Capítulo 28 - Klaus Mikaelson
Capítulo 28 – Klaus Mikaelson.
3 anos depois...
Klaus Mikaelson
Rasguei a quinta folha do meu caderno de desenho, fiz uma bolinha com esse papel e joguei no chão. Encostei minhas costas na cadeira, bufando com raiva.
Muita coisa mudou nesses anos.
Ao retornar pra Nova Orleans com Elijah, conheci uma nova irmã, Freya Mikaelson. Segundo ela, ela era a primogênita da nossa família. Freya era uma bruxa que tinha herdado os poderes de nossa mãe Ester, ela havia sido levada por nossa tia Dalhia quando criança. De primeira, não acreditei muito, já que nossa mãe nunca falou dela. Freya é uma mulher muito bonita, às vezes sinto que eu e ela somos iguais, mesmo sendo uma bruxa, ela também é imortal.
Elijah está casado com Hayley há 2 anos. Ambos moram juntos em outra casa. Sinto falta de irritar meu irmão, mas sei que ele está feliz, não quero incomodar a felicidade dele. Hayley mostrou ser uma pessoa especial.
Voltei a ser o rei de Nova Orleans quando matei Marcel ainda em Mystic Falls. Os lobisomens estavam liberados a entrar no Quartel Francês, e eu controlo as bruxas aqui, só eu permito que elas façam magia. Freya é exceção já que ela é minha irmã, nesse pouco tempo, me apeguei a ela e já nutri certo ciúmes assim como sou com Rebekah.
Antes da morte de Marcel, eu tinha conversado com ele e perguntado o motivo de tanto ódio por mim. O Gerard disse que sentia inveja de mim, que sentia que eu tinha tudo e ele se sentia excluído da família, ele queria roubar tudo que eu tinha pra ser superior a mim. Aquilo me fez lembrar de uma conversa que tive com Elena onde ela havia dito algo parecido com isso em relação a Marcel. No fim, ela tava certa.
Elena... Minha Elena.
Abro um sorriso involuntário ao lembrar do rosto dela. Mesmo depois de 3 anos sem vê-la, ainda sinto saudade. É difícil esquecer ela, ainda amo essa mulher. Mesmo de longe, eu sabia o que ela estava fazendo.
Recuperei a casa que era da minha família que Marcel tinha tomado pra ele. Eu estou tentando refazer a minha vida. Eu divido a casa com Rebekah e Freya, as duas são insuportáveis quando querem, mas eu amo elas, por mais que não admita na frente delas.
Tentei desenhar novamente na sexta folha daquele caderno, quando falhei, peguei o copo de whisky que estava em cima da cima na parede.
— Se continuar assim, teremos que beber da boca da garrafa – viro a cabeça na direção da porta quando ouço a voz de Freya.
A loira sorria de lado me olhando.
— Eu já disse que é pra bater quando for entrar no meu escritório!
— Tá assim irritado porque a Elena Gilbert tá namorando o Damon? – a loira andou até mim – É deplorável ver o famoso Klaus Mikaelson sofrendo por uma mulher.
De fato, eu tava irritado. Elena estava namorando Damon há algum tempo, fiquei transtornado de ciúmes quando um dos meus híbridos me disse.
— Eu não tô assim pela Elena – levantei da cadeira indo até a mesa das bebidas – É porque não tô conseguindo desenhar – digo colocando whisky em um copo.
— Nik, eu te conheço bem e sei que não é por isso – minha irmã se aproximou de mim – Me deixa surpresa que o temido Klaus Mikaelson esteja sofrendo por uma mulher. Me preocupa te ver assim... – abaixo a cabeça – Sabe que eu posso te ajudar a esquecer ela, né?
Freya é uma bruxa muito poderosa. Ela pode fazer quase as mesmas coisas que nossa mãe fazia, dentre elas, apagar memórias até de vampiros originais. Levanto a cabeça pra encarar minha irmã de novo.
— Eu sei... Mas eu não quero esquecer ela. Ela é a melhor parte de mim...
— Amou mesmo ela, não é?
— Eu amo ela, Freya – corrijo a loira – Sempre vou levar ela comigo... Ela foi a primeira pessoa que eu amei de verdade depois de mil anos.
Minha irmã abriu um sorriso amoroso, ela se aproximou mais e me envolveu num abraço. Hesitei um pouco no início, mas logo envolvi a cintura dela apenas com um braço, permitindo fechar os olhos pra aproveitar a sensação. Não sou uma pessoa que demonstra afeto, às vezes nego os abraços dados pelas minhas irmãs, a primeira vez que realmente abracei alguém por vontade foi Elena.
