Capítulo 11 - Saving Those You Love
Capítulo 11 – Salvando Quem Amo.
Klaus Mikaelson
Camille me puxou pra dançar mesmo eu não querendo, a loira dançava toda sensual tentando me seduzir. Ao me afastar do beijo inesperado que Camille me deu, notei que Elena não estava mais na festa. Percorri meus olhos por toda a multidão tentando encontrá-la, mas não tinha nenhum sinal dela.
— O que foi, Klaus? – escuto a voz de Camille – Não quer mais se divertir comigo?
A loira pôs os braços em cima dos meus ombros tentando me beijar novamente, mas eu a afasto tirando seus braços de mim.
— Desculpa, Camille, mas eu tenho uma coisa mais importante pra fazer – me retiro dali deixando a loira pra trás.
Chegando perto da escada que dava pro segundo andar, ouço som de porta fechando vindo lá de cima. Querendo saber mais, subo as escadas em passos silenciosos e devagar, vejo várias portas brancas no corredor querendo saber qual foi a que acabou de ser fechada.
Escuto uma voz familiar vindo atrás de uma porta no final do corredor, paro em frente a porta escutando outra voz que pra mim era desconhecida. Girei a maçaneta, mas rosnei de raiva ao perceber que estava trancada.
Chuto a porta com força fazendo a mesma cair no chão em alguns pedaços. Me surpreendo quando vejo Elena deitada na cama parecendo dopada e um homem sem camisa. Minha expressão se tornou furiosa.
Em velocidade de vampiro, vou até o cara e jogo ele contra a parede fazendo a mesma rachar um pouco pelo impacto. O cara soltou uma risada sarcástica.
— O lobo mau veio salvar a namoradinha? Pensei que você fosse mais durão.
Com minha velocidade, novamente fui até ele e segurei seu pescoço fortemente, batendo a cabeça do otário na parede.
— Você nunca mais vai voltar a tocar nela, ouviu?! – minha expressava raiva.
O vampiro me deu um soco no rosto, me fazendo soltá-lo. Começamos a brigar como 2 animais raivosos, estávamos quebrando tudo no quarto, ambos já estávamos machucados e sangrando. Elena ainda estava deitada na cama parecendo não muito bem, porém ouvi a voz dela pedindo pra eu parar quando comecei a socar o cara.
Escutando a voz dela, o vampiro deu um sorriso diabólico e em velocidade sobrenatural, se aproximou de Elena, segurando ela pelos braços fazendo-a se sentar na cama.
— É melhor você se afastar, ou eu vou morder ela – soltei uma risada sínica.
— Você é vampiro, o quê? Há pouco tempo? Mordida de vampiro em vampiros não acontece nada.
— Talvez sim... Mas mordida de híbrido... – minha expressão se tornou aterrorizada.
Suas presas apareceram junto com seus olhos amarelados, ele morde o pescoço de Elena rapidamente antes que eu pudesse afastá-lo dela. Empurrei ele pra longe, jogando-o no chão. Me aproximei da duplicata notando a mordida violenta em seu pescoço.
Percebi o híbrido se aproximando, porém eu fui mais rápido em pegar um pedaço da porta que eu havia quebrado e atravessei ela no estômago dele. Vendo-o invulnerável, atravessei minha mão em seu peito sentindo o coração dele batendo, puxei o órgão pra fora deixando minha mão toda ensanguentada.
O híbrido lentamente foi caindo no chão, morrendo com os olhos abertos. Joguei seu coração no chão ao lado do corpo do híbrido misterioso, voltei minha atenção pra Elena e me aproximei dela.
— Você tá bem? Ele machucou você em algum outro lugar? – perguntei preocupado.
— Ainda tô tonta.
— Esse maldito te drogou com verbena. O que foi que eu falei sobre não aceitar coisas de estranhos?! – lembrei a ela irritado.
— Desculpe... Aí! – Elena gemeu de dor devido a mordida do híbrido.
Decidi que não brigaria com ela agora. Peguei a duplicata nos braços, levando ela pra fora do quarto, desci as escadas entrando de novo na festa que ainda rolava. Passei pelo meio da multidão sem me importar com os olhares das pessoas. Rebekah veio ao meu encontro quando eu já estava na porta da casa.
— Nik, o que houve?
— Nós vamos embora – disse com a expressão séria.
Passei por Rebekah levando Elena em direção ao carro, minha irmã me seguiu sem fazer perguntas, ajudou a abrir a porta de trás do carro pra eu colocar Elena lá, deitei seu corpo no banco de trás e eu e Rebekah fomos pros bancos da frente. O percurso até em casa foi silencioso, eu ainda estava furioso pelo que aconteceu com Elena e também preocupado pela mordida daquele híbrido.
Chegando em casa, Rebekah novamente me ajudou abrindo a porta pra mim pra eu poder entrar com Elena em meus braços. Elijah veio até nós.
— O que houve com a Elena?
— Mordida de híbrido. Vou colocar ela na cama – respondi simples.
Subi a escada carregando Elena até o quarto dela, abri a porta com um pouco de dificuldade e ao passar por ela, fechei a mesma com o pé. Andei até a cama dela e cuidadosamente, deitei Elena com a cabeça sobre o travesseiro, em seguida tirei seus sapatos pra ela se sentir mais confortável. Meus ferimentos já estavam cicatrizados, bem diferente do de Elena.
Senti calafrios vendo ela naquela situação. Ela não tava nada bem. Estava fraca, suando, sua respiração estava pesada, precisava urgentemente de ajuda.
