Capítulo 8 - Connection
Capítulo 8 – Ligação.
Elena Gilbert
Não acreditei quando acordei no dia seguinte. Eu e Klaus éramos... Amigos? Talvez eu tenha ficado louca, ou desesperada, ou os dois. Pelo menos a coisa boa é que Klaus realmente me entregou meu celular e no primeiro momento, liguei pro Jeremy perguntando se o mesmo estava bem.
Nunca imaginei estar gostando do Klaus, não posso dizer que tô muito confiante nessa amizade, porque não estou. Não posso esquecer o que ele fez comigo, mas vai ser bom conhecer melhor o Klaus, que um dia eu chamei ele de inimigo e jurei matá-lo.
— Dá pra parar de ficar mudando toda hora de canal? – Klaus reclamou irritado.
Virei meu rosto pra Klaus do meu lado no sofá, o mesmo estava com os braços cruzados numa posição de preguiçoso, enquanto eu tinha uma almofada sobre minhas pernas. Eu estava de boa na sala, quando Klaus chegou de surpresa e se jogou no sofá.
Posso ser amiga dele, mas o humor dele vai continuar sendo o mesmo.
— Se quiser assistir alguma coisa, procure você mesmo – digo estendendo o controle pra ele.
— Procura logo aí, antes que eu me levante desse sofá e te deixe aqui sozinha – Klaus disse sem me olhar.
— Por que mesmo você decidiu ficar aqui?
— Porque essa casa é minha – disse como se fosse óbvio. Encarei o híbrido com seriedade, ele pareceu sentir meu olhar sobre ele e respondeu: – Não, é que... Eu não queria te deixar sozinha.
Voltei meu olhar pra TV novamente, deixando aparecer um sorriso de lado pelas suas palavras. Achei fofo ele ter decidido ficar em casa por mim, ele sabia que eu me sentia sozinha, mesmo com a presença de Rebekah e atualmente, Elijah.
— Tá dando pra ser fofo agora, Mikaelson? – provoquei ainda passando os canais.
— Não vai se acostumando. É só por hoje. Você é chata.
— Engraçado que quando é pra transar, eu sou ótima pra você.
— É só pra isso que você serve – disse grosso. Como eu disse, o humor é o mesmo.
Dei um chute na perna dele com o meu pé por não ter gostado do que ele disse. Klaus me olhou feio e devolveu o chute na minha perna. Joguei a almofada que estava em meu colo na direção dele, porém Klaus se defendeu pegando a almofada. Klaus me olhou surpreso.
Iniciamos uma pequena guerra de dar chutes um no outro, Klaus se jogou na minha direção fazendo eu me deitar no sofá com ele por cima de mim. O híbrido segurou meus braços, me fazendo ficar imóvel debaixo dele.
O olhar de Klaus se cruzou com o meu. Só agora tinha notado o quanto seus olhos eram lindos.
As respirações ofegantes, corações acelerados, olhares perdidos um no outro...
Klaus se abaixou mais um pouco, quase juntando seus lábios nos meus, e disse:
— Nunca mais se atreva a fazer isso de novo, ou eu arranco seus olhos – o híbrido deu um beijo rápido na minha bochecha antes de sair de cima de mim.
Inclinei meu tronco pra olhá-lo, vendo-o sentado de volta me olhando com um sorriso sapeca. Abri a boca desacreditada por ele ter me ameaçado e depois me beijado.
Vai entender esse homem.
Klaus Mikaelson
Mais tarde, depois da minha brincadeirinha com Elena, fui até a cozinha pegar uma bolsa de sangue pra donzela Gilbert. Ao fechar a geladeira, sinto a vibração do meu celular no bolso, pego ele e vejo o nome Damon Salvatore na tela. Reviro os olhos entediado, mas mesmo assim atendo colocando o celular perto do ouvido.
— Damon, que surpresa você me ligar, meu amigo – digo sarcástico.
— Pra começar que não somos amigos.
E cadê a Elena? Jeremy disse que ela
falou com ele ontem.
— É, eu resolvi entregar o telefone dela como um símbolo da nossa amizade.
— Amizade? Peraí, eu tô mesmo falando
com Klaus Mikaelson? O lobo mau que consegue ser mais mau que o lobo dos 3 porquinhos?
— Seu comentário me ofende, Damon. Mas qual é o problema? Acha que não é possível que eu e Elena possamos ser amigos? – provoquei sorrindo enquanto levava meu copo de whisky até os lábios.
— Claro que não é possível!
Depois de tanta coisa ruim que você nos fez,
quem seria o idiota de ser seu amigo?
— Olha só, eu não vou permitir que você fale mal da minha amiga Elena.
