Capítulo 6 - He's Back
Capítulo 6 – Ele Está De Volta.
Klaus Mikaelson
Ainda no bar, estávamos eu, Elena e Marcel sentados em uma mesa perto da janela, um pouco afastada das demais. A cara da Elena foi maravilhosa quando eu disse a Marcel que eu e ela éramos namorados. Tive que me segurar pra não rir naquele momento.
— Então... Me diga, Elena. Como conheceu o Klaus? – Marcel perguntou olhando pra morena ao meu lado.
Elena me olhou como se perguntasse se podia falar a verdade, ou eu deveria me pronunciar. Acenei a cabeça confirmando pra ela responder.
— Ele precisou me matar pra poder quebrar sua maldição híbrida.
O que me leva a recordar o momento que matei Elena no sacrifício pra eu me transformar em híbrido. Foi uma noite muito maravilhosa. Mexi as sobrancelhas, dando um pequeno sorriso de lado.
Marcel pareceu chocado com a revelação da morena.
— Então você foi a duplicata que Klaus sacrificou – murmurou surpreso – Como você sobreviveu?
— É uma coisa que também me pergunto até hoje – murmurei virando meu rosto pra Elena. De fato, ainda não sabia como ela tinha voltado à vida depois do ritual.
— Antes do sacrifício acontecer, um amigo meu vampiro tinha me dado seu sangue pra conseguir me salvar, quando eu morresse no ritual, iria voltar como vampira, mas não aconteceu dessa forma. Quando voltei, ainda estava como humana. Foi uma surpresa pra mim também – respondeu Elena olhando Marcel.
— E como você se transformou?
— Eu estava quase morrendo devido a uma lesão cerebral, então pra me salvar, injetaram em mim sangue de vampiro sem eu saber. Depois disso, a cadela da irmã do Klaus causou a minha morte. Isso porque não mencionei que antes de me tornar vampira, o Klaus quis tirar todo o meu sangue pra criar seus híbridos. Eu quase morri nas mãos dele mais de uma vez – Elena me olhou com raiva, porém eu mantive meu sorriso debochado.
Marcel olhou pra mim primeiramente depois voltou seu olhar pra Elena. Parecia que não estava acreditando que depois de tudo que fiz Elena sofrer, agora estávamos "namorando".
— Como acabaram juntos?
Abri a boca pra responder, porém Elena foi mais rápida.
— Ele me implorou muito pra que eu concordasse em sair com ele. Ele foi muito insistente – franzi os lábios, me segurando pra não desmenti-la na frente de Marcel.
— Klaus implorando? – o Gerard zombou olhando pra Elena tentando segurar o riso.
— Pois é. O Klaus veio rastejando até mim... – a duplicata me olhou – Como um cachorrinho pedindo por carinho.
Encarei ela seriamente, já que não gostei nada da sua resposta, muito menos que alguém como Marcel pensasse que eu implorei pra Elena sair comigo. Elena sabia que quando chegarmos em casa ela estaria ferrada, mas a morena não pareceu ligar e sorriu em deboche, voltando a olhar Marcel.
Com certeza, depois desse dia, minha reputação como híbrido durão vai lá pra baixo.
— É verdade. Aquela altura, eu já tava me apaixonando por ela, então eu implorei pra ela sair comigo... Como um cachorrinho pedindo por carinho – decidi incrementar na mentira. Já tava ferrado mesmo – Na verdade, antes disso, eu tava gostando de uma amiga dela. Uma linda loira vampira.
Dessa vez foi a vez de Elena me lançar um olhar feio, e foi a minha vez de sorrir em deboche.
— Sim, e eu de seu irmão Elijah – Elena acrescentou – Mas Elijah não gostava de mim desse jeito, então eu acabei ficando com Klaus. Mas sendo bem sincera... Klaus foi mais por falta de opção.
Rosnei após ouvi-la, tentando ao máximo me conter.
— Isso não é verdade – murmurei baixinho.
— É sim!
Marcel riu achando engraçado nossa "discussão".
— Vocês sem dúvidas são feitos um pro outro. Formam um casal peculiar – Marcel sorriu enquanto bebia seu whisky.
Lancei um olhar furioso pra Elena, mas fingi o contrário na frente de Marcel, enquanto segurava a mão da minha duplicata.
— É isso mesmo. Às vezes brigamos, mas nos amamos muito, não é, linda? – dei um sorriso falso encarando Elena, que parecia assustada por eu estar segurando sua mão.
— Com certeza – pude ver ela engolindo a seco.
Tô ansioso pra chegarmos em casa.
***
— "Às vezes brigamos, mas nos amamos muito, não é, linda?" – Elena me imitou com deboche ao entrar na casa – Me arrependi de ter ido.
Fechei a porta com cuidado e andei até a duplicata. O caminho todo tinha sido silêncio, tava esperando pra dar bronca nela quando chegassemos.
— Não exagera tanto. No final ele acreditou, isso que importa. Agora me escute bem – segurei o braço de Elena, fazendo-a me olhar atentamente – Você nunca, mas nunca mais, vai sair dessa casa. Ouviu? – rosnei irritado.
— Me desculpe, mas Marcel pareceu gostar de mim.
— Até demais. Acha que eu não percebi os olhares maldosos dele pra você? E a bonita aqui pareceu nem ligar, não é?
— Claro. Tava ocupada demais debochando da sua cara – riu divertida.
