Capítulo 37 - Hope Andrea Mikaelson

Capítulo 37 – Hope Andrea Mikaelson.

Klaus Mikaelson

Passaram-se 2 meses. A barriga de Elena já tava tendo leves mudanças. Contei a notícia ao Elijah e a Hayley, e assim como Rebekah, eles ficaram chocados, perguntando como era possível Elena estar grávida sendo vampira. Rebekah não esperou mais tempo e já começou a comprar as coisas pro bebê, nem sabíamos se era menino ou menina, mas quem disse que alguém conseguiu parar Rebekah? A louca da minha irmã não se importou de comprar exageradamente vários produtos de bebê.

Nesse tempo, mal conseguimos dormir direito. Assim como Freya disse, as bruxas do quartel não ficaram nada felizes com a notícia do bebê. Ainda se perguntavam como era possível uma vampira estar grávida de outro vampiro, ou melhor, de um híbrido. De fato, a gravidez de Elena fazia parte do meu Geni de lobisomem, dando forma a um bebê milagroso.

As bruxas tentaram impedir a gravidez de Elena continuar. Davina – ex-amiga e aliada de Marcel – concordou em nos ajudar a proteger o bebê como uma oferta de paz. De fato, Davina não era má como Marcel, ela estava pagando uma dívida com ele depois do vampiro tê-la salvado.

Agora tínhamos duas bruxas aliadas pra proteger o bebê. Freya e Davina.

No momento atual, estou com Freya e Rebekah na sala conversando de uma visão que minha irmã bruxa teve em relação ao meu filho.

— Querida, irmã... Como, por gentileza, foi interpretada essa visão? – pergunto num tom sério.

A loira escondeu os lábios, me olhando com incerteza.

— Basicamente que o bebê traria a morte pras bruxas.

— Ah, bom... A partir de agora já gosto mais da criança – um sorriso sombrio cruzou meus lábios enquanto encarava minha irmã.

— E é por isso que as bruxas do quartel não estão felizes? – perguntou Rebekah do meu lado no sofá.

— Sim... – concordou Freya num tom baixo – Agora mais do que nunca temos que proteger o bebê. Algo me diz que não são só as bruxas que querem matar essa criança.

Meu semblante se tornou preocupado. Não quero que nada aconteça ao bebê, muito menos a Elena. Eles são tudo que importam pra mim. Me retirei da sala, subindo as escadas em direção ao meu quarto, ao abrir a porta, avisto Elena sentada na cama com uma almofada em cima das suas pernas cruzadas e seu diário sobre uma almofada. Ela parecia bem concentrada escrevendo, nem tinha percebido minha presença ainda. Eu não queria preocupá-la mais do que ela já estava em relação às bruxas ameaçando sua vida e a do bebê. Sabíamos que ter essa criança não seria fácil, a própria Freya disse.

Fácil mesmo foi fazer ela, né, Sr. Klaus?

A autora sempre tá de bom humor. Se continuar com suas gracinhas, vou matar todos da sua família.

Faça isso e eu coloco o Damon como par romântico da Elena.

Não se atreva! Ainda tenho que rever meu contrato nessa história.

Continuando...

Fechei a porta atrás de mim fazendo um barulho na ideia de chamar a atenção da duplicata. Elena ergueu seu olhar pra mim assim que escutou o barulho.

— Oi.

— Como você tá? – pergunto.

— Melhor... Eu acho – Elena fechou o caderno, colocando-o na primeira gaveta do criado mudo ao seu lado.

Me aproximei dela em passos calmos, me sentando de frente pra ela na cama. Juntei minhas mãos no meio das minhas pernas. Eu tava meio sem jeito, não sabia se contava ou não o que Freya disse lá embaixo.

— Eu ouvi o que a Freya disse sobre o bebê – fiquei tenso. A audição dos vampiros é surpreendente – Vai ficar tudo bem, não vai?

Sua pergunta me fez ter incerteza. Seu rosto estava em um semblante preocupado, como se ela me pedisse pra dizer que vai ficar tudo bem, ou apenas mentir em dizer isso.

Assenti confirmando lentamente.

— Vai. Não vou deixar nada acontecer a esse bebê e nem a você. Dou minha palavra – tento confortá-la, apesar de eu realmente ter muito confiança de que tudo vai dar realmente certo.

Elena abaixou o olhar pra suas pernas cruzadas e a boca dela se moveu pro lado.

— Sabe... – ela ergueu a cabeça – Eu estive pensando em qual seria o nome do bebê.

— Nem sabemos se é menino ou menina – minha voz tinha dor e tristeza envolvida. Acho que o que eu queria dizer era se nem sabemos se o bebê vai viver ou morrer.

