Capítulo 29 - Reunion
Capítulo 29 – Reencontro.
Elena Gilbert
Botei minha última mala no carro e entrei nele, dei uma última olhada na casa dos Gilberts, vendo Jeremy parado em frente a porta sorrindo triste pra mim. Dou um sorriso triste também pra ele e olho pra frente, iniciando a partida.
Sim, eu estava saindo de Mystic Falls.
Eu sei que tenho tudo aqui. Meus amigos, meu irmão, Damon... Mas tudo isso tá me deixando sufocada. Eu precisava de um tempo pra mim.
E sabe pra onde eu tava indo? Nova Orleans. É irônico eu estar voltando pra aquela cidade que há 3 anos atrás eu me recusei a ir.
Namorei Damon por 1 ano, e digo "namorei" porque não sinto mais tanta atração por ele, sinto que o amor foi sumindo aos poucos. Confesso que meu namoro com ele foi só uma tentativa de esquecer o híbrido psicopata por quem me apaixonei. Klaus Mikaelson.
Faz 3 anos que não o vejo, que ninguém sabe nada dele. É difícil negar que não sinto saudade. Não sei o real motivo de eu estar indo pra Nova Orleans, só sinto que preciso visitar aquele lugar de novo, mesmo sabendo que Klaus mora lá e com certeza vou reencontrá-lo. Talvez seja essa realmente minha intenção, saber como ele está.
Não contei a ninguém aonde eu estava indo, apenas Jeremy sabe, prometi ligar todos os dias pra saber como ele estava. Meu irmãozinho arranjou uma namorada chamada Elisa, ela é gente boa, Jeremy merece ser feliz depois de tudo que aconteceu com nossa família nesse mundo sobrenatural. E agora eu estou deixando ele e minha cidade.
Mas sei que irei voltar. Algum dia...
***
Finalmente cheguei em Nova Orleans. Estacionei meu carro em um hotel da cidade. Peguei minhas malas e depois de fazer o check in, subi pro quarto pra guardar minhas malas e depois de um banho e colocar outra roupa, saí pra dar uma volta.
Por incrível que pareça eu não estava cansada. Eu queria saber como essa cidade ficou depois que Klaus assumiu posse. Estava de noite, as ruas estavam iluminadas com vários balões japoneses de várias cores que serviam como lanternas, tinha muita gente andando pela rua, barracas de vodu com bruxas vendendo artefatos. Onde eu passava as pessoas ofereciam seus produtos. Nova Orleans não mudou nada mesmo com Klaus no poder.
— Ei! Com licença – me viro pra trás ao escutar uma voz. Vejo uma mulher loira de cabelo curto que vestia um sobretudo preto parada à minha frente – Você é a Elena Gilbert, não é?
Franzo a testa confusa por ela me conhecer.
— Sou. Mas como sabe?
— Meu irmão sempre fala muito de você.
— E quem é seu irmão?
— Klaus Mikaelson – a mulher respondeu sorrindo.
Sinto borboletas no estômago ao escutar esse nome. Fico ainda mais confusa por saber que ela é irmã do Klaus, sendo que ele nunca havia mencionado sobre ela.
— Sou Freya Mikaelson, irmã mais velha do Niklaus – estendeu a mão pra mim como cumprimento – Sei que pode parecer estranho já que Nik nunca falou de mim, mas ele também não sabia. Foi uma surpresa pros meus irmãos saberem que tem outra irmã.
Aperto a mão dela dando um sorriso torto.
— Você é vampira?
— Sou uma bruxa, herdei os poderes da minha mãe Ester. E eu também sou imortal, não sou exatamente muito diferente dos meus irmãos – balancei a cabeça em entendimento – Tô indo pra casa agora, Nik e eu moramos juntos. Posso te levar até lá se quiser. Nik está em casa.
— E se ele não quiser me ver?
— Ah, acredite, ele quer sim – a loira sorriu de um jeito estranho, o que me fez questionar o que ela tava pensando ao dizer isso.
Eu pensei em negar, mas algo gritava pra eu aceitar. Afinal, esse foi o principal motivo pra eu querer voltar a essa cidade.
— Então eu vou.
Freya sorriu feliz e pediu pra que eu a seguisse. Demorou em torno de uns 10 minutos pra chegarmos, durante o percurso eu me sentia cada vez mais nervosa, fui conversando com Freya no caminho pra ver se meu nervosismo passava. Ela me contou que foi tirada de Ester por sua irmã Dalhia quando ela era criança, nenhum de seus irmãos sabiam da existência dela, Freya é a primogênita de Mikael e Ester, e como ela falou, ela é uma bruxa imortal.
Ouvir sua história me deixou triste. Ela passou por tanta coisa e ainda se mantém forte.
