[🥀] - 열셋





"É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar"

Aquilo foi até legal pra Park, fez mais amizades, se divertiu com o jogo e os presentes, depois que os outros foram embora por ter outros compromissos, ele e Jungkook lavaram os pratos.

Uma coisa não saia da cabeça dele, todo o discurso que falou para sua mãe e o que acabou ouvindo da boca do aniversariante.

Não negava que rolou um climinha tenso entre os dois durante a comemoração, ou depois dela, na verdade quando ele parou para pensar percebeu que teve vários climinhas.

Queria dar o presente, mas esperaria o momento certo para isso, decidiu chamar o moreno para sair e criar a deixa perfeita para dar seu simples presente.

— Está cansado? — puxou assunto enquanto se deixava na parte cumprida do sofá em "L".

— Não.— negou rapidamente — Por quê?

— Ainda é seu aniversário e, hm, pensei se a gente não pode sair.

Jeon parou um instante, ele o tinha chamado para sair.

— Claro. Aonde vamos?

— Surpresa.

— Como irei dirigir até um lugar que eu não sei?

— E quem disse que você vai me levar?

— Não entendi.

— Como eu disse; é surpresa.

[...]

E foi um mistério, Jimin não permitiu que o maior pegasse o carro, por que o meio de transporte seria outro.

— Estamos esperando ônibus pra qual lugar? — Jeon todo curioso pega seu celular e tenta olhar os horários pelo site.

— Não sei. O primeiro que aparecer.— deu de ombros, a mochila estava em suas costas e ele mexia os dedos por dentro do bolso.

Aquilo na verdade era algo que ele tinha visto num filme quando era adolescente, e sempre repetiu com seus namoradinhos na infância, achava que seria divertido levar o aniversariante para um daqueles.

— Já assistiu 40 dias e 40 noites? — pergunta com um sorriso no rosto.

— Tá passando isso no cinema? — ficou confuso, nunca nem tinha ouvido falar naquele filme.

— Olha, um ônibus! — apontou para o outro lado da rua, pegou na mão de Jungkook e se apressou a alcançar o veículo.

Eles entraram e o menor passou seu cartão duas vezes, o outro iria se opor, mas Jimin havia deixado bem claro que ele "patrocinaria" o passeio de hoje.

— Se tirar um dólar sequer do seu bolso, eu irei te machucar.— ameaçou.

— E se você precisar para o ônibus? Ou em qualquer lugar?

— Não vamos precisar, e eu recarreguei esse cartão, tem o suficiente para nós dois.

— Tá. Agora me diz aonde vamos.— eles procuraram um lugar para sentar, mas estavam todos cheios.

Os dois ficaram em pé, enquanto Jeon segurava a barra de proteção com facilidade, o outro optou por se agarrar no aniversariante para evitar ficar na ponta dos pés.

— Não vamos a lugar nenhum.— respondeu sorrindo.

— Explica por favor? — olhou em volta, tinha um homem se aproximando de Jimin, por isso ele passou seu braço pelo ombro dele e o puxou para mais perto de si.

— É um encontro.

— O ônibus? — franziu o cenho.

— É.

— Explica, de novo? — pediu, o ônibus fez uma parada e então cinco pessoas desceram, eles rapidamente se sentaram e Park fez questão de colocar o outro na janela.

— A coisa é simples; nós vamos ficar entrando em vários ônibus distintos e ver aonde iremos parar. É um encontro no ônibus.

— Criativo, mas ainda não entendi muito bem.

— Esse é meu tipo de encontro favorito, eu sempre falava com meus namoradinhos pra gente fazer isso, e também é o único que meu dinheiro paga, então é isso.

— Que honra, você me chamando pra sair.— Jungkook brincou, na verdade ele se sentia realmente lisonjeado por ser convidado para um encontro, nunca tinha ido num daqueles e com certeza achou admirável a ideia.

— Eu vi no filme 40 dias e 40 noites, e como é seu aniversário, eu pensei em porquê não.

— Como eu disse; é uma honra.— os dois sorriram.

O passeio foi basicamente assim, Jimin e ele saiam de um ônibus e logo já entravam em outro, passearam por toda a cidade com apenas uma carteirinha na mão.

Jungkook gostou, ainda mais quando os lugares estavam vagos e ele com Park poderiam se sentar aonde quisessem.

Os dois conversavam, riram, brincaram de arremessar coisas um no outro ou de tentar mirar na lata de lixo tudo que encontravam, o menor fez o aniversariante se sentir como se estivesse aproveitando seus dezesseis anos de novo, na verdade nem se lembrava da vida quando tinha essa idade, mas sentiu-se assim.

