003- This Band is Back!
Os fantasmas esperaram a human entrar na casa junto a sua melhor amiga, para que entrassem na garagem e conversassem sobre a voz da cacheada.
— Cara! A Julie é maravilhosa, sério. Ela é muito boa. Muito boa mesmo! – Candy exclamou animada enquanto olhava curiosamente as partituras do piano. Sua animação de repente virou uma careta, Reggie tinha certeza que ela estava confusa. -– Não sei como ela entende essas coisas.
A morena falou apontando as partituras. Mesmo que tocasse guitarra a anos, sempre achou piano uma coisa difícil. Eram muitas notas para muitas teclas e poucas mãos.
— Ela é irada! Arrepiou toda minha alma. – Reggie disse apontando para seu próprio braço.
Candy riu da piada que o amigo fez, mesmo sem saber se foi proposital ou não. O Patterson fez uma careta.
— Por que será que ela mentiu? – Luke perguntou curioso
— Deve ter sido algo a ver com a mãe dela... – Alex sugeriu enquanto subia no Loft – Deve ter sido difícil. – Deu de ombros.
Candy concordou com a cabeça. Ela sabia como era passar pela morte de uma mãe, e não desejava isso para ninguém. Era uma dor Insuportável.
Luke e Reggie pareceram concordar, o ambiente ficou em completo silêncio por alguns segundos.
— Mas a música voltou para a vida dela, igual voltou para a nossa! – Luke falou
Candace deu um pequeno riso irônico.
— Você fala como se tivéssemos uma vida. – Candy falou
Luke iria argumentar quando a voz de Alex ecoou pelo estúdio de cima do loft.
— Aí se liga no que eu achei aqui. – Alex falou aparecendo no andar de cima, logo três grandes sacos pretos foram jogados em frente aos amigos. – Nossas roupas!
Candy abriu um sorriso, não via a hora de trocar aquela roupa. Estava com elas a uns... Vinte e cinco anos?!
Luke prontamente tirou a camisa indo até a mochila atraindo o olhar de Candace. Mesmo sendo quase um irmão para a menina, Luke ainda assim era atraente, mesmo que a menina quisesse negar.
Ela desviou o olhar rapidamente, não queria que ele percebesse seu olhar ou que ela o deixar desconfortável, mas Luke deu uma risada enquanto pegava a camisa.
— Quer uma foto, Docinho? Dura mais – Luke usou o apelido da garota, enquanto colocava sua camiseta.
Candy revirou os olhos rapidamente.
— Vai ver se eu tô na esquina, Patterson. – Candy reclamou
A porta do estúdio foi aberta e o pai da Julie, que descobriram chamar-se Ray, entrou no local. Ele passou por Reggie sem perceber.
— Wow, que coisa esquisita! – Reggie falou chamando atenção da morena.
— Que bom que ele não nos vê. – Candy murmurou mexendo em um dos sacos de roupas.
— Mas algo me diz que esse cara tem bom coração. – Reggie disse com um sorriso no rosto
Candy abriu um sorriso com o comentário de Reginald. Todos para ele tem um bom coração. Isso a encantava nele, mesmo sofrendo com a separação de seus pais ele sempre manteve o olhar positivo.
— Oi, como você tá? – Ray perguntou
Reggie olhou em volta curioso, ao notar, Candace olhou para Luke e os dois seguraram o riso.
— Sinceramente não muito bem, sabe a gente comeu um dogão... – Reggie respondeu
— A Julie cantou pela primeira vez hoje, você teria adorado! – Ray continuou
— A gente sabe, a gente viu ela cantando... – Reggie cortou sua própria fala, fazendo uma cara surpresa – Ah, ele não tá falando com a gente. – Ele concluiu
Luke negou com a cabeça.
— É muita sorte você saber tocar baixo. – Luke falou
— Meu Deus, o que tem de gato tem de lerdo... – Candy pensou alto. Ao notar o que falou olhou em volta, suspirou ao perceber que ninguém havia a escutado.
Sua conclusão foi muito precipitada, já que Luke havia ouvido o comentário da menina, mas decidiu não falar nada.
