| Capítulo 20 |
Jimin on.
— Prazer, sou a senhora Jeon Chae-won — estendeu a mão para mim.
— Park Jimin — apertei a mão dela.
É a mãe do Jungkook, sinto que vou desmaiar.
— Suponho que seja o noivo do meu filho? — soltou minha mão, o olhar dela para mim é de nojo, também não gosto de tu senhora.
— Sim, sou eu — respondi.
— Não lembro de ter convidado a senhora mãe — Jeon falou — O que faz aqui? — é óbvio que ele não esperava ela.
— Vim conhecer o noivo do meu filho, não posso? — não.
— Já conhece, pode ir embora — ele expulsando a chata.
— Não, vou passar uns dias aqui — apontou para as malas dela.
Isso não é problema meu, estou vazando!
Saí de fininho enquanto eles se resolviam, subi a escada sem fazer barulho, entrei no meu quarto e fechei a porta.
Tomei um banho relaxante, consigo ouvir os dois discutindo, o amor de mãe e filho contagia.
Me vesti no closet, calça moletom branca e cropped branco, já é noite.
Pedi dois lanches com batatas, na hora que chegou a casa estava silenciosa, busquei em silêncio, subi para o quarto novamente.
Ainda bem que tem copo aqui, água dos remédios que eu tomo, iria chamar Jungkook, mas ele entrou no meu quarto com tudo trancando a porta.
— Invasão de propriedade — fez shiu para mim — Não faz shiu para mim não.
Se aproximou colocando a mão na minha boca, e fez sinal para eu ouvir os barulhos, a mãe dele passou duas vezes na frente da minha porta.
— Park? — ele me soltou para responder.
— Sim? — falei.
— Jungkook está com você? — ele fez sinal para eu falar que não.
— Não, ele foi para o galpão — aumentei a mentira.
— Obrigada — agradeceu e saiu.
— Por que está se escondendo dela? — perguntei, ele sentou na poltrona.
— Ela está falando coisas sem sentido e eu não quero ouvir — falou, o que você esconde Jeon?
— Entendo, quer? — ofereci um lanche, ele pegou — Eu já ia te chamar, mas você invadiu meu quarto.
— Me ama muito mesmo — vou nem falar nada.
— Ainda bem que deixei copos com água aqui — peguei os dois e joguei a água pela janela, entreguei um para ele, e a lata de refrigerante — Vai se esconder até quando?
— O máximo que eu conseguir, vou sair cedo para o galpão — que maravilha, vou ficar sozinho com a velha chata.
— Vai dormir aonde? — perguntei.
— Aqui, ela está no meu quarto — iludido ele.
— Tem mais quartos nessa casa — falei.
— Quando Namjoon mandar alguém arrumar, pode se dizer que enquanto você estava fora eu quebrei todos — bebeu refrigerante.
— Brincadeira né? — negou — Você vai ficar no chão.
— Nem vem, sua cama é grande, cabe nós dois — não quero dormir com você.
— Sua mãe falou algo mais sobre quanto tempo vai passar aqui? — perguntei.
— Ela vai se mudar para Seul, pretende ficar aqui até a casa dela estar pronta, minha vida vai virar um inferno — estou com dó dele — E a sua, ela não gostou de você.
— É recíproco — resmunguei — Posso matar sua mãe?
— Não, apesar de o nome dela ser coreano, ela é japonesa e o pai está bem vivo, causaria guerra entre máfias — ele falou.
Ele não chama de avô.
— E sua avó? — perguntei.
— Está viva também! Ela é coreana, se casou com pai da minha mãe por um contrato unindo as famílias, igual a nós — falou.
A história está se repetindo, muito interessante.
Ao terminar de comer joguei as coisas no lixo do banheiro, lavei os copos na pia.
A sorte dele é que tem escova nova na gaveta, eu não iria emprestar a minha.
Enquanto ele escovava os dentes dele eu arrumei a cama, fiz uma barreira de travesseiro.
Deitei do meu lado preferido, o esquerdo me cobri e fiquei fuçando meu celular.
— Nem é exagerado — falou olhando a barreira — Não quer encostar nesse belo corpo por quê?
— Maravilhoso mesmo, mas não vou tocar em alfa alheio — falei para ele, que se deitou ao meu lado.
Tirou os travesseiros que coloquei.
— Fica suave, não vou encostar em você — sei.