Agora já tinha ficado escuro e o céu estava nublado, mesmo com a poluição da cidade o maior conseguiu ver algumas fresta de nuvens uma chuva de meteoros.

— Tem uma chuva de meteoros.— comentou apontando para cima.

— Quem sabe eu sou dono de algum deles e transformo ele no meu asteróide? — comentou divertido.— Não consigo ver nada.

— É a poluição, — Jeon explicou — mas não quer dizer que elas não estão ali.

— Ah, é por aqui... Vem, desce! — pegou na mão dele animado e o puxou para fora da grande

— Vamos pegar mais um?

— Não. Agora vou te levar num lugar.— avisou — Deve estar com fome, né?

— Até que eu estou sim.

— Vou te mostrar o que pessoas normais comem! — ele conhecia aquela rua, era aonde ele passava boa parte das suas noites da sua vida, sabia de todas as pessoas que tinham ali, e elas ficaram surpresa de ver ele novamente.— Aqui!

Jungkook não fazia a mínima ideia de que lugar era aquele, mas continuou a seguir Park até uma esquina que ele denominava uma lanchonete, um fast food bem pequeno. Os banquinhos eram de plástico e pequenos, tomou a liberdade de sentar num deles enquanto ainda olhava em volta.

O cheiro era bom, bacon, molho de churrasco, frango, queijo... Era tipo uma enorme e deliciosa fonte de gordura e colesterol, ele adorou.

— Chim! — uma senhora que estava sentada no caixa abre os braços animada, havia tempo que ele não aparecia por lá e ela já ficou com saudades.

— Ajuma! — ele caminha até ela e dá um abraço apertado, mesmo que desajeitado.— Hoje eu quero tudo no capricho.

— E desde quando eu faço sem? — ela sorri e pega sua caneta.

— Dois sanduíches de filé com muuuito vinagrete, molho de churrasco e cheedar, também quero o combo de fritas acompanhado dos seus melhores molhos.— pediu — Aliás, eu quero pra viagem!

Jeon se aproximou lentamente do caixa querendo ajudar na despesa, mas assim que colocou a mão no bolso recebeu um beliscão assustadoramente forte de Park.— Aí!

— Eu disse que se colocasse a mão no bolso para pagar, eu te machucaria! — repreendeu ele, o maior mesmo não querendo, concordou.— É seu aniversário e eu quero pagar.

— É seu aniversário? — ela encara o moreno alto e desconhecido, ele assentiu afirmativamente.— Jimin, ele não é um homem malvado né? — interrogou semicerrando os olhos.

— Não, ajuma, ele não é.— sorriu sem graça.

— Vai ser por conta da casa então.— ela bate palmas animada, Jimin bufou, mesmo sendo um favor parecia que o universo não gostava que ele pagasse.— Não é aniversário quando você não ganha coisas de graça!

— Isso é verdade.— O menor concordou.— Mas acho que ele não sabia disso.

— Na verdade não mesmo.— admitiu vendo a conversa dos outros dois.

— Gente...— ela balança a cabeça desacreditando — E então? O que anda fazendo da vida? — puxa assunto feliz em ver Park.

— Você viu o Dakho por essas bandas ultimamente? — perguntou, Jeon que estava meio distraído, olhou descaradamente pra ele interessado no assunto.

— Eu mataria ele. Dakho sabe que eu não vou com a cara dele.— a expressão da senhora fez o menor sorrir.

— Certíssima.— Jungkook murmurou.

— Então, agora eu voltei a estudar e estou morando com esse rapaz aqui.— apontou com a cabeça para o homem ao seu lado.

— Se deu bem, maior namoradão! — ela ri, o menor quase enfarta de vergonha pelo que acaba de ouvir.

— Ele não é meu namorado.— explicou se embaralhando todo, enquanto isso o outro estava totalmente tranquilo com a situação, na verdade se divertiu com a vergonha de Park.

— Mas você falou que mora com ele.

— Mas ele não é meu namorado!

— Tão jovens, tão confuso...— balançou a cabeça não entendo muito bem.— Que ótimo que você voltou a estudar, você é um rapaz tão bonito e gentil.

"É exatamente o que eu digo para ele" Jeon pensou, mas não disse nada, só não conseguiu segurar o sorriso.

Mais alguns minutos e o pedido ficou pronto, e o cheiro era delicioso, Jimin estava satisfeito pois sabia que Jungkook não resistiria a comida maravilhosa que vendia ali.