Juro que tentava pensar positivo, mas eu não tenho tanta fé como Elena tinha, ela tinha esperança, por isso eu não queria que ela se preocupasse mais com o assunto das bruxas. Não queria apagar a única luz de esperança dentro dela.

Na verdade, é ela quem me faz ter esperança de que vamos vencer.

— Se for menino? – ela inclinou seu tronco pra frente, sorrindo sem mostrar os dentes – Como quer que se chame?

— Niklaus parece ser um bom nome – me gabo sorrindo por pensar que o bebê poderia ter o meu nome.

— Bobo! – minha namorada jogou a almofada em seu colo na minha cara enquanto ela e eu riamos. Atualmente, estávamos com pouco tempo pra rir devido ao problema com as bruxas. Elena colocou a almofada de volta no colo, ao mesmo tempo que cessava o riso – E se for menina?

Permaneci alguns segundos em silêncio, abaixando o meu olhar. Há alguns dias, enquanto eu me encontrava desesperado com esse assunto das bruxas, Elijah me confortou e disse que assim como Elena, o bebê pode ser a minha esperança. Pode ser a esperança da nossa família. Uma nova chance de recomeço.

— Hope... – falo voltando meu olhar pra Elena – Hope Andrea Mikaelson – abro um sorriso ao finalizar.

Elena também sorri parecendo ter gostado do nome que acabei de pensar pro bebê.

— Gostei... E acho que o bebê também gostou – Elena olhou pra sua barriga.

Abaixei meu olhar pra sua barriga também. Lentamente, levei minha mão até a barriga de Elena em um toque suave. Eu podia ouvir os batimentos do bebê, era uma coisinha tão maravilhosa de se ouvir, de saber que tem um novo ser dentro da mulher que amava. O ruim é que haviam várias pessoas que queriam ver essa criança morta.

— Ele gosta de você – Elena falou pra mim. Ergui meu olhar pra morena, que também estava me olhando, involuntariamente abri um sorriso.

Minha mão ainda estava em sua barriga, nesse mesmo momento, senti um chute vindo dali de dentro. O bebê parecia ter dado um sinal de vida, um sinal de que ele estava bem ali. Agora eu teria por quem mais lutar, uma nova vida crescia ali.

Ainda me perguntava como uma criança poderia ser a causa da destruição das bruxas.

***

Passou-se mais um tempo. O irmão de Elena havia vindo pra Nova Orleans após saber da gravidez da irmã. Ele passou apenas uma semana aqui, foi o bastante pra fazer Elena se acalmar um pouco depois de tanto sufoco. Freya disse há um tempo atrás que não eram só as bruxas que estariam infelizes com o nascimento do bebê. Há uma semana atrás, descobrimos outro inimigo e uma nova descoberta.

Tyler veio pra Nova Orleans comprovar uma teoria de que o sangue da criança pode ser usado pra criar híbridos. E de fato, deu certo. Tyler sequestrou Elena e tirou um pouco do sangue da criança direto da barriga dela pra usar em um lobisomem depois que ele foi morto. Quando cheguei no lugar onde Tyler havia mantido Elena escondida, encontrei o tal híbrido já transformado. E Tyler me acusou dizendo que eu só estava defendendo essa criança porque iria usá-la pra criar meu exército assim como fiz com Elena.

Fiquei muito aliviado ao escutar Elena dizer que acreditava que eu não estava fazendo isso pra criar meus híbridos. Foi um choque e tanto pra mim também. Elena acreditava em mim, acreditava que eu a amava, assim como amava esse bebê.

Se passaram 3 meses da gravidez da Elena. Sua barriga já estava ganhando forma. Porém, um imprevisto aconteceu. Freya me contou que as bruxas do quartel pegaram Elena e usaram magia pra acelerar a gravidez dela. Me desesperei no mesmo instante. Minha mulher estava entrando em trabalho de parto por culpa de uma malucas obsessivas em matar o meu filho.

Ou melhor... Filha.

No momento, estou a caminho até a igreja da cidade que era onde as bruxas estavam mantendo Elena presa. Freya e Davina, juntas, fizeram um feitiço de localização que nem as outras bruxas conseguiram impedir.

Eu só conseguia pensar em Elena sofrendo nas mãos daquelas bruxas vadias.

Elena Gilbert

Eu estava em trabalho de parto. 3 bruxas haviam me pegado e elas fizeram minha gravidez acelerar. Elas pareciam mesmo com pressa pra matar minha filha. Eu tentava me debater pra tentar me soltar do apertos delas, mas parece que minha força tinha ido embora. Eu só conseguia chorar, meu corpo estava suado, eu estava desesperada.

Não imaginei que um parto doesse tanto, ainda mais quando seu bebê vai ser tirado de você.

