia.

A questão é que citaram meu nome.

— Você vai desistir desse contrato maluco que seu pai assinou — a senhora falou.

— A senhora não manda em mim, eu não vou desistir do contrato — Jeon rebateu.

— Como diz isso? Vai casar com esse ômegasinho? Ele não serve para você! Você tem que estar com uma ômega fêmea, nem beleza ele tem — essa senhora é terrível — Não entendo como você quer casar com ele, eu dou tudo que quiser para se afastar dele.

— Eu quero que a senhora me deixe viver, será que pode fazer isso? E pare de falar do Jimin, se ele estivesse aqui metia uma bala no meio da sua testa — isso foi pesado, amei!

— Como fala isso para sua mãe? Vai se casar com alguém que quer matar sua mãe?! — ele quer te matar senhora.

— Mãe? Você nunca agiu como mãe, nem sabe o significado disso. Você estava na minha apresentação do dia das mães? O que fez com a flor que te dei no seu aniversário? Ou o meu aniversário que passei só com Mary por você estar ocupada demais traindo meu pai com o motorista, uma porra que você é mãe! — ela deu uma tapa na cara dele.

— Olha como você fala comigo, Jungkook! — senhora você morreu!

— Olha como você fala comigo, você não está no Japão para a merda do seu pai te defender, estou cansado de você se intrometer na minha vida. Se quiser continuar respirando sugiro que não se meta comigo nem com Jimin — me defenda porque não posso aparecer do nada.

— Você vai se arrepender da sua escolha Jungkook — saiu batendo a porta.

Caralho, que foda!

— Pode sair de onde está Jimin — como ele sabe?

— Como sabia que eu estava aqui? — saí da cozinha.

— Ouvi o barulho do seu carro na garagem, e seu cheiro chega antes de você — falou.

— Belo ouvido, tchauzinho — ia subindo as escadas, ele me alcançou.

— O que vai fazer? — perguntou.

— Tomar banho, depois comer algo porque estou com fome, enfim deitar e tomar remédio — falei minha lista de afazeres.

— Adiciona conversar comigo na sua lista — ele falou.

— Consigo encaixar na minha agenda muito ocupada, após eu tomar remédio — falei, entrei no quarto ele veio junto.

— Realmente muita ocupação você tem — nem é sarcástico.

Entrei no banheiro e deixei ele lá, no banho lavei o cabelo.

Velha doida, falar que eu não sirvo para ele, sorte dela é que eu não me meto com a máfia japonesa.

Meu pai nunca se envolveu com eles, falam que eles são muito traiçoeiros, se aproveitam de máfias mais fracas para arrancar o dinheiro delas.

Resumindo, não é gente legal para ficar se metendo.

Saí do banheiro com uma toalha na cintura e uma secando meu cabelo, Jeon está sentado na poltrona sem camisa apenas com uma bermuda, já tomou banho.

Entrei no closet sentindo um par de olhos grudados em mim.

Passei pomada, e fiz o processo conhecido, vesti shortinho preto e uma blusa grande preta também.

Saí penteando meu cabelo, ele achou meu celular, está sorrindo e digitando.

— Com quem está falando? — perguntei me olhando no espelho, conseguia ver ele pelo reflexo.

— Seu pai — falou simples — O ômega.

— Nem vou falar nada — após pentear meu cabelo, saí do quarto.

Desci as escadas pulando degraus, na cozinha peguei algo fácil, lamen.

Miojo para os leigos.

Estava esperando a água ferver comendo chocolate, Jeon entrou pegou comida na geladeira e colocou para esquentar.

— Seu pai falou para nós irmos lá — ele falou parando ao meu lado no balcão.

— Faz tempo que ele quer que eu vá lá, é muito apegado a mim — falei — Era sempre eu que ficava com ele em casa, meu outro pai e meu irmão passam o dia na sede.

— Sede? — ele perguntou.

— Aqui é galpão, lá é sede — falei.

— Entendi. Fazia companhia sempre para seu pai? — confirmei — Treinava onde?

— Em casa, minha sala de treinamento era em casa — falei — Eu ia para a sede quando meu pai queria que eu participasse de alguma missão.

Três vezes na semana normalmente, e eu saía sozinho, matava e alguém vinha limpar.

— Quando irei conhecer meu outro sogro? Esse parece que não quer minha cabeça — ele falou.

— Um dia que não estiver ocupado, o que vai demorar — respondi, coloquei o macarrão na água.

