Capítulo 12 - Jealousy

Capítulo 12 – Ciúmes.

Elena Gilbert

Abri os olhos lentamente ao sentir a claridade no meu rosto. Me viro pro lado percebendo que não tinha ninguém ali. Sento na cama cobrindo a boca com a mão ao dar um bocejo, passo a mão pelo meu pescoço e as memórias de ontem vieram à tona.

O cara da festa me drogando com verbena.

Klaus matando ele.

Mordida de híbrido.

Klaus me curando com o seu sangue...

Aquilo foi um sinal dizendo pra eu nunca mais sair dessa casa.

Lembro até que tinha pedido pra ele dormir comigo, por isso estranhei quando acordei não encontrando o híbrido do meu lado. Tudo que disse ao Klaus ontem pode ter sido delírio por causa da mordida, mas quando pedi pra ele não me deixar sozinha, eu estava dizendo a verdade. Sentir o calor dele perto de mim era bom. Sentir o abraço dele durante à noite, os carinhos que ele me deu... Foi confortante.

Acho que ainda tô drogada.

Levantei da cama ainda sentindo a preguiça no meu corpo, andei em direção ao banheiro e me tranco lá por alguns minutos.

Depois de tomar banho, coloquei apenas um vestidinho simples e desci até o andar de baixo. De primeira não encontrei ninguém, a casa estava assustadoramente silenciosa, porém escutei alguns barulhos vindo da cozinha, me fazendo ir até lá. Encontro Rebekah fazendo alguma coisa pra comer, o que eu já acho estranho ela estar cozinhando.

— Olha só quem resolveu acordar. Achei que fosse dormir o dia todo – comentou ela ao me ver. Me aproximo de onde ela estava, apoiando minhas mãos no balcão.

— Onde é que tá todo mundo?

— Elijah saiu pra resolver uns assuntos, a empregada saiu pra ver a filha doente, e Nik está no quarto dele – respondeu ela sem me olhar – Como você está?

— Bem, obrigada. Klaus me curou com o sangue dele. E eu tô morrendo de fome.

— Tem umas bolsas de sangue frescos na geladeira.

Assenti mesmo sem ela me ver, caminho até a geladeira e ao abrir, já me deparo com uma tigela cheia de bolsas de sangue. Pego uma e me viro de volta pra Rebekah ao fechar a geladeira.

— Ficou chateada por ter saído cedo da festa? – pergunto tirando o bico da bolsa de sangue.

— Não muito. A festa já tava ficando entediante. Foi bom termos saído mais cedo.

Enquanto bebia o sangue, lembrei de quando Klaus me carregou nos braços pra fora da festa. Ele me salvou duas vezes e eu nem pude agradecer direito. Ele fez tanto por mim em um só dia que chega até assustar vindo de Klaus Mikaelson. Pensei em agradecer por ele ter me ajudado, mas não sabia exatamente onde era o quarto dele.

— Onde é o quarto do Klaus?

— Segunda porta à esquerda. Boa sorte pra encarar meu irmão.

— Por que?

— Ele acordou um pouco irritado hoje. Não quis tomar café – isso me fez estranhar. Porém mesmo assim eu precisava vê-lo e agradecer.

Fora que também queria saber o que aconteceu entre nós noite passada quando pedi pra ele dormir comigo. Isso me fez ficar pensando em tanta besteira que Klaus poderia ter feito.

Deixo a bolsa de sangue pela metade em cima do balcão e sigo de volta em direção a escada. Chegando no segundo andar, paro em frente a porta onde Rebekah tinha falado que era o quarto do irmão, hesitei um pouco em bater pois não queria incomodá-lo. Ao ouvir um "entra", abro a porta devagar. Klaus estava sentado na cama com uma perna flexionada enquanto lia um livro, ele parecia bem relaxado pra alguém que teve uma briga feia com um híbrido noite passada.

Ele levantou o olhar pra mim, me olhando com seriedade. Ele gosta de ser rabugento.

— O que você quer? – perguntou voltando a olhar pro livro aberto.

— Eu quero te agradecer por ter me salvado duas vezes ontem. Obrigada, de verdade.

— De nada. Viu que eu também posso ser bonzinho quando quero? – disse sem me olhar.

— Eu sei... E eu queria saber também o que houve ontem à noite entre nós – dei um passo na direção dele. Junto minhas mãos, mexendo as elas de jeito nervoso esperando por sua resposta.

Klaus desvia atenção do livro pra me olhar e dá um sorrisinho malicioso de lado.

— Sério que você não se lembra? – não respondo nada – Depois que você tomou o meu sangue e se curou, você me pediu pra eu dormir com você pra não ficar sozinha. De repente, você subiu em cima de mim, começou a me beijar e eu meio que não resisti...

Arregalo os olhos e sinto um embrulho no estômago. Eu não posso ter transado com o Klaus... Não de novo. Mas das primeiras vezes foi ele quem me forçou, eu não poderia ter feito isso por espontânea vontade.

Klaus começa a rir ao notar meu medo.

— Seu idiota!

— A idiota aqui é você por chamar um híbrido original de idiota, que poderia facilmente te matar.

— É, mas eu não tô morta.

— Ainda – senti o medo percorrendo meu corpo. Klaus era obviamente muito mais poderoso, claro que ele poderia me matar apenas me mordendo, por isso era conhecido como o vampiro mais temido. Decidi não contrariar ele.

— Como você tá? Mesmo não tendo visto com muita clareza, a briga de ontem foi feia.

— Eu tô bem, embora ainda um pouco irritado por saber que existia um híbrido aqui e saber que não fui eu quem o criou – respondeu olhando pro livro em seu colo.

