Capítulo 13 - Feelings Overflowing
Capítulo 13 – Sentimentos
Transbordando.
Elena Gilbert
Estava conversando com Jeremy por ligação, quando ouço um barulho alto vindo de fora, fazendo eu pular na cama pelo susto. O barulho era reconhecido por mim. Jeremy, que ainda estava na ligação, também tinha ouvido.
— Isso aí foi um trovão? – perguntou
meu irmão.
— Acho que foi – levanto da cama e vou até a varanda, afasto a cortina olhando pelo vidro da porta, o céu ficando nublado – Parece que daqui a pouco vai começar uma tempestade daquelas.
— Já tó imaginando você toda encolhida
debaixo do cobertor e abraçando seu ursinho – zombou rindo – Você levou ele?
Porque isso seria hilário.
— Você é tão engraçado, Jeremy. Hilário! – debochei voltando pra cama – E sim, eu trouxe o Jonas.
Jeremy sabia do meu medo por trovões e do escuro. Toda vez que faltava energia em casa, eu ia atrás dos meus pais e ficava grudada neles até a luz voltar. Fazia a mesma coisa com Jeremy quando nossos pais ou Jenna não estavam em casa, mesmo ele sendo meu irmão mais novo, sempre foi muito protetor comigo, dormíamos agarradinhos quando estávamos sozinhos em casa. Eu gosto de chuva, mas desde criança os trovões me deixam muito assustada.
E sobre o Jonas, é meu ursinho de pelúcia marrom que tenho desde a infância. Não consigo me desapegar a ele, ele foi uma parte boa da minha infância.
— Você que é hilária. Sendo a filha mais velha,
e agora vampira, ainda tem medo de trovões. Nunca vou entender você.
— É melhor eu desligar, antes que a gente comece uma brigar. E só pra lembrar, você ainda tem medo dos palhaços – devolvi no mesmo tom de brincadeira.
— É claro que eu tenho. Eles são assustadores! – revirei os olhos sorrindo.
É engraçado como mesmo depois de crescidos, ainda temos aquelas mesmas crianças medrosas dentro de nós. Nos despedimos e depois de desligar, ouvi mais um trovão. Tô achando que essa noite vai ser difícil.
***
Desci pro jantar quando tinha dado a hora, e como eu disse, já estava chovendo. Ao entrar na sala de jantar, estranhei pelo fato de só estar Klaus sentado lá, me pergunto onde estariam os outros 2 originais.
— Cadê todo mundo? – questiono pra Klaus indo até a mesa.
— Rebekah e eu tivemos outra briga, pra variar, e ela disse que não queria estar na mesma mesa que minha pessoa. Quanto ao Elijah... Eu não sei – respondeu o híbrido olhando pro seu copo – E antes que diga que eu o coloquei em um caixão, já vou me defender dizendo que não.
— Eu não disse nada.
— Mas pensou nessa possibilidade – disse me olhando.
O jantar todo foi silencioso, a chuva lá fora foi o único som a ser ouvido. De repente, as luzes do local começaram a piscar, a escuridão veio à tona por toda a casa. As únicas luzes ali eram vindas das velas que estavam na mesa e a luz da lua refletindo das janelas. O semblante de medo era estampado em meu rosto.
— Ih, droga! Parece que faltou mesmo energia – Klaus pronunciou.
— Ah não... – resmunguei com medo, abaixando a cabeça.
— Que foi? Não me diga que tem medo do escuro – zombou.
— Claro que não! – menti, com medo que ele fosse me zuar.
— Bom, já que é assim... Não digo mais nada – vejo ele dar um sorriso rápido e voltar de comer mesmo na escuridão.
Espero que essa energia volte logo. Se não eu vou dormir agarrada com o Jonas, que é capaz de eu destroçar o coitado do urso de tanto que vou apertar.
Klaus Mikaelson
Voltei pra casa, notando que ainda estava sem luz. Tinha ido à casa de Camille após ela me chamar, lá também tinha faltado energia, assim como a maioria das casas. Transei com ela só pra tentar afastar os pensamentos que tanto me perturbam.
O principal: Elena Gilbert.
Mas quem disse que eu consegui?
Estava de volta ao meu quarto, retirei meus sapatos juntamente com o casaco, e me deito na cama com a mesma roupa que estava. Tava com preguiça de colocar o pijama.
