Capítulo 20 - Full Moon

Capítulo 20 – Lua Cheia.

Elena Gilbert

O dia amanheceu. Klaus estava dormindo ao meu lado na cama, eu estava observando ele enquanto lembrava da noite anterior. Klaus me puxou ontem a noite pro quarto dele, eu sabia qual era as intenções dele ao me trazer aqui, mas não deixei ele prosseguir. Não fizemos sexo, o que deixou ele chateado.

Não pensem que eu não queria transar com ele, foi só mais pra deixá-lo irritado.

Estávamos começando um relacionamento, tínhamos que ir com calma se quisermos que dê certo. Pelo menos isso é na minha cabeça.

Klaus quer fazer tudo apressado, por isso tive que impedi-lo de transar comigo, mas concordei em apenas dormirmos juntos.

— Você vai ficar cega de tanto ficar me olhando, amor – murmurou Klaus ainda de olhos fechados. Abro um sorriso ao perceber que ele está acordado.

— Só estou admirando.

— É estranho.

— É romântico.

Klaus virou o rosto abrindo os olhos pra poder me olhar. Ele deu um sorriso voltando a fechar os olhos, tirou o travesseiro de baixo da cabeça e colocou cobrindo o rosto. Resmunguei indo tirar o travesseiro de seu rosto, me surpreendo quando Klaus me beija assim que tiro o travesseiro. O híbrido fica por cima de mim enquanto iniciamos um beijo calmo. Minhas mãos percorreram os ombros e rosto de Klaus, já ele tinha seus braços envolvendo meu corpo.

Klaus separou o beijo, mas ainda se mantendo sobre mim.

— A noite foi divertida – me pronunciei abrindo um sorriso.

— Seria mais divertida se estivéssemos pelados.

— Eu quero ir devagar pra ver se realmente vai dar certo. Mas relaxa, vamos ter tempo pra muitas transas, porque agora eu sou toda sua.

Klaus sorriu sacana. O mesmo se abaixou e quando achei que ele fosse me beijar, ele começou a depositar beijos longos no meu pescoço, me fazendo arfar. Enterrei meus dedos em seu cabelo, acariciando o local, sentindo os beijos do meu amado Klaus no meu pescoço. Solto suspiros falhados quando Klaus beija um ponto sensível daquela área.

— Que coisa feia. Se a Camille descobre... – Klaus me olhou.

— Que Camille?

Ambos sorrimos um pro outro e iniciamos outro beijo intenso. Uso minha força pra poder nos girar e ficar por cima, rompo o beijo descendo meus lábios até seu pescoço, igual ele fez comigo. Dou uma mordida um tanto forte propositalmente, fazendo ele gemer.

— Calma, amor, devagar – subo meu rosto pra olhá-lo.

— Eu te machuquei? Desculpe – digo fingindo que me importei.

— Fez de propósito, não foi?

— Claro. Digamos que é uma pequena vingança por você ter me matado no dia do sacrifício.

— Que menina má você é.

Dou uma risada fraca. Ambos escutamos uma batida na porta, saio de cima dele sentando do seu lado, Klaus encosta as costas na cabeceira ao pedir pra entrarem.

— Bom dia, senhor Klaus – diz Julie, a empregada, ao entrar – Vim saber se vai querer tomar café aqui como vocês não desceram.

— Pode trazer, Julie. Ah, e mais uma coisa... – Klaus me olhou – Quero que traga todas as coisas da Elena pro meu quarto, por favor. Ela vai passar a dormir aqui agora.

— Tem certeza, Klaus? – perguntei insegura.

— Você não quer?

Dou um sorriso ladino.

— Estaria mentindo se dissesse que não – o híbrido deu um sorriso.

— Então está certo – olhou a senhora novamente – Pode trazer o que eu pedi, Julie.

A senhora deu um sorriso simpático e se virou pra sair. Quando ela fechou a porta, Klaus e eu nos olhamos ainda sorrindo, me inclino na direção dele e lhe dou outro beijo, esse sendo um pouco mais calmo e mais prolongado. Ficamos assim nos agarrando por quase meia hora, mas claramente, por decisão minha, não rolou nada.

***

No momento, Klaus e eu estávamos na maior pegação. Eu estava sentada no colo dele enquanto nos beijávamos loucamente, nossos toques eram fogosos passando por vários lugares do corpo um do outro, nossas línguas batalhando em nossas bocas, eu me mexia no colo de Klaus já me sentindo excitada. Era uma combinação perfeita.

— O casalzinho aí podia lembrar que tem outras pessoas morando nessa casa e poderiam ir lá pra cima. É pra isso que servem os quartos – a voz de Rebekah fez a gente se afastar. Me sento ao lado de Klaus no sofá, me sentindo constrangida por termos sido pegos – E então? É oficial? Finalmente estão namorando?