Eu tava adorando irritá-lo.
— Conta outra, Klaus. A Elena nunca iria ser sua amiga. Você matou a tia dela!
— Eu acho que ela pensa o contrário. Mas vá direto ao ponto, meu filho. O que você quer com a minha duplicata?
— Liguei pra saber se ela estava bem, e dizer ao Stefan que foi uma péssima ideia ter deixado ela com um psicopata como você!
— Como sempre, você se preocupando com a Elena.
— Eu me preocupo com ela porque eu a amo!
As palavras de Damon me atingiram como soco no estômago. Desfiz meu sorriso na mesma hora. Não entendendo o porquê, mas ouvi-lo dizer que a ama, me encheu de raiva. Naquele momento, só queria socar a cara dele.
— Ela tá bem, Damon. E agradeceria se você não ligasse pra ela e nem pra mim. Minha missão é esconder ela do Silas, não está na minha função passar recadinhos pra ela de caras amorosos! – respondi rude tirando o celular de perto do ouvido.
Desliguei a ligação colocando o aparelho sobre o balcão. Levei novamente o copo até os lábios, terminando de tomar o conteúdo. Eu ainda tava furioso pelo o que Damon disse sobre amar a Elena. Nem sei porque me senti assim, até parece que tô...
Não...
Eu tô com ciúmes?
Não pode ser. Mas não tem outra explicação.
O fato de saber que Damon ainda ama a Elena e que provavelmente ela ainda gosta dele, me deixou incomodado.
Nunca me senti assim em relação a ninguém, nem a Caroline quando ela namorava o Tyler. É só quando se trata da Elena que eu fico assim. Mas não teria como fazê-la se apaixonar por mim, eu fiz tanto mal a ela. Elena nunca me perdoaria, por mais agora que seja minha amiga, não significa que ela me perdoou.
Falando nela, vejo a morena entrando na cozinha com uma cara emburrada.
— Ó, Klaus, você demorou pra trazer a bolsa de sangue que eu pedi – ela apoiou suas mãos sobre o balcão e me olhou confusa ao notar meu olhar aborrecido – Que foi? Já tá de mau humor?
— Não acredito que seja da sua conta, Elena – respondi grosso, pegando o copo que eu havia tomado o whisky pra deixá-lo na pia.
— Eita! O dia nem começou direito e você já tá mau humorado.
Ainda de costas pra ela, fecho os olhos soltando um suspiro pesado. Me viro pra duplicata novamente com a mesma expressão séria.
— Você ainda gosta do Damon? – Elena me olhou em silêncio. Ela pareceu surpresa pela minha pergunta repentina, mas eu não ficaria em paz até saber se ela ainda o amava.
A morena abriu a boca pra responder, mas não saiu nada. Assenti com a cabeça entendendo sua resposta.
— Pelo visto, o Salvatore ainda mexe com você.
— Isso é importante pra você?
— Não.
— Então por que a pergunta?
— Responda logo, Elena! – exigi rosnando.
— Eu gosto dele sim. Desde que eu vi o Damon, ele mexeu comigo.
Pra que eu fui perguntar? Agora tô mais incomodado.
— Ele só quer você pra jogar na cara do Stefan, meu amor. O Damon é o tipo de homem que só transa com as menininhas e depois as joga fora.
— E você não é assim?
Novamente, senti socos no meu estômago, dessa vez dados por Elena. Não queria que ela pensasse que eu era um cafajeste que se aproveita das mulheres e depois as ignora. Embora normalmente eu faça realmente isso.
— Até parece que você não gostou, Elena – digo dando um sorriso malicioso ao lembrar da nossa última noite juntos. Vou me aproximando dela em passos lentos – Você adora como minha língua comanda a sua. Você me odeia porque não admite que eu te dou prazer como ninguém te dar. Porque eu sei onde te tocar... – já estava perto o bastante dela pra sentir sua respiração – Sei onde te tocar pra que fique excitada. Você pode fazer sexo com o Damon e o Stefan, mas nunca vai ser como eu.
Sussurrei próximo a ela com a voz cheia de malícia. Elena pareceu engolir a seco, nervosa pela minha aproximação. Recuperando sua postura, ela se afastou.
— Você é louco, né? Sou muito inteligente pra me deixar ser seduzida por você.
— Por isso eu gosto de você. Não é só um rostinho bonito, Elena. Você é diferente das outras duplicatas, é mais especial.
— Se isso é um jeito de cantada, então não vai funcionar.
— Vou encarar isso como um desafio – sorri presunçoso.
Adorava um bom desafio, e se o meu desafio era fazer ela se encantar por mim, farei com o maior prazer.
Continued...
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