Capítulo 30 - Provocations

Capítulo 30 – Provocações.

Elena Gilbert

Ainda não acredito que Klaus me fez passar a noite aqui. Parece que vou ter que conviver de novo com os Mikaelson, e ao lado de um híbrido psicopata que tem me observado desde sua saída de Mystic Falls há 3 anos.

Quando Freya me contou não acreditei, mas aí depois eu lembrei que estávamos falando do Klaus. É uma coisa que ele faria sim. Me perguntei como eu não havia percebido que estava sendo observada esse tempo todo. Klaus foi esperto.

Tomei um banho assim que acordei, vesti uma jaqueta preta de couro, por baixo uma blusa roxa de alça fina e calça preta assim como as botas de saltinho baixo. Meu look hoje tava bem Katherine Pierce, até o cabelo tava um pouco parecido pelo o meu ser ondulado agora.

Desci as escadas fazendo o som dos saltos serem ouvidos.

— Olha quem acordou – ouço a voz de Klaus quando estou descendo os últimos 3 degraus. O mesmo parou de frente pra mim – Vamos sair. Quero te mostrar um lugar.

— Mas assim do nada?

— Não reclama e me segue! – disse num tom autoritário.

Klaus andou em direção a porta, bufo jogando a cabeça pra trás e me viro pra segui-lo. Não vou ter 1 minuto de tranquilidade com esse chato.

***

— Por que me trouxe aqui? – questionei saindo do carro quando Klaus parou perto de um bosque. Ficava longe da cidade, acho que no mínimo 45 minutos.

— Quero te mostrar um lugar – o híbrido começou a andar por meio das árvores, segui ele por alguns minutos de caminhada.

Nosso destino final acabou sendo em uma linda cachoeira. Olho lá pra baixo vendo o grande rio de água cristalina, de onde estávamos, tinha aproximadamente uns 6 metros de altura, se pulassemos iríamos ter um bom banho no rio.

Aqui realmente era lindo.

Desvio minha atenção da cachoeira, cruzando os braços ao mesmo tempo que virava o rosto pra olhar algumas árvores que estavam um pouco afastadas de onde estávamos. Arregalei os olhos direcionando meu olhar pra frente quando senti os dedos de Klaus tocarem meu cabelo de forma carinhosa atrás de mim, seus dedos passavam por meus fios castanhos. Desço meus braços deixando eles de cada lado do meu corpo.

Senti o corpo dele colar com o meu, minhas costas batiam em seu peito e seus braços passaram ao redor da minha cintura, me prendendo ali.

— Esses anos todos, eu senti tanto a sua falta, Elena. Não tinha um dia que eu não pensasse em você – Klaus usou uma mão pra afastar meu cabelo que estava em meu ombro e pescoço. Seus lábios começaram a passar por ali, seus movimentos lentos e torturantes – Eu odiava isso, Elena. Odiava pensar em você. Odiava como nenhuma mulher me deixava saciado na cama, odiava todas porque nunca era você...

Mordi meu lábio inferior fechando os olhos, inclinando minha cabeça um pouco pro outro lado, os lábios de Klaus beijavam meu pescoço de forma lenta. Solto um suspiro com os lábios entreabertos.

— Devo confessar que não me agrada você como vampira – Klaus sussurrou perto do meu ouvido.

— E por que não?

— Porque como vampira eu não posso te deixar marcas.

Dessa vez, Klaus beijou meu pescoço com mais rapidez. Aquilo já tava me deixando doida de tesão, meu corpo reagiu aos seus beijos com arrepios passando pela minha coluna e braços. Engoli a seco não resistindo mais. Me viro de frente pra ele, segurei a lateral de seu pescoço e beijei seus lábios sem hesitar. Klaus correspondeu na mesma hora e na mesma intensidade. Depois de 3 anos sem nos vermos, sem nenhum toque físico, sem ouvir as vozes um do outro, eu finalmente pude beijar os lábios que tanto me fizeram falta.

Seus braços abraçaram minha cintura por completo, Klaus me beijava desesperado. O beijo era urgente e feroz, seu beijo continha um desespero nunca visto por mim, sua língua sempre dominando o lugar. Talvez fosse saudade assim como eu sentia. Entrelacei meus braços ao redor do pescoço dele, em seguida fazendo carinhos em sua nuca.

Ele estava me provocando. Se tinha uma coisa que aprendi é que quanto mais a pessoa tem tesão por você, mas chance tem de dominá-la.

Deslizei uma das minhas mãos pra baixo, passando por seu ombro e descendo até seu peitoral. Segurei o lábio inferior de Klaus com força entre meus dentes e me afastei dele dando alguns passos pra trás. Sorri divertida vendo a reação desacreditada do híbrido, e depois vendo o mesmo sorrir sacana.

— Que fique bem claro que quem dita as regras aqui sou eu. E nós não vamos fazer nada que eu não permita – digo apontando meu dedo pra ele.

— Tá brincando com fogo, amor – me alertou.

— Eu nunca tive medo de me queimar – provoquei me pondo de costas.

Dou alguns passos me afastando dele, olho Klaus por cima do meu ombro e o mesmo ainda me olhava sorrindo sacana. Dou um sorriso antes de me virar pra frente. Uso minha velocidade pra sumir dali mesmo sabendo que Klaus iria me seguir, pois era isso que eu queria. Paro estando com várias árvores ao redor de mim, olho pra trás tentando encontrar o híbrido, e então acabo franzindo a testa levemente por não encontrá-lo. Eu sabia que Klaus era mais rápido que eu por ele ser parte vampiro e lobisomem, possibilitando ele ter a velocidade e uma força maior a de um vampiro comum.