Foi difícil de acreditar que ela estava comprometida com outra pessoa. Pelo visto ela seguiu meu conselho de 3 anos atrás quando disse pra ela ser feliz com quem quisesse.
Eu deveria estar feliz pela felicidade dela, mas só sinto meu mundo desabar.
Minha vida amorosa é bem difícil. Voltei a ser o mesmo de antes. Toda semana acordava com uma mulher diferente na cama, pagava motéis pra ir dormir com elas, ou trazia elas pra dormirem na minha casa. Rebekah e Freya sempre brigavam comigo, mas eu nunca me importava. Talvez fosse uma forma de conforto e tentar esquecer meus problemas, principalmente relacionados a Elena.
Na hora do almoço, estávamos os 3 originais sentados à mesa.
— Eu conheci um homem... – Freya disse do nada, fazendo eu me engasgar com a comida, o que tirou risadas da mais velha e Rebekah me olhou assustada. Levei a taça de vinho até meus lábios e tomei um gole rápido – Ele trabalha numa loja aqui perto.
— Humano? – perguntei pigarreando.
Se for humano, vai ser fácil de hipnotizar.
— Sim, ele é um humano simples – sorri vitorioso pensando nas coisas que poderia fazer com ele – E eu dei verbena a ele pra caso ALGUÉM tente hipnotizá-lo.
Meu sorriso sumiu na hora sabendo que essa informação foi pra mim.
— Vejo que minha nova irmã sabe como eu penso.
— Quando você vive com Klaus Mikaelson 24 horas do dia, sabe como ele é um maníaco – dou um sorriso debochado olhando minha irmã.
— Espere até Nik conhecer seu namorado – comentou Rebekah pela primeira vez – Vai matar ele assim como fez com todos os meus.
Meu sorriso ficou maior ainda enquanto passava a encarar meu prato.
— Ele não vai fazer isso, se não eu o mato. E tenho poder suficiente pra fazer isso – Freya ameaçou.
— Veremos, maninha.
***
À noite, eu decidi dar uma volta pelo quartel pra ver se estava tudo em ordem. Os vampiros de Marcel agora serviam a mim, tudo estava do jeito que eu queria. As ruas não estavam tão cheias, algumas lojas já estavam fechando, era noite de lua cheia. Chegando na praça central onde havia a fonte, me deparo com uma cena nada agradável.
Freya de amassos com um cara de camisa azul. Com certeza o tal falado pretende dela. Me aproximo mais um pouco deles.
— Freya! Já era hora de você trazer um cavalheiro pra conhecer a família – ironizei. Minha voz fez os 2 separarem o beijo, ambos me olharam surpresos – Eu sou irmão dela, e você quem é? Não, não fala não. Peraí, peraí que eu vou adivinhar – dou a volta neles ficando do outro lado – Jack! Bruno! Deve ser Bruno. Quais são suas intenções com a minha irmã? Podemos discutir o lote? – faço aparecer meus olhos de híbrido na intenção de assustá-lo, e parece que funcionou devido a expressão dele.
— Cara, o que...?
— Some! Agora! – ordenei sério.
O cara olhou uma última vez pra Freya e depois pra mim antes de sair correndo. Abaixo a cabeça sorrindo vitorioso, olho minha irmã e ela estava balançando a cabeça.
Desfaço meu sorriso aos poucos.
— Ele tá bêbado. Ninguém vai acreditar nele – levanto as sobrancelhas.
— Há alguns anos, você me detestava. E agora banca o irmão protetor?
— Eu tenho certeza absoluta de que você é capaz de se proteger dos problemas fraternais – sorrio dando uma piscadinha pra ela – E só pra constar, eu nunca disse que te detestava. Eu só não conseguia aceitar o fato de eu ter outra irmã chata.
— Sabia que no almoço de hoje eu estava a ponto de te dizer que iria convidar ele pra um jantar lá em casa? – ela cruzou os braços tomando a cabeça pro lado.
— Ah... Que bom que isso não vai mais acontecer – digo sarcástico – Vamos embora? A mocinha aqui tem que dormir.
— Sou mais velha que você.
— E eu sou mais impaciente que você. Então vamos indo.
Freya resmunga e me segue de volta pra casa. Sempre foi bom incomodar Rebekah e espantar seus pretendentes, agora farei isso em dobro.
Continued...
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