Ela me contou que Elijah havia se casado com Hayley há uns 2 anos, e que eles estavam tentando adotar uma criança.
A casa dos Mikaelson não era mais a mesma, com o reinado de Marcel morto assim como ele, Klaus recuperou a casa que era de sua família. Agora ele mora com Freya e Rebekah.
Paramos em frente a um portão que continha a letra M em dourado, Freya abriu o portão e me permitiu entrar. Era uma casa muito luxuosa, se era Klaus Mikaelson, tinha que ter luxo. Andamos mais um pouco pra frente da casa, à medida que andava, sentia meu coração batendo mais rápido e minhas mãos trêmulas.
Subimos as escadas que levavam até a porta branca, esperei Freya abrir a porta pra me dar permissão pra entrar de novo. A loira se virou pra mim notando meu nervosismo.
— Tá tudo bem?
— Tá sim – pigarreio nervosa engolindo um pouco de saliva.
Freya novamente permitiu que eu entrasse e fiquei encantada com o luxo da mansão. Era mais bonita e maior que a outra que Klaus tinha aqui quando morava com ele.
— Espere 1 minuto aqui, Elena. Eu vou chamá-lo – a loira pediu.
— Não precisa, irmã – Freya e eu olhamos na direção da voz, avistamos Klaus parado no topo da escada – Eu já estou aqui.
Senti meu nervosismo aumentar. Klaus me olhava fixamente com aquele maldito sorriso galanteador no canto dos lábios. Ele continuava lindo como sempre, e claro que sempre vestindo cores escuras.
— Klaus...
— Olá, Elena.
— Vou deixá-los a sós – disse Freya tocando meu ombro e me dando uma última olhada antes de sair em direção a outro cômodo.
Olhei Klaus novamente e o mesmo ainda estava no topo da escada me olhando sorrindo. Engoli um pouco de saliva, não imaginei que reencontrá-lo depois de anos me causaria tanto nervosismo. Talvez seja devido ao sentimento que ainda nutro por ele. Sim, eu ainda amo o Klaus. Vendo-o agora, só me fez ter mais certeza.
— Posso saber o que veio fazer aqui na minha cidade? – questionou o híbrido descendo as escadas.
— Decidi passar um tempo fora de Mystic Falls. E eu também queria saber como ficou essa cidade. Faz 3 anos que não venho aqui.
— Fico feliz que tenha voltado – ele parou de frente pra mim – Espero que tenha gostado da minha irmã.
— Fiquei surpresa por saber que tinha outra irmã. Ela me contou a história de como ela foi tirada da família. Ela me pareceu ser bem legal.
— Também foi uma surpresa pra nós ao sabermos da existência dela. Mas é legal ter ela como irmã, agora tenho mais uma pra despachar os pretendes – ele sorriu debochado.
Pelo visto, Klaus não mudou nada.
O híbrido se aproximou de mim, me deixando mais nervosa, engoli a seco pela aproximação. Lá em baixo, tratei de fechar minhas mãos em forma de punho pelo nervosismo, à essa altura, Klaus com certeza podia ouvir meu coração batendo mais rápido. Os olhos do híbrido original percorriam todo meu rosto.
— Senti saudades – disse com a voz serena. Abri um sorriso gentil sem mostrar os dentes após ouvi-lo.
Klaus me surpreendeu quando envolveu minha cintura em um abraço reconfortante. Era um ato inesperado vindo de Klaus Mikaelson. Puxei o ar pelo nariz e soltei ele pela boca, ficando paralisada com seu ato repetindo. Lentamente subi minhas mãos até suas costas, retribuindo o abraço. Fechei os olhos aproveitando a sensação.
Seu abraço era confortante, seu perfume amadeirado impregnou minhas narinas. Senti falta do seu toque, do calor de seu corpo, de estar com ele, e dos problemas que ele me trazia.
É difícil esquecer o vilão cruel por quem você acabou se apaixonando. Ou talvez o Klaus nunca tenha sido o verdadeiro vilão da minha história.
***
Klaus tinha me convidado pra jantar com ele e suas irmãs, claramente aceitei pra não ser mal educada. Rebekah estranhamente ficou feliz em me ver, começou a falar comigo como se fossemos grandes amigas. Não me senti desconfortável por incrível que pareça.
Após o jantar, encontro Freya na sala sozinha. Me aproximo dela.
— Freya... Oi.
— Oi, Elena – cumprimentou simpática.
— Posso me sentar?
— Claro – me sento do lado dela no sofá branco.
— Por que você convive com uma pessoa que só pensa em si mesma?