— Vai nada, eu deixo Namjoon cuidando de tudo — falou.

— Meu irmão vai gostar de você, ou não — depende.

— Porque ele não iria gostar de mim? Seu pai eu até entendo, falei coisas terríveis no dia que me encontrei com ele — falou coçando a nuca.

— O que falou? — coloquei os temperos — Sua comida está pronta — apontei para o microondas.

— Deixa isso no passado — falou tirando a comida dele do microondas.

— Fala logo o que disse, me xingou sem nem conhecer, muito feio Jeon — falei zoando ele.

Peguei minha panela e sentei à mesa para comer.

— Critiquei por não saber fazer coisas que um ômega saberia — falou — E debochei do seu pai.

— Eu já imaginava, por isso que ele não gosta de você — falei.

— Não vai ficar chateado comigo, né? — perguntou preocupado.

— Você não me conhecia, e era um completo babaca — falei — Eu também falei mal de você, estamos quites?

— Estamos, o que falou de mim? — são tantas coisas.

— Muita coisa, não lembro — falei.

Comi ouvindo ele falando para eu lembrar o que falei dele, tenho memória ruim para essas coisas, não irei lembrar.

— Você lava as coisas — falei saindo da cozinha.

— Folgado — falou alto para eu ouvir.

— Sou mesmo — respondi.

Subi para meu quarto, após tomar remédio, eu mordi, por isso engoli fácil, escovei meus dentes.

Sentei na cama, com as costas na cabeceira, peguei o celular e falei que qualquer dia iria à casa dos meus pais, meu pai está louco para conhecer o Jeon.

Não sei porquê, não tem nada de interessante para ver.

Fiquei falando um tempo com ele, ele disse que estou liberado para mandar a senhora tomar no cu.

— Sua agenda está liberada? — Jeon entrou, está com moletom ele foi no próprio quarto.

— Está — desliguei o celular e coloquei na escrivaninha — O que vamos conversar?

— Voltar da parte me expulsou da sua sala — sentou ao meu lado.

— Não te expulsei — me defendi — Apesar de me relacionar com muitas pessoas, não entendo de relacionamentos sérios.

— Eu percebi, já decidiu se quer ficar ou namorar? — não vejo diferença nenhuma.

— Ficar por enquanto está bom, me avise o dia que for me pedir em namoro para eu pintar meu cabelo e me arrumar, se pedir e eu estiver desarrumado no dia vai ter que pedir de novo — falei e ele riu.

— Muito iludido você, não vou te pedir em namoro — bati nele — Já começamos com violência, esse relacionamento vai ser lindo.

— Vai mesmo, eu estou nele — sou perfeito — Ficar sério só para deixar claro, eu não fico com ninguém, nem você.

— Já imaginava que seria assim, não queria dividir você mesmo — falou.

Se ele pensa que é ciumento, vai conhecer alguém pior, meu lobo, eu sou de boa.

Sou mesmo, é meu e de mais ninguém, vamos fechar ele aqui.

Eu falei.

— Não ficou chateado com o que minha mãe disse? — perguntou.

— Não, já estou acostumado com gente falando que não presto, da minha aparência, do meu corpo, o jeito que falo, a forma de me vestir — falei — Ela não é a primeira e não será a última.

— E nada te atinge? — perguntou.

— Atinge, pareço ser inabalável, mas qualquer coisa estou chorando — tipo agora eu quero chorar — Eu apenas não demonstro minhas fraquezas, se mostrar que aquilo doeu vão continuar batendo, vou guardando até surtar e sumir, igual eu fiz recentemente.

— Me sinto culpado até hoje — falou baixo.

— Está tudo bem, já passou — falei — E você se arrependeu, está se mostrando ser diferente do alfa que conheci uns meses atrás, o que queria me ver morto.

— Eu não queria te ver morto — se defendeu — Só não queria na minha casa.

— Posso ir embora se quiser — falei fingindo que iria levantar, ele me grudou puxando para mais próximo dele — Estou brincando, não vou sair.

— Eu sei, não consegue viver sem mim — falou convencido.

— Você é muito convencido — falei, ele ainda não tirou os braços do meu corpo — Me conte sobre seu aniversário? Se sentir á vontade para isso.

— Qual parte? — perguntou.

Estou basicamente no meio das pernas dele, mas ainda existe uma distância considerável.

— Qualquer uma — respondi.