— Vou querer duas cervejas.— Park estava quase se esquecendo ao ver o maior pegar todas as sacolas, despedir-se da atendente um pouco sem graça e ir até a entrada da loja para esperar seu colega.— Aqui, — colocou dinheiro suficiente no balcão — pelas cervejas.— ele sorri para a senhora que sempre foi gentil com ele.

— Ah, aqui... Diz que é meu presente.— entregou a ele balas de caramelo numa embalagem muito carinhosa e fofa.— Tentei fazer doces.— explicou.

— Devem estar deliciosos, mas agora preciso ir... Tchau ajuma!

— Juízo, pirralho! — ela acena um tchau bem extravagante.


[...]


E novamente, Jungkook não fazia a mínima ideia de aonde eles estavam ou aonde iriam, mas não contrariou.

— Chegamos.— Jimin parou num prédio velho e enorme, com a fita da polícia na porta entreaberta e por quase todo local.

— Ficou maluco? É a fita da polícia! — observou o menor passar por baixo dela numa manobra rápida e entrar, mesmo confuso o outro fez o mesmo.

— Eu coloquei a fita, bobão.— o menor ri alto enquanto começa a subir as escadas.

— Como conseguiu? — franziu o cenho seguindo os passos do ligeirinho.

— Em qualquer loja de fantasia por apenas dois dólares.— explicou.— Você vai gostar.

— É bom mesmo, por que pelo tamanho, são várias escadas! — reclamou, mas a verdade é que ele estava adorando o passeio diferenciado.

Jeon estava sendo sucumbido pelo cansaço e junção de fome, as escadas pareciam nunca ter fim, mas quando finalmente deram o último passo para o terraço, ficou admirado.

Podia ver boa parte da cidade daquele lugar, agora entendia por que Jimin fez tanta questão de subir aquilo.

— O maior prédio da região. Pena que hoje está nublado mesmo, se não você iria conseguir ver sua chuva de meteoros, a vista daqui é perfeita pra isso! — pegou em sua mochila uma toalha grande e esticou para que os dois sentassem.

Eles arrumaram as coisas em cima da toalha e Park se aconchegou bem próximo a Jeon, por que ele estava quente e cheiroso, não havia motivos para ficar longe de uma pessoa assim. O short de Jimin não havia sido feito para momentos como aquele, o vento já batia em suas pernas e ele foi encostado sua coxa na de Jungkook sorrateiramente sem dar muita bandeira do frio.

— Vamos comer? — puxou um assunto, mostrou para homem ao seu lado tudo que eles tinham ali para comer.— Quando eu pedi esse sanduíche pela primeira vez, pensei que era só um sanduba.

— E não é?

— Aí é que tá! É um puta de um lanchão do caralho, sinta o cheiro de um belo filé gratinado acompanhado com molho de churrasco e muuuuito vinagrete! — começou a passar o pão perto do nariz engraçado de Jeon.

— Para! — reclamou sorrindo e agarrou seu lanche.

— Aqui temos os petiscos que eu mandei ela fritar, tem de tudo, batata, cebola, frango... Aliás, isso aqui que é o molho verde! — pegou uma batatinha, escaldou no molho e levou até a boca de Jungkook.

— Agora sei por que você riu tanto, isso não tem nada a ver com pesto.— ele ri.

— Muito melhor, eu sei.— deu de ombros ainda mostrando todos os molhos — Churrasco, tártaro, de alho e molho ácido que eu sempre esqueço o nome, mas é pior que craque, use com cuidado.

— Eu vou morrer de infarte comendo tudo isso.— comentou com a boca cheia de água para comer tudo dali.

— E a bebida, que hoje você não está dirigindo então irá beber! — fez uma manobra rápida com a mão e abriu as duas garrafas rapidamente.

Os dois comiam enquanto interagiam divertidamente um com o outro, Park não parava de rir da expressão maravilhosa e faminta de Jungkook.

O advogado estava se divertindo mais do que em todos os seus últimos vinte aniversários, aquilo era algo que ele realmente nunca fez, um verdadeiro presente.

Jimin deu a ele uma vida plena, e isso não tinha preço.

— Sinto muito por estar nublado e não ver as estrelas.

— Não tem problema, a vista continua linda e eu me diverti muito, aliás, as estrelas continuam em cima de nós, só não podemos ver.