— Pelo simples fato dele ser meu irmão – respondeu sorrindo ladino – Conviver com Klaus Mikaelson é uma tarefa difícil. Agora sei o que Rebekah passou durante séculos, isso quando ela não tava no caixão. Se Nik tentasse fazer isso comigo, seria ele a acabar no caixão e nunca mais iria sair de lá. Sou muito poderosa.
— Acredito – a loira olhou pra frente onde havia uma lareira.
— Nik é um ótimo irmão... Do jeito dele. Ele tem o seu jeito de dizer que ama, jeito de estar preocupado... Carinhoso. Você deve conhecer ele bem, Elena – ela me olhou – Ele não é alguém que fala de carinho, mas faz alguns gestos. Um deles é o ciúmes possessivo. O idiota já espantou um namorado meu – disse com raiva. Me contive pra não dar uma risada – Talvez o que aconteceu com ele no passado ele tenha se fechado pro mundo e acabou interferindo nos sentimentos.
— Então ele é um bom irmão? – questiono rindo baixo.
— Do jeito dele. Sinto muito pelo seu namoro com o Salvatore.
— Como sabe?
— Desde que Niklaus saiu de Mystic Falls, ele deixou algumas pessoas vigiando você. Ele deixou alguns híbridos e hipnotizou alguns humanos pra vigiarem você, então ele sabia de cada passo seu todos os dias. Isso já faz 3 anos. Nik e sua mania de controle.
— E eu nunca percebi... – digo sussurrando – Então ele sabe que terminei com Damon. Ele sabia que eu tava vindo pra cá.
— Digamos que não foi uma coincidência eu ter te encontrado.
Freya Mikaelson
Hoje de manhã...
— Ela tá aqui – Nik falou entrando na sala onde eu estava sentada com Rebekah – Ela tá se hospedando em um motel no centro. Quero que fique de olho nela e me mande mensagem a cada movimento – pediu ele olhando pra mim.
Eu sabia muito bem de quem ele tava falando. Klaus fala dela todo dia, pensa nela todo dia, sabe o que ela tá fazendo, já tá ficando irritante isso tudo.
— Por que tem que ser eu e não a Rebekah?
— Porque você é minha irmã preferida.
— Oh! – protestou a outra loira, olhando Nik brava. Ele apenas sorriu falsamente.
— Tá bem, senhor obcecado por sua duplicata – digo levantando.
Saí de casa apenas com o celular no bolso do meu sobretudo. Fiquei vasculhando a cidade até encontrar a duplicata, segui ela até decidir falar com a mesma.
Hora atual...
— Você tá me vigiando desde que eu cheguei aqui?
— Desde que você saiu do hotel. E não coloque a culpa em mim, e sim no Klaus – me defendi – Por que veio pra cá?
— Pra ser sincera... Eu também não sei. Eu queria sair um pouco de Mystic Falls pra relaxar, tudo aquilo tava me sufocando, eu precisava de um tempo só pra mim. Vim pra cá porque foi o primeiro lugar que pensei. E sendo realmente sincera... Eu queria voltar a ver o Klaus.
Deixei um sorriso malicioso aparecer nos meus lábios. O jeito que ela falou, deu pra perceber que ela sente algo por ele.
— Falando nele... Onde ele tá agora?
— Não sei. Ele disse que ia sair e voltava rápido.
Uns segundos depois escutamos a porta ser aberta. Vemos Klaus entrando na casa com duas malas médias de rodinhas. Ele fechou a porta e andou arrastando as malas pra perto das escadas.
— Ah, aí está você! – disse Elena se aproximando do meu irmão seguida por mim.
— Algum problema? – perguntou ele preocupado intercalando o olhar pra nós.
— Não. Só Elena não consegue ficar longe de você por muito tempo – respondi sorrindo e Elena olhou pra mim envergonhada.
— Essas são minhas malas? – perguntou ela olhando pras malas que Klaus trouxe.
— É. Você vai ficar aqui. Eu fui no hotel onde você tava hospedada e trouxe as malas.
— Mas e o meu carro?
— Eu vim com ele e pedi pra um vampiro trazer o meu.
— Mas as chaves do carro estavam no bolso da minha jaquet... – Elena parou de falar fazendo expressão de tédio ao perceber o que aconteceu, Nik apenas arqueou as sobrancelhas olhando pra ela – Você pegou.
— Tá surpresa com isso? Devia me conhecer melhor, Elena – o idiota do meu irmão sorriu debochado. Elena semicerrou os olhos olhando pra Niklaus.
— Vem, Elena. Vou te mostrar seu quarto – me pronunciei indo em direção a escada.
— Eu levo as malas – avisou Niklaus.
— É o mínimo, né, seu idiota?!
— Olha como fala comigo, mocinha.
Continued...
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