Capítulo 16 - Silas
Capítulo 16 – Silas.
Klaus Mikaelson
Abro meus olhos lentamente, a luz suave do dia entrando pelas cortinas. Eu estava feliz, porém ainda me perguntando se aquilo foi real. Noite passada, tinha sido uma das melhores da minha vida. Eu estava com o cobertor cobrindo apenas da cintura pra baixo. E óbvio, eu estava nu. Então não foi um sonho.
Me mexo na cama, mas fico confuso quando não vejo ninguém do meu lado.
— Elena? – chamo por ela olhando em volta do quarto.
A duplicata apareceu na porta do banheiro. Ela estava usando a mesma lingerie da noite passada, junto com uma camisa social preta que é minha.
— Oi – disse dando aquele sorriso que me deixava louco.
— Oi... – murmurei sonolento, vendo a morena se jogar do meu lado na cama. Abro um sorriso enquanto me aproximo dela – Achei que tinha ido embora.
— Não podia sem antes te dar um beijo de bom dia.
Ela se aproximou um pouco mais, segurando meu rosto e juntamos nossos lábios em um beijo demorado. Ao nos separar, ela mantinha seu sorriso, enquanto eu comecei a deslizar a ponta dos meus dedos pela parte amostra de seus seios. Meu sorriso se tornou malicioso.
— Que cara é essa?
— Ué, que cara? – pergunto ainda olhando pros seus seios.
— Essa cara de safado.
— Eu só tô feliz – sorri olhando pra ela – Você tá bem?
A duplicata começou a acariciar meu peitoral enquanto o observava, seus toques me causaram arrepios. A proximidade de nossos corpos, a tranquilidade, o calor do corpo dela, me faziam sentir confortável.
— Tô. Só fui dormir com um pouco de dor nas pernas – dou uma risada de leve.
— Acho que exagerei um pouquinho, então. Da próxima vez, vou tentar pegar leve.
— Próxima vez? – ela afastou a cabeça – O que te faz pensar que teremos próxima vez?
Ainda sorrindo travesso, apertei sua cintura, trazendo seu corpo pra mais perto do meu. Deslizei a mão por seu cabelo ondulado, começando a brincar com as pontas enquanto as observava.
— Nossa, que mau humor. Achei que estaria mais animada depois de ontem.
— E o que fizemos ontem? Só pra eu saber, porque eu não me lembro.
Meu olhar subiu até ela. Usando minha velocidade e força, fiquei por cima dela sem deixar de encarar seus belos olhos. Elena me olhava desacreditada, mas parecendo ter gostado da minha atitude.
— Então acho que vou ter que refrescar sua memória.
Antes que ela pudesse falar, desci minha boca até seu pescoço, começando a beijá-lo lentamente. Elena agarrou minha nuca como resposta de que estava gostando.
— Então eu vou precisar de algo realmente memorável – sussurrou perto do meu ouvido.
Voltei a encarar ela e sem mais delongas, me abaixei um pouco mais pra beijar seus lábios. Sua língua se enroscou na minha como uma dança sincronizada, Elena aprofundava mais segurando meu rosto. Afastei meu rosto do dela pra olhá-la fixamente, meus dedos deslizaram dos lábios de Elena indo até sua cintura.
Dei um beijo rápido em seu pescoço e desci meu rosto por seu corpo, passando por seus seios, dando beijos na parte exposta. Chegando em sua barriga, beijei com calma, ouvi suspiros prazerosos saindo de Elena. Abro o único botão daquela camisa que cobria seu corpo, deixando Elena mais exposta a mim.
Ficando sobre ela de novo, beijo seus lábios com vontade. Eu queria aproveitar tudo aquilo que tinha perdido ontem, por mais que talvez essa seja nossa última transa, iria aproveitar o máximo possível.
Elena me segura nas costas quando separo nossos lábios e beijo seu pescoço novamente, sentindo o quão macia era sua pele. Algo abaixo de mim já estava ganhando vida, isso me fazia ficar ainda mais agitado.
A mesma solta um suspiro forte quando dou uma mordida em seu pescoço, mas não do tipo que mataria ela com mordida de híbrido. Ouço ela sussurrando meu nome. Subo meu rosto pra encarar ela e ambos abrimos a boca ao mesmo tempo, suspirando de prazer.
As unhas de Elena arranharam minhas costas, sentindo-as me perfurando, logo sinto meu sangue escorrendo em seus dedos, mas não me importei com a dor.
Deixei meu corpo relaxar sobre o dela, intercalando meu olhar de seus olhos até seus lábios rosados. Elena acariciou meu rosto com uma mão, passando por vários lugares, a mesma sorriu travessa antes de puxar minha nuca e me beijar com vontade.