— Quem se importa com dinheiro quando eu tenho um homem ao meu lado que pode ver através das nuvens? — o menor sorri de lado, mesmo depois de perceber o que tinha dito, era verdade, gostava de Jungkook como ele era, da sua companhia.

— Essa foi a coisa mais legal que alguém já me disse, sinceramente, obrigado, por hoje, pelo aniversário incrível que me deu.

— Incrível aonde? Eu te levei para andar de ônibus, fiz você subir escadas e agora estamos comendo um sanduíche do lado oeste da cidade.— o menor ri arrastado.

— Sim, é incrível pra mim. Eu nunca fiz isso, e estou feliz por ter feito com você.— admitiu, não gostava de Park se rebaixando, por que quando olhava em volta, o que fazia as coisas ficarem divertida, era apenas a companhia dele.— O que fez tudo ficar perfeito foi fazer isso com você.

— Aí, Deus... Para.— ficou sem graça, então lembrou que essa era a deixa perfeita para o presentinho "furreca" dele.

Alcançou a mochila e então respirou fundo, estava nervoso e decepcionado consigo mesmo por dar aquilo, mesmo sabendo de toda a sua dedicação, ainda era nada comparado ao super boneco que o Yoongi deu mais cedo.

— Só dou seu presente se me prometer que não vai rir ou achar besta.

— Presente? Achei que fosse o abraço.— limpou o excesso de molho no canto dos lábios, ficou confuso, não esperava mais nada de Jimin, até por que achou que o passeio era o melhor presente que recebera.

— Até parece que eu iria te dar só um abraço, se bem que, pensando muito no presente, eu acho que abraço é melhor.

— Tenho certeza que vou adorar.— garantiu tentando tranquilizar o menor.

Park se achava insuficiente perto de Jungkook, mas mal sabia que se fossem comparar os dois, Jeon se sentia muito inferior a alma valiosa que tinha seu príncipe.

— Olha, eu demorei um pouco para fazer, então se não gostar, pelo menos finge, quer dizer, não finge, por que aí eu paro e aprendo a comprar ao invés de fazer...— colocou a mão dentro da mochila segurando o presente.

— Você fez algo para mim? — nunca havia se sentido tão honrado quando naquele momento.

— É, bom, mais ou menos, meio que uma troca justa... Aí, estou tão envergonhado de te dar.— mordeu o lábio juntando coragem.

Colocou na mão de Jungkook rapidamente, o que aparentemente parecia ser só um pano dobrado, mas quando ele abriu e analisou bem, era um lenço, bordado.

Tinha renda em tom escarlate por toda a borda do pano, um "JJ" bordado da mesma cor e uma rosa, obviamente costurada pelas mesmas mãozinhas que agora estavam trêmulas ao lado do aniversariante, que não tinha dito nada.

— Sabia, você odiou.

— Eu amei. Me fez um lenço personalizado com uma rosa? Eu... Nossa. Obrigado. De verdade mesmo.— sorriu feito bobo olhando a rosa perfeitamente costurada ao lado de suas iniciais.

— Para de fingir, é só um paninho.

— Que você fez pra mim, se torna especial quando vem de você. Olha, eu nem lembrava do meu lenço, e esse é com certeza muito melhor que o outro.— continuou com o sorriso, que só se alargava a cada vez que se situava do que tinha acabado de ganhar. — Eu amei mesmo, príncipe, sério, muito.

— Você está exagerando, essa rosa nem está certa, tutoriais no YouTube me enganaram.— apontou para a rosa que demorou dias pra ser finalizada.

— Ela está perfeita pra mim, eu juro, eu amei, isso tem valor sentimental, mais do que qualquer coisa que eu já ganhei...— sentiu-se um pouco emocionado nas emoções.— Você fez meu aniversário melhor.

— Nossa. Eu... que isso, foi só um lenço e um passeio de ônibus.— começou a ficar sem graça.

Nunca achou que Jeon seria tão grato por ter sua companhia, igual a ele, Jimin era imensuravelmente agradecido por tudo, inclusive na confiança que sempre foi depositada nele desde o início.

— Não é o lenço, é você, tudo que tem você se torna especial pra mim.— aquilo foi como uma declaração para Park, na verdade foi uma declaração para todos, mas ninguém se manifestou quanto a isso.

O lugar, o cheiro, o calor, as palavras, tudo isso causou uma coisa mais forte que Jimin, a sensação tomou conta por completo dele, capaz de se arrepiar, era desejo.

Um desejo estranho, estava mais para uma carência que ele sentia formigando por todo seu corpo, que passeou por seus pés, depois pelas coxas que tocavam na perna de Jungkook sorrateiramente, tomou conta de seu tórax, nem seu peito ficou imune da sensação quente que sentia.