— Aposto que ele tá falando com a mãe da Julie. – Alex falou
— Cada dia ela me lembra mais e mais você... – Ray falou
A morena abriu um sorriso e levantou o dedo indicador, mirando uma cadeira pendurada no teto, não percebeu ela tremendo com tal ato.
— Ponto para o Alex! – Candy falou, Alex riu enquanto descia as escadas. Candace franziu o cenho de repente e olhou para o loiro – Ei, já que já morremos, nós podemos pular de cima de um prédio?
Alex a encarou tentando saber se aquilo era algum tipo de piada ou se Candy falava sério, ele não soube responder aquilo, então só negou com a cabeça.
— Você sempre foi meio psicopata, morrer não melhorou isso, pelo jeito... – Reggie falou
Candace fez uma careta, abrindo a boca totalmente ofendida. Ela deu um pequeno empurrão em Reggie com o ombro, que riu da morena.
— Eu tenho muitas memórias de vocês duas cantando e o Carlos banguela tentando cantar também. – Ray falou, impedindo Candy de responder, já que ela começou a prestar atenção nele. O homem se sentou no piano. – Eu não queria ter que mudar, mas se é o melhor para Julie...
— Mudar? – Luke perguntou com a voz chorosa.
Ao ouvir o tom de voz de Luke, Candy franziu o cenho olhando para o moreno. Ele estava chorando com o que o Senhor Molina dizia.
Candace olhou para Alex que deu de ombros, Reggie encarou Luke.
— Ah, Luke você também não! – Reggie reclamou
— Pelo amor de Deus, Luke. – Candy resmungou
— Tadinho, ele tá falando de se mudar, mas ele não quer se mudar. – Luke falou com a voz de choro, fazendo com que Reggie começasse a chorar junto com ele.
Reggie começou a abanar seu próprio rosto, tentando parar com o choro.
— Ah cara, agora eu também. – Reggie falou
Candy olhou em choque de Reginald para Luke, os dois realmente se chatearam com aquilo.
Ficou indignada que eles ficaram tristes com o homem se mudando pelo bem da filha, mas não derrubaram uma lágrima por suas próprias mortes.
— Espera aí, por que eu sou o emotivo? – Alex perguntou ao analisar os dois
Candy suspirou, andando para longe do Molina.
— Por que você é o mais emotivo. – Candy respondeu
— Onde tá indo? – Luke perguntou limpando uma lágrima
— Ele precisa de privacidade. – A morena apontou para o Molina
Reggie mudou de assunto rapidamente.
— Podemos ir ver minha família? – O Peters perguntou
— É melhor, concordo com a Candy, é meio errado ficar ouvindo essa conversa. – Alex falou
Candy concordou com o amigo.
— E lembra de quando era nosso aniversário e deixamos os meninos na sua irmã e comemoramos bem aqui... – Ray perguntou
O rosto dos quatro fantasmas se transformaram em puro choque.
— E é! – Luke falou
Em questão de segundos os quatro fantasmas se teletransportaram para a praia, em frente a antiga casa de Reginald. Não queriam continuar a ouvir o que o homem tinha a dizer a sua falecida esposa e Reggie queria ver sua família.
Estavam matando dois coelhos numa cajadada só...
Era o que Candy achava.
— Aluguel de bicicleta? – Ela ficou sem reação ao ver o lugar, só esperava o amigo surtar. – Bem onde era minha casa?! – Reggie perguntou
— Olha, pelo menos você sempre gostou de andar de bicicleta... – Candy tentou ajudar, erguendo as mãos na altura do ombro com uma cara engraçada, mas aquilo não adiantou.
— Foi mal cara. – Luke falou apoiando o braço no ombro dele.
Reginald olhava em volta, Candy acompanhou seu olhar por toda a rua da praia. A menina olhou para Alex, ele não parecia tão animado.
— Transformaram a casa dos meus vizinhos em um restaurante. Por que não transformaram a minha em uma pizzaria ou sei lá? – Reggie Perguntou – Aposto que meus pais se foram.
— Não cara, todos se foram, tudo que nós conhecemos! Nossos pais, amigos, o Bobby! – Alex surtou de repente
Candy fez um biquinho concordando com a cabeça, provavelmente Alex iria surtar nos próximos dez segundos. Então decidiu brincar.