Coloquei meu celular para carregar em cima da mesa de cabeceira, primeiro tomei remédio e depois apaguei.
[...]
Acordei sentindo algo quente me abraçando, abri os olhos devagar, olhei minha cintura e tem dois braços tatuados me abraçando.
— "Não vou encostar em você" uma porra que não vai — resmunguei baixinho.
Ao tentar sair me abraçou mais, aconchegou a cabeça no meu pescoço, só pode ser pegadinha.
Silvio Santos eu sei que foi você!
Fiquei quieto esperando ele acordar, observei as tatuagens nos braços, passei a ponta do dedo por cima de uma flor.
— Faz cócegas, para — ouvi a voz rouca falando, ele está acordado esse puto.
— Se puder me soltar eu agradeço — falei.
— Não, está bom aqui — ele estava abraçado comigo, raspando o nariz no meu pescoço, como que não se apaixona?
— Se não me soltar significa que me ama — era o único jeito, dói não ser recíproco, mas fazer o quê? — Obrigado.
Fui para o banheiro, tomei banho, escovei os dentes e saí com a toalha enrolada na cintura, ele ainda está aqui.
E mexendo na porra do meu celular.
— Que foto sexy Park — falou me olhando com um sorrisinho idiota.
— Para de fuçar meu celular — falei.
Entrei no closet, passei pomada nos hematomas, esses que já sumiram, é só para diminuir a dor local.
Passei hidratante nas tatuagens, e limpei o piercing, vesti uma saia estilo colegial rosa com uma blusa branca que cobria quase ela.
Saí do closet passando óleo no cabelo, no espelho penteio ele, passei um hidratante labial.
— Vai aonde? — ele perguntou.
— Lugar nenhum — respondi, deixei o hidratante e óleo na mesa de cabeceira— O que está vendo?
— Suas fotos sensuais — respondeu, sentei na cama ao lado dele.
— Não tiro foto sensual — falei.
— Tira sim, parabéns pelo corpo — falou.
Estava tranquilo até chegar nas partes que ninguém pode ver, tentei puxar da mão dele, mas ele foi rápido saindo da cama.
— Mandou para quem? — perguntou olhando.
— Ninguém, só deixo aí — respondi sincero, é a primeira vez que alguém vê essas fotos — Me devolve.
— Olha isso — falou olhando para a tela, ao chegar perto ele levantou o braço — Se pegar eu devolvo.
— Você é um grande filho da puta — falei para ele — Vou falar para sua mãe que está aqui.
— Não ligo, eu ficando com as fotos não me importo de ouvir ela falar — por que ele quer fotos minhas com ausência de roupa?
— Por que quer essas fotos? — perguntei.
— Porque são ótimas, nudes conceituais — falou.
— Eu te mando, agora me devolve — falei.
— Não confio em suas palavras, eu mesmo mando — passou um tempo mexendo — Todo seu — entregou o celular.
Ele iria sair do quarto.
— Não fale para ninguém sobre essas fotos — pedi para ele segurando o braço dele.
— Será nosso segredo — saiu do quarto.
Mais um né, sem querer ele vai sabendo tudo sobre mim, o filho da puta tem a senha do meu celular.
Fiquei no quarto até umas nove horas, Jeon já vazou para o galpão, mandou mensagem falando para eu ir também, mas irei enfrentar a fera.
Desci para a cozinha, ela ainda não levantou, essa senhora acorda tarde.
Jeon pediu para um dos seguranças da casa comprar coisas para eu tomar café, coloquei o café para fazer na cafeteira.
Estava encostado no balcão olhando o celular, a senhora apareceu.
— Você usa saia? — foi a primeira coisa que ela falou.
— Bom dia para senhora também, eu uso — falei com um sorriso no rosto.
— Bom dia — foi forçada a falar — Onde está meu filho?
— Já foi para o galpão — respondi.
O café ficou pronto, peguei uma xícara e coloquei para mim, sentei à mesa e adoço o mesmo.
Ela sentou após pegar café, não adoçou, que senhora amarga.
Estava comendo em silêncio, ela o quebrou me fazendo perguntas.
— Quantos anos têm? — primeira pergunta.
— Vinte e um — não perguntei a dela porque é falta de educação.
— Sua mãe permite você usar essas roupas indecentes? — segunda pergunta.
— Meus pais não se importam com minhas roupas, apenas com minha educação que é excelente — respondi.
— Marcaram o casamento para quando? — terceira pergunta.
