Capítulo 8 👑
⚠Atenção . Esta história contém cenas de sexo e violência, o que não são indicadas para menores de 18 anos🔞. Não é permitido nenhum tipo de plágio. Não se esqueçam de votar, comentar e partilhar!
Boa leitura.
♤♤♤
Deve ter-se passado duas horas e estou desmaiada de cansaço no sofá do Harry, com uma posição desajeitada e de olhos fixos nele, que está de frente a um balcão, escondendo a visão de uma bela estante de bebidas por trás. Corro os olhos pelas fileiras de bebidas e sinto a garganta seca com sede.
— Podes-me dizer aonde estamos?— Ele tem um copo com bebida bem ao seu lado e outra na mão. Eu devia no momento estar a dormir, mas prefiro frequentar mais umas horas em pé no meio de sua sala, provando cada bebida daquela estante. Uns mais adocicados que outros.
— Na minha casa. — Sinto algo estalar em meu peito, mas impeço- me de manifestar a ansiedade que se alarga e endireito-me na cadeira com os braços, estou a caminho de levantar-me do sofá. Desembaraçando-me daquela figura imbecil. Ele responde olhando para mim — eu não quero que vás para casa esta noite. Talvez seja mais... seguro ficar aqui.
Seguro para os dois. Dar-me um quarto para eu dormir na sua casa, em vez de deixar- me sozinha no apartamento com duas pessoas na qual pouco confio, apenas partilho um apartamento. Ficar na casa dele, aceitando suas boas intenções como um homem muito bonito e agradável, que pode peneirar ao redor do corredor em frente do meu quarto como um cão faminto. Estremeço um pouco e observo seu rosto calmo e quase busco chingar por desacreditar nesse homem. Não depois de tudo. Decidi confiar nele.
— Queres? — Ele segura o segundo copo em minha direção e jogo o corpo para fora do sofá para pegar e estamos a uma distância tão curta. Ele observa todo o meu rosto e meus gestos, e vejo-me perdida dentro daquela sala larga com altas estantes de madeira, sofás escuros ampliados de um espaço a outro, uma lareira elétrica quase do tamanho de um carro pequeno, um tapete felpudo largo e no fundo, brilhante e mais chamativo, uma estante até ao teto alto, cheia de bebidas com um balcão circular e cadeiras de perna longa. A sala é tão espaçosa que nem parece ter fundos, como se estivesse dentro de uma porta- enfeite redondo. Mas é tão reconfortante. Harry não tira os olhos de mim, e meu coração não para de tremular. Aperto os lábios sentindo a força de seu olhar em mim. Vibro emotiva e sinto o calor da lareira invadir suave pela sala. Ser rico teria isto como grande valor. Olho para ele e levanto o copo.
— Preciso trabalhar amanhã.
Ele assente atento e lembro-me de tomar um gole da bebida que ele preparara para nós mais cedo, uma mistura de algo que parece rum mas branco e espesso e a outra clara como sumo de ananás. Pelo menos o sabor recompensa. Vejo-me mais a vontade para falar.
— Então é assim? Costumas preparar as bebidas a todos os que vêm aqui? — E parecendo que ele gasta uma fortuna imensa em bebidas. A sala dele parece um salão de disco.
— Muitas das vezes. Mas claro que tem aquelas visitas tão irritantes que só observam as estantes e as bebidas de longe.
Rimos e junto-me a ele no balcão.
— A bebida está bem gostosa. Tem sabor a limão e cereja — Ele acena com a cabeça como se estivesse orgulhoso de seu trabalho e sorrio um pouco mais boba. E uma metade de mim que congela, com o medo de tudo isto ser uma fantasia. Harry segura em meu pescoço, aproveitando a curta distância entre nós e beija-me bem. Fico anestesiada com sua boca sob a minha, as bebidas em nossas línguas misturando-se e um pequeno calor que aloja-se em meu corpo. Afastamo-nos para sorrir e ele permanece por um tempo segurando-me e quando me solta, volta para a conversa.
— Uma farmacêutica— Vejo-o apontando para a saída da sala e encaminha-se na direção da porta e sigo-o em passos mornos com o copo em mãos. Sinto a fluidez do efeito das duas bebidas, em entorpecimento pelas pontas de meus dedos e uma vontade de fazer algo pouco adequado. E Harry um tanto perdido em seus pensamentos, sorridente, me apresenta uma parte da casa. A porta dos fundos é aberta e ele conduz-me em direção a um largo salão, emoldurado de vidros altos, e meus olhos perdem- se na imensidade daquele espaço fechado e magnífico, metade ocupado por uma piscina larga. Uma piscina interna. Ouço Harry encostar a porta atrás de mim.
— Uma piscina? — Pergunto apontando com o dedo e sorrio feliz enquanto dirijo na sua direção. A piscina é escondida por um compartimento do tamanho de um quarto, a luz brilhante que destaca na escuridão. Eu sinto-me alegre e balanço a mão com a bebida. Mas não me sinto bêbada.
— Com aquecedor, é claro. — Viro a cabeça para ele ainda sorrindo e observo seus olhos brilhantes com o reflexo da luz azulada do fundo da piscina. Caramba, como esse homem é lindo. Preciso me ajustar com isso. Ele eleva uma sobrancelha como se tivesse acabado de ler meus pensamentos — não me digas que nunca estiveste perto de uma dessas.