— Foi no meu aniversário de oito anos, meu pai me deu parabéns antes de sair para o galpão e mais um vídeo game — primeira coisa que saberei dele, pela boca dele — Minha mãe tomou café comigo, mas parecia um dia normal para ela, ela saiu e me deixou com Mary, Mary tentava me distrair do que estava acontecendo fora da casa, na garagem.

— Sua mãe traiu seu pai na garagem? — interrompi.

Velha safada!

— Sim, meu pai também traía ela, então não faz diferença a traição — não deu importância — Mary saiu comigo, me levou ao parque que ficava próximo a nossa casa, depois comprou um bolo para cantar parabéns, apenas eu e ela.

Eu não estou chorando.

— Que triste, e sobre a flor? — desculpa, eu sou curioso.

— Eu tinha seis anos quando isso aconteceu, era aniversario dela, a casa estava cheia — começou contar — Pedi para Mary comprar uma flor para ela, eu dei a flor na cozinha, ela agradeceu e saiu, quando Mary foi me tirar de lá por conta da bagunça que estava virando, eu vi a flor no lixo.

— Estou triste agora — falei e limpei o rosto, lágrimas.

— Não fica, são apenas coisas ruins do meu passado — falou simples.

— Mas, por quê seus pais viviam traindo? — perguntei.

— Casar sem amor é isso que acontece, por isso seu avô deve ter colocado para nós vivermos juntos e nos apaixonar para casar — deu certo, obrigado vô! — Meu pai casou com minha mãe por ela estar grávida.

— De você? — ele não tem irmão, então é ele.

— Não, do que seria minha irmã — falou — Dizem que morreu no parto.

— Dizem? Então tem a chance de você ter uma irmã mais velha? — confirmou — Já tentou procurar ela?

— Não, se minha mãe sumiu com ela, é impossível achar ela — falou.

— Sua mãe é um doce de ômega — falei.

— Igual você — dei uma cotovelada na barriga dele — Você sabe que isso realmente dói né?

— Por que eu faria se não fosse para doer? — o remédio me dá sono, e está começando a fazer efeito — Vou dormir, boa noite!

— Vou para o meu quarto, boa noite teimosinho — me soltou saindo da cama.

— Vai mesmo? — fica aqui!

— Já que insiste eu fico — voltou, ainda bem.

Escorreguei na cama me deitando, virei para o lado que gosto de dormir, ele me abraçou.

Ele está sorrindo igual um besta gente, e jurou ser piranha.

Me deixa, é gostoso sentir as borboletas.

Estou muito apaixonado, vou ver um médico!

[...]

— Jimin acorda — estou sendo sacudido sem nenhuma delicadeza.

— Que foi? — falei sem abrir os olhos.

— Vai teimosinho — abri os olhos, Jeon está em cima de mim — Vamos à casa dos seus pais, levanta — saiu da cama.

— Como assim? — levantei com tudo — Minha pressão puta que pariu.

— Levantando rápido desse jeito não há pressão que aguente — mostrei o dedo para ele delicadamente.

— Voltou, agora explica — falei.

— Como não tem nada de importante para fazer por agora, Namjoon vai conseguir sem mim — falou — Jin vai passar aqui com a Antonella, ela disse que quer ver você.

— Muitas informações, recapitulando, vamos para os meus pais, Namjoon se fudeu para cuidar sozinho de um bando de maluco, e uma princesa vem me ver — falei indo para o banheiro.

— Fala sozinho, que doido — ouvi Jeon falando.

Tomei banho pensando em como contar para meu pai que eu e Jeon estamos "ficando sério", ele odeia o Jungkook, se pudesse o matava.

— Estou fudido! — reclamei, escovei os dentes antes de sair.

Entrei no closet, fiz tudo que já decoraram, na força do ódio vesti uma calça de látex preta, coloquei um cropped preto colado, que marca perfeitamente as duas bolinhas do piercing.

Calcei um coturno, saí procurando meu pente, estava na mesa de cabeceira, peguei e comecei a pentear meu cabelo.

Olhei no espelho, eu me pegaria.

Jeon entrou no quarto enquanto eu passava hidratante labial.

— Para de me secar — falei olhando ele pelo espelho.

— Não consigo, muito — ele nem terminou de falar.

— Gostoso, eu sei — completei — Vamos voltar hoje né, não quero dar tempo suficiente para meu pai bolar um plano e te matar.

— Sim, amanhã tem carregamento chegando — falou — Antonella está aí.

— Pega meu celular e meu cartão na mesa de cabeceira, fazendo um favor — falei saindo do quarto.