— Ainda não marcamos, mas com certeza a senhora será a primeira a saber — vou entregar o convite na mão dela.
— Espero — se calou finalmente.
Terminei meu café, como a boneca comeu pão com garfo e faca, irei lavar mais coisas.
— Pode ir descansar, eu lavo — falei para ela, tirei as coisas da mesa e coloquei na pia.
Jeon vai ter que contratar uma pessoa para lavar louça, para limpar a casa já tem. Nunca vi, sempre vem em horários que não estamos aqui, assim não atrapalhamos o serviço de ninguém.
Após terminar limpei a mesa, e guardei o que não comemos, Mary chegou com nossas comidas, ela sempre entra pela porta da cozinha.
— Oi Jimin — falou sorrindo.
— Oi Mary, senhora Jeon está aí — ela fez uma careta.
— Credo, você guarda que eu estou saindo — deixou as sacolas no balcão e foi embora.
— Isso só me anima em conviver com minha futura sogra — resmunguei.
Guardei tudo na geladeira, organizei igual a Mary para ficar certinho.
A hóspede derramou café, terei que limpar.
Fui à lavanderia e para minha surpresa tem um beta colocando as roupas para lavar, os funcionários da casa é igual fantasma você não vê, mas eles estão lá.
Ele é menor que eu, branco como leite, loiro de olhos claros, não é coreano nem fudendo.
— Bom dia — falei sorrindo.
— Bom dia senhor — curvou em respeito.
Peguei um pano e um rodo, um produto para não manchar o porcelanato do chão.
— Se me permite perguntar, o que o senhor vai fazer? — perguntou olhando o que eu peguei.
— Limpar a cozinha, alguém derramou café — respondi simples.
— Pode deixar que eu limpo senhor — se apressou em falar.
— Fica tranquilo, eu limpo, você já está ocupado — saí de lá antes que tomasse da minha mão.
Na cozinha limpei ela toda, limpar só onde sujou é preguiça, ao terminar devolvi tudo para lavanderia.
— Quer ajuda? — perguntei, não quero ficar com velha chata.
— Não precisa, a roupa já está secando — falou.
— Eu ajudo a dobrar, qual seu nome? — questionei.
— Matthew — eu disse que não era coreano, pela aparência já é óbvio.
— Pode me chamar de Jimin — falei.
Ele tirou todas as roupas da secadora, algumas estavam no cabide outras são dobradas. Ele é tímido, aquele que fica um tomate de vermelho com interação.
Já fui assim, não sou mais.
Ajudei ele a levar tudo para os quartos, a senhora estava na sala então conseguimos entrar no quarto do Jeon.
Ele desceu e eu fui guardar minha roupa, guardei tudo e desci para pegar água.
— Você ajuda os empregados? — perguntou quando passei na sala.
— Sim, ajudo os funcionários — falei, para não ficar com você, limpo essa mansão inteira.
Segui para a cozinha, peguei água.
— Aonde fica o shopping mais caro aqui? — perguntou ao me ver.
— No centro — respondi.
— Me leve até lá — não pediu, ela está me dando ordem.
— Claro — aceitei sorrindo.
Subi para meu quarto, calcei um ALL star rosa, coloquei uma arma pequena no coldre de coxa e uma faca escondida no tênis.
— Vamos senhora? — ela concordou.
Saímos de casa, alguém trouxe ela, não vi carro diferente.
Ela parou ao lado do meu Bugatti, eu iria entrar, mas ela quer que a porta seja aberta para ela entrar.
Abri e ela entrou, atrás, sou motorista particular agora.
— Senhora folgada — falei após fechar a porta.
Entrei no carro, coloquei o cinto e saí da garagem.
— Você e o meu filho já estão namorando? — perguntou.
— Não senhora — respondi.
Ainda bem que moramos perto desse shopping, ao chegar eu entrei com ela.
Andava atrás dela, estou fazendo a segurança da mãe de Jeon, ela quase foi roubada três vezes.
Tem uns mão leve que ficam nesse shopping para roubar povo rico distraído.
Ela entrou em uma loja de diamantes, comprou três pares de brinco à vista, entrou em uma loja de grife, mais três pares de sapato à vista.
Achei engraçado ela se achando para mim, mostrando que pode comprar tudo isso.
Ao sair das lojas sou eu que carrego as sacolas da madame, palhaçada com a minha cara.