***
Elena e eu ficamos uma hora no quarto. Rebekah, graças a Deus, tinha aparecido. Elijah até agora não deu notícias, o que não estranho nada por ele estar com a Hayley. Enquanto ele transava com ela, eu transava com a Elena.
Sorrio que nem bobo por lembrar da noite passada, foi um dos melhores momentos da minha vida. Nunca na minha eternidade me senti tão bem. Apesar de estar feliz com meus sentimentos por Elena, não posso esquecer o que fiz a ela, das coisas que fiz ela passar só pra eu conseguir o que queria. O peso da culpa e o remorso eram evidente. Mas não me arrependo do que houve entre nós noite passada.
Vejo a musa dos meus pensamentos entrar na cozinha com um lindo sorriso no rosto.
— Por que tirou aquela camisa? Ela ficava muito melhor em você.
— Eu não ia ficar usando as suas coisas com os seus irmãos aqui dentro.
— Relaxa, só Rebekah tá aqui e ela tá lá em cima. Elijah não deu notícias até agora.
— Ele deve ter aproveitado bastante a noite, então.
— Eu sei que eu aproveitei – sorri malicioso olhando pra ela, que sorriu envergonhada. A morena mordeu o lábio.
— Pelo menos dessa vez eu não tentei fugir.
— E tem como fugir desse híbrido gostosão? – abro os braços mostrando meu corpo.
Elena revirou os olhos.
— Peraí... Desde quando você cozinha? – ergueu as sobrancelhas – Achei que o todo poderoso Klaus Mikaelson tivesse servos ao seu dispor pra preparar sua refeição. Ou melhor, ser a refeição.
— É verdade que os servos estão à minha disposição, amor, mas eu gosto de manter algumas habilidades ocultas – sorri ladino – Afinal, quando se vive por tanto tempo, aprende-se a apreciar as coisas simples. Até mesmo a culinária – a duplicata sorriu sem mostrar os dentes. Levantei as sobrancelhas mais uma vez – E quanto aos humanos... Bem, eles costumam ser reservados pra sobremesa – abri um sorriso maldoso dessa vez.
— Você é mau.
— Nunca disse que era um doce de pessoa – apoio minhas mãos no balcão da cozinha, ouvindo a risada gostosa de Elena com minha fala.
Tomamos café da manhã juntos, entre alguns beijos obviamente. Agora que estamos nos entendendo melhor, sentindo as mesmas coisas um pelo outro, não ia soltar ela nunca mais.
Elena Gilbert
Nunca imaginei estar gostando do Klaus. Amar é uma palavra muito forte, não posso esquecer o que ele fez comigo. Mas não nego que ele mexe comigo, que quero estar perto dele, sentir seus lábios, seu corpo perto do meu, ultimamente meus sentimentos em relação a Klaus estavam diferentes. Toda aquela raiva que eu sentia por ele, foi diminuindo aos poucos, dando espaço pra um sentimento de conforto.
Klaus saiu de casa logo após o café. Disse que tinha que resolver uns assuntos com Marcel e prometeu voltar logo pra ficar comigo. Ele tava realmente carinhoso hoje.
Aproveitei sua saída, e disquei o número de Damon no celular. Klaus tinha me feito apagar o número de todos os meus amigos, deixando só o de Jeremy, porém eu me lembrava do número de Damon e resolvi ligar pra saber como o mesmo estava.
A ligação chamou duas vezes antes dele atender.
— Oi, Damon – cumprimentei carinhosa.
— Oi. O que houve? – Damon perguntou,
mostrando estar 0 interessado.
— Eu liguei pra saber como estão as coisas aí em Mystic Falls. E pra saber como você tá também... Fora que a gente não se fala há um bom tempo.
— Isso porque o seu namorado híbrido não me deixava falar com você!
Franzi o cenho, confusa.
— O Klaus? Você ligou pra ele? Quando?
— Eu sempre ligo pra ele, Elena. Todo dia eu incomodo o Klaus pra saber como você tá, e ele nunca me deixa falar com você. Até sei que ele não atende minhas ligações de propósito. E quando eu ligava pra você, só caia na caixa postal.
— Klaus me forçou a apagar o número de todos, só deixando eu falar com Jeremy. Mas peraí, como assim você liga todo dia? Desde quando?
— Desde que você passou a morar aí.
Paralisei com suas palavras. Klaus me dizia que Damon e Stefan nunca ligavam pra cá, o que sempre me fazia estranhar. Conhecendo eles, sabia o quanto eram protetores comigo, até chegava a ser insuportável, principalmente quando se tratava do Klaus. Embora ultimamente não tenho visto Klaus como meu inimigo.