Agora entendi o que Rebekah disse sobre Klaus ter acordado irritado.

— Eu pensei que você tentaria descobrir a todo custo como ele tinha virado híbrido – conhecendo Klaus, é uma coisa que ele faria.

— Não preciso, já descobri. Um híbrido idiota que eu criei em Mystic Falls pegou um pouco do seu sangue de um dos frascos e veio pra Nova Orleans. O cara que eu matei ontem era o irmão desse híbrido que também era um lobisomem. Ele fez a transformação, e bebeu o seu sangue. E o pior era que Marcel sabia disso, eles eram amiguinhos.

— Que chato – cruzei os braços – E o híbrido que você transformou?

— Já tá morto, assim como o irmão. Eu matei ele em Mystic Falls durante o massacre dos 12 híbridos.

Nem quero comentar sobre esse massacre. Foi uma das coisas relacionadas à volta do Silas.

Descruzei os braços e andei pra perto do híbrido, sentando na cama.

— Ei – chamei sua atenção fazendo-o me olhar – Obrigada mais uma vez. E me desculpe por ter te desobedecido. Prometo nunca mais fazer nada sem sua autorização.

Klaus pareceu não se importar, mantendo sua expressão neutra.

— Você pode fazer o que você quiser, Elena. Eu não me importo! – disse rude.

O original fechou o livro, deixando ele na cama e saiu logo depois indo pra dentro de outra porta, que possivelmente era o banheiro. Me senti um pouco triste por sua fala, mas depois do que eu fiz ontem em desobedecê-lo, não me surpreenderia ele estar com raiva.

Levantei da cama e andei devagar até a porta, passei por ela sem olhar pra trás e a fechei.

Desci a escada indo de volta pra cozinha, pensando que veria Rebekah, me deparo com Elijah cortando tomates sobre uma tábua de madeira.

— Elijah? – o original me olhou.

— Bom dia, Elena. Como você está? Niklaus me contou da briga com o híbrido.

— Tô bem, obrigada. Depois da festa de ontem, eu nunca mais vou sair de casa.

— Klaus só queria te proteger.

— E agora eu percebo isso.

Depois de tanto tempo vendo Klaus como um vilão como todos o vêem, ele realmente pareceu se importar comigo nesses dias que passei aqui. Era até estranho da parte dele se importar com outra pessoa além dele.

— Cadê a Rebekah? – pergunto me aproximando do original.

— Teve que atender uma ligação. Ela me pediu pra cortar os tomates enquanto isso. Do nada, ela decidiu que iria fazer o almoço hoje – disse ele surpreso.

— Deixa que eu corto – ofereci já pegando a faca de sua mão.

Dei uma empurrada nele com o ombro propositalmente, fazendo os dois rirem.

Klaus Mikaelson

Acordei de mau humor por 2 motivos. Primeiro, porque queria saber quem era aquele híbrido maldito da festa de ontem. Sabia que eu não tinha o criado, pois nunca tinha visto ele, fora que ele é daqui de Nova Orleans, não de Mystic Falls. Um dos meus contatos descobriu quem ele era, fazendo minha raiva ficar ainda maior quando soube que um dos híbridos que eu criei tinha me traído ao pegar o sangue da Elena.

E falando nela... Ela é o meu segundo motivo.

Grande parte da noite pensei a respeito do que eu deveria fazer em relação aos meus sentimentos por ela. Sabia que não tinha como nós acabarmos juntos.

Elena me odeia, e com razão, eu matei a tia dela e quase a matei mais de uma vez só pra conseguir seu sangue. Meu subconsciente dizia:

Klaus, desista dessa mulher. Ela te odeia, não aguenta nem respirar o mesmo ar que você.

Talvez estivesse certo, o que me causava um grande desconforto ao perceber que isso seria mesmo verdade. Elena começou a mexer comigo no momento que entrou nessa casa, dividir o mesmo ambiente que ela tá sendo bem mais difícil do que pensei. Sinto meu coração até acelerado às vezes quando tô perto dela, só sinto vontade de agarrá-la e beijá-la.

O que me deixa mais fascinado na morena, é seu sorriso angelical. Eu adoro o sorriso dela, é mágico. Eu já dormi com muitas mulheres nesses meus 1.000 anos, mas nenhuma delas vai ser a Elena.

Recordei das vezes que forcei a mesma a transar comigo, me culpo por isso até hoje. Nunca que ela iria se entregar a mim por amor. Tive que ser grosso com ela pra tentar espantar esse sentimento que ela me causa. Talvez o que eu sinta seja só desejo, atração... Mas pra ter certeza mesmo, o melhor agora é eu me manter afastado.

Esperei Elena sair do quarto pra eu poder sair também. Até estar na presença dela me deixa nervoso. Não sabendo pra onde ela foi, desci a escada indo em direção a cozinha, quando ouço vozes vindo de lá.

Me escondo atrás da porta, deixando só a cabeça aparecer um pouco pra eu poder ver. Elena e Elijah estavam conversando de maneira íntima, dando risadinhas, até brincando um com o outro.

Semicerrei os olhos aparentando não ter gostado dessa proximidade. Uma onde de raiva passou por mim por vê-los tão juntos.

Ótimo! De híbrido mal, à híbrido ciumento.

Saí de lá antes que eles pudessem sentir minha presença. Caminho até a mesa de bebidas, pego a garrafa de vodka e coloco em um copo. Dou um grande gole na bebida pra tentar clarear a mente.

Essa duplicata tá me deixando louco.

Continued...

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