Voltamos para o carro, guardei no porta-malas e abri a porta para ela, entrei e finalmente irei para casa.
— Passe em um restaurante — falou o nome chique do restaurante.
Deixei ela na porta.
— Não vai entrar? — perguntou.
— Não, não gosto de frutos-do-mar — mentira.
Ela entrou, eu fui para lanchonete que fica em frente, comi um lanche cheio de coisas que fazem mal, com um suco natural para equilibrar.
Acabei primeiro que ela, voltei para perto do carro, em dez minutos ela saiu.
Agora é casa!
— Passe naquela loja — esquece a casa.
Uma loja cheia de enfeites para casa, não qualquer enfeite, são com detalhes em ouro ou prata.
Ela comprou um vaso com uma frase em ouro, quem teve que levar para o carro?
Eu de novo, mas que vaso pesado, um dos lugares que levei um chute sentiu, quase deixei cair esse negócio.
— Que dor é essa? — resmunguei baixinho, entrei no carro e fui para casa.
E para piorar tudo, não vi nenhum segurança disponível para me ajudar, lá vai eu de novo sozinho.
Primeiro as sacolas, em seguida o vaso, não era para colocar no quarto do Jeon, coloquei na sala em um canto.
Sentei no chão por sentir muita dor, será que eu desloquei algo? Essa velha vai colocar no lugar.
Ela subiu para tomar banho e descansar, e eu não consigo nem ficar em pé.
Mas antes de subir ela fez uma proposta.
— Viu tudo que comprei? — confirmei — Tenho muito dinheiro, se desistir desse contrato eu dou dinheiro necessário para você recomeçar a máfia.
— Eu tenho o triplo do que você tem, sou um Park, não um zero à esquerda — respondi.
Velha soberba.
O universo me vendo sofrendo mandou um dos seguranças, eles entram para fazer uma ronda na casa quando estou "sozinho", agora tem hóspede.
— Está tudo bem, Jimin? — perguntou me olhando.
— Não, me ajude a subir — pedi, ele veio e me ajudou ficar em pé, me levou para o quarto — Obrigado — falei após me deitar na cama.
— Não foi nada — saiu do quarto fechando a porta.
O remédio, puta que pariu.
Não consigo levantar, e preciso de água, não consigo tomar remédio no seco.
Achei uma posição que não doesse tanto, e fiquei deitado morgando
— O que aconteceu? — ai meu coração!
— Vai assustar sua mãe Jungkook, que porra! — senti dor ao falar — Essa doeu.
— Você estava melhor — fechou a porta, se aproximou.
— Sua mãe me fez de servo, me machuquei carregando um vaso — respondi.
— Eu falei para você ir comigo, mas é teimoso demais para isso — falou.
— Não é momento para jogar verdade na minha cara, só pega água para eu tomar remédio — falei.
Ele veio por minha causa, ou já estava vindo?
Não, ele disse que iria passar o dia lá.
Ele voltou com a água, e uma sacola com algo dentro.
— Onde está o remédio? — perguntou me entregando o copo.
— Na gaveta, é o azul — ele pegou na mesa de cabeceira e me entregou.
— Até quando vai dar trabalho para beber remédio — viu que eu não engolia — Pronto.
— O que é isso? — perguntei.
— Compressa de gelo, é nas costas? — confirmei — Vira.
Me virei devagar ficando com a bunda para cima.
— Vou levantar sua blusa — levantou, ao colocar vi até estrelas.
— Muito gelado, tira tira — falei.
— Quieto, está no lugar certo? — assenti.
Ele sentou ao meu lado e continuou segurando.
— Veio por minha causa? — estou com a cabeça virada na direção contrária que ele está sentado.
— Sim, estava saindo para uma missão quando 052 me ligou falando que você estava machucado — todo preocupado ele.
— Obrigado — agradeci — Sua mãe te ofereceu dinheiro para desistir do contrato, né?
— Como sabe? — virei a cabeça olhando para ele.
— Ela também me ofereceu, disse que me daria todo o dinheiro para recomeçar a máfia — contei.
— Você aceitou?
— Pirou de vez, não preciso do dinheiro da sua mãe, se dei minha palavra que iria casar eu vou casar — falei — Antes de mim, um Park prometeu que eu me casaria com você, nós Parks não quebramos promessas.
E eu quero casar com você, puto!
Eu era piranha, olha a porra que eu virei, um besta apaixonado, eu vou chorar!
