Capítulo 2 - Fear
Capítulo 2 – Medo.
Elena Gilbert
Damon e Stefan tinham acabado de ir embora. Só de pensar em estar sozinha morando com o Klaus, já me trás arrepios.
— Vamos limitar algumas regras aqui – Klaus disse se virando pra mim, dando um passo na minha direção – Em primeiro lugar: Nunca vá ao meu ateliê. Não deixo nem meus irmãos irem, você não será exceção – revirei os olhos – Em segundo lugar: Não toque em nada sem permissão. E em terceiro: Você não vai poder sair dessa casa – finalizou com um sorriso sarcástico.
— O que? Por que eu não posso sair? – cruzei os braços.
— Querida, acho que você se esquece que tem um bruxo imortal louco querendo te matar, então agora que sou seu protetor, não vou deixar você sair. A partir de agora, tudo que você fizer, será com a minha permissão.
Ele tava parecendo um daqueles pais super protetores com os filhos. Nem meu pai era tão protetor assim.
— Que seja! – resmunguei olhando pro lado, logo voltei a encará-lo – E onde estão os seus irmãos? Imagino que dentro de caixões. Você adora fazer isso – provoquei.
— Quer entrar em um deles? – questionou sorrindo de lado. Engoli a seco – Ótimo. E respondendo sua pergunta... Elijah ainda tá em Mystic Falls, e Rebekah provavelmente no salão. Ó mulher que gosta de se arrumar.
Klaus se virou andando em direção a uma mesinha onde tinha garrafas de whisky. Vejo ele pegando um copo e abrindo uma garrafa.
— Ah, e seu quarto fica lá em cima. Terceira porta do corredor – disse o híbrido sem me olhar.
Concordei com a cabeça mesmo sem ele me ver. Andei até onde Damon havia deixado minha mala, após pegá-la, dei uma última olhada no híbrido, e me direcionei até a escada. Chegando no segundo andar, andei até a terceira porta como ele falou e abri a mesma, deixando ela ainda aberta ao entrar no cômodo.
O quarto, assim como a casa, era um luxo.
As paredes eram em tom amarelo claro, havia uma cama king-size, duas portas cobertas por cortinas que davam pra uma varanda, uma penteadeira pequena do lado dessas portas, um guarda-roupa grande de madeira e outra porta que provavelmente dava pro banheiro. Pelo menos eu gostei do quarto.
O único problema é que reparei que não tem ar condicionado, então eu iria passar calor hoje à noite.
Deixei minha única mala em cima da cama e após abri-lá, fui tirando peça por peça. Não tinha trazido muita coisa. Enquanto tirava minhas coisas, lembrei que teria que mandar mensagem ao Jeremy avisando que cheguei no lugar. Procurei meu celular nos bolsos da jaqueta, porém não encontrei.
Franzi a testa confusa, pois tinha certeza que tinha deixado em algum deles. Passei minhas mãos nos bolsos de trás da calça só pra ter certeza de que não coloquei o telefone ali, mas também não havia nada.
Bufei frustrada, fechando os olhos brevemente ao pensar onde o celular pode estar.
— Com certeza o Klaus deve ter pego. Aquele idiota, arrogante, babaca, besta, maníaco...
— A lista é muito grande, amor? – olho na direção da porta ao escutar a voz e vejo Klaus me encarar com um sorriso de canto enquanto estava encostado no batente da porta com os braços cruzados.
— Enorme! – digo grossa.
— Então continue – disse com sarcasmo. Endireito minha postura, erguendo um pouco a cabeça.
— Você tá com o meu celular?
— Isso aqui? – Klaus tirou um celular do bolso, mostrando ele pra mim, no caso, o meu celular. Encaro o híbrido, surpresa – Seu namorado Damon fez o favor de me entregar.
Me perguntei mentalmente como ele havia feito isso. Ele deve ter pegado enquanto eu dormia no carro durante a viagem.
Droga, Damon!
— Me dá ele, Klaus – pedi ajeitando minha postura.
— Seus precisos Salvatore já sabem que você tá aqui, segura... – falou olhando pro telefone – Não vai precisar dele.
— Eu tenho que avisar ao Jeremy que já cheguei. Me dá!
— E arriscar que você acabe contando pra mais alguém onde você tá? Não mesmo, meu amor.
