Capítulo 10 - Disastrous Party
Capítulo 10 – Festa Desastrosa.
Elena Gilbert
Logo pela manhã, assim que acordei, comecei a procurar um vestido pra usar na festa do Marcel hoje. Iria ser à tarde, às 3 horas, eu precisava me antecipar. Conviver tanto com a Caroline tá dando nisso.
Agora na hora do almoço, estávamos todos à mesa. Confesso que quando sento com eles, me sinto inferior perto deles. Os 3 originais, que poderiam me matar facilmente e eu, uma simples vampira novata. Eu parecia uma minhoquinha perto deles.
Rebekah fuzilava Klaus com um olhar raivoso. Fiquei me perguntando se ele não havia contado que iríamos à festa.
— Rebekah, amor, coma os legumes – disse Klaus apontando pro prato da loira.
— Só depois que me pedir desculpa.
— Posso saber por qual indiscrição? Foram tantas – Klaus disse sorrindo.
— Você disse que nós não iríamos à festa do Marcel, e depois disse que mudou de ideia. Mas claro... Quando se trata da Elena...
Recebi a indireta da loira pra mim, fazendo-me sentir um pouco mal.
— Eu decidi que vai ser bom pra nós sairmos um pouco pra nos divertir. É tão difícil você ficar legalzinha?
— É!
— Me deixem dizer o nome das milhares de outras pessoas que eu preferia estar agora – pronunciou Elijah, parecendo pedir socorro mentalmente assim como eu.
— Ah, tudo bem. Desculpe. Eu sempre me esqueço como você é delicada – notei o sarcasmo na sua voz – Me perdoa?
O híbrido cara de pau sorriu falsamente esperando a resposta da irmã.
— Eu vou pensar no assunto.
— Você deveria pensar em que roupa vai usar na festa, querida – me pronunciei pela primeira vez naquela mesa.
Rebekah se retirou da mesa sem dizer mais nada, apenas dando outro olhar enfurecido pra Klaus que achava tudo divertido. Me retirei da mesa logo depois que a original saiu.
— Mulheres são complicadas – ouço Klaus dizer. Reviro os olhos na mesma hora.
— E até parece que homens não são – disse enquanto andava, mas sabia que ele estava escutando.
Klaus Mikaelson
Olhei o horário no meu relógio de pulso e percebi que eram 3 da tarde, Rebekah e Elena não tinham descido ainda. No andar de baixo, estava somente eu. Elijah decidiu não ir, o que me faz querer estar no lugar dele agora. Ouço saltos descendo as escadas, fazendo-me virar na mesma hora.
— Até que enfim... – corto minha fala quando vejo Elena vindo atrás de Rebekah. Ela estava deslumbrante, mesmo com um vestido simples.
Seu vestido era preto justo que ia até a cima do joelho, um vestido parecendo de renda com mangas curtas. Era simples, mas também tinha um toque de elegância. Elena estava usando uma trança jogada por cima de um dos ombros. Até com uma roupa simples, essa mulher fica linda.
— Desculpe a demora, Nik. Tive um probleminha com vestido e Elena me ajudou – sou tirado dos meus pensamentos com a voz de Rebekah.
Pigarreei tentando recuperar minha postura.
— Er... Vamos indo então antes que eu mude de ideia – as duas mulheres passaram por mim indo até a porta.
Preciso me controlar sobre meus pensamentos.
***
A festa tava cheia. O desgraçado do Marcel teve a audácia de dar a festa na antiga casa que eu e minha família morávamos, uma casa que ele roubou assim como essa cidade. Assim que entrei, senti uma sensação ruim no peito, como um pressentimento. Acho que me arrependi de ter vindo.
— Marcel é bem popular aqui. Parece que todo de Nova Orleans foi convidado – comentou Elena olhando a multidão entrar e sair da casa.
— E essa popularidade era minha antes do Marcel tomar tudo pra ele – murmurei olhando em volta – Agora escutem... – passei a encará-las – Nada de aceitar coisas de estranhos, principalmente do Marcel. E fiquem no meu campo de visão.
