Capítulo 7 - A Possible Friendship

Capítulo 7 – Uma Possível Amizade.

Elena Gilbert

2 dias. Exatamente 2 dias que passei evitando o Klaus. Motivo simples: Ele colocou o Elijah em um caixão e mentiu pra mim dizendo que o mesmo tinha ido embora de Nova Orleans. Sempre que o vejo, finjo que ele não existe ou não está no mesmo ambiente que eu, ao tentar falar comigo, ignoro o mesmo e passo reto.

Minha relação com Rebekah não está tão ruim como antes, de vez em quando trocamos algumas palavras, mas não éramos vistas como amigas de verdade. Já Elijah é um doce comigo. Sempre me tratando bem, mostrando ser preocupado e atencioso.

Do Klaus agora eu quero distância. Tenho certeza de que ele nem deve se importar se eu tô o ignorando.

E falando no demônio...

Descendo a escada, avisto Klaus sentado no sofá da sala, passo reto em direção a cozinha.

— Até quando vai ficar sem falar comigo? – paro de andar quando escuto sua voz.

Fecho meus olhos suspirando antes de me virar pro mesmo, que estava parado a uma certa distância de mim. Sua expressão mostrava que ele estava enfurecido.

— Até quando eu quiser – respondo séria.

— Tá chateada ainda por eu ter mentido sobre o Elijah?

— Tá tão na cara assim? – pergunto irônica.

— Eu já me desculpei com ele, e ele aceitou numa boa. Não foi tão infantil como você tá sendo.

— Elijah pode ter te perdoado, mas eu não. Você mentiu pra mim, sabia o quanto Elijah era importante pra mim e você nem ligou.

— Ele me irritou. Sabe muito bem o que eu faço quando me irritam.

— E por isso colocou seu irmão no caixão. Aquele que é sempre bom com você mesmo depois de você o esfaquear pelas costas!

— Pela frente, pra ser específico – o original disse com ironia.

— Você é patético!

— Você quer que eu me desculpe? – perguntou abrindo os braços – Tudo bem! Me desculpe por ter mentido sobre o desaparecimento do meu querido irmão!

— Você não pode mudar, não é? – cruzo os braços semicerrando os olhos – Não pode mudar por mim e se tornar um pouco mais amoroso.

Klaus deu uma risada sarcástica.

— Por que eu mudaria por você?

— Porque por um momento achei que poderíamos nos tornar amigos – a expressão de Klaus lentamente foi se tornando séria após minha fala.

Confesso que por um momento morando nessa casa, pensei que entre Klaus e eu poderia existir um tipo de afinidade que poderia nos tornar "amigos". Claramente não ia esquecer o que ele fez comigo, mas uma coisa que minha mãe dizia era que todos merecem uma segunda chance.

Talvez fosse coisa da minha cabeça por eu estar me sentindo sozinha aqui e precisando de alguém pra conversar, e talvez com a minha amizade, Klaus deixaria um pouco o seu lado mal.

Porém agora vejo que nunca será possível ter uma amizade com Klaus. Que tudo aquilo que imaginei  foi uma completa fantasia.

— Agora vejo que não é possível. Você não passa de um monstro controlador.

Me retirei do local, andando de volta pra onde eu estava indo antes, deixando o original pra trás.

Klaus Mikaelson

Fiquei em casa o dia todo. Não tinha ânimo pra sair depois do que Elena me disse sobre achar que poderíamos ser amigos. Sinceramente suas palavras me surpreenderam. Me senti até um pouco mal por ela achar que não existiria uma amizade entre nós.

Talvez não mesmo... Depois de tudo que fiz a ela. Mas seria bom ter alguém pra conversar, pra incomodar... Talvez eu não me sentisse tão sozinho.

Camille me mandou várias mensagens ao longo do dia, perguntando se eu queria ir à casa dela pra  "conversarmos". Eu sabia que ela se referia a fazer sexo comigo, já tava acostumado com esses tipos de mensagens da loira, e sempre eu respondia que sim, mas dessa vez eu não tava afim de fazer nada.

Eu devo tá muito drogado pra recusar uma oferta dessas.

O rosto de Elena surgiu na minha mente de novo. Seus belos olhos, lábios rosados, pele morena, cabelo castanho...

Quando ela passou a me evitar durante esses dias, me senti estranho, triste. Já tinha me acostumado a ser ignorado por meus irmãos e meus inimigos, agora com Elena é diferente. Eu sei que ela me odeia, mas esse afastamento, ela fingindo que eu não existo, isso me incomodou.

Por que eu não consigo tirar ela da minha cabeça?!

Eu já tava ficando agoniado. Nunca me vi nesse estado. As palavras dela de mais cedo mexeram comigo. Não aguentei mais.

Levantei do sofá e comecei a subir a escada em passos rápidos. Chegando em frente a porta do quarto da duplicata, abri ela sem me importar com a invasão de privacidade, encontrei a duplicata deitada na cama. Ao ver que era eu, ela se pôs a sentar com as pernas dobradas.