— É, o único que eu queria que morresse ficou vivo. – Candy disse cruzando os braços, se referindo a Bovvy. Alex lançou-lhe um olhar repreendedor. – Que foi? O peso do chifre é grande demais para eu pensar em desculpar ele.
— O que será que aconteceu com o Bobby? – Reggie pergunta
— Ele deve ter envelhecido e superado como todas as outras pessoas que conhecemos. – Luke falou
Candy direcionou seu olhar a Luke. Mesmo que estivesse levando tudo na brincadeira, aquelas palavras tocaram seu coração.
Ela tinha certeza que Emily não havia superado...
— Tá cara, isso foi bem rude... Bem frio... – Candy falou
— É, como você pode lidar com isso tão facilmente? – Alex perguntou indignado
— É fácil, é só parar para pensar. A gente nem era tão próximo da nossa família. Meus pais se arrependeram de me dar uma guitarra. – Ele apontou para si mesmo, lançando um olhar ao Peters em seguida – Reggie seus pais estavam em uma briga para se separar! – Reggie bufou chutando a grama, ele olhou para o Mercer. – Alex seus pais nunca mais ficaram de boa depois de descobrir que você era gay! – Aquelas palavras entraram na alma de Alex como facas. – Candy... – Ele olhou para a melhor amiga – Seu pai te culpou pela morte da sua mãe e tentou te prender na sua própria casa.
Candace cruzou os braços irritada, ela odiava que falassem de seu pai.
— Eu não fico falando da Emily para você, ou fico? Porque eu tenho certeza que ela nunca superou e se culpa por tudo isso, mas eu não te falo nada. Mas obrigada, Luke Patterson, por tocar na ferida aberta, ajuda muito a supera-lá. – Candy retrucou
— Todos nós tínhamos problemas, mas pelo menos tínhamos alguma coisa, o que temos agora? Antes que vocês dois falem que podemos teleportar... – Alex fala quando Candy abre a boca para o responder – Fiquem sabendo que eu ainda acho isso muito estranho tá?! Isso pinica! Em lugares bizarros!
A menina jogou a cabeça para o lado concordando. Aquilo era estranho e legal ao mesmo tempo.
— Eu vou te falar o que temos, o que temos desde que nos encontramos! Temos um ao outro e essa é a única família que precisamos. – Luke falou ignorando a menção a Emily, segundos atrás.
Candace assentiu, indo para o lado do amigo.
— Sabe o que mais temos? – Candy perguntou
— Sei lá, hálito de morto? – Reggie perguntou
— Isso também, mas o que eu ia falar é que temos a música! As pessoas podem nos ouvir! Elas não podem nos ver, tá bom, mas podem nos sentir. - Candy falou
— Se eu tivesse com meu violão aqui eu tocaria para todos aqui ouvirem, igual faziamos no píer! – Luke falou
— Mas ninguém poderia nos dar dinheiro porque não podem nos ver. – Alex falou como se fosse óbvio
— Não tem a ver com a grana Alex – Disse Luke – Tem a ver com tocar nossa música, eu só queria estar com meu violão! – O violão apareceu de repente em seus braços.
Candy abriu a boca surpresa, assim como os outros dois meninos.
— Wow, como fez isso ? – Candy perguntou ao mesmo tempo que Reggie
— E-Eu não sei, eu só desejei e apareceu em minhas mãos. – Luke falou em choque.
Reggie fechou os olhos rapidamente.
— Eu desejo um filhotinho, um hamster? Pizza? – Reggie frustado chutou a areia e se sentou no chão como uma criança birrenta de três anos.
Candace riu do menino, sem deixar de notar o quão fofo ele ficava daquela maneira.
— Eu sei uma coisa que vai te animar. – Luke falou e começou a tocar algumas notas no violão.
Isso não animou o Peters, Alex foi para perto de Luke.
— Qual é Reggie. – Alex falou e começou a bater no próprio corpo quando ele o respondeu "não".
Candy se aproximou do Peters e estendeu a mão para ele levantar se levantar, começando a cantar:
— One, two, Three, Four. - Candy cantou enquanto Reggie levantava.
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