— Empurre! Ele está vindo! – mandou Genevieve, uma das bruxa que tinha me sequestrado. Ela estava tentando puxar meu bebê enquanto eu fazia força pra ele sair.

Genevieve tem um passado com Klaus, não quero nem mencionar.

Falando no Klaus, ele havia chegado extremamente furioso, arrancando a cabeça de um vampiro que estava ajudando as bruxas a impedir que alguém atrapalhasse. Klaus não conseguiu impedir exatamente, uma das bruxas fez ele voar e depois o prendeu contra uma parede bem lá no alto usando magia.

Não eram só os meus gritos agora, mas também os de Klaus eram ouvidos por toda a igreja.

Mas não demorou muito pra que nós ouvissemos um choro de bebê. O ambiente ficou em silêncio, somente com aquele choro. Relaxei meu corpo na mesa onde me puseram deitada, soltando suspiros cansados. Ergui minha cabeça um pouco e Genevieve estava segurando minha filha nos braços com uma toalha branca envolvendo ela pra limpar o sangue.

Virei minha cabeça pro lado onde estava Klaus preso na parede, e abri um sorriso fraco e cansado. Klaus não esboçou nenhuma reação, sua atenção estava no bebê nos braços de Genevieve. Com um pouco de força, ergui meu tronco pra frente, ficando apoiada em meus cotovelos.

Minha atenção voltou pra ruiva, vendo-a prestes a sair com o bebê.

— Espera! – a ruiva se virou pra mim – Por favor... Me deixe segurar ela... – supliquei cansada.

Minha voz saiu fraca. Se eu ia morrer ali mesmo, pelo menos eu quero ter um único momento com a minha filha.

Hesitante, mas atendendo meu pedido, Genevieve andou pra mais perto de mim e entregou o bebê nos meus braços. No momento eu só queria chorar de novo, mas dessa vez de emoção ao finalmente segurar meu bebê. Ela ainda estava com algumas manchas de sangue em seu corpo nu. Ela era uma coisa tão pequena, tão frágil, tão bonita...

De repente, as botas da igreja foram novamente abertas de um jeito agressivo. Virei minha cabeça naquela direção e estavam ali Freya e Davina juntas encarando as bruxas. Duas delas se colocaram na minha frente, tampando minha visão.

— Vocês não vão fazer nada com esse bebê! – ouço Freya dizer.

— Vocês não entendem?! – Genevieve se pôs na frente e no meio das outras bruxas – Essa criança vai destruir a todos nós. Ela é uma aberração! Ela tem que ser morta.

— Se estão preocupadas de que a criança vai ser igual ao Klaus, vamos garantir que isso não aconteça – continuou Freya – Não vamos deixar que matem esse bebê.

— Então vocês serão mortas por trair a natureza.

Não deu pra ver muita coisa de onde eu tava, mas consigo ver Freya e Davina juntando as mãos e elas começaram a falar um feitiço em latim. As outras bruxas estavam começando a falar outro feitiço, mas elas logo são empurradas por um vento forte, jogando às 3 contra a parede.

Nisso, vejo Rebekah chegando em velocidade de vampiro e arrancando a cabeça de uma delas. Elijah aparece e faz o mesmo com outra bruxa, restando só Genevieve.

Genevieve se levantou do chão e me olhou desesperada, ela estava prestes a fazer um feitiço, mas um pedaço de ferro grande atingiu a bruxa no estômago, e a força fez ela colidir contra a parede. Olho pro lado vendo que quem fez isso foi Klaus, que já estava no chão depois que Davina o soltou com um feitiço.

Eu olhei pra aquela cena toda, assustada. As bruxas estavam mortas, o silêncio pairou na igreja, somente nossas respirações cansadas eram ouvidas.

Não consegui aguentar mais e me entreguei à escuridão.

***

Abri meus olhos lentamente, sentindo logo uma claridade bater no meu rosto. Eu me sentia muito bem, mais revigorada, me sentia cheia de energia, era como se eu tivesse acabado de virar vampira. Olho ao redor, notando que eu estava no meu quarto, o dia estava claro lá fora, senti a frieza do ar condicionado em mim, eu estava deitada na cama sozinha, uma paz e tranquilidade envolvia o quarto com o silêncio. Uso meus braços pra me ajudar a sentar. Passo minha mão pelo cabelo, ajeitando alguns fios que estavam no meu rosto.

Minha mente foi invadida por lembranças da noite do meu parto.

Klaus chegando.

As bruxas tirando o meu bebê.

Davina e Freya impedindo as bruxas.

Eu também me lembro de quando eu desmaiei. E não me lembro de mais nada.