— Isso é lágrima? — apontou para meu olho.
— Sim, me deixa — virei para outro lado de novo.
Ficamos em silêncio, só ouvíamos nossas respirações, ou o mosquito que acabou de entrar pela janela.
Esquece, Jeon matou o coitado.
— Ele tinha uma família — falei.
— Não ligo, detesto barulho de mosquito — pressionou novamente.
— Vai devagar nessa pressão que eu estou vivo — infelizmente.
— Nem estou fazendo pressão — falou.
— Mentiroso — falei — Quando vou dançar para você?
— Quando estiver totalmente bem, por enquanto vai ficar deitado — um cu que eu vou.
— Vai me amarrar, me recuso — discordei.
— Você não tem escolha, vai ficar aqui até estar bem — falou.
— Eu estou bem — mentira.
— Isso é mentira, o que você tanto fez hoje? — contei tudo que fiz, com detalhes — Mas você come frutos-do-mar.
— Com sua mãe eu não como, ela comeu pão com garfo e faca, quis nem ver como ela iria comer o caranguejo — falei.
— Um pouco pior, sabe que ela derramou café de propósito né? — perguntou.
— Eu sei, quase joguei o resto na cara dela, sorte que é sua mãe — já fiz isso uma vez, posso muito bem fazer de novo.
— Ela se salvou por ser minha mãe? — confirmei — No fundo, você me ama.
Quem dera fosse só no fundo, mas não é.
— É né — resmunguei.
— Vocês estão com muito cu doce, beija logo.
— Ele falou! — exclamei alegre.
— Quem falou seu doido? — Jeon me perguntou.
— Meu lobo, ele está bem de novo — finalmente.
— Então já vai voltar pegar todo mundo? — por que ele está triste?
— Isso aí — respondi — Preciso estar bem primeiro.
— Entendo, já derreteu, precisa de algo? — neguei — Vou voltar para o galpão.
Saiu e fechou a porta, cara estranho!
— Você realmente não sabe por que ele está assim? - não - Ser lerdo é difícil.
Nem para me falar o motivo, esse sem vergonha.
[...]
Passei o resto do dia deitado, tomei outro remédio, fiz pozinho dele para conseguir, horrível!
À noite tomei banho, e passei pomada no lugar, já não dói tanto, é só uma dorzinha aguda.
Vesti um conjunto de moletom amarelo, é óbvio que a parte de cima eu cortei.
Deitei na cama, fiquei assistindo série até dar fome.
Desci para cozinha, esquentei algo e iria subir para o quarto, mas a madame apareceu.
— Onde será servido o jantar? — me perguntou.
— No microondas, a senhora pega na geladeira esquenta nele e ele que te serve — que pergunta.
— Não é fresca? — neguei.
— Se a senhora quer tanto fresca, tem comida nos armários e na geladeira, panela também não falta, fique a vontade para fazer — falei.
— Não quero, esquenta para mim — respirei fundo e coloquei para esquentar, ao terminar entreguei na mão dela.
— Boa janta — saí da cozinha com a minha comida, subi para o quarto — Meu pai cortava minha cabeça se me visse comer no quarto.
Sentei na poltrona e comi assistindo, ao terminar desci para lavar, o pote da bonita está aqui com os hashi.
— Essa vida de servo não é para mim — falei enquanto lavava tudo, seco e guardo antes de voltar.
Passei pomada de novo, essa pomada é milagrosa, não sinto quase nada de dor.
Fiquei assistindo série, e as horas foram passando.
Oito horas e nada do Jeon.
Nove horas e nada do Jeon.
Dez horas e nada do Jeon.
Não atendeu o celular, liguei para o Tae e ele disse que o Jungkook não voltou para lá.
Onde ele se meteu?
Onze horas e nada do Jeon.
Meia-noite e nada dele.
Uma hora da manhã e nada.
Ouvi meu celular tocando, atendi.
— Teimosinho? — ouvi uma voz e não era do Jeon — Você é íntimo do dono desse celular?
— Sim, onde ele está? — perguntei, já saí da cama e calcei o chinelo.
— Ele está aqui no meu bar, passou o dia bebendo e não quer ir embora. Você pode vir buscar ele, eu quero fechar — pediu.
— Me fala o endereço, já estou indo — passou o endereço.
Após pegar a chave do meu carro, saí correndo de casa.
— Eu vou matar você Jeon — entrei no carro, coloquei o cinto e vazei.