Olhei pra Klaus, que também me olhou. Seu olhar se direcionou a Rebekah.

— Não, irmãzinha. Ainda não é nada oficial... Mas bem que podia ser, não é mesmo? – o híbrido virou o rosto pra mim, sorrindo de maneira maliciosa.

— É bom que namorem mesmo. Assim quero ver se o Nik para de pegar no meu pé.

Solto uma risada com o comentário da loira. Klaus olhou pra irmã.

— Que fique bem claro que namorando ou não, eu sempre vou te irritar. É o meu passatempo preferido.

Rebekah deu um sorriso falso, usando a velocidade, pegou qualquer coisa pontiaguda e jogou na direção do híbrido, que pegou usando só uma mão antes que acertasse seu rosto.

— Você é sempre tão bravinha, não é irmãzinha? – debochou. É nessas horas que amo e também me irrito com Klaus.

— Espero que com Nik namorando ele tome mais juízo. Se não proponho que você compre uma coleira pra ele – Rebekah diz me olhando.

A loira saiu da sala indo na direção da cozinha. Vejo Klaus soltar um suspiro longo.

— Coitada da minha irmãzinha... Ela é uma tola, se acha que tendo uma namorada, eu vou ficar nas rédias – Klaus me olhou – Ninguém pode mandar em mim – sorriu debochado.

— Tô começando a considerar a ideia da coleira.

***

Mais tarde, eu estava descendo a escada após ser avisada que o jantar já estava servido. Hoje era noite de lua cheia, estava uma noite linda pra dar uma caminhada. Bem coisa de vampiro pensar isso.

— Elena, venha comigo – Klaus passou por mim indo até a porta.

— O quê? Pra onde? – me viro na direção dele, com a expressão confusa.

— Nós vamos jantar fora hoje – o mesmo abre a porta e me olha sorrindo – Nós vamos caçar.

A palavra dele "caçar" não se referia a caçar animais e se alimentar deles. Se referia a caçar humanos. Notando sua ideia, fiz cara de espanto e neguei com a cabeça.

— Não, Klaus, eu não posso. Se eu me alimentar, pode ser que eu não consiga mais parar.

— Vai ser só por hoje, eu garanto – ele se aproximou parando na minha frente – E você vai estar comigo pra te ajudar. Não tem que ter medo.

Fiquei calada, pensando se era uma boa ou não ir, escuto passos se aproximando e me viro vendo Elijah e Rebekah atrás dele.

— Não faça isso, Niklaus. Elena está acostumada a beber bolsas de sangue, fazê-la tomar direto da veia, só vai fazê-la querer mais – Elijah disse tentando mudar a opinião do irmão.

De fato era verdade. Minha dieta era balanceada, como comida normal e todo dia bebo uma bolsa de sangue pra não me deixar fraca e ressecada. A última vez que me alimentei de um humano, foi quando eu estava com a humanidade desligada. Me fazer voltar a ter controle só com as bolsas, foi uma tarefa difícil, o gosto não é tão bom quanto tomar direto da veia, mas eu não podia arriscar machucar mais alguém. Eu virei literalmente um monstro sem minha humanidade. Tem grandes chances de eu acabar perdendo o controle e matar humanos pra saciar minha sede.

— Eu acho que eu sei o que é bom pra Eleninha – o híbrido disse tombando a cabeça um pouco pro lado, encarando o irmão.

— Ele tá falando a verdade, Klaus – me viro pra ele, fazendo-o me olhar – Já faz tempo que não me alimento de sangue direto da veia, foi muito difícil voltar a ter controle.

— E também acho que vocês se esquecem que o Silas tá na cidade atrás da Elena. Ela não pode sair – ouço a voz de Rebekah – E também não se esqueça do Marcel. Sem mortes no Quartel Francês.

— Eu vou estar com ela, se o imbecil do Silas aparecer, eu vou protegê-la, assim acerto umas contas com ele – Klaus pronunciou sorrindo de lado – E quanto ao Marcel, eu não dou a mínima. Depois que me alimentar do pobre coitado, eu apago a memória dele. Ninguém vai saber.

— Você tá sendo idiota, Niklaus!

— Eu não dou a mínima pras suas ofensas, Rebekah. Eu só quero passar um tempo com a minha namorada numa noite linda de lua cheia. É tão difícil assim?

— Namorada? – questionou Elijah – Desde quando a Elena é sua namorada?

— Desde nunca. Eles só estão se comendo – respondeu Rebekah contragosto, me fazendo ficar envergonhada – Depois que Nik falou pra Elena que a ama, eles estão juntos. Sinto pena dela por ter que te aguentar.

— Niklaus finalmente está amando alguém? – Elijah disse surpreso. Klaus mantinha sua expressão séria olhando pro irmão atrás de mim – Parece que eu perdi muita coisa esses dias.