— Eu prometi que não ia contar a ninguém, agora me dá meu celular! – Klaus olhou pro aparelho pensando se me entregaria, ou apenas fingindo pensar pra me deixar com esperança. Klaus me olhou de volta.
— Não.
Dei um sorriso falso. Me aproximei dele em velocidade de vampiro, e ao tentar pegar o celular, Klaus foi mais rápido, afastando o braço.
— Já disse que você não vai precisar. Não fica estressadinha – disse com deboche.
— Tá achando que eu vou ligar pra polícia? Que agora pensando bem, é até que uma boa ideia.
— Mesmo se ligasse não ia adiantar. A polícia morre de medo de mim... E de mim e do Marcel – disse baixo a última parte.
— Quem é Marcel?
— Depois eu te conto.
— Que seja! Me dá o celular, Klaus. Agora! – já tava perdendo a paciência com esse idiota.
— Elena, vamos deixar uma coisa bem clara... – Klaus deixou sua postura preguiçosa e ficou cara a cara comigo – Eu não vou ceder a sua pressão, nem de ninguém. Eu não sou o Stefan ou o Damon que ficam fazendo suas vontades. Você tá na minha casa, e aqui todos fazem o que eu mando! Incluindo você... – engulo a seco sentindo um pouco de medo por sua expressão séria – Te vejo no jantar, amor.
Dito isso, Klaus saiu do local.
— Prefiro passar fome do que jantar com você – digo baixo, porém sabia que ele estava escutando devido a audição de vampiro.
Fecho a porta do quarto logo em seguida. Tô vendo que realmente não vou ter 1 minuto de paz nessa casa.
Klaus Mikaelson
Assim que deixei uma certa Elena furiosa lá em cima, desci a escadas passando a ir em direção ao meu escritório. Abri as portas, fechando elas atrás de mim e andei até minha mesa, abri a primeira gaveta e coloquei o celular de Elena.
Estava pensando em ficar um pouco aqui, quando escuto os berros de Rebekah vindo da sala. Fechei meus olhos ao escutar seus gritos chamando por mim.
— Chega! – digo abrindo as portas do escritório, vendo minha irmã na sala – Ó gritaria!
— É verdade, Nik? – ela se aproximou – A Elena tá morando aqui?!
Antes de Elena vir pra cá, havia ligado pro Elijah que teríamos uma nova moradora na mansão Mikaelson. Sabia que provavelmente ele contaria à Rebekah, então sua reação atual não me surpreendeu tanto, Elena e Rebekah nunca se deram muito bem. Além de ter que dar uma de babá com a Elena, vou ter que aguentar as pirraças da minha irmã.
— Tô vendo que o Elijah já te contou. Pois sim, irmãzinha. Temos uma nova moradora – finalizei sorrindo.
Rebekah me encarava incrédula.
— Por que trouxe ela?
— Não sei se você sabe, mas Silas está atrás da Elena – andei até o outro lado da sala enquanto falava – E Stefan, querendo proteger a namorada, me pediu pra manter Elena escondida aqui – digo me virando pra Rebekah.
— O que isso tem a ver com você?!
— Nada. Mas dei a minha palavra ao Stefan que iria protegê-la. E eu sempre cumpro minhas promessas, não importa de que lado eu esteja – vou em direção ao sofá, me sento nele apoiando meus braços na parte de cima do encosto dele.
— Saiba que eu não estou nenhum pouco feliz com isso. Eu não gosto da Elena, não vou aceitar aquela vadia na minha casa!
— Minha casa, você quer dizer. Continuo sendo o irmão mais velho.
— Quero ver o que o Elijah acha disso.
— Do jeito que ele é protetor, vai concordar.
Não precisa ser um gênio ou uma bruxa pra saber que Elijah iria concordar aceitar Elena na casa. De todos os irmãos, ele sempre foi o mais certinho, sempre o dono da razão, tentando fazer o que é certo, todos sempre concordando com meu irmão, isso me invejava.
— Nik, por favor – a loira se aproximou – Tira ela daqui. Não vou suportar dividir a mesma casa com ela.
— Então procure outra casa, irmãzinha. Pois daqui ela não sai – levanto do sofá – E eu cumpro o que prometo – falo me dirigindo até a escada.