O bar não é longe de casa, uns quatro quilômetros por aí.
No bar só estava Jeon falando que mataria o dono se ele não fizesse mais uma bebida.
— Você não vai matar ninguém — parei ao lado dele — Desculpa o inconveniente, isso não vai mais acontecer.
— Tudo bem — o dono falou. — O celular dele, e é melhor colocar uma senha.
Ele deve ter tirado enquanto estava bêbado.
— Calado Jeon, vamos logo — ajudei ele ficar em pé e saímos do bar, coloquei ele no carro.
— Minha cabeça está doendo — estava reclamando quando entrei no carro.
— Quem mandou passar o dia bebendo? Bem feito — falei, dirigi para casa ouvindo ele falar coisas sem sentido.
Entramos com eu o guiando para ele não cair e piorar a situação, demoramos uns dez minutos para subir a escada, ele queria ir contando os degraus.
— Se contar mais um te jogo escada abaixo — falei.
Finalmente entramos no quarto, para você ter noção do quanto ele bebeu, ele está cheirando a bebida.
— Mas é uma porra mesmo — entramos no banheiro.
— Eu gosto de você — falou embolado.
— Está bêbado, quieto! — falei não ligando para as palavras dele.
— Eu gosto do teimosinho — falou de novo.
— Entra aí — entrou de roupa e sapato embaixo do chuveiro.
— Sabia que eu gosto do Jimin — ainda fala embolado.
Ignorei e esperei a água gelada fazer efeito, fiquei olhando ele resmungando coisas sobre gostar de mim e me amar.
A bebida fez mal para ele.
— Termina o banho sozinho — vi que ele parou de falar e firmou o pé.
Saí do banheiro, meu coração, quase em.
Fui até o quarto dele, a mãe dele estava roncando, paga de madame e ronca parecendo um trator.
Me segurei para não rir, entrei no closet do Jeon e peguei roupa para ele, saí voltando para o meu quarto.
Jeon saiu só de toalha, que tentação!
— Sua roupa — entreguei na mão dele, ele foi soltando a toalha na minha frente, virei de costa — Vou pegar café — corri do quarto.
Filho da puta, mas eu queria ver que saco.
Ver e não poder encostar, lamber, chupar não tem graça.
— O fogo que você tem no rabo é diferente - o lobo falou.
Eu sei, com ele o fogo aumenta.
Desci para a cozinha e peguei café, esquentei e subi, abri a porta conferindo se ele estava vestido.
— Já estou de roupa — ouvi ele falando, entrei.
— Toma — entreguei a xícara de café.
— Tem remédio para dor de cabeça? — ele está sentado na beirada da cama.
Peguei o remédio na gaveta, entreguei o comprimido, tomou no seco.
— Como faz isso? — perguntei.
— Estou acostumado a tomar remédio — falou.
— Está com fome? — negou — Amanhã vai precisar tomar sopa para ressaca.
— Eu imaginei — falou.
— Vai escovar os dentes — falei após ele terminar de tomar o café, enquanto ele escovava os dentes eu arrumei a cama para nós dormirmos.
Deitei, me cobri e fiquei pensando.
Não posso levar a sério o que ele falou, ele estava bêbado não devo pensar que é verdade.
Se ele falar sóbrio tudo bem.
— Boa noite teimosinho — ouvi ele falando ao se deitar.
— Boa noite — adormeci sentindo ele se aconchegar em mim.
— Não gosto a mimimi, seboso.
[...]
— Certeza que vai ficar aqui de novo? — Jeon perguntou antes de sair.
— Sim, no máximo ela me oferece dinheiro para vazar — falei.
— Não cansa de ser teimoso — saiu do quarto.
Eu deveria ter ouvido ele, hoje até humilhado eu fui, essa senhora é insuportável.
Sinceramente estou quase mandando ela tomar no meio do cu, só me seguro por ela ser mais velha.
À tarde eu não aguentei, fui para o galpão e deixei ela sozinha.
— O que faz aqui? Deixou a sogra sozinha? — Tae me provocou quando entrei.
— Vai tomar no cu vai — falei para ele.
— Uma senhora tão doce te deixou assim? — continuou me provocando enquanto me seguia.
— Um cu que ela é doce, até de escravo ela me chamou hoje — falei.
Ele riu, e finalmente me deixou.
— Oi Pierre — falei ao ver ele na minha sala.