— Ah por favor, Nik. Pelo menos por hoje, podia parar de ser o irmão protetor? – resmungou Rebekah – Pode até mandar na Elena porque tem que protegê-la, mas não em mim. Então com licença.
Rebekah foi pra sei lá onde, enquanto eu e Elena permanecemos no mesmo lugar.
— Sabe que ela não vai te obedecer, né? – comentou Elena.
— Eu sei, e ela também sabe que quando chegarmos em casa, ela vai estar ferrada. A última coisa que quero é ter que levar duas mulheres bêbadas pra casa.
— Dificilmente eu fico bêbada, então relaxa, vovô – zombou ela.
— Só de lembrar que isso tudo já foi meu um dia, dá um aperto no peito.
— Mas você vai recuperar. Não é você quem disse que Klaus Mikaelson nunca falha?
— Que bom que sabe que no final eu sempre venço – sorri sacana olhando pra ela, que me olhou com reprovação.
— Klaus! – olho na direção da pessoa que me chamou e noto Marcel se aproximando – Que prazer tê-lo aqui em minha festa. Vejo que trouxe sua namorada junto – seu olhar se direciona pra Elena.
— Pois é. Eu não poderia perder o seu aniversário – sorri falsamente.
— Fico feliz que tenha vindo. Você está muito bonita, Elena – rosnei virando o rosto pro lado tentando esconder minha raiva.
— Obrigada. Mas não tanto quanto o aniversariante.
— Agradeço o elogio. Aproveitem a festa, e divirtam-se. E se estiverem com fome... Tem alguns humanos bem legais na festa – sussurrou sorrindo sacana.
O Gerard se afastou de nós e eu finalmente pude bufar de raiva. Preciso de uma bebida. No momento, só quero distância do Marcel.
***
Parece que minha ideia de manter Marcel afastado não funcionou muito. O desgraçado tava bem aqui do meu lado tomando um copo de whisky junto comigo. Minha atenção era em Elena, que estava dançando junto com Rebekah na pista de dança com uma multidão enorme.
Eu precisava ficar de olho não em uma, mas em duas.
— Você escolheu muito bem a sua namorada – pronunciou Marcel – Ela é uma delícia – seu tom tinha malícia.
— Mais uma palavra e eu arranco seu fígado! – ameacei ele sem tirar meus olhos de Elena.
— Calma, ciumento. Eu só disse o que eu acho. Mas quem deve saber disso é você, não é, Klaus? – virei o rosto pra olhá-lo – Diz aí... Ela é boa de cama?
— Hã...
— Vai me dizer que vocês nunca transaram? Esse não parece ser o Klaus Mikaelson que eu conheço.
— Eu prefiro não falar da minha intimidade com a Elena.
— Tudo bem.
Voltei minha atenção pra morena, a mesma ainda estava dançando super animada com Rebekah. Ver ela sorrindo toda alegre, me enchia de felicidade, automaticamente abri um sorriso singelo enquanto a olhava. Acho que no pouco tempo que conheço Elena, nunca a vi tão sorridente, tão viva. Ainda não acredito que fui capaz de destruir esse lindo sorriso.
— Oi, Klaus. Sentiu minha falta? – olho pro lado e me surpreendo quem eu vejo.
— Camille?
Elena Gilbert
Deixei Rebekah dançando na pista enquanto eu ia pra algum lugar descansar um pouco, encontrei um sofá e me sentei respirando ofegante. Acho que nunca dancei tanto na minha vida, tô acabada, mesmo sendo uma vampira. Olhando em volta, percebo que Klaus sumiu e eu suspirei pesado, passo a mão no cabelo pra tentar arrumá-lo.
Sinto a presença de alguém se aproximando, olho pro lado vendo um homem com uma tatuagem de serpente no braço segurando uma garrafa de champanhe e duas taças.
— Oi, princesa. Posso me sentar com você?
— Claro – disse só pra parecer educada, mas na verdade eu queria ficar sozinha, ou pelo menos com alguém conhecido.
— Você é a namorada do Klaus, né? Marcel me falou de você.
— Sou sim – entrei na mentira que Klaus havia contado a Marcel há alguns dias.
— E tá sozinha por quê? Seu namorado não tá aqui pra te fazer companhia?
