Capítulo 24 - Back To Mystic Falls

Capítulo 24 – De Volta À Mystic Falls.

Klaus Mikaelson

Rebekah tinha ligado pra Elijah e adivinha. Elena não tá com ele. O que conclui que realmente Silas tá com ela. Meus irmãos e eu estávamos na sala, eu estava tentando ligar pra Damon ou Stefan e avisar do ocorrido.

— Droga! – resmungo bravo após outra tentativa falha de ligar pra Damon. Essa já era a terceira – Só caí na caixa postal.

Se ele estiver me ignorando, escolheu uma péssima hora. No nervosismo, começo a andar de um lado pro outro enquanto meus irmãos estavam em pé me olhando.

— Como exatamente Silas pegou Elena? Ele veio aqui? – questionou Elijah sério.

— Se ele tivesse entrado aqui eu teria percebido – respondeu Rebekah ao lado de Elijah – Fiquei em casa o dia todo.

— Se ficou aqui o dia todo, devia ter percebido ela sair! – digo parando de andar e passo a olhar Rebekah com raiva.

— Não coloque a culpa em mim! E outra, você é o protetor dela, quem deveria protegê-la é você!

— Não vamos discutir agora – disse Elijah parando nossa briga. Desvio meu olhar dos meus irmãos, voltando a andar de um lado pro outro – Nós temos que informar a Damon e Stefan que Silas está com Elena.

— Nik já ligou 3 vezes pro Damon e o idiota não atendeu.

Paro de andar e digito o número de Damon novamente. Coloco o celular perto do ouvido escutando o bip, no terceiro a ligação é atendida finalmente, solto um suspiro aliviado.

— Até que enfim atendeu.

Desculpe, eu estava ocupado te ignorando – Damon responde com sarcasmo.

— Péssima hora. Silas pegou Elena.

O silêncio se fez presente do outro lado da ligação, provavelmente Damon estava em choque ao ouvir o que eu disse.

Como Silas pegou ela? Você a deixou sair?

— Claro que não! Eu também não sei como ele a pegou. O imbecil me mandou uma carta dizendo que tá com ela – digo voltando a andar.

Como sabe que foi ele quem mandou?

— A Elena não tá atendendo. Liguei pra ela diversas vezes e nada.

Talvez ela só não queira falar com você.

— Eu duvido muito – me lembro da noite anterior quando eu e Elena estávamos em cima do telhado da casa olhando as estrelas, a vampira havia dito que me amava e acabamos transando. Duvido muito que ela não ia querer me atender, Silas deve ter feito algo com o celular dela – Eu tô voltando pra Mystic Falls. Se Silas pretende fazer algo com ela, com certeza vai ser feito aí.

Se Silas vier com Elena pra cá, eu e Stefan cuidamos dele, não precisa vim.

— Essa luta também é minha. Silas mexeu comigo e agora ele irá pagar! – digo com a voz séria, encerrando a ligação finalmente, parando de andar.

Encaro meus irmãos, que estavam atentos a mim.

— Elijah, arrume as malas. Vamos voltar à Mystic Falls.

***

A viagem foi longa, horas de estrada, mas finalmente avisto a placa "Bem-vindos à Mystic Falls". Eu estava dirigindo e Elijah estava no banco do passageiro ao meu lado. Espero estar realmente certo e não ter vindo pra Mystic Falls a toa. Mas só por precaução, caso eu estivesse errado, deixei Rebekah em Nova Orleans pra ela me informar se caso Silas estivesse por lá ainda, fora que também eu não confiava no Marcel lá sozinho depois da minha saída. Deixei meu celular no toque máximo caso eu receba alguma ligação ou mensagem sobre o paradeiro de Elena.

Combinei com Damon que o encontraria em sua casa. Assim que entrei na cidade, dirigi direto até a mansão dos Salvatore. Chegando na residência, paro o carro em frente a casa, meu irmão e eu descemos e fomos em direção a porta. Toquei a campainha e logo o Salvatore mais velho abriu.

— Vejo que o lobo mau veio mesmo – disse o mesmo encostando o braço na porta.

— Eu avisei que viria – entro na casa mesmo sem a permissão dele. Eu tava com pressa.

— E vejo que trouxe o irmão duas caras também.

— Quanto mais ajuda melhor – ando um pouco mais até a sala vendo Caroline, Stefan, a bruxa Bennett e o pequeno Gilbert reunidos. Todos me olham sérios – Que bela reunião de amigos – digo sorrindo irônico.