— Oi Jimin — falou sorrindo — Jeon disse que você não viria treinar por estar machucado.
— Com a mãe dele em casa o milagre aconteceu, melhorei — falei — Mostre o que tem feito na minha ausência.
— James me ajudou em algumas coisas, Jungkook também — falou — Começo por onde?
— Armas — falei — Em seguida vou lutar com você.
— Sem nem um aviso antes? Sabia que deveria ter ficado em casa — resmungou.
— Mas você não está ficando no hotel que seu irmão pagou para você ficar todo o treinamento? — perguntei.
— Não passei a noite lá — coçou a nuca.
— Que safado! — falei já entendendo o que aconteceu.
— Só foi hoje, e não vou mais — ele falou pegando uma pistola.
— Por quê? Não gostou de nada? — perguntei parando ao lado dele.
— Gostei, gostei muito, mas tenho medo dele só querer sexo — falou pensativo.
— Você não é piranha, uma pena — tão jovem e já quer compromisso, doido — Apesar do James parecer um sem vergonha que só quer transar, ele é um alfa que quer alguém do lado dele sempre.
— Acha mesmo? — confirmei — Como sabe?
— Apenas sei. Vamos começar, barriga, cabeça, e peito — não vou dar mais inseguranças falando o que já fiz com James.
Após colocar o fone, ele começou a atirar.
— Vamos ver — me aproximei — Parabéns, não errou um, se chegar perto de me vencer seu irmão já pode te buscar.
— Não quero ir embora — ele falou soltando a pistola.
— Eu imaginei que não iria querer — falei.
Tirei a blusa que usava, fiquei só com a calça moletom, tirei o tênis também.
— Pronto? — confirmou.
[...] Autora on.
— Não acredito que ele está lutando após ficar o dia deitado — Jeon falou olhando a câmera.
Jeon assistiu os dois ômegas lutando, os movimentos de Jimin eram limpos, ágeis, rápidos.
As tatuagens deram mais beleza para o corpo do ômega, Jeon faltou babar.
Mesmo machucado, com dor, Jimin colocou Pierre no chão vencendo do mais novo.
— Ele venceu! — Jeon comemorou.
— Quem venceu? — Tae perguntou entrando na sala, Jeon desligou as imagens.
— Ninguém, intrometido — falou com o outro.
— Jimin está aí, não aguentou sua mãe — Tae falou pensando que Jeon não sabia.
— Nem eu aguento — o Golden concordou com o ômega.
Na sala de treinamento Jimin ajudava Pierre levantar.
— Você foi bem, está mil vezes melhor do que quando começou — o mais velho falou — Precisa melhorar seu ataque, não fique com medo de atacar seu oponente, aqui não está valendo, mas lá fora pode valer sua vida.
— Tudo bem, vou melhorar — Pierre falou — Vou ir tomar banho para ir embora, tchau!
— Tchau! — o Silver se despediu sorrindo.
Pierre saiu. Jimin foi treinar com a arma que trouxe após se vestir e calçar o tênis.
A Glock rosa.
O ômega gostou que não era pesada, e fácil de segurar.
Sentiu ser observado, olhou para trás encontrando os olhos escuros de Jeon. O alfa entrou e ficou quieto assistindo, encostado na porta.
— Está aí a quanto tempo? — perguntou.
— Quando Pierre saiu, eu entrei — respondeu.
— Gostei da arma, em breve vou usar em missão — Jimin falou balançando a Glock.
— Sou ótimo em escolher armas — falou para o ômega, se aproximou parando ao lado do mais baixo.
— Deve ser mesmo — Jimin concordou — Veio só assistir?
— Não, falar com você — o coração do ômega até bateu mais forte, ele fica nervoso com essas palavras.
— O que seria? — perguntou parecendo calmo.
— Lembra o que eu disse bêbado? — respondeu com uma pergunta.
— Você falou tantas coisas — se fez de sonso.
— Não seja assim, você sabe do que eu estou falando — deu mais um passo para perto do ômega.
— Sobre gostar de mim, não se preocupe com isso, não levei a sério o que disse. Sei que estava bêbado por isso falou tudo aquilo, fica suave que eu não levei para o...
— Jimin me deixa falar — Jeon falou.
— Eu sei que você não gosta de mim e tudo bem, estar bêbado atrapalha o funcionamento do raciocínio, entendo de verdade.
Calou a boca do ômega, com os próprios lábios...........................
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top