Demorou alguns minutos e ainda não tinha pego no sono. O som da chuva lá fora foi diminuindo, a casa ainda estava sem luz, meu quarto parecia um breu, a única luz ali era vinda da lua refletindo dos vidros das portas da varanda.
Abro os olhos, confuso, ao escutar sons de batida na porta. Olho o horário do meu celular e vejo que eram 2:40 da manhã, e tinha algum doido na minha porta.
Me levanto e ando até a porta, abrindo a mesma, me surpreendo ao ver Elena ali parada.
— Elena? O que tá fazendo aqui?
— Desculpe, não consegui dormir, tive um pesadelo... – a mesma entra no quarto mesmo sem minha permissão – Será que posso ficar aqui um pouco até meu sono voltar?
Sentia que ela estava nervosa, talvez com medo que eu não deixasse. Mesmo achando estranho, decidi concordar só dessa vez.
— Claro.
A vampira dá um sorriso agradecendo, fecho a porta atrás dela e ambos fomos em direção a cama. Sei que não deveria ter deixado ela entrar, pois tinha dito a mim mesmo que me manteria longe dela. Mas Elena pediu de um jeito tão fofo, junto com aquele sorriso que me deixa louco. Não consegui dizer não.
O que estranhei, foi o fato dela ainda estar usando o mesmo vestido que usou no jantar antes de eu sair. O vestido preto justo colado ao seu corpo, indo até acima dos joelhos, com as alças finas. Era um tanto simples.
Deito na cama novamente, com um dos meus braços apoiados atrás da cabeça e o outro usei pra cobrir meus olhos. Elena ainda continuava de pé.
— Você sabe que pode se deitar, né? – digo sem olhá-la.
— Eu não quero deitar, eu quero conversar.
Bufo em frustração.
— Okay, então – murmurei saindo da minha posição e me sento na cama, olhando a duplicata ainda de pé – Como foi o seu pesadelo? Foi muito ruim? – pergunto iniciando assunto.
— Bastante. Você tava nele.
— Então eu fui o motivo do seu pesadelo? – pergunto rindo de leve.
— Não... Dessa vez – sussurrou a última parte, me fazendo sorrir – Você estava lá no meu pesadelo, mas não foi a causa dele.
— Eu era um personagem secundário, então.
— Sim e não – franzo a testa – Tava de noite. Você e eu estávamos fugindo de algo pela floresta, e essa coisa conseguiu te pegar, e então eu acordei assustada.
— Algo ou alguém? Porque se foi alguém, tenho uma lista infinita de quem poderia ter me pegado – sorrio no tom de brincadeira.
— Eu tô falando sério, Klaus.
— Tá, tudo bem – levanto as mãos em redenção – Eu sempre soube que você se importava comigo, amor.
— Eu gosto da sua companhia. Apesar de você ser como é.
— E como eu sou pra você? – me aproximo um pouco mais dela com um sorriso curioso, sentando agora na beirada da cama. A morena continuava de pé à minha frente.
— Arrogante, grosso, muito convencido, irritante, chato... Mas às vezes também é gentil, carinhoso, legal... – Elena se aproxima mais um pouco de mim – Muito bonito, charmoso, ameaçador... Você combina mais como um vilão. É de tirar o fôlego – disse passando seu dedo pelo meu peitoral e ombro.
O tom de voz dela saiu sensual, o que me fez estranhar um pouco, no entanto não questionei. Elena deu um sorriso malicioso passando a me olhar nos olhos.
— Obrigado por perceber tudo isso de mim. Sei que sou maravilhoso – disse convencido – Mas faltou algumas coisas aí sobre mim.
— Como o quê?
— Eu posso ser romântico quando quero. Companheiro, e até um pouco piedoso. Sem falar que sou um ótimo artista – sorrio com minhas palavras.
— Hum, impressionante! – Elena subiu as mãos até a parte de trás da cabeça – Tá calor aqui. E eu tô usando esse vestido desde a hora do jantar... – a morena me olhou sorrindo travessa – Me ajuda a tirar?
Estranhei seu pedido, fazendo eu levantar as sobrancelhas um pouco.
— Elena...
— Ah, vai, Klaus. Deixa de ser chato – Elena ficou de costas pra mim, observo ela descer o zíper do vestido, fazendo-o cair em cima dos pés.