— É verdade? Você realmente achou que poderíamos ser amigos? – perguntei disparado.

— É sim... – Elena disse timidamente.

— E ainda acha que isso é possível?

Elena ficou em silêncio com minha pergunta, parecendo repensar se ainda poderia existir uma amizade entre nós. Continuei encarando a duplicata esperando por sua resposta, após uns segundos de silêncio, ela falou:

— Não...

A chama de esperança que tinha em mim, desapareceu no momento que ela respondeu. Me senti triste por sua resposta, algo que é inovador pra mim.

Nunca me importei com essas coisas sentimentais, minha vida toda foi uma total solidão que eu mesmo trouxe. Nunca tive um amigo de verdade assim... E o que eu tive, eu perdi.

Elena de algum modo, significa muito pra mim, ao ponto de eu pensar nela enquanto transava com Camille. Sua resposta me deixou sem chão.

Encarava a morena com tristeza no olhar, ela não parecia tão diferente.

— O que eu posso fazer pra ter a sua amizade? – pergunto dando um passo na direção dela.

Tentar não custa nada, apesar de eu não estar mais com tanta esperança.

— Você se importa? – permaneci alguns segundos em silêncio me pondo a abaixar a cabeça.

— Talvez eu só não queira mais me sentir sozinho – confessei baixo, logo subindo meu olhar pra morena, que estava boquiaberta.

O silêncio novamente se instalou no quarto, o único som a ser ouvido era dos batimentos calmos do coração dela. Estávamos nos fitando que nem bobos.

— Ainda acha que podemos ser amigos? – perguntei novamente.

— Depende... – franzi o cenho confuso – Vai devolver meu celular? – perguntou sorrindo sapeca.

Não me contive em dar uma breve risada. Nesse momento, ela parecia uma criança pedindo por algum doce. Sorri sem mostrar os dentes olhando pra morena.

— Você sabe muito bem que eu não posso te dar.

— Eu só vou usar pra ele pra me comunicar com o Jeremy.

— É arriscado. Silas pode te rastrear e saber que você tá escondida aqui. Não quero arranjar mais dor de cabeça.

— Duvido muito que o Silas entenda alguma coisa sobre internet, então tá tudo bem. Além disso, prometo não falar de onde eu tô, eu só quero matar a saudade dele. Por favor, Klaus...

Ela faz cara de criança pidona. Aqueles olhos curiosos esperando minha resposta, seu brilho natural, aquele sorriso de tirar o fôlego, é difícil resistir ao encanto dessa mulher.

Droga, Klaus!

— Tá bem. Vou entregar seu celular – murmurei olhando pra ela.

Elena abriu um sorriso mais alegre ainda.

— Obrigada – num ato inesperado, Elena saiu da cama e me abraçou, envolvendo seus braços pelo meu pescoço.

Fiquei surpreso por seu ato repetindo, não movi um músculo pra retribuir, mas sentindo o cheiro dela impregnando minhas narinas, senti necessidade de corresponder. Lentamente, fui contornando a cintura dela com meus braços, meu coração começou a bater um pouco mais acelerado do que o normal.

Nunca fui uma pessoa de demonstrar sentimentos, pelo menos não depois da transformação. Sempre fui durão, conhecido pelas pessoas por não ter sentimentos e só pensar em mim mesmo, e de certa forma estão certos. Nunca deixava ninguém me abraçar pelo simples fato de eu não gostar, raramente deixava Rebekah me abraçar e raramente eu retribuia.

Deixei um sorriso aparecer em meus lábios ao mesmo tempo que fechava meus olhos pra aproveitar melhor a sensação. O abraço de Elena me trouxe um conforto inexplicável. Uma paz em mim.

Meu coração acelerou com aquilo, seu cheiro era maravilhoso, desejaria sentir ele todo dia. Senti meu estômago embrulhar durante o abraço, as tão conhecidas borboletas no estômago.

— Hã... Klaus?

— Sim? – pergunto ainda de olhos fechados.

— Já pode me soltar agora – sua fala me fez voltar à realidade.

Desfiz meu sorriso abrindo meus olhos, e aos poucos fomos nos separando do abraço. Nossos olhares se cruzaram e Elena ainda mantinha um leve sorriso no rosto, não pude deixar de pensar o quanto ela era tão linda assim.

Não acredito que fui capaz de destruir a vida desse lindo anjo.

— Amigos? Fechado? – me pronunciei após um tempo de silêncio.

— Amigos... – ela concordou estendendo a mão na minha direção. Apertei sua mão e lancei um sorriso amigável – Não me faça me arrepender de ser sua amiga.

— Pode acreditar, meu amor. Eu vou ser um doce com você.

— Klaus, você pode ser muitas coisas, mas tá longe de ser um doce de pessoa.

— Magoou.

Continued...

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