— É claro. Enquanto eu transava com a Elena, você transava com a Hayley – Klaus sorriu debochado.

Elijah pigarreou nervoso.

— Independente, quem tem que escolher é Elena se quer ir ou não – disse ele tentando mudar o assunto.

Olho na direção dos 2 originais, depois olhando pra Klaus, que me olhava esperando minha resposta. Fiquei calada pensando na melhor opção. Fecho os olhos por uns segundos, me virando de frente pra Klaus.

— Você me promete que só vai ser dessa vez?

— Prometo, linda – respondeu assentindo positivamente.

Suspiro fechando os olhos brevemente.

— Tá bem, nós vamos – digo passando reto por Klaus, indo até a porta aberta.

***

Klaus e eu andávamos pelas ruas vazias de Nova Orleans à procura de algum humano. Estava tudo calmo, sem sinal de vampiros do Marcel e sem humanos avista por enquanto.

Só concordei porque conheço Klaus, ele não iria parar de insistir até eu aceitar ir com ele. Só quero que isso termine logo pra a gente voltar pra casa, pois Rebekah tinha razão sobre Silas está na cidade atrás de mim. Se antes era perigoso eu sair, agora é mais ainda.

— Veja o que nós temos aqui... – saio dos meus devaneios ao escutar Klaus.

Olho na direção que o híbrido olhava e avisto uma mulher loira andando pela calçada. Ela estava sozinha conversando no celular. Era humana.

— Quer fazer as honras, linda? – perguntou ele virando o rosto pra mim.

Olhei de volta na direção da humana, que ainda andava conversando no celular. Engulo a seco e ando até a loira.

— Oi – cumprimentei ela com um sorriso. Eu tava nervosa por fazer isso de novo.

A loira tirou o celular de perto do ouvido, desligando a ligação, e me olhou confusa.

— Oi. Tudo bem?

— Tudo. É que eu tô meio perdida nessa cidade e queria encontrar um bom restaurante pra jantar – aprendi essa com o Damon.

— Ah, claro. Há alguns metros daqui tem um restaurante muito bom. Eu tô indo pra lá mesmo.

— Que bom – dou um passo na direção dela – Agora não dê um pio e não se mova – olho bem nos olhos dela, que obedece a minha hipnose.

Me aproximo um pouco mais dela, ficando atrás da mesma. Tiro o cabelo que cobria seu pescoço, ergo um pouco mais a cabeça dela pra ter mais acesso ao local. Faço aparecer minhas presas, e ataco o pescoço da garota. O sangue era ótimo, tinha me esquecido como era bom sentir ele direto da veia humana. É bem melhor que sangue em bolsas que é gelado. Esse é quente, e sacia a fome dos vampiros com mais facilidade.

Seguro os braços da garota pra que ela não tente fugir, o que seria impossível já que ela está hipnotizada.

— Isso foi bom – ouço Klaus se aproximando – Você disse que queria jantar, e ela acabou sendo a sua janta. Posso me juntar também?

Tiro meu rosto do pescoço da garota e encaro o híbrido à minha frente.

O mesmo estava sorrindo ladino, antes mesmo da minha resposta, Klaus veio até nós, ficando do outro lado da garota. Observo ele mostrando suas presas junto com seus olhos de híbrido e mordendo o outro lado do pescoço da loira. Faço o mesmo que ele, voltando a me saborear com o sangue.

Uns segundos depois, retiro minha boca dali e me afasto colocando a mão na cabeça, tentando me controlar. Se eu continuasse, iria acabar matando ela.

O que Klaus pareceu não se importar em fazer, pois ainda continuava sugando o sangue dela. Logo, a loira caiu morta no chão.

— Eu achei que não podia matar no Quartel Francês.

— É, mas essa cidade vai voltar a ser minha, então eu não me importo – Klaus sorriu limpando o sangue no canto da boca.

Ainda não acredito que gosto desse maluco.

Klaus andou até mim com um sorriso sacana no rosto. O original levou seu dedo até o canto da minha boca, tirando o sangue que havia ali. Seu simples toque me fez sentir arrepio. Klaus levou o dedo onde tinha o sangue até a boca, enquanto me olhava de maneira sensual. Era impossível não pensar o quanto ele ficou sexy assim.

— Tá fazendo isso pra me seduzir?

— Tô conseguindo? – perguntou ele tirando o dedo da boca.

— Não – neguei porque sabia que ele iria ficar se gabando.

— Não é o que você demonstra – mordo o lábio ao escutar sua voz saindo rouca. Klaus sorriu de lado ao notar que aquilo mexeu comigo – Um dos motivos pra eu querer te trazer aqui, não foi só pra a gente caçar – franzo a testa, confusa – Quero te mostrar uma coisa.

Continued...

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