— Nós não somos seus amigos, Klaus. Pode ter certeza – alegou Caroline, a minha antiga paixão pela qual usei pra esquecer Elena.

Nunca consegui tirar aquela mulher da cabeça. O fato de pensar que posso perdê-la de novo, me dá um aperto no peito, um medo nunca visto por mim. Mesmo ninguém sabendo o real motivo de eu estar de volta, farei o possível pra matar Silas, afinal, o que eu disse sobre ele ter mexido comigo era verdade. Ele me acertou com a estaca do Carvalho Branco, me fez acreditar que tava morrendo. Agora ele vai pagar.

— Então... Como exatamente Silas pegou Elena? – perguntou Damon andando até ficar de frente pra mim.

Elijah para do meu lado.

— Silas estava em Nova Orleans há algumas semanas. Ele fingiu ser o Stefan e me acertou com a estaca do Carvalho Branco – expliquei sem muitos rodeios.

— Bem que eu senti falta daquela estaca. Ele deve ter feito a mesma coisa comigo – deduziu o Salvatore mais velho.

— A questão aqui é que Elena está com Silas. E nós viemos pra cá porque Niklaus acha que Silas pode ter voltado com Elena – falou meu irmão dando um passo pra frente.

— E alguém sabe o que esse bruxo canalha quer fazer com ela? – questionei.

— Acho que descobri – a bruxa Bennett se levantou da poltrona. Andando até nós, noto que ela estava segurando um livro grande de capa marrom, provavelmente de magia – Nesse livro, eu encontrei um feitiço que permite que você traga alguém de volta dos mortos. No caso da Elena, Silas quer usar ela pra fazer um ritual, ele quer trocar Elena pela pessoa que ele quer que volte – a bruxa fez uma breve pausa – Silas pretende trazer Amara de volta.

— Quem é Amara? – questionou Elijah.

— A duplicata Petrova original. Assim como Silas é a primeira versão do Stefan, Amara é a primeira versão da Katherine e da Elena.

— E por que o Silas não pode fazer isso com a Katherine? – falou Damon – A morte dela seria uma benção pra todos nós.

— Elena é a última duplicata da Amara. O ritual tem que ser feito com ela.

— Mas Elena é uma vampira – disse Elijah.

— Não vai alterar nada. Ela sendo vampira, lobisomem, bruxa... Isso não muda pro ritual acontecer. Elena sempre terá o sangue de uma  duplicata – a bruxa explicou.

— Como podemos impedir esse bendito ritual? – pergunto dando um passo na direção da bruxa.

— Primeiro temos que saber onde o Silas está. Daí nós pensamos em um plano pra tirar Elena antes do ritual acontecer. Se tivermos sorte.

A bruxa Bennett andou até o centro da sala, parando em frente a uma mesinha onde tinha um mapa grande que provavelmente mostrava toda Mystic Falls. Me aproximei também um pouco do centro da sala pra observar o que a bruxa iria fazer. Ela pediu ajuda ao Jeremy pra depositar um pouco do seu sangue no centro do mapa, eu sabia o que ela iria fazer, um feitiço localizador. Como Jeremy é parente da Elena, precisaria ser com o sangue dele. Com o sangue no local, Bonnie fechou os olhos e estendeu as mãos pra frente, começando a falar várias palavras esquisitas. Bruxas e suas esquisitices.

Me afastei dali pra dar mais privacidade a bruxa. Eu estava de costas pra todos, passei as mãos pelo cabelo soltando um suspiro pesado.

Só de imaginar Silas estar nesse momento torturando Elena ou prestes a sacrificá-la, sinto a raiva subindo em mim. Depois de tanto tempo tentando negar o que sentia por ela e finalmente paro de fugir, não posso perdê-la. Nunca pensei que estaria tendo que pedir ajuda aos meus inimigos que tentaram me matar, mas eu sabia que não poderia enfrentar Silas sozinho. Fora que eles também se preocupam com ela, de qualquer jeito, eles iriam tentar entrar nessa batalha pra salvá-la.

— Consegui! – avisou Bonnie. Me virei imediatamente pra bruxa e me aproximei.

— E aí, Bonnie. Onde é que ela tá? – perguntou Stefan ao se aproximar da morena.