— Eu vim descansar um pouco. Minha amiga pode ter muita energia, mas eu não.
— Posso te oferecer uma bebida?
Ele colocou um pouco de champanhe na taça e estendeu pra mim. Hesitei um pouco em pegar, mas como tava cansada, seria bom ter algo pra relaxar. Tomo um gole da bebida percebendo o olhar do homem em mim. Se amigo do Marcel, tava na cara que era um vampiro.
— Já te disseram que você tá incrível nesse vestido? – elogiou ele percorrendo os olhos no meu corpo – Deve ser o centro das atenções mais do que o aniversariante.
Murmuro um agradecimento e continuei tomando a bebida.
— Parece distraída – ele comenta colocando a mão na minha perna dando um leve aperto.
— Só tô cansada – disse desconfortável pelo seu toque. Me afasto um pouco do seu aperto, indo um pouco mais pro lado.
— Então porque não relaxa um pouco, princesa? Que tal irmos lá pra cima?
Engulo a seco balançando a cabeça em negação.
— Não obrigada. É melhor não.
Ele pareceu não ter gostado da minha negação. Olhei em volta à procura de Rebekah ou Klaus e encontrei o híbrido no meio da multidão que dançava. Percebo uma mulher loira perto dele, mas não era Rebekah, era alguém que não conhecia. Essa mulher estava dançando de um jeito sensual na frente de Klaus, colocando seus braços em torno do pescoço dele, puxando o mesmo pra um beijo.
Confesso que ver aquilo mexeu comigo. Senti um desconforto grande quando vi ela beijando ele. Não entendi o porquê. Eu nem sou namorada dele de verdade, ele podia fazer o que quisesse, mas na frente de Marcel eu sou, e nem aqui ele podia ter respeito por mim, por mais que nosso namoro seja de fachada.
Ao colocar a taça sobre a mesinha à minha frente, senti uma tontura. Fechei os olhos pra tentar clarear a mente, mas não adiantou, a tontura só piorou. Coloquei a mão na cabeça estranhando isso. O cara do meu lado percebeu e colocou uma mão nas minhas costas.
— Ei, tudo bem?
— Não... Tô meio tonta – murmuro com a voz fraca.
— Acho melhor irmos pra um lugar mais calmo – ele sugere e sem pensar muito, aceno com a cabeça.
Ele guia com firmeza até a escada onde não tinha festa rolando no andar de cima. Senti a tontura aumentando mais ainda, o que me deixou preocupada, eu sou uma vampira, não posso ficar doente. Com certeza havia verbena naquela bebida, é a única explicação pra minha fraqueza ser tanta. Entramos em um dos quartos e eu olho em volta um pouco confusa.
Ouço a porta ser trancada e me viro pro homem, percebendo que ele se aproximava com um sorriso malicioso. Ele me puxa pela cintura e sinto suas mãos desligarem até a barra do meu vestido, acariciando minhas pernas com agressividade. Tento empurrá-lo, mas me sinto fraca e tonta demais pra isso.
— Por favor... Não... – imploro com a voz quase inaudível.
Ele me ignora e começa a beijar meu pescoço enquanto andava comigo pra trás. O mesmo me empurra pra deitar na cama, e mesmo tonta com a visão embasada, vejo ele tirando a camisa. Seu corpo deitou sobre o meu, seus beijos se tornaram mais intensos no meu pescoço enquanto ele acariciava minhas pernas. Eu tento resistir, mas meu corpo não responde.
— Calma, linda. Eu vou deixar você bem relaxada.
Quando ele falou isso, me lembrei do dia que Klaus abusou de mim pela primeira vez. Aquilo me deixou com medo, suja, mas agora essa situação tá bem pior, pelo menos Klaus não tinha me drogado como fez esse cara.
Sinto as mãos dele percorreram nas minhas costas procurando pelo zíper do meu vestido. Ao abri-lo, ele vai lentamente puxando pra baixo, quando ouço a porta sendo aberta com força, parecia que tinham chutado ela.
Mesmo com minha visão um pouco embasada, notei que era Klaus. E o mesmo estava com um olhar furioso.
Continued...
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