Capítulo 34 - The Final Answer
Capítulo 34 – A Resposta Final.
Elena Gilbert
Abro meus olhos aos poucos ao notar uma claridade no meu rosto. Solto um suspiro fundo, sentindo a preguiça ainda no meu corpo. Confesso que odiava acordar cedo, sendo que na verdade eu nem sabia que horas eram. Lembranças da noite passada vieram à minha mente. Lembranças essas que me fizeram sorrir de felicidade.
Lembro também que hoje eu prometi ao Klaus que iria dizer a ele se fico ou não em Nova Orleans. Ainda tinha que pensar muito, não gostava de ter que deixar Jeremy sozinho, apesar de que sei que ele pode cuidar dele mesmo sozinho.
Sinto um braço envolvendo minha cintura, puxando meu corpo até eu sentir minhas costas batendo contra um peitoral nu. Eu sabia muito bem de quem era. Meu corpo estava coberto por um lençol branco até a parte dos seios. Olhei a pessoa por cima do meu ombro, encontrando o rosto dele perto do meu.
— Bom dia – Klaus murmurou sorrindo. Ele ainda parecia sonolento, com cara de quem também acabou de acordar.
— Olá, Sr. Mikaelson – sorri divertida enquanto me virava pra poder olhá-lo melhor, recebendo um beijo longo dele logo em seguida – Como dormiu?
— Ao seu lado eu sempre durmo bem. Hoje você prometeu que iria dizer se ficava ou não. Eu lhe garanto que se você aceitar ficar, terá noites de transa maravilhosas comigo e um bom café da manhã todos os dias – solto uma risada fraca – Qual é a sua resposta, amor? – ele sorriu curioso.
— Que tal a gente levantar e tomar um belo café da manhã primeiro? Depois a gente conversa sobre isso. Não seja tão apressado – saio de seus braços e me sento na cama.
— Pelado eu faço um café muito melhor – nem precisei olhá-lo pra saber que ele estava sorrindo malicioso devido ao seu tom de voz.
Sorri desacreditada balançando a cabeça negativamente, enquanto pegava minhas roupas que estavam espalhadas no chão e começo a pôr o meu sutiã e calcinha. Depois daqui eu iria tomar um banho, mas eu não ia ficar andando nua pelo quarto enquanto ele estivesse aqui. Klaus parecia bastante relaxado ainda.
— Sabe que é você quem deveria estar se vestindo, né? – perguntei ainda de costas pra ele, abotoando meu sutiã.
— É, mas eu tô tão bem aqui. Eu já disse que adoro essa sua marca de nascença? – senti os dedos de Klaus tocarem a região abaixo do meu ombro direito – Nunca vi igual antes.
— Eu não gosto dessa marca. É feia. Ninguém da minha família têm. Talvez seja coisa de duplicata – digo colocando minha jaqueta preta em volta do meu corpo.
— Parece com a lua crescente. Eu amo essa sua marca. É única.
— Se for coisa de duplicata, talvez a Katherine também tenha uma – me levanto da cama e me viro pra ele.
— Nunca dormir com ela pra saber – Klaus deu de ombros. Olhei ele com um olhar enfurecido e o híbrido sorriu. Não consigo imaginar Klaus dormindo com outras mulheres, o ciúmes era incontrolável.
O híbrido idiota que tanto amo continuou deitado na cama com um sorriso safado no rosto enquanto ele me olhava. Ele estava com o cobertor apenas na cintura pra baixo, seu peitoral nu mostrando suas tatuagens que eram lindas, e até hoje me pergunto o porquê dele ter feito elas.
— Você tem que ir embora, Klaus. Suas irmãs podem sentir falta de você.
— Só vou se você me prometer que vai dizer sua resposta assim que descer.
— Tá, eu prometo. Agora vaza!