Desci para sala, Jin estava arrumando o laço do vestido dela, em dois dias ela já perdeu a palidez, sabia que Namjin cuidaria bem dela.

— Olá Antonella — falei, ela correu até mim.

— Pensei que fosse me visitar — ela falou.

— Surgiram problemas princesa — minha sogra insuportável apareceu.

— Tudo bem, sabia que o Jin falou que eu vou morar com ele — me contou baixinho — Ele com o Nam vão ser meus papais?

— Isso, eles vão te tratar como uma princesa — falei.

— Eu tenho que chamar eles de pai? — falava tudo baixo para Jin não ouvir.

— Você pode falar quando quiser, não precisa ser agora — expliquei.

— Jin vai me levar ao shopping, disse que preciso comprar creme para meu cabelo, vai ficar cheio de cachinhos — contou alegre — Por que o seu não tem cachinhos?

— Sou azarado demais para isso, não tive essa sorte — falei.

— Ela perguntou para todos o motivo de não terem cachinhos — Jin falou, Antonella voltou para perto dele — Passei três horas assistindo tutoriais na internet de como cuidar de cabelo cacheado, Namjoon assistiu um vídeo e já pensa que é professor no assunto.

— Normal, alfas costumam pensar que sabem tudo — falei.

— Nada a ver — Jeon parou ao meu lado — Eu não sou assim.

— Lógico que não — até parece.

— Eu já vou indo, só passei aqui porque Antonella estava quase chorando para ver você — falou.

— Tchau Jimin — acenou sorrindo para mim — Tchau Jungkook.

Despedimos deles, saímos de casa e fomos para o carro de Jeon.

— E se sua mãe aparecer aí? — coloquei o cinto.

— Ela não vai, deve ter ido para um hotel — falou com certeza.

Saímos de casa, a viagem não seria tão longa por o carro ser rápido, isso é ótimo.

— É melhor não falar nada para meu pai sobre nós, ele já quer te matar, se souber que encostou no precioso filho dele, se considere morto — falei.

— Tudo bem, eu gosto de viver sem cicatrizes de bala ou faca, e quero continuar encostando no precioso filho dele — colocou a mão na minha perna.

— Vou falar com meu pai — peguei meu celular no lugar que ele guardou.

Mandei mensagem para o ômega, ele falou que está esperando para o almoço, e que o alfa já está pronto para receber Jeon.

— Deu ruim para seu lado — falei — Meu pai está te esperando com os cães — mentira, só um monte de armas.

— Eu gosto de cachorro — falou.

— Esses aqui ninguém gosta, eles podem te matar com uma mordida –- contei — Fica tranquilo, fui eu que treinei eles.

— Muito legal, meu futuro marido treinou cachorros assassinos — disse me olhando por um momento.

— Garanto que alguns daqueles números foi você que treinou — falei.

— Está enganado, eu treinei apenas uma ali, a 033 por algum motivo quando ela chegou o cheiro de Tae e James faziam ela ter convulsões — mas não parecia conhecer ela — E eu não reconheci ela pelo cabelo, ela era loira.

Como ele sabe que eu pensei isso? Ele lê mentes agora? Espero que não.

— Não leio mentes, você é muito expressivo — mentira — Pelo menos comigo.

— Para de ser convencido — falei.

O resto da viagem fiz ele contar coisas interessantes sobre o galpão. Descobri que nem sempre foi em Seul, e que o pai dele era mais suportável que a mãe.

Isso ele que está falando, eu não acredito.

O galpão era bem menor, foi Jeon que fez toda aquela mudança e colocou a área médica, tem hospital que se recusa tratar alguns deles.

E meu pai pensando que ele estava acabando com a máfia, os conselheiros também pensaram, pelo jeito ele fez ela crescer.

Finalmente entramos em Busan, faz meses que não venho aqui, emocionante.

— Aquela foi a escola que estudei — apontei para o prédio enorme — Nela que dei meu primeiro beijo.

— Muito legal — falou sem humor.

Ciúmes Jeon?

— Meu irmão quebrou a janela daquela casa — já estamos na minha rua.

— Seu irmão é terrível — é nada — Qual é sua casa?

— Aquela grande quase no final da rua — apontei para ela.

Minha antiga vizinha pintou a casa, após anos na mesma cor, meu pai se pudesse mudava toda semana.

Saímos do carro ao parar em frente à minha antiga casa, meu pai mudou a cor da porta.