Nunca havia passado por uma situação daquelas, então não consegue interpretar o que era exatamente, mas vinha do calor mínimo que sentia no toque das coxas e no formigamento dos lábios.

Jeon não estava muito diferente, depois que as palavras saíram de sua boca, sentiu que o clima mudou, Park viajava nos pensamentos enquanto olhava fixamente para seu rosto, nada foi dito, nem mesmo a respiração se ouvia, de tão baixa.

Alguém fez um movimento, foi o moreno sentindo seu rosto pegar fogo, em menos de alguns milésimos de tempo se aproximou mais de Park, ficou mais quente, principalmente depois que percebeu para onde o menor olhava, seus olhos estavam fixos nos lábios finos e brilhosos dele.

Alguém precisava tomar controle da situação, mas nenhum dos dois se moveu.

"Seria muito estranho eu te beijar agora? Por que assim, estou muito afim..." o cérebro de Jimin começou a pensar coisas mais obscuras, foram aleatórios, desconhecidos, e os mais preocupantes; eram a mais pura realidade que ele vinha omitindo.

Bom, era um beijo. Ele não precisava ficar tão tenso, já sentiu vontade de beijar alguém, e agora não era diferente.

— Ela te deu isso.— Park alcançou a embalagem transparente com alguns doces caseiros e deu na mão de Jeon, eles demoraram alguns segundos para tentarem afastar os olhares.

— Doce de que? — o maior coçou a nuca, ele estava tentando desembaralhar sua mente, mas ainda pensava no que acabava de acontecer.

— Acho que são balas de coco cobertas de caramelo.— Jimin analisou bem.— Não sei se estão boas, mas vou me arriscar, e você?

— Me dá uma.— esticou a mão querendo o doce, pelo menos algo contendo açúcar poderia trazer sua pulsação ao normal.— Aquela mulher cozinha bem.

— Eu sei! — o menor concordou plenamente sentindo o recheio de coco atingir sua língua, ele já estava planejando em voltar lá e comprar mais uns trezentos daqueles.

— Obrigado por ter saído comigo, não me divirto assim à séculos.— Jungkook agradece, o menor não queria entrar naquele assunto de novo, por que foi a partir dali que ele sentiu coisas dentro de si.

— É o mínimo que eu posso fazer por você.— olhou para o chão, procurando fugir do constrangimento, mas no final, sentiu uma pontinha de vontade de levantar a cabeça e encarar Jeon, e foi o que fez.

Jungkook formou um belo e mínimo sorriso quando seu rosto começou a se aproximar de Jimin. O menor ficou nervoso, não entendeu o porquê dele estar fazendo isso, e quando fechou os olhos ansioso, sentiu apenas os lábios tocarem sua testa num gesto singelo.

Ele não gostou de admitir, mas queria mais dos lábios, e se não fosse pedir muito, um pouco mais para baixo, tipo acima do queixo e abaixo do nariz. Bom, Jimin pensou que se ele quisesse, poderia fazer sem nenhum problemas, seria uma retribuição.

O celular começou a tocar, foi o de Jeon.

Os dois se afastaram drasticamente um do outro enquanto tentava pegar o celular no bolso e atender.

— Alô? — praguejou mentalmente quem quer que fosse para acabar com um clima daqueles.

Era a hora mais incoerente para uma ligação de quem pouco se importa com ele. Foi seu ex-namorado que ligou, dizendo coisas bem clichês como "estava lembrando de você, feliz aniversário", ele ficou meio puto pelo erro no horário.

— Quem era? — Jimin já havia organizado todas as coisas, estava pronto para ir embora e esquecer tudo.

— O Yugyeom.— guardou o celular no bolso meio descontente ao ver que o outro já havia guardado tudo.

— Esse não é o cara do divórcio? — pegou sua mochila  e fechou vendo que já tinha colocado tudo dentro dela.

— É. Me desejou feliz aniversário.

— Ah. Entendi.— deu de ombros, lembrou que o ex ainda gostava dele, mas deixou isso bem quietinho dentro de si.— Vamos? Acho que teremos que pegar um táxi de volta pra casa.

— Claro. Vamos embora então.— passou os dedos pelo cabelo minimamente, ficou decepcionado, jamais pensou que iria se arrepender por ter ido devagar e acabar não beijando ele.

— É. Vamos.










Nossa foi quase em.

Antes de falarem, está chegando ok?

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