Mesmo resmungando, Klaus fez o que eu pedi. Ele apanhou suas roupas do chão e depois de se vestir, saiu do quarto, claro que não antes de me dar um último beijo. Entrei no banheiro e fui direito pra debaixo do chuveiro com a água morna caindo.
Depois do meu banho demorado, coloquei apenas um vestido rosa simples de alça fina que ia até acima dos joelhos, o vestido continha um decote pequeno na parte do colo em forma de V, e pra completar um par de botas pretas de saltinho. Termino de arrumar meu cabelo, deixando ele solto como de costume, e finalmente desço até o andar de baixo. Durante meu banho, eu fiquei pensando na resposta que daria ao Klaus quando o encontrasse.
Minha maior preocupação era Jeremy. Eu sei que ele já é um homem formado, solteiro e responsável – às vezes –, mas me dá um aperto no peito ao deixá-lo longe de mim. Sei que ele é grande o suficiente pra cuidar de si mesmo, acho que é coisa de irmã mais velha. Quanto aos meus amigos, eu sinto muita falta deles, e se eu decidir ficar com Klaus, teria que contar a eles onde estou e que estou apaixonada pelo híbrido – uma coisa que omiti há 3 anos desde que Klaus foi embora. A única pessoa que sabia da minha paixão era Jeremy. E como Klaus e até Rebekah disseram há alguns anos, se eles são meus amigos mesmo, eles vão entender e aceitar minha decisão. Quem não vai gostar nada é Damon, mas no momento eu não quero pensar nele.
Era impossível negar que eu ainda amava Klaus, afinal, eu tinha voltado por ele, talvez numa chance de recomeçar tudo entre nós. E saber que ele ainda me ama, só me encheu mais de esperança e felicidade.
Mas agora tá na hora da resposta.
Encontrei o híbrido encostado na parede que dava pra cozinha, de longe, vi Freya ali fazendo alguma coisa na cozinha. Klaus virou a cabeça pra trás ao escutar meus passos e ele abriu um sorriso esperançoso enquanto ele andava até mim.
— E então? Já decidiu?
— Já – fiz uma pausa dramática, isso deixou ele mais ansioso – Eu vou arrumar minhas malas.
O sorriso que Klaus tinha foi se desfazendo aos poucos, assim como a esperança em seu olhar.
— Você vai embora?
— Vou – digo confirmando. A expressão de Klaus se tornou triste – Eu vou arrumar minhas coisas e me mudar pro seu quarto. Se você quiser, é claro.
Klaus me olhou desacreditado e uma nova chama de esperança cresceu em seus olhos e ele sorriu. Ele com certeza estava se perguntando se ele havia escutado direito. Sorri divertida por ter feito ele acreditar que eu iria embora.
— Isso quer dizer que você vai ficar? – ele deu um passo até mim.
— Acho que ficou bem na cara, né?
O sorriso do Mikaelson se tornou maior. Klaus envolveu minha cintura com seus braços e me ergueu, fazendo meus pés deixarem de tocar o chão.
Nisso, o híbrido passou a nos girar enquanto ele gritava de felicidade. Comecei a rir por ver a sua empolgação, achei aquilo engraçado vê-lo assim. Meus pés tocaram o chão novamente depois de Klaus me soltar, mas suas mãos continuam na minha cintura. O híbrido deu um beijo longo na minha bochecha.
— Obrigado, meu amor. Obrigado de verdade! – disse ele sorrindo empolgado. Não pude evitar de sorrir também por vê-lo tão feliz – Mas agora admita. Você só decidiu ficar comigo porque eu disse que teríamos sexo todo dia, não é?
— Não. Mas não nego que eu adoraria ter isso sempre – soltei uma risada – Eu te amo, Klaus. E eu não poderia abandonar o meu lobo mau. Sei que você não conseguiria viver sem mim.
— Você é muito convencida.
Klaus envolveu minha cintura com os 2 braços e iniciou um beijo profundo nos meus lábios. Contornei o pescoço dele com meus braços após retribuir o beijo deixando o beijo ficar mais intenso quando nossas línguas fizeram contato.