Além de estar topada por conta da droga, foi mordida por um híbrido que nem sabia que tinha em Nova Orleans. Nunca vi esse cara. Não pode ter sido criado por mim. Agora não vou poder perguntar mais ao cara, já tá morto.
Dei alguns passos pra trás enquanto observava a duplicata. Encostei meu corpo na parede com os braços cruzados observando a morena abrir os olhos lentamente.
— Tá doendo muito? – ela assentiu devagar.
— Se não me der o seu sangue, eu vou morrer... – sua voz saiu baixa, quase inaudível.
— Então vai morrer! – respondi grosso – É isso que ganha por me desobedecer e ficar bebendo tudo que te oferecem.
— Me desculpa... Eu não tava pensando direito. Prometo não sair mais dessa casa.
— Você só vai sair daqui dentro de um caixão assim como meus irmãos. Esse é o jeito de você aprender a não me desobedecer – estava falando como se eu não me importasse com ela, mas a verdade é que eu me importo e muito.
— Sei que não te agradeci antes... Mas obrigada. Por ter me salvado – não respondi nada, mantendo minha expressão neutra.
— Não fiz por você. Tava entediado, precisava matar alguém pra me dar mais ânimo. Isso porque eu sou do mal, e eu não consigo evitar.
— Eu não acredito... Por incrível que pareça, eu vejo uma parte de você que é humana.
Me aproximei da morena, me sentando na cama perto de seu corpo.
— Como é que você pode pensar assim?
— Porque eu vi... Porque eu me peguei querendo esquecer todas as coisas horríveis que você me fez – sua voz baixa me deixava cada vez mais preocupado. Notei que o ferimento em seu pescoço estava ficando maior.
— Mas não consegue... Não é? – sussurrei olhando pra ela com tristeza.
Doía saber que nunca vou conseguir o perdão dela, as coisas que fiz pra machucá-la acabou me machucando também quando percebi o efeito que ela tem sobre mim, e por saber que ela nunca iria ficar comigo. No momento, eu só queria que ela esquecesse de tudo de ruim que eu fiz a ela, e que talvez eu pudesse mostrar o meu lado "humano".
Após um tempo de silêncio, Elena fala com os olhos marejados.
— Eu sei que gosta de mim – olhei a garota, surpreso, porém não tanto.
Acho que no fundo eu já sabia que tava me apaixonando por ela. Aquela raiva desconhecida quando Damon me ligou perguntando por ela e depois dizendo que a amava, praticamente já dizia tudo. Seu abraço quente me trazendo paz e conforto, a sensação de querer protegê-la de tudo...
Tava um pouco na cara.
— E todo mundo que é capaz de amar... Também é capaz de ser salvo – ela continuou.
Percebendo que estava quase chorando, desviei minha atenção dela, fungando e recuperando minha postura.
— Você tá delirando – ouço uma risada fraca vindo da mesma.
— Eu acho que nunca vou saber...
Olho de volta pra ela com os olhos marejados, Elena começou a se mexer na cama parecendo sentir falta de ar, era o efeito da mordida.
— Elena... – sussurrei seu nome quando notei algumas veias negras desorganizadas começando a aparecer em seu pescoço do local da mordida.
Respirei fundo e tomei uma atitude. Me aproximei mais dela, segurando a parte de trás do seu pescoço pra fazê-la se sentar. Me pus atrás dela sentindo a cabeça dela em meu peito, ergo a manca cumprida do meu paletó e mordo meu pulso deixando o sangue exposto pra ela se alimentar.
Levei meu pulso até a boca de Elena, ela rapidamente coloca a boca em meu pulso e suga meu sangue, causando uma dor suportável em mim. A morena segurou meu braço com uma mão pra ter mais firmeza. Involuntariamente, comecei a acariciar o cabelo de Elena enquanto ela se saciava com o meu sangue. Abaixei meu braço quando ela pareceu satisfeita. Ela deu alguns suspiros de alívio.
Ouço seu coração bater de forma normal, me fazendo sentir alívio por estar funcionando. Notei também a mordida começando a desaparecer lentamente, não pude deixar de sorrir levemente estando aliviado por ver que ela já está ficando curada.
— Tá tudo bem agora, amor – digo acariciando seu cabelo – Relaxe.
— Fica aqui comigo, por favor... Eu não quero ficar sozinha – pediu ela com a voz baixa.
— Não pretendo sair daqui.
Comecei a depositar beijos no topo de sua cabeça enquanto lhe fazia carinho. Deitei ela novamente com a cabeça sobre o travesseiro, retirei meu paletó e gravata juntamente com meus sapatos.
Repousei ao lado de Elena, ficando atrás dela sentindo suas costas contra meu peito. Passei meu braço em torno da cintura dela trazendo a mesma pra mais perto. Sinto ela segurar minha mão que estava em sua barriga.
Deixei uma lágrima escorrer pela minha bochecha lembrando do meu modo egoísta no início por não ter dado logo o sangue pra ela.
Eu sei quem eu sou, eu sei o que eu fiz... Mas não suportaria ver Elena morrer sabendo que eu estava lá pra salvá-la. Me sentiria mais culpado do que já estava.
Essa mulher mexe comigo de um jeito que nenhuma outra mexeu. Vê-la à beira da morte, me causou triste e medo de perdê-la. Não mereço ela, não depois de tudo que fiz. E é isso que me dá mais tristeza... Saber que ela nunca vai ser minha.
Continued...
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