— Lembre de me defender se seu pai me atacar — falou.

— Ele não vai, fica tranquilo — fica não, ele vai.

Andamos até a porta, apertei a campainha, parece que ele estava esperando, abriu no mesmo instante.

— Que saudade do meu bebê! — o ômega me abraçou, retribui o abraço — Você cresceu, parece maior.

— É só o coturno pai, estou do mesmo tamanho — infelizmente, me soltou.

— Prazer, sou Park Jun-ho — estendeu a mão para Jeon, que apertou.

— Jeon Jungkook — ele deve ter reconhecido o nome do meu pai.

Meu pai é filho de um governante importante da Coréia, no momento ele está fora do país.

— Você é muito bonito, Jimin tem sorte — elogiou o alfa.

— Não levanta o ego dele, já está passando dos limites — falei.

— É verdade, entrem — entramos, consegui ouvir meu irmão jogando no quarto — Seu pai após eu tomar todas as armas dele está fazendo pirraça no quarto.

— Nada de novo — ele é líder da máfia, e meu pai é líder dele.

— Por que tomou as armas dele? — sentamos no sofá.

— Não queira saber o motivo — respondeu.

— Vou ir falar com ele — deixei os dois conversando, e subi.

Entrei no quarto deles, ele estava na varanda olhando a piscina.

— Pai — chamei, ele me olhou — Fazendo pirraça, que feio.

— Não estou fazendo pirraça — falou, fui até ele o abraçando — Você cresceu?

— É só o coturno — segunda vez hoje — Venha, Jeon não é mais um completo idiota — me soltei dele.

— Não é por isso que não desci — o que foi agora? — Seu pai me contou que vocês dois estão juntos, você não me falou nada, e pretendia manter escondido por medo da minha reação.

— Como o pai sabe que estamos juntos? — resmunguei — Mas eu não contei para ninguém.

— Ele disse que soube a partir do momento que falou com Jeon pelo seu celular, e você detesta que mexam no seu celular — FBI por que choras?

— E sobre o medo da sua reação? — povo terrível para descobrir as coisas.

— É óbvio, você me conhece para saber que eu tentaria atacar ele se soubesse que ele encostou em você — eu disse — Mas agora que seu pai escondeu minhas armas, não posso fazer nada.

— Tadinho do bebê, está desarmado pelo ômega fofinho — me olhou bravo — Estou vazando, te espero lá.

Saí do quarto, nunca dá certo esconder as coisas dos meus pais, eles sempre descobrem.

Desci para sala, eles estavam rindo olhando um álbum de fotos, o meu é óbvio.

— Essa aqui ele tinha dois anos e pouco, tive que sair e ele ficou com o pai, Jong dormiu deixou ele sozinho, esse foi o resultado — derrubei um pote de farinha na cabeça, um fantasminha.

Sentei ao lado de Jeon, continuou mostrando fotos minhas, criança.

— Nessa foi a segunda vez que os olhos pratas apareceram, a primeira vez foi ao nascer — meu pai tira foto de tudo.

— Eles sabem — resmunguei baixo, Jeon entendeu.

O alfa apareceu na sala, Jeon ficou em pé para cumprimentar ele que estendeu a mão, que tensão.

— Que bom te ver de novo — meu pai foi irônico.

— Digo o mesmo — Jeon falou.

— Pode parar com isso de ficar se encarando e usando a linguagem da máfia — meu pai falou.

Tem uma língua que só líderes de máfia conhecem, se comunicam sem abrir a boca, eu estava começando aprender.

Jeon se sentou novamente, o que raios eles falaram?

O ômega voltou conversar com Jeon, se deram bem.

Pelo menos com um né, o outro está de bico.

— Pai, o senhor viu o cabo do videogame? — meu irmão perguntou descendo a escada — Jimin? Ninguém me contou que você iria vir.

Me abraçou.

— Quem é você? — perguntou para Jeon, após me soltar.

Jeon ficou em pé, evidenciou a clara diferença de altura, eu vi a leve tremida na mão do meu irmão.

— Jeon Jungkook — estendeu a mão para meu irmão.

— Park Ye-jun — apertou a mão de Jeon, soltou rápido — Por que ninguém me contou que o noivo do Jimin estaria aqui?

— Teria saído do país, medroso — o alfa provocou ele.

Esse é mais um motivo para ele não assumir a máfia, tem medo de pessoas maiores que ele, o que não é difícil já que é menor que eu cinco centímetros.