Ao me virar pra frente, dou uns passos pra trás pelo susto que levei por ver Klaus ali parado a minha frente com um sorriso debochado. E o cachorrinho veio atrás da dona.

— Acha que pode fugir de mim depois de ter me deixado excitado?

— Então minha missão aqui tá concluída – sorri divertida.

Klaus revirou os olhos. Dou uma risadinha sarcástica enquanto seguia em frente meus passos, na tentativa de fugir de novo. No entanto, fui surpreendida quando o braço de Klaus entrelaçou minha cintura e o híbrido usou sua velocidade pra sumir conosco. Senti minhas costas baterem contra uma árvore e Klaus ficou de frente pra mim. Seu rosto estava perigosamente perto do meu.

— Você não percebe que eu quero você?

— Percebi, mas eu tô gostando de te provocar. E como eu disse, a gente não vai transar.

— Eu vou mudar sua opinião.

Klaus iniciou outro beijo ardente, sua língua sempre dominando a minha, Klaus gostava de estar no comando. O Mikaelson deixou meus lábios, desceu dando um beijo no meu queixo e foi de encontro com meu pescoço, começando uma nova sessão de beijos rápidos no local exposto. Acariciei sua nuca com uma mão enquanto soltava suspiros de prazer com os lábios entreabertos. Fechei meus olhos aproveitando a sensação dos arrepios causados pelos beijos de Klaus.

As mãos de Klaus ameaçavam tirar minha blusa. Querendo provocá-lo mais, levei minhas mãos até seu blazer cinza de botões ameaçando tirá-lo. Klaus tirou o rosto do meu pescoço ao perceber o que eu estava prestes a fazer.

— Achei que não quisesse transar – o original disse sorrindo.

— Eu acho que mudei de ideia...

O sorriso de Klaus se tornou malicioso, mordi o lábio assim que seu blazer foi de encontro com o chão. Acariciei o rosto dele, tocando em sua barba loira lisa, cruzando um sorriso travesso nos meus lábios assim como os de Klaus. Com minha velocidade, inverto nossas posições, fazendo ele ficar contra a árvore e juntei imediatamente nossos lábios em outro beijo desesperado. Klaus corresponde na mesma intensidade enterrando sua mão no meu cabelo.

Na verdade eu não tinha mudado de ideia, minha intenção era apenas provocá-lo, com certeza ele ficaria chateado depois. Não deixaria ele pensar que me entrego a ele com facilidade.

Me afasto do beijo pra poder retirar a sua camiseta preta, Klaus ergue os braços pra me ajudar com o processo, jogo a vestimenta no chão e então iniciamos outro beijo. Desço meu rosto indo de encontro com seu pescoço, ínicio beijos lentos pela sua pele clara, nesse meu processo, ouvia suspiros longos do Mikaelson como forma de que ele estava gostando. Isso me deixava feliz por saber que ele estava excitado.

Segurei a nuca dele pra ter mais ajuda, meus beijos passavam entre o pescoço e o ombro de Klaus. Ele agarrou minha cintura forte, me prendendo ali contra ele.

— Eu senti tanto a sua falta, amor... Senti falta do seu cheiro, do seu corpo... – ouvi ele dizer entre seus suspiros de prazer – Ficar esses anos todos sem você foi uma tortura.

— Eu também senti saudade... Senti falta de te deixar irritado – falei dando beijos em seu pescoço. Ouço uma risada fraca vindo dele após minha confissão – Mas uma coisa você tem que aceitar... – aproximei minha boca de seu ouvido – Você sempre vai ser meu.

Me afasto dele com um sorriso sacana, Klaus me olhou surpreso por minha atitude.

— Eu falei que a gente não ia transar. Agora aguenta, querido – o semblante de Klaus se tornou sério com uma mistura de raiva – Vamos embora.

Pego as vestimentas dele que havia tirado e jogo na direção do mesmo, que pega com as duas mãos. Dou uma risadinha me virando de costas pra ele por notar a sua braveza.

***

Abri a porta da casa dos Mikaelson deixando Klaus, que estava vindo atrás de mim, dar um trabalho de fechar. Já estava de noite quando voltamos, Klaus não falou nada o caminho todo, sempre fazia cara séria olhando pra estrada. Tinha que me conter pra não rir de sua cara. Ouço passos se aproximando e vejo Rebekah vindo até nós, Klaus parou do meu lado.

— Tava preocupada se Elena ia voltar viva, mas vejo que Nik matou outra coisa.

— Digamos que ele não teve o que queria – tombei a cabeça pro lado de Klaus e sorri.

— Tenho pena dos inocentes que ele irá pegar essa noite – Rebekah comentou séria olhando pro irmão.

Desfaço meu sorriso voltando a cabeça na posição normal, olho pra Klaus e ele deu uma última olhada em mim e em Rebekah antes de começar a subir as escadas sem dizer nada.

— Do que você tava falando? – olho pra Rebekah quando Klaus sumiu de vista.

— Não se engane. Ele tem mais de mil anos, mas às vezes Nik parece uma criança – Rebekah continuou – Entendi porque ele tava tão sério agora. Ele tá com raiva porque não aconteceu o que ele queria. E quando isso acontece... Alguém paga.

— Então ele mata alguém pra se sentir melhor e extravasar a raiva... – digo baixo.

Olho na direção da escada e começo a subir os degraus. Klaus havia me dito que o quarto dele era do lado do meu, vou até a porta branca do lado do meu quarto e abro ela sem bater. Klaus não estava lá, a porta da varanda tava aberta devido as cortinas brancas que se mexiam com o vento. O que significava que ele saiu por aí.

— Filho da mãe!

Continued...

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