Elena Gilbert

Abro os olhos sentindo minha cabeça doer um pouco. Noto que estou deitada em um chão de madeira, sento no chão com um pouco de dificuldade, passo a mão pelo cabelo colocando uma mecha atrás da orelha. Tento analisar o local onde eu me encontrava, olhando pros lados, noto que parecia ser uma casa.

Eu já estive aqui.

Se eu não estiver enganada, essa é a casa onde os espíritos das bruxas ficam. No caso, eu estou de volta à Mystic Falls. A última coisa que me lembro foi de Silas ter me ligado dizendo que havia pego Jeremy.

Ele deve ter feito alguma coisa comigo pra eu estar caída nesse chão e sentindo dor de cabeça. Ouço som de passos se aproximando de onde eu estava e avisto Silas entrando.

— Finalmente resolveu acordar. Pensei que teria que dar uma de Stefan e te acordar com um beijo. Na verdade, não seria muito difícil – o bruxo riu me olhando.

— Cadê o Jeremy?

— Em casa – olhei ele confusa – Ah, Elena... Você cai muito fácil quando se trata das pessoas que você ama. Eu não levei Jeremy comigo, eu apenas peguei o celular dele e te liguei pra fazer você pensar que ele estava comigo.

Passei a encarar o bruxo com raiva. Quando se trata de quem eu amo, não penso duas vezes em salvá-los. Eles são a minha maior fraqueza. Senti raiva de mim por ter caído na armadilha do Silas. Coloco a mão na cabeça fechando os olhos com força ao lembrar da dor.

— Eu tive que usar uma dose grande de verbena pra te trazer de Nova Orleans até aqui. Daqui a pouco a dor vai passar – explicou ele.

Bufo abrindo os olhos e deixando meu braço relaxar.

— Por que me trouxe aqui? – digo me referindo a casa abandonada.

— Desculpe se o lugar não é do seu agrado – disse andando pro outro lado da sala – Mas esse é o melhor lugar pro ritual acontecer.

— Ritual? – franzo a testa – Ainda não disse o que vai fazer comigo.

— Vou fazer um feitiço onde você será sacrificada, transferida pro outro lado e no seu lugar estará Amara.

— Bonnie me falou dela. Ela é o amor da sua vida, não é? Ela é a origem minha e da Katherine.

— Sim. E eu quero trazer ela de volta.

— E por que não pode fazer isso com a Katherine?

— Você é a última duplicata da Amara – Silas cruzou os braços e deu um passo na minha direção – Precisa ser feito com você e no local em que você nasceu. E mesmo você sendo uma vampira, o ritual não vai mudar nada.

— E quando conseguir trazer ela de volta?

— Vamos viver felizes pra sempre, assim como deveria ter acontecido há 2 mil anos. E aqueles que tentarem impedir nossa felicidade, eu vou matar.

O bruxo deu um sorriso diabólico. Esse cara consegue ser mais maníaco que o Klaus. Não podia negar que eu tava com medo.

Olho rapidamente pra porta da sala que estávamos e volto a olhar Silas, que me encarava sorrindo perverso. Levanto rápido usando minha velocidade de vampiro indo até a porta, e ao tentar sair da casa, não consigo, era como se eu estivesse presa na tumba onde Katherine ficou, onde os vampiros podiam entrar, mas não podiam sair.

— Esqueci de avisar... – escuto a voz de Silas atrás de mim – Eu coloquei um feitiço na casa. Você não pode sair daqui sem a minha permissão.

Olho o bruxo atrás de mim por cima do ombro.

— Miserável! – sussurro olhando pra ele com raiva.

— Pode me odiar o quanto quiser, Elena, mas o seu sacrifício vai ser uma benção pra esse mundo. Vou estar livrando outra aberração vampira, e os seus amiguinhos não vão poder fazer nada pra me impedir – fico olhando pra ele em silêncio e com raiva no olhar – Ah, e eu quase ia me esquecendo... – ele deu um passo até mim – Durante a minha visita à Nova Orleans, eu conheci umas pessoas muito gente boa e que, por coincidência, também odeiam o Klaus. O que significa que eu não estou sozinho.

Ficando de frente pro bruxo do mal, ouço barulho de passos se aproximando. Viro meu rosto pro lado onde tinha uma sala escura e uma figura humana estava saindo por ela. Minha expressão se tornou surpresa ao ver quem era quando a pessoa se mostrou com mais nitidez. Ele estava lá, com um sorriso diabólico no rosto enquanto me olhava.

— Marcel?

— Olá de novo, Elena.

Continued...

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