Até agora.
— Damon... Tem certeza?
— Claro que tenho, Elena. O Klaus nunca
deixava eu falar com você. Até disse que vocês tinham transado. O que claramente me fez sentir nojo!
— Quando foi isso?
— Ontem de manhã quando liguei.
Abri a boca, ficando desacreditada. Klaus e eu tínhamos ficado noite passada, resumindo que ele tinha mentido pro Damon.
E pra mim também...
Senti vontade de chorar ao descobrir suas mentiras. Fecho os olhos, deixando uma lágrima escorrer pela minha bochecha. Meu coração tava apertado. Eu me sentia literalmente enganada.
— Fica tranquilo, Damon... Não aconteceu nada entre mim e Klaus. Nunca vai acontecer... Manda um beijo pro Stefan.
Encerro a ligação sentindo outra lágrima cair do meu olho. Klaus não mudou nada.
Klaus Mikaelson
Estava indo a caminho do local onde iria me encontrar com Marcel. Meu planejamento era passar o dia todo com Elena, porém meu trabalho de destruir Marcel não pode parar.
— Olá, Klaus – paro de andar quando ouço essa voz.
Eu estava próximo a um beco, olho pro lado com a cabeça baixa e franzo o cenho quando vejo o...
— Stefan? O que faz aqui? – me aproximo do mesmo, entrando mais no beco escuro.
— Vim ver o meu velho amigo. E claro... Vim saber como está a Elena.
— Por que esse interesse todo? – pergunto começando a desconfiar.
— Ah, você sabe. Eu me importo com a Elena, bem diferente de você que não passa de um louco manipulador.
Ergui as sobrancelhas, mostrando minha expressão de surpresa. Fiquei até um pouco assustado por ele ter me encontrado. Mas como ele soube que Elena estava comigo?
Esse claramente não era o Stefan.
— Silas...
— Acertou em cheio – confirmou abrindo os braços – Não achei que fosse perceber tão rápido que eu não era o Stefan.
— Como veio parar aqui?
— Seus amiguinhos de Mystic Falls são fáceis de serem manipulados através da mente.
— Stefan me disse que você não tinha mais esse poder.
— Consegui recuperar. E lendo a mente do próprio Stefan, ele me guiou até Nova Orleans, até você... – apontou pra mim. O imortal se aproximou dando um passo – Agora me diga... Onde está a minha duplicata?
— Sua? Ela é a minha duplicata. E por ser minha, não vou entregar ela a você! – disse com a voz firme.
Minha vontade era de pular no pescoço dele e matá-lo, mas sabia que ele era tão imortal quanto eu.
— Talvez eu faça você mudar de ideia – Silas tirou algo de trás do seu bolso, fazendo eu dar um passo pra trás, assustado com o que ele segurava – Tô vendo que ainda se lembra disso. A estaca de Carvalho Branco, a única coisa que pode matar um original. É bem bonita... E matar você vai ser mais bonito.
— Posso saber onde você conseguiu isso? – perguntei tentando esconder o medo que estava sentindo por ele estar segurando aquela estaca.
— Digamos que a mente do Damon é mais imprevisível que a sua – ficamos um tempo em silêncio, apenas nos encarando – Então? Vai me entregar a Elena ou não?
— O que pretende fazer com ela?
— Talvez eu a mate pra fazer outro sacrifício, assim como você fez com ela. Mas diferente de você... Eu vou garantir que ela não saia viva – debochou.
Senti a raiva me dominando. Querendo partir pra cima, fui até ele usando minha velocidade sobrenatural, porém o infeliz já não estava mais ali. Tento sentir o cheiro dele ou ouvir algum som, mas nada. De repente, sinto uma coisa afiada entrando nas minhas costas, me fazendo gritar pela dor.
Silas havia me acertado com a estaca do Carvalho Branco. Senti o rosto dele perto do meu ouvido.
— Só uma coisinha pra lembrar que eu tô por perto. E é melhor você me entregar a Elena... Não sabe o que eu sou capaz de fazer.
Silas retirou a estaca do Carvalho, quebrando ela ao deixar um pedaço dentro de mim. Ele me jogou no chão, e quando me virei pra encará-lo, percebi que ele já havia sumido de novo.
Ainda naquele chão, gemi de dor sentindo a ponta da estaca dentro de mim. Não demoraria muito pra chegar no meu coração e me matar completamente.
Silas agora sabe que Elena está aqui, e sobre minha proteção. Se ele a pegar, não só Damon e Stefan ficaram chateados, como eu também ficarei.
Mas no momento, tenho outro problema pra resolver.
Continued...
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