Okay, tô começando a achar que no meio da escuridão, ela acabou batendo a cabeça na pia do banheiro. E eu tô sendo um tarado por não tampar meus olhos ao vê-la apenas de lingerie preta.
— Estamos juntos aqui – disse ao mesmo tempo que se virava pra mim, pousando a mão na cintura – A gente pode aproveitar.
— Você tá bem?
— Nunca estive melhor – disse com a voz sedutora.
Okay, ela tá tentando me deixar louco. E o pior... Ela tá conseguindo. Só de ver ela com aquela lingerie, já fez aumentar um pouco o volume da minha calça.
— Elena, se vista, por favor – desvio meu olhar pra baixo, tentando conter meus desejos.
— Você é um artista, e um bom artista sabe aproveitar a arte. Aproveite essa aqui – se referiu a ela mesma. Meu olhar subiu novamente pra ela – Vampiros nunca se cansam. E eu sei que eu nunca me cansaria de transar com você – Elena se aproximou de mim, se inclinando na minha direção. Senti um arrepio quando ela segurou meu rosto, a morena olhou diretamente em meus olhos – Podemos fazer isso por toda a eternidade, Klaus. Por que acha que eu vim até seu quarto no meio da noite? A história do pesadelo foi só uma desculpa pra entrar aqui. Eu vejo o jeito que você me olha, eu sei que você também quer... Nunca ninguém vai saber.
Elena avançou em meus lábios, descendo a mão até meu pescoço. Virei meu rosto pro lado na tentativa de me controlar, Elena virou meu rosto de forma agressiva, fazendo eu voltar a encará-la, essa foi a brecha pra ela voltar a me beijar. Seu beijo foi ganhando mais intensidade, a partir dali eu já não sabia mais o que fazer.
A vampira se sentou no meu colo sem romper o contato do beijo, ergui os braços pra poder tirar minha camisa, Elena me ajudou fazendo isso de um jeito apressado. Eu já estava fora de mim. Seus beijos eram bons demais pra serem dispensados, e ela com apenas de lingerie, só fez aumentar mais meu desejo.
Foda-se o controle!
Com minha velocidade, levanto da cama com ela e prendo a mesma contra qualquer parede. Começo a beijar seu pescoço como se estivesse faminto por seu sangue. A vampira segurou minha nuca com força, me forçando a continuar ali a beijando, enquanto eu ouvia Elena soltar suspiros de prazer a cada beijo que dava.
Elena usou sua velocidade pra me prender contra a parede, solto minha boca de seu pescoço e beijo seus lábios da maneira mais selvagem possível. Meus dedos prendem no seu cabelo puxando-a mais pra mim. Elena envolve seus braços no meu pescoço.
Essa mulher me deixa todo desconcertado. Perco o controle fácil com ela, o que me deixa frustrado.
Uso novamente minha velocidade pra dessa vez jogar nós 2 na cama, com Elena debaixo de mim. Desço até seu pescoço, escutando ela arfar com meus beijos. Vejo Elena fechar os olhos e apertar o lençol enquanto sentia meus beijos em seu corpo. Fecho meus olhos também descendo minha boca até seu sutiã.
Retiro ele de seu corpo, dando acesso aos seus seios. Não perco tempo e coloco a boca em um deles.
— Klaus... – fecho meus olhos de novo, escutando os maravilhosos gemidos dela.
Aquilo era bom demais.
Até bom demais pra ser verdade...
— Klaus! – abro meus olhos, escutando batidas na porta. Sento na cama vendo que já havia amanhecido e a chuva tinha parado.
Percebo que o que acabou de acontecer não passou de um sonho. Um sonho muito bom e tão realista, que me fez ficar excitado. Encaro meu amigo de baixo das calças, vendo o volume que se encontrava.
— Klaus, sou eu, Elena – encaro a porta de novo – A Rebekah tá te chamando. E só pra avisar que o café já tá pronto.
— J-já tô indo – respondo nervoso.
Ouço os passos dela se afastando, e solto um suspiro aliviado. Fiquei ainda na cama alguns segundos assimilando o que aconteceu. Nunca tive um sonho assim com ninguém antes. Meu desejo por Elena só crescia ainda mais.
Por que não posso simplesmente tirar essa mulher da cabeça?
Ela ainda vai acabar me matando. E não é com uma estaca, e sim de loucura.
Continued...
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