— Vou voltar a jogar — falou.

— Vai nada, vamos comer — o ômega puxou ele de volta — Vocês dois ficam aí, já chamo.

Eu morava aqui, sabia? Ainda sou de casa.

O ômega arrastou os dois alfas para cozinha.

— Por isso disse que seu irmão poderia não gostar de mim? — perguntou.

— Exato, ele tem medo de pessoas mais altas que ele, o que não é muito difícil — falei — E você tem essa pose de mandar na porra toda, assusta.

— Eu te assusto? — neguei.

Fico excitado isso sim, como eu sou safado, preciso me tratar.

— O que meu pai te falou? — perguntei.

— Depois te falo — o ômega apareceu.

— Vamos — fomos para cozinha, a mesa toda cheia de comida.

— Quanta comida — falei.

— Você está muito magrinho, precisa comer — eu engordei três quilos depois que me mudei, ele está enlouquecendo.

Fiquei mais gostoso, lógico.

Meu pai sentou em uma ponta, Jeon em outra, sentei ao lado dele.

Como a tradição, meu pai serviu Jeon, só após o prato estar nas mãos do Golden pude me servir.

Eu odeio tradições!

— Meu pai cozinha muito bem, você vai gostar — falei.

— Muito bom — falou após experimentar.

Comemos em harmonia, nada de guerra entre as duas máfias ainda bem.

— Jeon — meu irmão chamou a atenção do alfa concentrado em seu prato — Você joga videogame?

Que maravilha, perdendo o medo e falando com Jeon.

— Jogava muito, após assumir a máfia não tive mais tempo — que alfa responsável.

— Aceita jogar uma partida comigo? — isso é um desafio? Você não devia ter feito isso maninho.

Jeon é competitivo como todos os Parks.

— Claro — olha o sorriso, alguém se fudeu.

E não é eu, me sinto bem com isso.

— Sua avó materna mora na Coréia né? — meu pai alfa perguntou.

— Sim, ela deixa o pai da minha mãe com as amantes e fica por aqui — falou simples.

Essa família gosta de trair, e se for genética? Não quero ser corno de novo.

— Ela passou por aqui semana passada — creio que Jeon não sabia disso pela reação — Falou que vai fazer uma visita, quer conhecer o Jimin.

Se for uma praga igual à filha nem apareça.

— Como é sua sogra maninho? — olha a cobra soltando veneno.

— Maravilhosa, nunca conheci pessoa melhor, pensa no bem do próximo, está disposta ajudar quem precisa, e amou eu ser futuro marido do filho dela — falei sorrindo, Jeon riu.

— Mentira, ela é tudo isso ao contrário — Jeon falou.

— Que sorte em maninho. Já pensou, ela decide morar com vocês para sempre — que menino venenoso.

— Vira essa boca para lá, bate na madeira — o ômega bateu na mesa — Vou te colocar de castigo se continuar jogando praga no seu irmão.

Jeon riu ao ter a mãe chamada de praga.

Meu pai alfa finalmente parou de se estranhar com Jeon, estavam até falando sobre coisas da máfia, aos poucos vamos evoluindo.

Após terminar de comer, me encarreguei das louças, Jeon tentou me ajudar, mas foi puxado pelo meu irmão para jogar, meu pai alfa foi junto.

— Ele gosta mesmo de você — o ômega falou pegando o que eu lavava, secando e guardando.

— Por que está falando isso do nada? — perguntei.

— Por nada, enfrentar seu pai daquela forma não é para qualquer um, o Jang fez o que para conseguir permissão? — questionou me fazendo lembrar.

— Pediu para o senhor convencer ele — alfa medroso.

— Exato, Jeon estava disposto a lutar com seu pai para conseguir a permissão, coisas doidas de máfia — falou — Mesmo tendo o contrato, Jeon não queria passar por cima da autoridade do seu pai aceitando só a do seu avô.

Faz sentido, não pedir para meu pai é negar a autoridade dele, isso é falta de respeito.

— Você está sorrindo igual um bocó apaixonado — o ômega falou rindo — Está todo apaixonado no alfa grandão.

— Eu sei, fazer o que — continuei conversando com meu pai enquanto limpava tudo.

— Não gostei do Jeon — meu irmão apareceu falando.

— Por que? — perguntei.

— Ele ganhou seis vezes de mim, agora o pai está jogando com ele, e o pai me expulsou do meu próprio quarto — falou com bico.

— Parece criança — o ômega falou.