— Ôpa, casal! – ouvimos a voz de Freya, fazendo a gente separar o beijo. Olhamos pra loira à nossa frente, e a mesma estava sorrindo – Se quiserem se pegar, vão lá pra cima – soltei uma risada com humor – E então? E oficial?
— É sim – respondi sorrindo.
— Finalmente! – a loira mais velha juntou as mãos, como se estivesse agradecendo após um milagre. Ou talvez fosse mesmo – Espero que o Nik fique menos insuportável agora.
— Isso nunca vai acontecer, irmã – o Mikaelson disse convencido – Irritar você e Rebekah é o meu passatempo preferido.
E agora serei eu incluída nessa.
Klaus Mikaelson
Elena tá aqui.
Ela aceitou ficar comigo.
Ela me escolheu.
Com certeza tô parecendo um adolescente idiota apaixonado todo bobinho, mas não conseguia expressar o tamanho da minha felicidade. Só Elena conseguia trazer paz e calmaria ao meu mundo de escuridão e frieza. Ela é quem aquece meu coração. Ela é a minha luz. Ela conseguiu afastar os meus demônios internos. Eu me arrependo sim de algumas coisas que fiz na vida, mas amar ela é a única coisa da qual eu não me arrependo. Ela foi a primeira pessoa que eu disse o voto da minha família.
Always and Forever.
Amo ela hoje, amei ela ontem, e sinto que vou amar eternamente.
No momento, estamos eu e ela andando pelas ruas da minha cidade. Como sempre, as ruas estavam lotadas, o barulho dos carros era o som mais ouvido dali, as pessoas conversando enquanto andavam, pessoas vendendo artefatos esquisitos – no caso, as bruxas. Nova Orleans era minha minha de novo depois de ter lutado muito por ela. Assim como Elena, que agora finalmente estava do meu lado de novo.
Estávamos andando com as mãos cruzadas. Não me importava os olhares dos outros ali, queria que todos vissem que eu tenho ela só pra mim.
— Não achei que fosse do seu tipo ficar andando por aí de mãos dadas com alguém – falou ela pela primeira vez enquanto andávamos.
De fato, estávamos parecendo aqueles casais melosos apaixonados que andavam de mãos dadas.
— E não gosto. Acho isso patético – respondo sem olhá-la – Mas eu tô feliz hoje. Vou fazer essa exceção porque agora você é minha namorada – olhei ela do meu lado com um sorriso galanteador.
— Eu sou sua namorada? – ela me olhou sorridente.
— Se você quiser ser – dou de ombros, voltando a olhar pra frente – Eu ficaria muito feliz se concordasse. Nova Orleans precisa de uma rainha... E eu também. Você é a minha rainha – olho novamente pra ela, abrindo um sorriso carinhoso.
Elena sorriu tímida e voltou seu olhar pra frente, repeti seu gesto logo em seguida.
— Tá me levando pra onde exatamente? – ela perguntou assim que nós dobramos a rua.
— O que é melhor pra comemorar esse dia com uma bela refeição? – abro a porta do bar onde eu costumava frequentar sempre e Elena entra no local seguida por mim.
Hoje era um dia onde muita gente não costumava frequentar o bar, momento perfeito pra uma refeição estilo vampiro. Quando entramos, não havia ninguém ali, ouço barulho de passos se aproximando e uma das garçonetes do bar saiu de trás da porta dos fundos. Ao notar nossa presença, ela sorriu.
— Olá, Sr. Mikaelson. Em que posso ajudar?
— Você pode me ajudar ficar quietinha e não gritar – falo me aproximando dela, e hipnotizando a mulher pra que obedecesse meus comandos.
A garçonete ficou parada após minha hipnose, não podendo mover um músculo. Me pus ao lado dela e então, passo meu braço em torno do seu pescoço, prendendo-a ali. Encaro a duplicata à minha frente.