Segurei o braço de Elena novamente, só que um pouco mais forte, o que fez a morena me olhar assustada. Eu tava muito furioso. Tava me controlando pra não subir com ela até seu quarto, jogá-la na cama e forçar ela a transar comigo.
— Já se divertiu muito por hoje. Agora sobe! – ordenei olhando em seus olhos.
— Acha que tem algum poder sobre mim?
— Escuta aqui. Quem dá as ordens aqui sou eu. Se eu digo que você não vai sair dessa casa, é porque não vai.
— Se não o que? – sorri ao ouvi-la. Elena era muito corajosa pra enfrentar um híbrido original, ou muito burra.
— Se não eu vou matar a única família que ainda lhe resta – disse me referindo ao seu irmão – Eu ainda tenho alguns híbridos sobre o meu controle em Mystic Falls. Basta uma ligação, e eles trazem o pequeno Gilbert pra cá, e eu o mato bem na sua frente, assim como fiz com sua tia Jenna. Quer tentar me desafiar?
Uma lágrima escorreu pela bochecha de Elena. Confesso que vê-la assim, foi como sentir uma estaca no meu coração, mas não deixei transparecer que isso me afetou emocionalmente.
Elena ficou parada me olhando, incapaz de mover um músculo. Ela levou a mão até onde a lágrima havia escorrido e a limpou rapidamente.
— Depois você me pergunta porque todo mundo gosta mais do Elijah do que você. Tá aí a sua resposta! – dito isso, Elena saiu da minha frente.
Continuei ali parado, ouvindo os passos dela subindo a escada. Admito também que sua fala mexeu comigo, fazendo-me lembrar da nossa conversa de mais cedo quando questionei o que o Elijah tinha que eu não tinha pra todos o amarem.
Sobre matar o Jeremy, era obviamente mentira, disse apenas pra lhe causar medo por ela ter me desafiado. Não seria capaz de machucar a única família que lhe restava, ainda mais agora que tô vendo a duplicata com outros olhos.
Fechei meus olhos brevemente, soltando um suspiro pesado junto. Pra mim já deu desse dia.
Elena Gilbert
Passei o resto do dia no quarto trancada, não fiz nem questão de descer pra jantar, além de não estar com fome, não queria ver o Klaus. Senti medo quando ele disse aquilo sobre matar o Jeremy.
Klaus era louco, sabia que se eu o irritasse só um pouquinho mais, com certeza iria matá-lo. Não querendo provocar mais brigas, fiquei trancada no quarto até o dia seguinte.
Após tomar um banho e colocar uma roupa qualquer que tinha no armário, destranquei a porta do quarto e andei em direção a escada. A casa estava silenciosa, meus passos descendo a escada também eram silenciosos devido a eu estar descalça.
Escutei vozes do andar de baixo. Apressei meus passos e chegando na sala, me deparo com uma surpresa maravilhosa.
— Elijah... – sussurrei ao vê-lo de costas pra mim.
Klaus e Elijah olharam na minha direção, o original mais velho ficou surpreso por me ver. Meu coração palpitava tão rápido. Eu estava muito feliz por vê-lo de novo após vários dias de preocupação. Eu tinha muita consideração por ele.
— Elena... – lentamente, nós 2 abrimos sorrisos alegres.
Corri até ele e num ato inesperado, o abracei forte. Elijah retribuiu no mesmo momento, passando seus braços em torno da minha cintura, me permiti fechar os olhos pra aproveitar a sensação do abraço. Um turbilhão de emoções surgiu em mim. Tinha até esquecido que Klaus estava ali presente.
Nos afastamos do abraço ainda com os sorrisos alegres. Percebi que nossas mãos estavam entrelaçadas, porém não fiz nada pra separá-las.
— Onde você esteve esse tempo todo? – foi a primeira coisa que disse.
Elijah desfez um pouco o sorriso e virou a cabeça pra olhar Klaus atrás de si, logo seu olhar voltou pra mim.
— Foi mais uma das coisas preferidas do meu irmão. Niklaus pôs um punhal no meu peito e me colocou em um caixão.
Encarei o híbrido atrás de Elijah, totalmente pasma. Rebekah tinha razão. Meu subconsciente tinha razão. Aquela história de Elijah ter ido embora sem ao menos se despedir não podia ser verdade.
Klaus sempre foi o vilão, aponto de mais uma vez ter colocado seu irmão num caixão com uma adaga no peito.
Ele é mesmo um maldito miserável.
Klaus me olhava sério, parecendo não ter se importado com que fez com o irmão. Isso já virou costume pra ele.
— E como você saiu? – perguntei encarando Elijah.
— Rebekah me encontrou no porão da casa onde eu estava, ela fez o favor de tirar o punhal. É nisso que dá confiar no Niklaus.
— Que bom que você tá bem – me aproximei dele, tocando em seu rosto com a mão – Achei que nunca mais o veria.
— Mas agora eu estou aqui, e vou manter minha promessa de não deixar ninguém te machucar.
Dei um sorriso agradecido por ele ter se lembrado da promessa que me fez antes de Klaus ter colocado ele no caixão. Desviei minha atenção pra Klaus atrás de Elijah, e o mesmo nos olhava com seriedade.
Ainda não acreditava que Klaus fez aquilo com Elijah. Ou acreditava sim. Estávamos falando de Klaus Mikaelson, o passatempo preferido dele é colocar adagas em seus irmãos e depois os trancarem em caixões.
Que belo amor de família, não?
Continued...
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