Elena Gilbert
A noite chegou rápido. A empregada tinha me chamado pro jantar, mas eu não desci, depois de tanta coisa que ocorreu hoje, eu não tava com fome. Ainda tô tentando me acostumar com esse lugar. Sem contar que tem uma certa pessoa aqui que não gosta muito de mim mais do que Klaus, então não seria muito agradável dividir a mesa com ela.
Às 9, vejo a porta sendo aberta e me deparo com Klaus encostado no batente com os braços cruzados. Me assustei ao ver ele ali e sentei na cama ligeiramente.
— Posso saber por que a princesa não quis descer pro jantar?
— Sua mãe nunca te ensinou a bater na porta?
— Não mude de assunto. Você não desceu pro jantar, e eu quero saber por quê.
— Eu não tava com fome, se é isso que quer saber – respondi desviando meu olhar.
— Não tava com fome, ou não quis se juntar a mim e Rebekah hoje?
— Talvez as duas coisas.
Encarando de novo Klaus, vejo ele entrando no quarto e fechou a porta atrás dele sem tirar os olhos de mim, enquanto sorria de lado. Franzi a testa um pouco confusa.
— Você tá sendo uma menina má, Elena – o híbrido se aproximou – Eu tenho a compaixão de te hospedar na minha casa pra te manter a salvo do Silas, e você deixa as coisas difíceis.
— Eu não tive escolha. Damon e Stefan iam fazer de tudo pra me manter segura, e me deixaram com você. Um híbrido psicopata!
O rosto de Klaus se tornou sério. Usando sua velocidade de vampiro, ele ficou por cima de mim na cama, segurando meu pescoço um tanto forte, quase me estrangulando. Sua ação me deixou mais assustada.
— Não me irrite. Você tá na minha casa, então meça suas palavras comigo – disse me olhando bem nos olhos.
— O que? Por dizer a verdade sobre você ser um psicopata? Matou a sua família e colocou todos em caixões. Isso pra mim é um sinal de que você sempre vai ser um louco, um psicopata de merda! – minha voz saiu fraca devido a Klaus ainda estar segurando forte meu pescoço.
— Você pediu por isso.
O original tirou sua mão do meu pescoço e começou a beijá-lo ali mesmo de um jeito violento. Na tentativa de empurrá-lo pra longe, Klaus segurou meus pulsos forte e colocou eles acima da minha cabeça sem desgrudar seus lábios do meu pescoço.
Eu sabia que tentar usar toda minha força pra sair seria inútil, Klaus era um vampiro original, muito mais forte que eu, mas mesmo assim fiquei me debatendo debaixo dele pra tentar sair. Não podia dizer que sentia prazer com seus beijos, eram tão violentos e eu tava assustada, não tinha como dizer que tava gostando.
Klaus deixou de beijar meu pescoço e passou seus beijos pra minha boca. Mordi seu lábio numa tentativa de fazê-lo se afastar, mas ele continuou. Seus beijos eram violentos, selvagens, praticamente estava comendo minha boca, não retribui nenhuma vez, só queria sair dali e me esconder desse nojento. Klaus soltou meus pulsos, e vendo uma oportunidade de empurrá-lo, ele foi mais rápido e me deitou de volta no colchão, suas mãos rasgaram minha blusa de um jeito desesperado, deixando meu sutiã à vista.
Quando tentei gritar, Klaus tapou minha boca com a mão e depois me beijou de novo. Tentava me debater, mas como disse, era em vão. As lágrimas já eram visíveis em mim.
De repente, sinto uma ardência na minha parte íntima e nisso grito de dor devido a violência que Klaus colocou.
— Tá doendo, amor? – perguntou ele com falsa preocupação.
— Sim...
— Ótimo. Se reclamar de novo, vou fazer ficar pior.
Alguns minutos depois, que mais pareceram horas, ele se levanta e termina de vestir a roupa que tinha tirado.
— Espero que tenha aprendido a não me irritar – falou fechando o botão da calça.
Passei a encarar o teto e só ouvi o barulho da porta sendo aberta e fechada. Meu interior ainda doía, meus pulsos doíam de tanto Klaus apertá-los. Eu estava imóvel na cama. As lágrimas ainda desciam dos meus olhos.
Eu ainda tava assustada.
Talvez eu tenha aprendido a não irritar o Klaus... Ou talvez eu goste de rir na cara do perigo.
Continued...
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