— Quer fazer as honras, amor?
Faço meus olhos de híbrido aparecerem enquanto eu olhava pra Elena, que não esboçou nenhuma reação além de sua expressão séria.
— Klaus... – ela ia dizer mais alguma coisa, provavelmente iria negar dizendo que tem medo de se descontrolar e acabar matando a garçonete, mas logo ela esboçou um sorriso mini – Tudo bem, só dessa vez tá valendo. Hoje eu tô feliz também. Merecemos isso.
Abri um sorriso sombrio e ao mesmo tempo feliz por ela ter concordado. Elena se pôs do outro lado da garçonete e a mesma copiou meu gesto ao fazer seus olhos e suas presas aparecerem. No mesmo instante, começamos a nos alimentar da mulher que eu ainda segurava, o sangue quente entrou pela minha garganta, causando sensações maravilhosas de como isso é bom. Já fazia dias desde que Elena chegou na minha casa que eu não tomava sangue de um humano.
***
Já havia anoitecido. Eram por volta das 10 da noite agora. Eu me encontrava sentado na minha cama com as costas apoiadas na cabeceira, o lençol me cobria da cintura pra baixo, eu estava usando apenas uma calça de moletom preta e nada na parte de cima, deixando meu peitoral livre. Normalmente era assim que eu dormia.
— Arrumar esse cabelo é uma batalha bem difícil – virei minha cabeça pro lado e vejo Elena sair do banheiro com seu pijaminha.
A duplicata estava usando uma camisola preta de seda curtinha que realçava seus seios, com um hobby preto por cima. Essa mulher tinha o dom de seduzir qualquer um apenas com um sorriso, nesse caso, com seu pijama. Senti meu membro pulsar dentro da calça só de vê-la assim. A duplicata sentou-se ao meu lado na cama.
— Eu tô muito feliz que você resolveu ficar comigo – segurei a mão dela – Obrigado, Elena.
Ela deu um sorriso fofo de lado.
— Eu vim pra Nova Orleans, com o intuito de reencontrar você. Uma chance nova de recomeçar. Meu coração já sabia qual era o meu verdadeiro lugar – senti o toque quente de sua mão no meu rosto, seus olhos castanhos se mantinham fixos nos meus – Eu te amo, Klaus.
— E eu também amo você, amor.
Ela se aproximou um pouco mais de mim e selou nossos lábios, segurei o rosto dela pra dar um pouco mais de profundidade. Encerramos o beijo lento com alguns selinhos, mas eu queria mais, queria que ela fosse minha de novo. Essa mulher sempre me enche de tesão, ela nem precisa se esforçar muito.
Puxei uma das alças do hobby que ela usava e distribuo beijos pela sua pele, começando por ser ombro e indo até seu pescoço, enquanto eu segurava sua nuca.
— O que é que você quer? – sua voz saiu baixa.
— Cerio que você sabe muito bem, amor – olho pra ela com um sorriso malicioso nos lábios, enquanto minha mão descia a alça fina de sua camisola.
Elena soltou uma risada fraca.
— Você não presta.
— Mas sou muito bom de cama.
Não disse mais nada, virei nossos corpos e ficando por cima de Elena, beijei seus lábios de um jeito desesperado. O fogo já tava grande em mim, meu desejo era imenso quando eu tava perto dela. Desci meus lábios pelo pescoço macio de Elena, ouvindo seus suspiros longos de prazer, me incentivando a continuar.
Ter ela comigo era tudo que eu queria. Posso ser frio, grosso, rude, mau, psicopata... Mas com ela, eu me sinto mansinho. Minha vida ganha um novo sentido.
Elena foi a única que conseguiu dominar esse lobo mau.
Continued...
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Quase que eu não posto capítulo hoje, mas consegui cumprir como combinado.
Só pra vocês saberem como a Elena estava vestida nessa parte final. Bem estilo Katherine Pierce, a nosso vadia psicótica preferida. Até a próxima.
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