— Perder faz parte, aprenda isso — falei — Tenta chamar ele para um racha, quem sabe assim você vence.

Vai perder de novo, o único que vence Jeon sou eu.

O alfa correu de volta para o quarto.

— Ele vai perder né? — meu pai falou.

— Vai, Jeon ainda não entendeu o negócio sobre perder — finalmente terminei.

— Normal, seu pai também não — falou — Lembra quando venceu dele?

— Não tem como esquecer, ele me colocou de castigo — família doida.

Ouvimos eles descendo.

— Vamos para sede, os dois vão correr — a animação do meu pai está me assustando.

Saímos de casa, Ye-jun foi no carro dele um Ferrari, meus pais no deles, eu com Jeon.

— Por que meu pai está feliz? — perguntei.

Jeon seguia eles para não se perder.

— Ele apostou comigo, disse que seu irmão ganharia — falou sorrindo ladino — Eu disse ser impossível isso acontecer.

— Sabia ter motivo para aquela animação — falei.

A sede fica a cinco minutos de carro da nossa casa, chegamos rápido.

Entramos com os carros, fomos direto para pista que tem aqui, foi construída pensando em mim.

Sou especial, os conselheiros mandaram fazer quando começou a construção daqui.

Em Seul são galpões enormes, aqui é um único prédio grande.

— Gostou? — perguntei olhando ele observar tudo.

— Sim, é bem grande — falou, parou o carro.

— Como vai funcionar? — perguntei após sair do carro.

— Quatro voltas, quem chegar primeiro ganha — meu pai falou o óbvio.

O ômega está encostado no carro apenas olhando a merda que vai dar.

— Eu dou a largada — falei animado — Vai se arrepender disso — falei para meu irmão.

— Vou nada, vai ser moleza — disse convencido.

Ele não conhece Jeon Jungkook, e vai conhecer da pior forma, em uma pista de corrida.

Do mesmo jeito que eu conheci.

Só não pode se apaixonar como eu, corto a cabeça dele, as duas.

Os dois carros se posicionaram lado a lado, acelerando, eu nem vou correr e meu coração está palpitando forte.

Peguei um lenço com meu pai, fui entre os dois carros, faz tempo que não estive aqui, sempre estou no carro.

Balancei e soltei, Jeon deixou meu irmão sair na frente, isso vai ser maravilhoso.

Enquanto eles corriam muitos soldados saíram do prédio, por ouvir eles derrapando na pista, vieram assistir sem saber quem estava no carro.

Estava na terceira volta e meu irmão na frente, Jeon vai deixar até o último instante, o Hennessey é bem mais rápido que a Ferrari.

Dois quilômetros para a linha de chegada, eu torcendo por Jeon logicamente (desculpa maninho), Jeon ultrapassou deixando meu irmão apenas com a poeira.

O pneu cantou na hora que ele virou o carro na linha de chegada, parou o carro de lado.

Saiu do carro e os soldados souberam quem estava correndo.

— Eu falei que iria se arrepender — falei para meu irmão que acabou de sair do carro.

— Vou ficar um mês sem videogame — reclamou.

O pai colocou ele de castigo.

Jeon se aproximou, meu pai entregou um papel na mão dele, ele guardou no bolso.

— Sabia que ganharia — falei quando ele se aproximou de mim.

— Estava valendo muito — o que ele apostou? — Se eu perdesse, o carro ficaria para ele.

— Se eu voltasse a pé por sua causa, tu morria — falei batendo no braço dele.

— Não bate no meu genro! — o ômega veio defender Jeon.

— Era só o que me faltava — Jeon me mostrou a língua atrás do meu pai.

— Jimin — ouvi a voz do Min — Não sabia que estaria por aqui.

— Olá Min — falei sorrindo — Vim com Jeon, só era na casa dos meus pais, mas eles resolveram correr.

— Já marcaram o casamento? — perguntou.

— Ainda não, quando marcar venho entregar seu convite pessoalmente — falei.

— Estou ansioso por isso, era o sonho do seu avô ver as duas famílias juntas, ele deu uma forcinha para o destino e uma profecia — não entendi — Há muitos anos uma profetisa falou que as duas famílias se uniram, era quando viviam brigando por território, seu avô desistiu deles para fazer isso acontecer.

— Quanta informação — não sei se agradeço meu avô, ou brigo com ele — Conte mais sobre essa profetisa.