Dou de ombros ainda anestesiada pela minha própria felicidade. Estou mesmo feliz. Ele deixa-me feliz. Como nunca senti-me nos anos anteriores.
— Eu acho que não.
Rimos juntos e Harry aproxima- se com sua pose perfeita e confiante e observo-o. Sua figura emoldura-se inteira contra a luz que penetra dentro de casa, seus ombros largos avantajados dentro da camisa escura e sua boa aparência que delineia-se de perfil.
— Vais ficar aí?— Ele pergunta abanando uma mão e seus olhos encontram-se perdidos na profundidade da piscina a metros de nós. Retesando meus ombros, dou um passo em frente a outro, até parar ao seu lado. Sinto o cheiro de seu perfume e estendo o antebraço propositalmente roçando minha pele nua em sua camisa. — Pelo menos te abriste um pouco mais.
— Parece mesmo isso? — Pergunto em tom de provocação e deslumbro seu belo sorriso de lado quando ele ainda mantém seus olhos fixos em frente.
— Claro que é.
— E se eu te pedisse mais uma coisa? — Pergunto conforme solto um soluço e tenho sua atenção em mim. Ele observa- me de cima e pergunto- me qual a visão ele esteja a ter da minha expressão sorridente e meio bêbada. — Chegaste a dizer-me que não me negarias nada.
— Eu disse isso? — Ele solta uma gargalhada divertido e tenho a oportunidade de observar a sua boca larga e os dentes brancos alinhados. Interessante a forma como ele se ri. Fecha os olhos do mesmo jeito que uma criança. Como um homem desses poderia ter uma dose tão forte em entretenimento e outra em infantilidade? Nunca imaginaria que fosse suficiente. — Irias pedir o quê, mesmo? — Ele pergunta como se quisesse trazer- me de volta de meus pensamentos malucos e sedentos. Sorrio largamente e aproximo o suficiente para meu peito enroscar em seu braço de forma a deixar que ele realmente o sinta. E experimente como o meu corpo vibra quando emotivo.
— Porque eu irei te dizer mesmo? — Eu engulo em seco quando dou- me conta que as coisas não podem se desviar por esse jeito mesmo. Harry pode estar a sorrir, mas não a gostar da minha brincadeira. Ele pode achar que estou a ser previsível demais, por abusar de sua bebida e provocá-lo com esse meu mérito sem graça. Ele fica em silêncio enquanto estuda meu rosto. Sinto-me ridícula. Recuo e seguro o copo com as duas mãos. Levanto o rosto para lhe pedir desculpas. E pedir que ele mostre o quarto que irei dormir esta noite. Mas ele se move mais ágil que eu e sinto a sua proximidade e duas mãos segurando meu pescoço. Nem tenho tempo de sentir o hálito quente em meu rosto, antes que ele grude seus lábios por cima dos meus, mais uma vez. Eu solto um outro pequeno soluço e a maciez de dois lábios húmidos saboreando os meus, faz-me soltar uma vibração diferente aquela que senti no momento que estava a provoca-lo. Teria ele lido a minha mente e beijado- me para abstrair-me dessas ideias insignificantes?
Talvez eu ficasse a noite inteira a beija-lo.
Nem consigo alcançar um lugar para repousar o copo e mantenho então as duas mãos abaixadas entre nós. Merda, ele beija tão bem. Como se quisesse ter a prova que você seria digno de um beijo daqueles. Chupo seu lábio inferior de forma intensa e sinto a toda a oscilação em meu corpo subir aos poucos, acumular em minha garganta e expulso - a como um som. Sinto a sua língua em minha boca e eu enrosco- a suavemente, sentindo uma leve tontura quando seus dedos seguram com firmeza o meu queixo. E a outra mão abaixa- se para apoiar na depressão em minha lombar. O corpo dele está quente, como nunca idealizei, rígida como um músculo sob pressão. Sinto o copo declinar a medida que ele comprime seu corpo contra mim e abro repentinamente os olhos com medo que eu deixe- o cair. Harry nota a mudança súbita em minha postura e ele afasta a cabeça com as sobrancelhas curvadas. A mão em minhas costas relaxa em seu aperto firme.
— Tudo bem aí? — E como eu consigo ficar normal em frente a esse homem, ainda mais depois de um beijo desses? Não com o gosto dele ainda em minha boca.
— O copo — eu respondo levantando meu copo com a bebida por baixo da metade como se eu estivesse oferecendo uma merenda nele. Harry perde o olhar por uns instantes nele e depois solta um suspiro. Ele solta-me cedendo dois passos e ri. Esfrega a mão no rosto como se não acreditasse no que tinha acabado de ver e depois foca o olhar em meu rosto. Devo estar a parecer uma idiota mesmo.
— Precisas descansar agora — sua voz rouca sai suave e ele estende a mão para pegar o copo e deposita –lo sobre a amurada ao lado do seu. Tomo isso como um " terminou por hoje". Pena que eu quero beijá-lo mais. Talvez em um futuro próximo surjam oportunidades assim. Eu não preciso de mais que as refaça.
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