Levanto da cama e caminho até o espelho grande do quarto. Olhando meu reflexo de corpo inteiro, noto que estou usando um vestido leve da cor branca indo até acima dos joelhos. Eu estava mais bonita, minha pele estava brilhante, meu cabelo estava mais cacheado, eu me sentia mais jovial. As esferas castanhas dos meus olhos estavam num tom avermelhado, provavelmente por conta da fome que eu sentia.

Puxei o canto da boca em um sorriso ladino. Eu nunca me senti tão viva.

— Fico feliz que tenha acordado – viro a cabeça na direção da voz e lá estava Klaus encostado na porta com os braços e os pés cruzados. O híbrido me olhava com um sorriso sacana, admito que vem sedutor.

Eu nem havia percebido quando ele entrou.

Olhei ele de cima a baixo. Klaus usava uma jaqueta jeans preta com uma camiseta branca por baixo, calça jeans escura, e botas pretas de couro. Klaus tem muito estilo, na verdade, tudo ficava bonito nele.

O cara é de dar inveja até em quem já é bonito.

Meu namorado andou lentamente até mim, olhando pra mim de cima a baixo, como um animal que estava prestes a pegar sua presa. Virei meu corpo pra ele assim que ele parou diante de mim. Klaus olhou atentamente pro meu rosto, seu sorriso ainda não tinha sumido de seus lábios, o híbrido desviou sua atenção pro meu cabelo e passou seus dedos levemente por algumas mechas.

— Senti saudades – ele falou voltando seu olhar pro meu rosto. Klaus deslizou sua mão pro meu rosto, o choque de sua mão quente e meu rosto frio me causou alguns arrepios – Eu te amo.

— Eu te amo – repeti sua fala, abrindo um sorriso de lado.

O sorriso de Klaus se tornou malicioso enquanto abaixava o olhar pros meus lábios. Senti a mão dele na minha cintura, trazendo meu corpo pra mais perto e fechei meus olhos assim que senti os lábios de Klaus tocando os meus. Era incrível como apenas um simples beijo como esse me causava tantas emoções. O Mikaelson pediu passagem com a língua e eu sedi ao mesmo tempo que pousava minha mão na sua nuca.

Klaus me beijava de um jeito apaixonado, parecia que estava dias sem tocar meus lábios. Ao nos separarmos, o beijo fez um estalo. Desci minha mão de sua nuca, e Klaus apenas repetiu meu gesto tirando sua mão da minha cintura.

Nossos olhares se encontraram de novo. Mordi meu lábio inferior de um jeito sexy.

— Quanto tempo eu fiquei dormindo?

— 2 dias. Freya disse que era um efeito pós-parto. Depois que você deu a luz, suas energias acabaram, você estava esgotada.

— E eu fiquei mesmo – dou de ombros. Minha mente voltou à noite na igreja, eu estava segurando minha filha nos braços antes de apagar – Hope...

Klaus riu fraco abaixando a cabeça.

— Ela é linda – ele me olhou sorrindo – Que nem a mãe.

— Onde ela está? Eu tenho que vê-la! – me ponho a sair.

— Espera – a mão de Klaus segura meu braço, me pondo parada no lugar – Você precisa se alimentar primeiro. Ficou 2 dias dormindo, seus olhos vermelhos são falta de sangue no organismo.

Klaus andou até o pequeno frigobar que tinha no quarto, ao abrir, tirou de lá uma bolsa de sangue e caminhou de volta pra mim. Assim que ele me entregou a bolsa com o líquido, tirei a tampinha do bico no mesmo instante. Eu tava mesmo com fome. O sangue começou a descer pela minha garganta. Mesmo não tendo o mesmo gosto do sangue direto da veia, pelo menos ia saciar minha fome um pouco.

Esvaziei a bolsa, já tava me sentindo bem melhor.

— Vamos. Tem uma pessoa querendo te ver – Klaus sorriu.

Descemos até o andar de baixo, encontrando toda a família. Todos ali se viraram ao notar nossa presença, eles me olharam sorrindo e surpresos por me verem. Klaus olhou pra mim sorrindo.

— Bem-vinda de volta, cunhada – disse Elijah sorrindo assim que passei por ele.

— Você tá incrível, Elena! – disse Rebekah empolgada.

Hayley e Davina também estavam ali, as duas me encararam sorridentes quando passei por elas. Paro diante de Freya, que estava de costas pra mim. A loira se virou pra mim sorrindo com a minha filha nos braços. Ela estava usando uma roupa extremamente fofa de morangos comprada por Rebekah. Com certeza essa aí vai ser uma tia babona.

Estendi meus braços quando Freya colocou minha filha deitada nos meus braços. Ela era uma coisinha tão pequena, tão pura...

— É um prazer te conhecer, Hope.

Continued...

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