— Ela está viva, tem quase cem anos, o único templo de ômega que existe na Coréia, está em Daegu — contou — O de Busan e Seul foram destruídos em guerras, e você sabe que Daegu é o único lugar que nenhuma máfia comanda.

Por enquanto, ouvi Jeon falando com Namjoon sobre tomar a cidade para eles também.

— Ela terá mais respostas para você, aquilo que está te afligindo ela vai falar — falou e saiu.

Como sabe disso? Pessoas idosas entendem das coisas.

— O que tem te afligido? — Jeon perguntou parando ao meu lado, é óbvio que ele estava prestando atenção na conversa.

— Nada de importante, vamos agora? — perguntei.

— Ainda tenho que cumprimentar os conselheiros, se despeça dos seus pais enquanto isso — falou.

Coisa de trinta minutos estávamos saindo da sede para ir embora para nossa casa, que dia cansativo.

[...]

Chegando em casa já era noite, a senhora ainda não apareceu, ainda bem.

Eu estou exausto, ir e voltar no mesmo dia é cansativo.

O que eu quero é deitar e dormir, mas preciso tomar banho.

Tirei o coturno no quarto e entrei no banheiro, Jeon foi para o quarto dele, ele pensa que vai fugir de me falar o que conversou com meu pai.

Tomei banho apenas para tirar a sujeira, coisa rápida, minhas costas clamam pela cama, escovei os dentes antes de sair.

Vesti cueca e cropped, perfeito.

— Ai que delícia de cama — falei ao deitar — Não saio nem arrastado.

— Jimi... Porra, que bunda — ouvi Jeon falando.

Me cobri tampando o que ele estava olhando.

— Chato — senti o lado direito afundar.

— Desenrola o que falou com meu pai? — perguntei, virei a cabeça para o lado que ele deitou.

— Ele falou que iria me caçar até o quinto dos infernos se te magoar, eu disse que se eu fizesse isso meu lobo me mataria — tem esse jeito de um de nós morremos, o lobo nos matar.

Fora isso, apenas uma maneira.

— Que fofinho — falei sorrindo.

— Não sou fofo — chato.

— Que papel meu pai te entregou? — perguntei.

— Permissão por escrito que posso me relacionar com você, você é filho de um líder de máfia, não posso namorar você sem a permissão dele, estaria quebrando regra — meu pai estava certo.

— Mas não estamos namorando, e você disse que não iria pedir — falei — Mudou de ideia? Viu que sou maravilhoso demais para só ficar né? Eu sei.

— Você se acha muito — falou — Quem decidiu ficar foi você.

— Não queria parecer apressado — falei — Já foi, para mim, é a mesma coisa.

Ficamos se encarando, meus olhos me traíram, a boca pareceu mais atrativa.

Beija, beija, beija.

Ele me beijou, por que beijar tão bem assim?

Beijou muitas bocas antes da sua.

É mesmo, sem vergonha!

— Por que me bateu? — perguntou após a tapa.

— Nada — voltei a beijar ele.

O sono até passou, mentira.

Eu juro que beijaria ele a noite inteira, mas estou com muito sono!

Encerramos o beijo com selinhos demorados.

— Sua boca é deliciosa — elogiou, abri os olhos encarando os dele.

— A sua também — falei.

Adormeci com ele me abraçando, ainda parece que estou sonhando.

Vou te beliscar e você vai ver que é real.

Acordei procurando ele na cama, ele não está.

Sentei na cama coçando meu olho, olhei para os lados, tem um bilhete rosa na mesa de cabeceira, peguei para ler.

Saí de madrugada, apareceu uma missão.

Se minha mãe aparecer vem para cá, não fica com ela.

Deve ter sido uma missão muito importante, saí da cama, coloquei o bilhete na gaveta e peguei o remédio que irei beber, o último.

Finalmente!

Peguei o copo que Jeon deixou para eu usar para ajudar beber remédio, enchi na pia do banheiro e bebi o remédio.

Vesti uma calça moletom no closet, coloquei tênis e saí.

Desci para a cozinha, coloquei café para fazer, enquanto esquentava o pão na torradeira.

Estava olhando a geladeira, procurando a manteiga, senti um cheiro doce insuportável, até ânsia me deu.

Virei procurando o que era, a mãe de Jeon com a dona do cheiro.

— Quem é essa? — perguntei.

— A nova noiva do meu filho.....................
























































































(Park Ye-jun)

Os pais do Jimin podem imaginar como um casal de dorama bl (boys love).

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!

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